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Plana .

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Plana

“Ei, ei, são aventureiros, não? Sim, claro que são, por suas roupas e modo de falar. Querem fazer um dinheirinho extra por um pequeno trabalho? Ótimo! Mas entendam, tudo deve ocorrer conforme o combinado, qualquer coisa diferente e nada de recompensa. Mas venham logo, as coisas por aqui mudam de preço rápido, vão indo, vão, e se voltarem antes do prazo, um gordo bônus os esperam, vão logo. Até mais ver.”

Teleonor Vilas Grandes, dono da vinícola Vilas Grandes. 

Plana é um dos mais ricos reinos de todo Mundo Conhecido. Suas fronteiras são demarcadas ao sul, pelo Lago Denégrio e Abadom, ao Norte o Mar do Norte, a Leste Calco e a oeste Acordo, sendo a limitação natural a Cordilheira de Sotopor. Seu clima é subtropical, predominando uma vegetação rasteira, com grande parte de sua extensão constituído de planícies, mas também possuindo algumas florestas espalhadas pelo território.  O reino de Plana possui muitas cidades grandes, sendo a capital, Caleonir, a mais importante e o porto mais movimentado da região.

Segundo estudiosos de Runa, Plana surgiu devido a colonização dessa área por antigas tribos nômades, que teriam sido expulsas das regiões em que viviam. Esses povos, que se agrupavam em pequenas cidades costeiras ou na margem oeste do Frefo, foram convencidos de que o melhor caminho era a união dos seus esforços ao nascente reino da Moldânia, e que isso contribuiria para a prosperidade daquela região. Nasceu assim, em 342 D.C., nas planícies a leste do Frefo, a União das Planícies, conhecida posteriormente como Plana. Essa região, durante a primeira dinastia da Moldânia, manteve sua autonomia, possuindo seu próprio exército e decidindo seus próprios rumos.

Devido a sua inabilidade em relação aos assuntos de Sevides, esse povo aprendeu a comerciar cedo, dando inicio aos primeiros alicerces do que viria a ser, sob as bênçãos de Cambu, o maior reino de comerciantes do Mundo Conhecido. Nos primeiros anos como um reino, Plana adotou a monarquia Absolutista como forma de governo, mas após alguns problemas internos, terminaram por adotar um tipo de oligarquia comercial, que até hoje rege os interesses políticos do reino.

Em 561 D.C. morre a Rainha Tória e com ela a 1ª dinastia da Moldânia. Poucos anos depois da ascensão de Carom ao trono, a Moldânia muda sua política e inicia uma campanha militar de proporções gigantescas em busca das terras férteis além do sul. Para defender o território a oeste do reino, Carom confrontou os moldas da União das Planícies, controlando-os militarmente e criando assim, em 565 D.C., o Marco de Plana. A partir deste período, Plana é governada diretamente por Saravossa. Mais de 300 anos se passam sob o domínio da grande Moldânia, quando em 882 D.C., com o final da guerra civil e com a divisão da Moldânia em dois, Plana se torna oficialmente independente.

Foi um longo período de relativa paz e prosperidade, quando Plana teve como aliado não só da Moldânia, mas muitos outros reinos.  Entretanto, com a expansão da Seita e do iminente ataque, as principais Igrejas do norte de Tagmar se reuniram em Saravossa para uma reunião nunca antes ocorrida. Era necessário deixar as diferenças de lado e iniciar uma reação contra o poder crescente dos demônios. Plana, Moldânia Superior e Azanti, uniram-se em 1224 D.C. na Aliança dos Povos para defender as raças civilizadas e as suas divindades criadoras.

