“O refúgio dos bucaneiros”, “o reino dos facínoras”, “terra de ninguém”, “maior antro de marginais de toda Tagmar”. Esses são só alguns dos nomes “carinhosos” que esse lugar perigoso e excêntrico, conhecido como Porto Livre, recebe tanto de locais quanto de forasteiros. E eles não estão enganados, O “Porto dos Piratas” é isso tudo e muito, muito mais. Pouquíssimas pessoas de todo o Mundo Conhecido terão realmente a possibilidade de conhecer Porto Livre por dentro, no seu dia a dia, como ele realmente é realmente sob o manto da pirataria. A Mortalidade em Porto Livre são as maiores de toda Tagmar, e não seria por menos, aqui a lei é a do forte, o vilipendio é a arte mais apreciada, e se você não possuir a habilidade de dormir com ao menos um olho aberto, possivelmente nunca mais os abrirá novamente.
Seu clima é o mais Tropical de toda Tagmar, possuindo vasta vegetação característica desse clima (florestas densas e extensas com vários tipos de espécies nativas) o que garante a Porto Livre uma fauna e flora das mais exóticas e exuberantes de todo o Mundo Conhecido. A área mais próxima da cordilheira possui um clima mais ameno. A floresta no sopé da cordilheira possui uma coloração mais cinza, é mais seca, e de certa forma menos densa.
Porto Livre situa-se no extremo leste do Mundo Conhecido, e possui em toda a sua porção oeste a proteção natural da Cordilheira da Navalha, que separa fisicamente do restante de Tagmar. Se não fosse a Cordilheira, Porto Livre faria fronteira com as Cidades-Estados, Luna e Portis. A lógica leva a supor que existe alguma estrada e ou forma de acesso entre Portis e Porto Livre através da Cordilheira da Navalha, haja vista a aliança entre os dois “reinos”. Seu extenso litoral é o mais perigoso conhecido, onde somente navegadores que realmente conhecem o local, conseguem atravessar a traiçoeira barreira de recifes da costa porto-livrense: os recifes de Gandara ao norte, e os recifes do Tubarão, ao sul. Existe ainda um rio maior que divide o reino em três partes principais, o Rio Lâmina. A cordilheira é pouco explorada, e, dizem, cheia de perigos e criaturas.
Se não fosse por Porto Livre ser um local totalmente desaconselhável para forasteiros, poder-se-ia dizer que seu comércio seria de longe o maior de todo o Mundo Conhecido. Porém Porto Livre prova de seu próprio veneno no que diz respeito a abrir suas fronteiras para compradores externos, devido a óbvios problemas com quase todos os outros reinos conhecidos, o comércio de Porto Livre é extremamente limitado, por isso o grosso das mercadorias adquiridas através das pilhagens são escoadas para o Mundo Conhecido através de Portis, principalmente Runa e Maginor. Os recifes são tão mortais que até para atracarem em portos de outros reinos, as bandeiras de Porto Livre tem extrema dificuldade. Fato que é uma pena não só para os piratas de Porto Livre que buscam por Cambu enriquecer como objetivo máximo de suas vidas, mas também para os possíveis compradores.
Mas para aqueles que têm livre acesso a suas terras, sabem que em meio a tantos problemas, é possível de se encontrar muitos prazeres. É sabido, por exemplo, que o “serviço de acompanhantes” das tavernas portolivrenses é o melhor de todo o Mundo Conhecido. E se você puder pagar um bom adicional pela companhia, certamente a desfrutará embalado pelo sabor de um ótimo vinho de Conti. Outra atividade também muito desenvolvida em Porto Livre são os campeonatos de lutas. Estes possuem diversas modalidades e podem-se encontrar lutas de homens contra homens, homens contra monstros e monstros contra monstros. Tudo de acordo com a vontade do freguês. Não raro essas lutas são vencidas com trapaças bem urdidas, ou até mesmo “descaradas”. Em muitas “casas de luta” existem até uma bolsa de apostas onde os espectadores podem fazer suas apostas e talvez ganhar algum dinheiro enquanto aproveitam o espetáculo. Qualquer um pode lutar, seja livre ou escravo, pode-se até apostar em si mesmo, algumas pessoas inclusive, até ganham a vida dessa maneira. Nos dias atuais o grande campeão e ídolo das multidões que lotam as “casas de luta” é um orco gigantesco, de aparência assustadora, que atende pelo nome de Bunk. Qualquer um pode desafiar o campeão, até mesmo sem nunca haver lutado antes. As apostas nas lutas contra o campeão variam em torno de 30 contra 1, a favor de Bunk logicamente. Bunk já mantém o título há três anos consecutivos, e dizem os mais impressionáveis que não há quem possa vencê-lo em combate corpo a corpo dentro da jaula.
