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Abadom .

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Abadom

“Sobrevivência, filho, essa é a chave do sucesso em Abadom, pois aqui o que valem são as leis da natureza, onde o forte prevalece sobre o fraco, só com esse pensamento, filho, é possível ainda continuar a vida em Abadom, lembre-se disso, pois é a única lição que terá antes de se tornar um adulto.”

Eleriom Braçoforte, líder de Fleuter

Abadom é um reino que se limita ao norte pela cordilheira de Sotopor e Acordo, a oeste pelo mar, ao leste pelo lago Denégrio, Plana e Dartel e ao sul pela Levânia. Seu clima e vegetação assemelham-se aos encontrados em nosso clima tropical equatorial ao norte e a leste, tropical de montanha nas montanhas (onde se encontram áreas de  “gelo eterno”) e árido ao sul e no litoral oeste, possuindo algumas áreas desérticas próximo a Levânia.

Nos tempos antigos, sua capital Deiamom era uma cidade encravada no centro de Abadom, no alto da Cordilheira de Sotopor e foi a primeira cidade construída no reino dizem que por volta de 15 D.C... Muito pouco se sabe sobre Deiamom, mas as lendas cantadas por bardos abadrim dizem de muitas maravilhas a respeito de sua antiga capital Deiamom era conhecida como uma cidade de grande esplendor devido aos grandes jardins incrustados na rocha da montanha, de suas magníficas fontes de águas termais, dos grandes aquedutos que serviam a capital, de suas maravilhosas obras de arte, sua capacidade em criar itens de grande magia, tudo isso alimenta muitas lendas a respeito de Deiamom. Uma das lendas conta que ela foi a única cidade do toda Tagmar que não foi totalmente destruída no cataclismo, e que 15 D.C. seria a data em que sua reconstrução foi terminada.

Com o aumento do comércio marítimo, foi imprescindível a mudança da família real e sua corte para uma cidade litorânea. Deiamom passou a ser então a cidade da cultura e da história. Onde a magia floresceu e grandes colégios de magia foram fundados e muitas lojas arcanas abertas, reforçando as lendas sobre tesouros mágicos inigualáveis, pergaminhos contendo grandes magias há muito esquecidas.

Assim, com o crescimento do reino e a mudança da família real, foi fundada em 570 D.C., Tronum, a nova capital, onde dizem, vivia o antigo rei Nurabissal, cercado pelo seu harém de cinqüenta mulheres e tesouros fabulosos encontrados nas minas de Abadom. Era uma cidade grande e poderosa, além de rica, que se localizava próxima às minas de Petroferro, junto ao mar. De grande esplendor para uma cidade da época, era uma maravilha a beira da costa ocidental, com grandes portos, estalagens onde se falavam as mais diversas línguas, e ruas de comércio onde podiam se encontrar de tudo. Ali passava quase todo o ferro que circulava em Tagmar sem contar as armas produzidas com ele. Ali também vivia o destacamento de elite do exército abadrim, denominado a Guarda da Lança de Tronum, em homenagem ao feito de um de seus antigos reis que, dizem as lendas, matou um dragão com uma lança. Dizem que sua guarda de elite possuía armas forjadas com metais arcanos, com poderes místicos. 

Segundo alguns estudiosos, Abadom possuía outras cidades tão curiosas e fascinantes quanto Deiamom e Tronum. Ferco, por exemplo, era um balneário de descanso e diversão,  “a mais bela de todas” cantam os bardos em melancólicas melodias do passado. As histórias cantadas por bardos abadrim dizem que existia uma casa toda construída em ouro e que seus banhos e suas casas de diversão eram as melhores do reinado. Os grandes comerciantes, a baixa nobreza e, às vezes, a alta nobreza eram encontrados nesse paraíso. Ninguém sabe o que aconteceu com os moradores de Ferco, já que ela era uma cidade incrustada nas montanhas e foi uma das primeiras a ser atacada pelos dragões.

Petroferro era praticamente a maior mina de ferro do Mundo Conhecido, capaz de uma extração gigantesca, era capaz de fornecer minério de ferro ao mundo todo, fonte de lucro para todo o reino. Foi também um primeiros lugares a cair quando os dragões atacaram. Hoje sua localização ainda é um mistério.

Os problemas de Abadom apareceram com a chegada de uma das piores doenças do Mundo Conhecido: um mal corrosivo, de rápida expansão, chamado Seita.

Em 1200 D.C., notícias vindas do sul falavam do grande exército que havia tomado os reinos de Eredra e Ludgrim, e que uma de suas ramificações estaria marchando para o reino do povo abadrim. A corte de Abadom começou então os preparativos para uma batalha iminente: táticas de defesas eram discutidas durante meses, pessoas de diversas partes do reino eram convocadas e rumavam para as fortificações das fronteiras, e lanças, espadas e escudos eram forjados aos milhares.

