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Moltas

Introdução


“Nossos antepassados chegaram a estas terras em busca de uma esperança que haviam perdido em sua terra natal. Aqui nós fizemos nossas vidas, construímos e prosperamos e nos negamos a abandonar nossos sonhos e esperanças como nossos antepassados fizeram.”

“Eu convoco a todos que sejam capazes de erguer uma espada a lutar pela defesa de nossa cidade, de nosso sonho, pois aqueles que tombarem neste dia, saberão que dão a vida não somente por um sonho, mas pelo futuro de nossos filhos e netos.”

Discurso de XXXX durante o ataque a cidade de Andrar.

Localização

O antigo reino Molta está localizado ao sul da ilha de Agéia. Toda a região ao entorno das baias de Baical e Balizar.

Geografia

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Clima

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Fauna e Flora

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História do reino

As grandes torres de Moltânia se erguiam e podiam ser vistas há vários quilômetros a dentro dos mares profundos. Este reino era a luz da liberdade e do conhecimento entre os reinos imersos bárbaros que estavam imersos nas trevas da ignorância.

Mas a arrogância de seu povo levou a ruína este glorioso império. Muitos afirmariam que foi o castigo dos deuses, outros que o destino havia conspirado contra o império Moltas, mas uma noite o chão tremeu intensamente e o céu da noite ficou claro como o nascer do sol.

A grande montanha de Erúvio pintada em diversos quadros pelos artistas locais, havia explodido em chamas e o céu ficou coberto de destroços em chamas.

A erupção começou no meio da noite e prosseguiu lentamente até o raiar do dia. Para aqueles temerosos e devotos aos deuses foi o sinal para deixarem sua cidade e centenas de navios partiram antes do raiar do sol.

Para aqueles que teimaram em ficar na cidade, acreditando que o pior havia passado, foram engolidos por uma explosão ainda maior que a primeira que demorou a cidade em direção ao mar e o fogo encobriu a região.

Liderados por Altrus, os barcos navegaram para longe da destruição e cruzaram o mar profundo. A incerteza dos dias antigos foi deixada para trás quando encontraram as grandes terras do ocidente.

Uma terra tão bela e verdejante que muitos acreditavam ter chegado na morada dos deuses. Durante os dias seguintes, os navios buscaram por provisões e um bom lugar para aportar até encontrarem uma grande bacia. Nesta bacia encontraram o lugar protegido para seus barcos e para construir suas primeiras vilas.

Para as outras raças que observaram o mar de velas que despontou no horizonte e a chegada dela a Bacia Baical em Agéia, o ano de 95 d.c. trouxe grandes mudanças.

Durante os anos seguintes, as grandes famílias, devotas da deusa Ganis, se espalharam pela região e basicamente viveram da caça e da pesca. Algumas das famílias buscaram evitar contato com as raças locais, outras rapidamente formaram alianças comerciais e militares contra outros inimigos em comum.

Até então os humanos eram vistos com grande medo e receio, em detrimento a política expansionista empregada pelo emergente império Valon. O império Reptante ficou temeroso a presença dos Moltas, pois acreditavam que todos os humanos eram destruidores e escravagistas, já os Gorns se mantiveram mais receptivos e pequenas alianças esporádicas foram formadas.

Neste período os Reptantes e os Gorns combatiam intensamente a presença Valon nas ilhas próximas de Agéia e por longos anos os Moltas foram mantidos em relativa paz.

Os anos passaram lentamente. Os Moltas se mantinham pacíficos e o crescimento de suas cidades foi gradual. Tecnologia, liderança e comprometimento foram fundamentais para a expansão grandiosa do império onde cada qual desempenhava seu papel com dedicação e amor a nova terra.

Fora das terras de Agéia às notícias que chegavam de outras raças era de uma guerra que se alastrava pelos mares e centenas de ilhas sendo dominado por um império poderoso e temido.

No ano de 281 d.c., o império Valon era a maior potência dos mares. Suas províncias ricas e bem administradas se espalhavam por cada ilha existente e sua bandeira tremulava pelos mares.

Todas as rotas comerciais e de navegação estavam sob seu controle e Agéia e seu povo se encontravam isolados.

A grande ilha sempre foi um grande problema para os Valons, pois além da grande extensão de terra que impedia de ser completamente bloqueada por sua esquadra é também sede de três grandes povos e sede política destes.

Os Reptantes, os Gorns e os Pantos por anos impediram a conquista de seus territórios e implicaram grandes perdas aos Valons apesar de nunca terem formado uma grande e definitiva aliança contra a ameaça em comum.

Talvez por se manterem afastados do conflito por tanto tempo, os generais Valons acreditavam que as terras Moltas seriam mais facilmente conquistadas e este povo subjugado.