Governo
Quem pensa que Porto Livre é um local sem organização, engana-se. Mesmo não sendo reconhecido como um reino pelos demais reinos do Mundo Conhecido, Porto Livre se intitula como um baronato. Na verdade seu território é dividido em 7 baronatos. Esses baronatos são territórios que foram divididos entre os sete maiores piratas vivos do Mundo Conhecido. São eles, em ordem de poder e influência: Glauber “A raposa dos mares” de Plana; Ulisses “O Mirmidão” de Conti; Obed “O velho lobo do mar” de Filanti; Elber “A águia” de Calco; Melkair “O leão das ondas” de Verrogar; Aleik “O chacal” da Levânia; e Tealor “O camaleão” de Novo Porto. Na verdade, as terras de Porto Livre pertenciam a Luna, mas nunca foram exploradas antes por serem julgadas de difícil acesso. Durante a ocupação de Luna pelos Bankdis, estas terras foram abandonadas e mais tarde foram sendo ocupadas pelos piratas de todo mundo. Os sete barões foram os primeiros a fazer um acordo de não-agressão entre si e dividirem o território em baronatos (dizem que a idéia original foi de Tealor). O tratado tem como objetivo principal à segurança de suas atividades e de suas vidas, já que praticamente todo o Mundo Conhecido quer os barões mortos. A preservação própria é a única coisa que os une. Inclusive eles competem muito entre si, na procura de navios para saquear e cidades para atacar. Mas isso nunca chegou a ser um motivo para o início de um embate entre dois ou mais barões. Eles sabem que, “se unidos estão mau, desunidos estarão mortos”, como diz Elber. A administração do reino é feita por voto direto dos barões, e o trabalho escravo é utilizado na manutenção pública geral.
Um fato importante a se considerar é o poder que esses barões detêm sobre todos, ou quase todos os piratas do Mundo Conhecido, mesmo aqueles que teimam em navegar sob sua própria bandeira. Por que mais cedo, ou mais tarde todos os piratas acabam necessitando de desaparecer do mundo por uns tempos, e para tal não há nada como passar uma temporada em terras portolivrenses. Outro fato importante é que cedo ou tarde, os piratas independentes se deparam com um outro navio pirata a disputar um navio mercante, e em verdade não é muito saudável querer competir com os barões no jogo deles. Por tudo isso, mais dia menos dia, esses indivíduos se vêem obrigados a jurar lealdade a um dos barões, devendo como tributo, entregar um quinto de todo o seu butim ao seu “padrinho”. Essa “regra do quinto” é extremamente respeitada, e muitos que se julgavam muito espertos, já morreram por estarem burlando esse “sacro acordo” entre os bucaneiros. Às vezes pode parecer até que há de alguma forma honra entre os piratas, ainda que seja algo muito diferente da honra tradicional (Crizagom que o diga). Ou talvez seja simplesmente a consciência que aqueles que se recusarem a pagar tributo, correm um sério risco de ter assassinos raivosos no seu encalço pelo resto da vida.