Foi quando em 1245 D.C. os soldados de Abadom avistaram seus inimigos: um imenso exércitos de adoradores de demônios, composto de fies insanos e criaturas selvagens. Nesse dia, na fronteira entre o reino de Abadom e a cidade de Rokor, na Levânia, houve o primeiro embate entre as duas forças, contando ao entardecer, milhares de mortos de ambos os lados. Contudo, Abadom havia se preparado muito bem para o perigo que estava por vir e surpreendeu o exército invasor ao mostrar um poder de resistência muito maior do que os demonistas esperavam. A guerra é impiedosa e se arrasta por anos, mas em 1252 D.C., ao sopé das montanhas de Sotopor, o exército demonista foi derrotado em uma grande batalha. A derrota obriga a adiar seus planos, ao ter que se retirar do território de Abadom para que seus fossem dizimados. Entretanto, a expansão desenfreada da Seita havia sido apenas temporariamente contida. Após sua primeira derrota, os demonistas mudaram de tática e um estratagema foi mais bem arquitetado. Com as fronteiras a oeste da cordilheira de Sotopor fortemente guarnecidas pelo exército abadrim, os Bankdis, contornaram as brumas de Dartel, através do território de Verrogar (com quem mantinham aliança) e chegaram ao lago Denégrio. Passaram mais de uma década, usando forças de trabalho escravo, para construir uma enorme frota de navios de guerra, que em 1275 D.C. partiu para Abadom disposta a trazer a morte e o caos aquele povo guerreiro.

Contudo, os generais de Abadom já haviam previsto um ataque pelo lago e o avanço dos demonistas foi contido por mais de 10 anos, quando em 1287 a frota imperial de Abadom, surpreendeu os demonistas na foz do rio Baloc e mais uma vez os Bankdis foram derrotados pelas forças de Abadom, dessa vez, por mar. Após ser responsável por mais uma derrota dos demonistas, o comandante supremo da frota imperial foi chamado a Tronum, onde pessoalmente entregou a cabeça do comandante ao rei.

Não se sabe ao certo que sortilégios acompanhavam o bizarro  “troféu” da batalha, mas o fato é que naquela noite o povo abadrim enfim conheceu o terror que outros povos já haviam presenciado, representado pelos membros da Seita. Hordas de demonistas penetraram pelo rio Mam com uma enorme frota, indo diretamente de encontro ao coração de Abadom. Mesmo não tendo os demonistas chegados as portas da capital, no amanhecer do dia seguinte o palácio do rei foi completamente destruído, não restando sequer as cinzas que denunciassem a existência da corte de uma grande nação, que outrora ali havia estado. Até hoje muitos especulam como os demonistas teriam passado despercebidos pela frota de Abadom, mas tudo indica que houve uma traição. A história não registra nomes, mas muitos apontam o próprio comandante-em-chefe das frota de Abadom o responsável pela sucesso inimigo, sendo ele, desde então, suspeito de ter sido um dos que venderam sua alma aos demônios.

Sem comando e a beira do caos, as forças de Abadom não conseguiram resistir, e as cidades começaram a cair, uma a uma, sob o julgo Bankdis. Mesmo com a grande força que ainda lhe restava, Abadom não seria capaz de conter o avanço demonista. Eles então, mudaram de estratégia. Começaram a recuar em direção as montanhas, como se estivessem abandonando a batalha. Os lideres do exército da Seita, viram nessa demonstração de fraqueza a chance de uma vitória esmagadora e ordenaram a perseguição dos fugitivos. Contudo, esse recuo não passava de um ardil dos comandantes abadrim, que procuravam evitar os combates em campo aberto, onde com um exército menor e mais fraco, seriam certamente esmagados.

Como não conheciam a região montanhosa de Abadom, os membros do exército da Seita que perseguiram os soldados abadrim nas montanhas, não fizeram nada além de marchar para a destruição. Caiam constantemente em armadilhas, emboscadas e escaramuças. Eram surpreendidos a noite com ferozes ataques de guerreiros que pareciam brotar do chão, e as poucas vezes que conseguiam um combate frente-a-frente, eram obrigados a lutar em fendas que os impossibilitavam de flanquear o inimigo. Foi um verdadeiro massacre.

Todavia, o exército da Seita ainda era muito superior ao de Abadom, e conseguia manter - embora lentamente e a duras penas - o avanço em direção ao centro do reino. Esta tática de defesa se manteve por décadas, até que em 1340 D.C., a capital Tronum foi finalmente tomada, e logo toda a metade sul do reino estava submetido ao domínio . Muitas batalhas ocorreram ainda, com alguns grupos de resistência atrasando o progresso do exército da Seita para o norte. Contudo, em 1345 D.C., os últimos soldados resistentes foram capturados ou mortos, deixando os demonistas livres para invadir Plana. Inicio-se então um período negro na qual o povo abadrim foi escravizado, onde somente a fé nos deuses mantinha a esperança acessa.