Com a inesperada resistência de Abadom ao avanço dos Bankdis, somente mais de um século depois, em 1347 D.C. que o povo de Plana iria conhecer o horror negro que já praticamente dominava Tagmar. Apoiado pelas tropas de Saravossa, Chats e Zanta iniciasse uma longa série de batalhas por mar e por terra, onde a Aliança dos Povos rechaçam as forças demoníacas que vinham de Abadom. Esta situação se arrasta por muitas décadas, quando em 1390 D.C., os Senhores Infernais fazem uma trégua e concentram suas forças para isolar a Moldânia. Eles atacam maciçamente pelo leste através de Filanti, e a oeste em Plana. Finalmente Plana cai sob o domínio demonista em 1391 D.C.. Muitos acharam que estes eram os últimos suspiros das almas livres de Tagmar, mas isto iria mudar em breve com a aparição do Grande Sábio. Em 1405 D.C., os exércitos da união avançam expulsam os demonistas para alem do rio Mam. Plana é o primeiro reino a ser libertado, e como conseqüência e acaba por incorporar parte do território norte de Abadom. Com o fim da Unificação, em 1450, Plana volta a ser independente, retornando a sua forma antiga de governo.

Governo

Plana abandonou a monarquia logo nas primeiras décadas de governo, pois embora existisse um rei em Plana, e toda uma nobreza, devido ao fato de estar sempre se intrometendo nos assuntos comerciais e cobrar impostos exageradamente altos com a finalidade de sustentar a nobreza, acabou sendo deposto.

Plana hoje é governada por um conselho de grandes comerciantes, chamado de  “Conselho Maior“. Praticamente inexistem nobres, além disso, foi o primeiro reino a possuir uma constituição (que privilegia muito os grandes comerciantes). Atualmente o conselho se divide entre a manutenção das estradas e rotas internas e externas ao reino (isso inclui segurança de caravanas, postos avançados de vigia, etc), administração dos impostos e as taxas de lucro obtidas com mercadorias comerciadas por eles. Todas as principais cidades possuem um  “Conselho Menor”, que cuidam dos afazeres locais, bem como prestam contas das taxas locais, margens de lucro, segurança e tudo o mais, cabendo ao  “Conselho Maior” as decisões que afetam Plana como um todo.

Plana também inovou o processo judiciário no mundo, dando o direito a qualquer acusado, de qualquer delito, a utilizar-se de representantes, para auxiliarem na defesa ou acusação de uma pessoa. Todo o sistema de defesa e da manutenção da lei é administrado por mercenários contratados pelo  “Conselho Maior”, já tão notórios que receberam o nome de Capitães-Juízes e são parte da sociedade política de Plana. A maioria dos casos é levada a um deles que, baseado na Tábua das Leis (a constituição planense) e na demonstração dos fatos e provas pelos defensores/acusadores, dá seu veredicto. Pode-se recorrer a um novo julgamento, mas isso implica no pagamento de uma taxa chamada  “frívolo” ao Capitão-juiz, taxa essa que aumenta a cada novo julgamento.

A pena de morte foi abolida com o inicio do período da Unificação, mas a escravidão e a flagelação pública não. Ainda assim o uso de multas pesadas e o pagamento de indenizações às vítimas, têm sido a forma de pena mais utilizada para os crimes em Plana. Dizem que os Capitães-juízes são altamente parciais, raramente penalizando alguém ligado aos grandes comerciantes de Plana, muito menos ao  “Conselho Maior”. Isso, ligado ao fato de alguns deles serem facilmente subornáveis (apesar deles negarem esse fato e levarem a julgamento aqueles que fizerem essa afirmação), tem dado a eles uma imagem negativa junto a população em geral, principalmente os pequenos comerciantes.

História Recente

Nos dias de hoje, Plana, os comerciantes de plana estão sempre a contratar bons combatentes e bons batedores. Sempre existe uma caravana para algum lugar fora do reino que precisa de segurança.  Outras vezes, eles necessitam de gente para visitar povoados e ver qual os perigos para alcançá-los e as mercadorias que eles mais necessitam. É comum também que estes aventureiros sejam contratados para trazer notícias de novas mercadorias, ainda mais as que têm alguma característica mágica, o que vale muito dinheiro, e tem feito muitos planenses ricos.