Em verdade a “justiça” porto-livrense é extremamente eficaz. Crimes dentro de navios e entre piratas de uma mesma nau são julgados diretamente pelos seus capitães. Disputas legais entre piratas de um mesmo baronato e naus diferentes são debatidas entre os capitães das naus e, caso não haja uma solução “pacífica”, essas são julgadas pelo respectivo Barão. Numa última instância, piratas de baronatos diferentes são julgados por um Barão. Geralmente, quando um pirata é acusado, devem-se apresentar provas ou testemunhas do delito cometido. Não tendo como se defender, o pirata deve pagar ao acusador uma quantia maior ou igual ao seu prejuízo ou virar seu escravo. Existe um último apelo que é o duelo. Um pirata não pode nunca recusar o duelo de outro pirata, a não ser que ele seja um Barão ou que esteja num momento de guerra. Um ato de desobediência a uma penalidade imposta em julgamento é considerado motim, e é punida com a morte. Vale salientar que acusações contra superiores hierárquicos diretos também são considerados motim. Geralmente, quase a totalidade das vezes, toda essa burocracia é deixada de lado e os piratas duelam. Quem conseguir ficar em pé (ou ficar vivo) é o vencedor.
História Recente
A história de Porto não é assim tão antiga, a mesma data oficialmente de 1451 D.C., ano de sua independência, bem como de muitos outros reinos. Pode-se afirmar que essa data representa mais precisamente quando os Barões se uniram formalmente, e aproveitaram o cenário geral para também se declararem existentes e independentes.
Atualmente Porto Livre vive um clima de calma, se é que se pode chamar a vida de um pirata de calma. Apesar de o Mundo Conhecido viver dias conturbados, hora por guerras em busca de território, hora por influência da Seita; no que diz respeito especificamente a Porto Livre, os bons laços políticos com Portis têm tirado os piratas das piores encrencas. Foram várias as tentativas, de vários países, de firmar um acordo para atacar Porto Livre através de Portis, mas para a sorte dos bucaneiros, estas até os dias atuais foram sempre frustradas, graças a inúmeras intervenções, tanto políticas quanto diplomáticas, dos Barões junto aos magos Portinenses. Os saques a navios de Verrogar e das Cidades-Estado foram temporariamente suspensos por serem considerados muito perigosos no presente momento, isso pelo menos é o que pensa a alta administração dos magos de Portis. Mas na prática eles nunca deixaram de acontecer, a coisa só está sendo feita de uma forma mais discreta. Quando acusados, os piratas de Porto Livre estão sempre prontos a negar até a morte qualquer indício de desrespeito desse “acordo informal”, entre os altos magos e os Barões.
A boa vida de vilipêndios segue sem paradas, e os Barões já perceberam que os navios verrogaris geralmente vêem acompanhados de navios de guerra ou camuflados, para passarem-se como navios mercantes, com a finalidade de pegar desprevenidos os piratas Portolivrenses.
Azanti é verdadeiramente uma pedra no sapato de Porto Livre. Como o maior poder dos Barões está no mar, eles “não conseguem” ajudar efetivamente Portis contra as incursões armadas de Azanti, que aparentemente tem sido temerários o bastante, para atacar diretamente a Portis e ganhar assim uma vantagem decisiva em uma guerra aberta contra Porto Livre. Isso começa a preocupar os Barões que vêem nesse ato pequenino, porém incômodo, uma possível invasão à Portis e assim a total exposição de sua fronteira oeste a um derradeiro ataque terrestre. Mas para os Barões as coisas são bem claras, enquanto os exércitos Azantianos estiverem atacando Portis, menos mal, melhor eles que nós, e acaso os azantianos vençam os exércitos portinenses, o que não se mostra provável, pelo menos não pelas próximas décadas, eles ainda terão a boa e velha Cordilheira da Navalha entre eles e os seguidores de Crizagom.
Luna, o reino mais próximo depois de Portis, dizem que estava estruturando uma invasão para retomada das terras de Porto Livre, e dizem que este teria como estratégia um caminho seguro através dos recifes do Tubarão, grande o bastante para atravessar sem ser notada uma grande esquadra até que fosse fatal para os piratas. Infelizmente a peste lunense, bem como os problemas políticos e econômicos internos, fizeram com que toda uma possível preparação de um ataque à Porto livre fosse adiada até uma suposta reestruturação do reino, se é que isso vai ocorrer.