Não poderiam estar mais enganados.

Quando os primeiros navios de combate entraram na Baia de Baical a surpresa foi imensa. Centenas de navios de guerra estavam a ir na direção deles e ao longe se podiam ver grandes cidades, com palácios e fortalezas.

A gigantesca esquadra Valon foi preparada durante os dez anos anteriores para ser a maior força já desembarcada em Agéia. Centena de soldados treinados e armados com o melhor que existia nas forjas Valons, grandes armas de cerco, cavalarias para dominar exércitos, arqueiros e infantarias que poderiam cobrir planícies.

Seria a guerra que colocaria Agéia de joelhos perante o império Valon.

Mas a visão dos primeiros navios da esquadra serem destruídos na entrada da Baia de Baical e de lá de dentro saindo uma imensa esquadra inimiga não estava nos planos Valons.

Talvez a visão dos grandes cascos dos navios de guerra Moltas se aproximando ou então o som do tremular das grandes velas bancas e douradas juntamente com o som estridente das trombetas de guerra tenha sido o que causou o pânico inicial.

Muitos dos navios Valons querendo manobrar para conseguir uma melhor posição para seus arqueiros e armas de assalto acabaram se chocando com outros navios aliados.

Os navios Moltas eram mais resistentes e mais fáceis de manobrar o que permitiu colocar os navios em melhor posição. Era claro que as forças Moltas estavam em menor número, de 13 navios valons para cada navio Molta, mas eles contavam com a surpresa de um ataque rápido e uma tática arrojada.

Parte da marinha Molta entrou nas fileiras Valons causando grande destruição. Todos estariam carregados com Sopro de Dragão e com guerreiros de assalto. A missão deles seria tomar os navios inimigos ou destruir tudo a sua volta.

Os primeiros navios de guerra Valons foram os mais difíceis de vencer já que sua marinha estava preparada para o combate marítimo, mas não lutavam tão bem próximos dos inimigos.

As demais embarcações que se encontravam atrás eram em grande parte de transporte de tropas de assalto. Os Flamejantes como ficou conhecido o grupo de assalto dos Moltas, forçou as defesas Valons e quando um pequeno espaço foi conseguido, três navios moltas entraram e explodiram junto aos navios de transporte.

Caos era a palavra que poderia descrever os momentos seguintes.

Homens, metal e madeira voaram pelos ares.

Vários navios de transporte haviam sido destruídos e outras dezenas estavam em chamas e as tripulações destes lutavam para debelar a destruição causada.

O impacto da explosão desnorteou os navios de guerra Valons que passaram a atacar a distancia e evitar a aproximação de outros navios Moltas. A tática estava dando certo e parte da marinha Molta forçava as forças Valons para próximo da ilha de Agéia.

Uma ressoante trombeta é ouvida no navio do capitão molta Erziano. Os navios Moltas manobraram para longe dos navios Valons que se encontram próximos na ilha e no segundo seguinte, centenas de flechas e bolas de fogo são lançadas no paredão próximo da ilha.

Dezenas de armas de cerco se encontravam camufladas e protegidas na parte mais alta do paredão despejaram fechas, fogo e metal sobre o inimigo.

Os navios mais próximos da ilha afundaram em alguns minutos, os mais distantes em chamas e prontos para o segundo ataque.

Apesar de tudo ter transcorrido de acordo com a tática empregada pelos Moltas, a diferença numérica ainda era grande e as baixas entre os Moltas continuavam a acontecer.

Agora era só uma questão de tempo dos Valons caçarem e destruírem os navios Moltas. A diferença estava agora de oito navios valons para um navio Moltas.

Os minutos seguintes foram dramáticos. Os flamejantes lutavam desesperados esperando afundar qualquer navio que fosse tolo o suficiente para se aproximar deles, mas infelizmente os Valons agora destruíam os inimigos a distancia com suas armas de longo alcance.

O restante da esquadra Molta se reagrupou em torno do Indestrutível, navio comandado pelo Capitão Erziano para uma última investida contra as forças Valons.

Para Erziano a vitória não viria, nunca passou isso por sua cabeça, mas garantiria que quando a esquadra Valon chegasse aos belos portos da cidade de Teron, ou estivessem em ruínas ou em chamas.

A esquadra Molta estava na entrada da Baia de Baical a espera dos inimigos e sendo parcialmente protegida pelo flanco esquerdo pelas armas posicionadas no paredão oriental.

A visão do capitão Erziano estava parcialmente obstruída pelas rochas orientais e podia ver dezenas de velas azuis e pretas tremulando a sua frente quando misteriosamente começaram a se posicionar para a direção oriental.