Apesar de rico, Plana ainda não é um reino exemplar. A pobreza vem crescendo cada vez mais e os comerciantes, antes pequenos vendedores ambulantes, começam a se tornar senhores do comércio em praticamente todo o Mundo Conhecido. Não existe um armazém ou loja em Tagmar que não possua uma mercadoria vendida por um Planense. Junto com o crescimento de seus lucros, sua ganância vem aumentando. E seu poder político começa a influenciar outros reinos também.

Infelizmente, seus esforços de comércio com Verrogar estão ficando cada vez mais distantes. Na verdade, Verrogar é onde existe o segundo maior mercado do Mundo Conhecido. Mas, devido ao eterno estado de guerra e a xenofobia crescente pregada pelo governo, qualquer estrangeiro ou produto que não seja produzido naquele reino e não seja de necessidade nacional (um conceito que só os Verrogaris conhecem) é altamente taxado, e seus vendedores, controlados com extrema rigidez.

Dantsem está se tornando o melhor local para vender mercadorias. A distância e os perigos para que qualquer caravana chegue até lá, quase triplicam o preço inicial de qualquer produto. Acordo sempre foi um lugar de difícil acesso, e o único reino que eles não têm como barganhar produtos (levar um acordiano na conversa é muito difícil). Os Acordianos ainda estipulam o preço de seu metal, sem que os Planenses possam fazer nada. Marana e Luna são locais considerados perigosos para vendas. Atualmente, poucos são os comerciantes que atuam naqueles reinos, geralmente eles é que mandam caravanas para comerciar com Plana.

Porto Livre é considerado local de comércio proibido, pois muitos dos piratas e salteadores que vivem lá já roubaram suas mercadorias e mataram vários comerciantes. Existe uma recompensa vultuosa para qualquer pirata que seja capturado, dada pelo Conselho Maior de Plana. As Cidades-Estado, Calco, Conti, Levânia, Ludgrim, Eredra, Azanti e Filanti são os locais onde o comércio é mais seguro, e apesar da taxa de lucro ser baixa, sempre há um planense comerciando por esses reinos.

Vários acordos econômicos têm sido feitos entre Calco e Plana. Plana vê uma grande vantagem em ter Calco como amigo, pois pode, nessa amizade, receber a vantagem de ter comércio com qualquer reino, o que o torna sempre mais competitivo que seus rivais. As relações entre Calco e Plana só não são mais duradouras e fortes devido ao fato de Calco estar sempre solicitando o fim à escravidão.  O Conselho Maior de Plana embarga qualquer tentativa de diálogo sobre esse assunto, dizendo que isso seria ruim para o equilíbrio monetário do reino. Por isso, Calco mantém certa distância  “salutar” em alguns assuntos com Plana, por saber que de algum modo os objetivos reais do Governo Planense estão bem distantes daqueles que eles demonstram ter.

O Povo de Plana

A população é na maioria humana, mas anões e pequeninos também são parte representativa da população. Elfos são mais vistos próximos a Calco  (geralmente comerciantes daquele reino) ou de passagem.

Humanos são a maioria no reino e costumam ser os grandes comerciantes, cuidando de cidades como Cipa e Pórtis, devido a capacidade de serem agricultores, plantadores e pecuaristas. A antiga nobreza de Plana era composta somente de humanos. Já o atual  “Conselho Maior”, embora seja constituído basicamente por humanos, existem anões e até pequeninos entre seus membros.

Anões planenses são na maioria pequenos comerciantes de peças metálicas, desde armas até bijuterias, enquanto pequeninos cumprem o papel de fiscais de impostos e mensageiros dentro e fora do reino. Cambu é o deus mais cultuado com toda a certeza em Plana, mas não há restrições quanto ao culto de outros deuses no reino, apenas é de comum acordo que qualquer bom negócio gerado, uma moeda de cobre deve ser ofertada a Cambu, e é considerada muita grosseria não o fazer.