Os outros reinos têm tomado suas cautelas rotineiras, mas sempre deixando falhas que são muito bem exploradas pelos piratas. As cidades costeiras são sempre alvos muito bons, ainda mais para a captura de escravos, que são vendidos a um alto preço na capital, Quessedir. As expedições para Portis também trazem muitos lucros, mas essa atividade obviamente tem seus riscos. Infelizmente, devido ao tratado, não se pode recusar uma solicitação de tripulação e navio para fins de exploração portinense.
Os deuses mais cultuados nesse reino são Crezir e Ganis, sendo que Ganis impera soberana dentre os mais velhos, entre eles, a maioria dos Barões, grandes capitães, pequenos, médios e grandes pescadores. Crezir vem destacando-se cada vez mais dentre a equipagem, onde se encontra os bucaneiros mais aguerridos de todo o Mundo Conhecido. Os mais jovens de Porto Livre vêem adotando cada vez mais Crezir como deusa principal. Lena também é cultuada por grande parte da população, sendo seus devotos em sua maioria “os de terra”, aqueles que buscam outras formas de vida que não a pirataria e o mar. Sabe-se que os Barões, sem exceção, são assíduos freqüentadores do “Jardim das Delícias” da deusa, e que a Sumo Sacerdotisa é protegida dos mesmos. O deus menos, ou melhor, não cultuado (ao menos abertamente) em Porto Livre por motivos óbvios, é o irmão gêmeo de Crezir, Crizagom. Selimom vem logo em seguida, mas de fato, as pessoas mais humildes costumam preferir paz à guerra. A pesar de seu bom clima, Porto livre não explora seu potencial agrícola, talvez seus cidadãos estejam por demais acostumados a “boa vida”, para darem duro na lida do campo. Portanto, Sevides também quase não é cultuado na terra dos piratas. Há uma total ausência de sacerdotes desses deuses em Porto Livre, principalmente sacerdotes de Crizagom, que não tolerariam jamais conviver no meio de pessoas tão ímpias.
O Povo de Porto Livre
A população de Porto Livre não possui qualquer característica étnica que possa os diferenciar dos outros povos ou mesmo identificá-los como sendo portolivrenses, e isso é muito fácil de entender visto a história de sua formação, que legou a essas terras uma mistura de povos e raças das mais heterogêneas possíveis. Aqui se pode encontrar representantes étnicos de todos os lugares. Esse forte complicador étnico existe ainda nos dias atuais e Porto Livre é realmente mais um refúgio temporário do que um lugar onde as famílias podem se estabelecer e proliferar. Sem a necessidade de uma observação mais atenta, pode-se precisar que mais da metade da população existente em Porto Livre não nasceu nessas terras, mas são sim, foragidos de outros reinos que vem trazendo consigo sua história, seus costumes e seus crimes. A outra metade foi concebida no interior desse caldeirão de diferenças étnicas e culturais, criando na medida do possível um paralelo entre as duas realidades, que acaba por lembrar a ambas, mas que é por sua vez diferente. Isso sem dúvida faz dos portolivrenses um povo culturalmente muito rico, e caso a história da “colonização” da terra não estivesse tão entranhada no crime, talvez Porto Livre fosse, nos dias atuais, a maior potência de todos os reinos, pela possibilidade de agregar o que há de melhor de todos eles.
Essa mistura toda não se deve somente a raça dos humanos, que por natureza é a mais caótica de todas, mas aqui em Porto Livre isso se estende a todas as outras raças. Agrupamentos de anões ladinos vindo de todas as partes de Tagmar, desde as terras selvagens do Forja até as pérolas do norte. Guildas inteiras de habilidosos pequeninos igualmente diversos etnicamente. Inúmeros bandos nômades de Elfos Florestais advindos dos quatro cantos do Mundo Conhecido, cruzando o horizonte de tempos em tempos e assombrando os mares com sua espantosa graça e agilidade, de dentro de seus esguios e rápidos navios de proa alta. E dizem alguns boatos que até Elfos Dourados podem ser encontrados se procurados com bastante atenção. Por tudo isso sua população é sem dúvida a mais heterogênea de todo Mundo Conhecido.