Com a unificação, em 1405 D.C., o povo de Abadom foi libertado do domínio Bankdi pelos exércitos da união. Entretanto, a paz no reino não durou muito. Em 1420 D.C., o reino é invadido e atacado por uma horda e dragões, o que pôs fim ao antigo reino, hoje transformado num reino perigoso onde todos os tipos de monstros podem ser encontrados. Toda a cultura, ciência, tesouros de Abadom foram tomados pelas florestas. Atualmente, só existem escombros das antigas cidades abadrim. As maiores cidades antes da Guerra foram: Tronum, a capital; a capital anterior e Ferco, o balneário de Abadom.

A história do fim do reino de Abadom é muito confusa. Uns dizem que o que aconteceu foi um castigo, pois o rei de Abadom, em sua ganância e sede de reconstruir o reino quis destruir as florestas e perfurar o coração de Maira, procurando por ouro e metais mágicos, e isso teria sido um grande desrespeito a deusa Maira, que por sua vez enviou hordas de criaturas das profundezas da terra para punir os gananciosos.

Outros dizem que foi o crescimento da Seita que desencadeou a destruição, pois muitos abadrim teriam se vendido às idéias dos Bankdis, e comungado com demônios, assim pela ira dos deuses, todos os infiéis deveriam ser punidos, antes que sua mácula se espalhasse por todo o mundo.

Mas todos concordam que o grande marco do fim foi o ataque dos dragões à capital. Nenhum dragão era visto há muito tempo, e o misterioso aparecimento desses bestas aladas significou a morte de milhares de pessoas. Felizmente o ataque só não teve conseqüências piores para o Mundo conhecido devido à suposta intervenção do Senhor do Lago Denégrio, que forçou os dragões a voltarem para seus picos gelados.

Mesmo assim, o povo de Abadom nunca foi o mesmo, nem seu território, que foi invadido por todo tipo de criaturas. Mas um fato é que todas essas criaturas perduram nas terras de Abadom até hoje, o que representa um desafio sem igual a qualquer grupo de aventureiros e heróis dispostos a percorrer as terras de Abadom.

Governo

Pouco, ou quase nada, se sabe sobre a antiga forma de governo de Abadom, somente que seu regime era monárquico e que os descendentes dos atuais monarcas é que tinham direito ao trono. Atualmente não se sabe se há alguém vivo da linhagem nobre de Abadom, e mesmo que haja, talvez o povo esteja tão disperso que quem se importará?

Abadom é hoje, portanto, um pequeno reino sem monarca, onde a população vive sob um sistema de regras onde predomina a boa vizinhança e o trabalho. Geralmente quem dita as regras em seus vilarejos são os anciões, que se tornam juízes e prefeitos ao mesmo tempo. As penas mais duras, no sistema de regras adotado nesse reino, são o ostracismo e a morte, sendo que a primeira acaba levando a segunda. Mas essas penas raramente são usadas.

Praticamente um povo nômade, agora os poucos abadrim que sobreviveram ao holocausto dos dragões, vivem espalhados ao longo das margens do Lago Denégrio.

Muito respeito há pelos grandes caçadores do povo, que ajudam no sustento e na proteção , descobrindo as melhores rotas longe dos monstros, a melhor época do ano para se moverem, enfim, verdadeiros mestres da sobrevivência, de fundamental importância a este povo fragmentado.

História Recente

Atualmente, o verdadeiro reino se restringe ao lado mais próximo de Plana, onde ainda existe um comércio rudimentar (couro, lã, peças artesanais rudimentares e extração vegetal). Os habitantes sobrevivem da pesca e agricultura internas. Desde que os dragões atacaram a antiga capital, Tronum, todos os habitantes foram forçados a viver em pequenas comunidades, algumas nômades. A grande população humana de Abadom fugiu, ou para lugares mais calmos dentro de Abadom, perto do Lago Denégrio, ou para outros cantos do mundo. Dizem que em Tagmar sempre existe um planense vendendo algo e um abadrim perambulando e trabalhando em algum lugar. Não é de se espantar que a maioria dos escravos do Mundo Conhecido seja oriunda de Abadom.

A religião hoje é a única coisa que une os abadrim. A grande maioria é devota de Maira ou Sevides. Quiris, Liris e Ganis são deuses muito cultuados também. Os sacerdotes desses deuses são muito bem recebidos. Esses, porém, são muito poucos, pois a verdadeira fé se tornou algo raro entre os abadrim nos dias de hoje. Vale ressaltar que magia que não venha dos deuses que eles cultuam é vista como uma coisa pouco confiável, e seus usuários um tanto loucos ou obscenos.