Pouca coisa há de ser dito sobre magos em Plana, apenas que eles não são confiáveis para se fazer negócios. Raramente um grande comerciante vai aceitar tratar diretamente com um mago, preferindo que o mago envie um terceiro para a negociação, afinal, como dizem os planenses,  “jamais aperte a mão de um mago antes de fechar negócio!”, e isso vale para magos de qualquer colégio, pois para os planenses, há pouca diferença entre eles, afinal, são todos magos (claro que ninguém diz isso na frente de um mago, sabe como é, amor a própria vida!) sendo estigmatizados como pouco confiáveis.

Rumores e Intrigas

Mas nem tudo são flores em Plana, os boatos são de que muitos navios que tentam atravessar o Lago Denégrio, vindos de Plana, estão desaparecendo misteriosamente. Não se sabe exatamente o quê está acontecendo, mas rumores sobre dragões e outras criaturas aladas atacando da Cordilheira de Sotopor são comuns nas regiões portuárias. Dizem que há exércitos de criaturas se formando em Abadom, e isto pode influenciar e muito o comércio em Plana.

Há piratas que roubam mercadorias valiosas por toda a extensão do mar do norte e as comercializam em Porto Livre. Está sendo discutido atualmente pelo  “Conselho Maior” e o  “Conselho Menor” de Pórtis, uma resolução para enfrentar está terrível afronta ao governo e a soberania Planense. Muitos aventureiros estão rumando para Balistro e Pórtis e se filiando a milícia marítima, esperando por oportunidades que podem estar bem próximas.

Outro perigo é a volta do filho do antigo rei, Estide, da antiga dinastia de monarcas planenses, considerado um nobre cruel e tirano e que se exilou em Verrogar. Alguns boatos dizem que o sucessor ao trono planeja um ataque a Plana para retomar o poder, e voltar a cobrar altas taxas de impostos para manter sua vida opulenta. Como se isso não bastasse, ainda dizem que isso pode ser um golpe plantado pela nobreza de Verrogar, numa tentativa óbvia de desestabilizar o comércio de Plana, mas quem saberá a verdade?

Além disso, tem o fato de existirem grupos de salteadores crescendo dentro das terras de Plana, incentivados pela pobreza crescente. Muitas guildas de ladrões estão espalhadas por toda Plana, e há muita competição entre elas, talvez apenas isso as impeça de ter um controle maior sobre o submundo de Plana. E ainda existe no submundo, um boato sobre um grupo de salteadores que se auto-intitularam  “Os Mascarados”. Eles estão crescendo e, dizem, tentando tomar o poder em Plana, mas ninguém sabe seus reais objetivos.

Há rumores de que, embora oficialmente Verrogar imponha um rigoroso controle de comércio, haveria um tratado entre Plana e Verrogar que garantiria passe livre para os comerciantes planenses por seu território, para que possam comercializar com o povo de Eredra. Os termos desse suposto acordo e que tipo de vantagem a corte de Verrogar levaria, é ainda um mistério.

Algumas pessoas insistem em afirmar - com certa cautela é claro - que em Plana haveria uma autorização, dada pela corte, para que uma pessoa possa fazer magias sem sofrer qualquer tipo de repressão. Verdade ou não, o fato é que os alguns poucos místicos que se mostraram em público, não foram abordados pela guarda e os que foram logo foram libertados.

Não há confirmação oficial, mas todos sabem que há um controle ao acesso à magia. Andar fazendo magias é querer ter em seu encalço todo um grupo de mercenários, contratados para caçá-lo. A justiça para magos funciona da mesma forma que a justiça comum, sendo a deportação uma das penas mais comuns em Plana para os delitos envolvendo magos. No geral, magos e magia são vistos com desconfiança em Plana. Por serem comerciantes natos, eles sabem que um usuário de magia pode fazer você assinar um acordo desonesto ou prejudicial. Por isso, a magia é vista como coisa estranha e antinatural, por aqueles sem o dom para ela. A magia, e seus usuários, devem ser conhecidos e, transações com eles, minuciosamente acordadas.

 

Principais Cidades e Locais de Interesse

Caleonir

Aradelis

Porto Velho

Balistro

Omarge

Cipa

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