Geralmente ser um pirata é viver a vida um dia de cada vez, do jeito mais aventureiro possível, aproveitando todas as delícias do momento como se estes fossem os últimos, sem ligar para as suas conseqüências, por que na verdade eles podem ser. Beber, comer, saquear, lutar e (se Cambu ajudar) ficar rico no final é o desejo máximo, mais ardente de todo o pirata. Mas além de viver dos saques a navios, muitos portolivrenses dedicam-se a arte do comércio conhecido nessas terras como “As tendas negras”, onde vários artigos estão à disposição para venda, inclusive escravos. Dentre esses a fé em Cambu começa a tornar-se crescente, mas em verdade os bucaneiros ainda são comerciantes medíocres, muito inferiores aos grandes devotos do deus do comércio. Mas de qualquer forma esse comércio parece estar crescendo rapidamente dentro dos baronatos, dizem até que existem comerciantes planenses envolvidos nessa atividade.
Rumores e Intrigas
A vida na pirataria faz com que os bucaneiros estejam sempre em movimento em busca de novos caminhos, buscando novos mares, respirando novos ares. Essa constante migração faz com que os marujos entrem em contato com diversas situações e pessoas, e assim com as mais fantásticas histórias, sem contar que aparentemente o mar é um campo aberto a esse tipo de divagação, talvez por um capricho de Ganis, o mar cobre seu preço na sanidade dos que o navegam por demais.
Tudo isso faz com que os mais fantásticos relatos desembarquem junto com os tripulantes nas terras de Porto Livre. Uma dessas histórias afirma que existe um navio fantasma que ataca todos os navios que passam por Abadom, inclusive os de Porto Livre. Que seu capitão é o falecido Tíbias, que sua tripulação é composta da antiga equipagem, agora mortos vivos, e que em sua bagagem estes carregam o tesouro de vários navios que eles já saquearam.
Dizem que esse navio fantasma singra errante pelos mares de Abadom, surgindo sempre por detrás de uma forte neblina, e que nas noites de calmaria, pode-se ouvir o fantasma do velho Tíbias gritando o nome de Obed. Não se sabe ao certo se isso é fato ou não, se é só mais um conto para amedrontar os marujos, ou se é uma quimera para esconder um ato de alta traição de algum Barão. Mas a citação de seu fabuloso tesouro sempre faz brilhar os olhos dos que escutam tais histórias. Ao que parece Obed evita tocar nesse assunto, assim como a maioria dos Barões.
Outra história, essa contada por Glauber, é de que uma vez seu navio foi transportado para um local diferente de Tagmar, onde havia monstros que nem se quer existiam nesse mundo e a mágica funcionava de forma diferente.
Existe a lenda da cidade submarina de Suleimam, que ficaria situada na costa da Levânia, e onde vários navios estariam afundados, e onde existe uma raça de homens-peixe que guarda conhecimentos há muito perdidos no mundo. Os capitães e tripulantes de Aleik “O chacal da Levânia”, costumam contar essa história com muito entusiasmo.
É de domínio público que Elber “A águia” de Calco e Ulisses são próximos, ao menos na medida dos piratas, alguns dizem até que são parentes, o que na pior das hipóteses significa que eles são aliados. É também sabido que Obed e Melkair também se entendem melhor que com os outros Barões. Também não é novidade que Ulisses e Melkair, apesar do pacto de não agressão, são inimigos jurados. Aqueles mais próximos aos Barões sabem que Glauber por mais diplomático que seja, de forma muito discreta pende mais para o lado de Ulisses e Elber. Frente a esse cenário, fala-se a boca pequena, que está se formando uma aliança entre Obed, Melkair e Aleik, com fins de um confronto direto contra os outros três capitães, e conseqüente tomada do poder. O grande trunfo na manga dessa guerra, aparentemente é o mais novo de todos os Barões, que parece fazer jus a seu apelido de camaleão, e muda de expressões e promessas como o animal muda de cor, ao que parece, o que mais preocupa Tealor é a hipótese dele tornar-se dispensável quando do fim desse embate.