Os vários reinos do Mundo Conhecido vêem alguma importância em Abadom (na Cordilheira de Sotopor é que estão as maiores minas de minérios e pedras do Mundo Conhecido), mas o custo de exploração ainda é muito caro. Acordo e Levânia têm interesse direto nisso, pois se o primeiro reino vive praticamente da extração mineral, o segundo vê nessa atividade uma opção a mais em sua economia. Plana negocia a construção de estradas, mas é difícil conseguir negociar com os vários vilarejos e contratar pessoal para desmatar as florestas e construir algo. Eles bem que tentaram, mas a floresta já invadiu grande parte da área que foi aberta para a construção de uma estrada, no contorno do Lago Denégrio, isto ainda torna a viagem pelo lago mais segura e rápida (e desestimula o comércio terrestre). Verrogar, apesar de possuir uma fronteira com Abadom, nunca pensou em invadir aquela área por falta de interesse tático-expansionista. Calco e Portis mantêm um programa de mapeamento atualizado de Abadom que infelizmente está parado por falta de exploradores.

O Povo de Abadom

A grande maioria dos humanos originários de Abadom, ou fugiram ou se tornaram nômades vivendo as margens do Lago Denégrio, na região compreendida entre o rio Mam e o rio Baloc.

Os anões que viviam lá e conseguiram sobreviver, foram para Plana (e posteriormente para Acordo). Os elfos decidiram não permanecer próximos a florestas tão perigosas, abandonando-as para as criaturas que hoje as habitam. Os pequeninos que lá ficaram estão, aos poucos, indo ou para Acordo ou para Plana, a fim de encontrarem um meio de vida melhor.

Dizem as lendas que um grande contingente de humanos e anões partiram logo que as guerras e ataques começaram, porém estes nunca mais retornaram, contam as antigas canções que eles se refugiaram no norte do mundo. Serão estes os mesmos humanos e anões que fundaram o reino de Acordo?

Rumores e Intrigas

Em Deiamom, dizem as lendas, lá estão possivelmente até hoje, pergaminhos que contam a história do mundo de Tagmar desde os meados do Segundo Ciclo. Infelizmente, os poucos aventureiros que chegam a encontrar essa cidade perdida no meio da mortal Cordilheira de Sotopor acabam voltando loucos, quando voltam, ou morrendo por lá.

Ainda assim, muitos aventureiros estão dispostos a percorrer esse reino perdido. Seja em busca de tesouros, glória, fama, conhecimento (mágico ou não) ou simplesmente uma boa aventura.

Dizem que a Guilda de Ladrões de Calco oferece uma recompensa de 50 moedas de ouro para aquele que cruzar Abadom de uma ponta a outra, e claro trouxer algo de valor que prove sua jornada.

Outros dizem que os reis de Abadom escondiam seus tesouros na masmorra de seu castelo, cheio de armadilhas e criaturas. Alguns dizem que um dos reis de Abadom conseguiu matar um dragão, usando uma liga metálica mágica, mais poderosa que o aço de Blur, e que a lança que matou esse dragão, está escondida em algum lugar da cidade de Tronum. Aumentando ainda mais as lendas de que a Guarda da Lança de Tronum possuía realmente armas místicas, forjadas com metais mágicos. E todas essas armas ainda estariam lá, debaixo de camadas de pó e relva selvagem.

Uma lenda contada pelos bardos abadrim conta uma estória sobre a coroa do último rei de Abadom, Nurabissal. Que tal coroa seria uma maravilha da capacidade mágica daqueles tempos, contando com incríveis capacidades. Sem dúvida alguma, um item de grande valor, que pode tornar um grupo de aventureiros ricos ou muito poderosos. Diz as antigas cantigas que sua coroa mágica que foi roubada pouco antes da destruição de Tronum pelos dragões. E diz a lenda que quem possuir a coroa, poderá reerguer toda a glória e poder de Abadom.

E, para finalizar, existem rumores que um grande exército de criaturas está se preparando em Abadom, muitos aventureiros dizem ouvir a noite um som como o da marcha de centenas de búfalos selvagens, mas que misteriosamente estariam se movendo em direção a Cordilheira de Sotopor. Se um grande grupo de criaturas está mesmo a se juntar, ninguém sabe qual a sua finalidade. Calco e Plana oferecem vastas quantias por informações precisas sobre esta estanha atividade, mas qual grupo está preparado para tal jornada.

Principais Cidades e Locais de Interesse

Deiamom

Tronum

Ferco

Cordilheira de Sotopor

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