Dizem outros rumores que Verrogar já está cansado de ter seus navios vilipendiados pelos piratas portolivrenses e que em sigilo já ativaram as engrenagens de guerra verrogari, e preparam-se para uma guerra naval contra os piratas de Porto Livre. A grande questão é que até aonde se sabe os verrogaris são navegantes muito inferiores aos portolivrenses, logo ou eles evoluíram muito nesse sentido, ou contam com o apoio de um aliado que até agora é uma grande incógnita.
Outros rumores dão conta de que o Duque de Azanti encontra-se já em vias de fato de firmar um acordo de aliança entre Azanti, Calco e Conti para uma guerra aberta contra Porto Livre. Onde Azanti forneceria ouro e tropas terrestres, e Calco e Conti, víveres e o contingente marítimo. A probabilidade de isso acontecer pode aparecer pequena, mas em verdade o Azanti é inimiga declarada de Porto Livre, e Calco e Conti, também não morrem de amores pelos piratas, uma vez que seus navios mercantes são também constantemente atacados. Dizem que quem está tomando conta dos detalhes desse empreite na porção norte de Tagmar são as lideranças da Ordem da Grande Mãe, que parecem possuir um interesse pessoal nesse caso, algo como uma Ordem rival de Ganis em Porto Livre. Ao que dizem, o Duque buscou uma aliança com Conti, e a Ordem tomou a frente das negociações, e que essa também foi a grande responsável por convencer a Calco entrar nessa guerra.
Dentre tantas teorias de conspiração alguns chegam a afirmar que os altos magos de Portis estão executando manobras para usurparem o controle de Porto Livre das mãos dos Barões, anexando assim as terras portolivrenses ao “reino” de Portis, e expandindo as fronteiras até o mar. Fato que realmente seria muito interessante para os portinenses, até por que eles não teriam mais que pagar caro pelos serviços prestados pelos piratas, sem falar que teriam livre acesso à exploração as terras portolivrenses, que aparentemente escondem mais segredos que se pode ver da superfície. Um exemplo forte disso seria a exploração das montanhas da cordilheira da Navalha, ninguém sabe ao certo quais os segredos que ela abriga, e no mínimo é bem provável que existam pelo menos grandes jazidas de metais e pedras preciosas.
Falam que a magia e os magos “podem andar livremente” em Porto Livre, e que segundo as ordens dos Barões os magos portinenses tem livre acesso às terras de Porto Livre, mas nunca se ouviu uma história de magos que sejam de Portis, ou não, que tenham andado pelas terras de Porto Livre e saído vivos. Dizem que a magia é vista pelos piratas com extrema superstição, o que não seria para menos, pois não é fácil se aceitar que um navio que já afundou tantos outros navios e sobreviveu aos mais aterrorizantes combates navais, possa cair facilmente frente o poder de um único homem, mediante a uns poucos gestos e algumas palavras sem sentido. Falam que nem mesmo a proximidade com Portis tem contribuído para diminuir essa atitude, muito pelo contrário. Não há relatos que existam colégios de magia em Porto Livre.
Principais Cidades e Locais de Interesse
Quessedir
Personagens mais Conhecidos
Barão-Capitão Glauber, A raposa dos mares.
Barão-Capitão Ulisses, O Mirmidão.
Barão-Capitão Obed, O velho Lobo do mar.
Barão-Capitão Melkair, O Leão das ondas.
Barão-Capitão Aleik, O Chacal.
Barão-Capitão Elber, A águia.
Barão-Capitão Tealor, O camaleão.
Verbetes que fazem referência
Geografia do Mundo Conhecido,
Livro dos Reinos
Verbetes relacionados
Cronologia dos Reinos do Mundo Conhecido |
Levânia |
Ludgrim |
Eredra |
Verrogar |
Dantsem |
Marana |
Luna |
Portis |
Âmiem |
Abadom |
Acordo |
Plana |
Filanti |
Conti |
Azanti |
Calco |
Cidades-Estado |
Porto Livre |
Prólogo |
Epílogo |
Créditos