Em sua mente surgiu a duvida se teriam alguma arma que pudesse atingir as armas posicionadas no paredão, mas parte da esquadra inimiga se dividiu e avançou para longe de seu campo de visão.

Agora se podia ouvir o som das batalhas e Erziano ordenou o avanço dos navios Moltas contra os Valons. As armas do paredão não paravam de lançar projeteis de fogo quando ao tomar mar aberto Erziano pode ver bandeiras Reptantes tremulando e atacando os Valons.

O coração dos Moltas se encheu de esperança e animo. Já não era uma batalha suicida e agora poderiam vencer.

Os Silars mostraram mais uma vez aos Valons o quanto seus barcos eram perigosos e extremamente velozes.

Com as forças divididas os Valons começaram a perder terreno, mas a vitória das forças conjuntas entre os Moltas e Reptantes ainda não tinha a vitória nas mãos.

Um som grave e forte foi sentido e parecia haver tremores em pleno mar.

Grandes e lentos barcos se aproximavam e o som da batida dos tambores se misturava aos gritos de guerra dos Gorns. Os grandes remos trabalhavam em uma terrível sincronia trazendo os furiosos guerreiros que se lançavam aos barcos inimigos de assalto matando todos os Valons que encontravam.

Desespero, morte e pela primeira vez medo se abateu aos corações dos Valons.

A maré da guerra mudará.

A esquadra Gorn fechava o cerco pelo lado ocidental e agora as forças Valons estavam quase presas. Parte da frota Valon se desespera e rompe o cerco adentrando para a Baia de Baical.

Diversos dos grandes navios e batalha se dirigiram para longe do paredão oriental e buscavam contornar as forças defensivas de terra e lançar um ataque a cidade de Teron. Foi quando uma esquadra Ginete se colocou entre a população da cidade e os seus inimigos.

Muitos foram os que perderam a vida em defesa da cidade, mas a esquadra foi completamente destruída na baia.

O que resta volta para o mar se distanciando de Agéia.

As forças Reptantes para seu ataque e sinaliza para os Moltas não seguirem na caçada.

Pequenos barcos dos Panthos avançam e durante várias horas seguem atacando as forças Valons. As habilidades destes guerreiros e sua precisão mortal castigam os navios em chamas como abelhas sobre um leão. Cada flecha leva uma vida Valon.
Informes que chegaram meses depois a Agéia fala que muitos dos navios acabaram sendo abonados seja pelo dano sofrido que os impedia de navegar ou pelo pequeno numero de marinheiros para controlar a embarcação.

Quarenta e dois navios haviam retornado ao reino de Valon. Foi a maior derrota já sofrida pelo império Valon.

Os meses seguintes foram marcados pela incerteza. O ambicioso plano de dominação Valon não havia sido concluído e suas forças destroçadas. Os vitoriosos também haviam perdido uma grande quantidade de sua frota e não pensavam em seguir lutando e retomando ilha após ilha após a vitória. Apenar de alguns almirantes mais esquentados e otimistas afirmarem que agora era o momento.

Os capitães Reptantes, Gorns, Ginetes e Pantos foram convidados para desembarcar e receberem a devidas honras no ponto da cidade de Teron.

Uma chuva de pétalas de flores foi lançada sobre os capitães e todos foram saudados como heróis. A população em festa, dançava e gritava, pela cidade e por longas três noites a comemoração não parou.

Durante este tempo alianças foram fechadas e velhas rivalidades deixadas de lado.

Era o momento de crescer e expandir sobre os Valons.

Sem o braço militar que impunha sobre as colônias o controle do Império, muitas se rebelaram ao aumento de impostos feitas pelo imperador, assim como a retirada de jovens das colônias para reorganizar as forças militares.

A falta de mão-de-obra de jovens e adultos levou a perda de colheitas e por fim a queda do estoque de provisões.

Não foram poucas as colônias que perderam suas provisões para manter os celeiros sempre cheios dos armazéns dos nobres e poucos foram os que resistiram as invasões das forças da aliança de Agéia.

Os Moltas esperariam até o ano de 270 d.c. para fundar sua primeira colônia fora de Agéia. A colônia de Mafertatis teve grande importância para a fundação das demais que se seguiriam nos anos seguintes. Algumas das colônias foram fundadas em colaboração com outros povos de Agéia, mas grande parte delas foi feita somente pelos Moltas.

Prosperidade nos trinta anos seguintes foi a lembrança de uma nova vida para os colonizadores. Outras cidades cresceram neste período com as riquezas trazidas das colônias mais distantes e com o comércio sempre crescente entre os povos de Agéia.

Muitos dos historiadores falariam que foi a crescente prosperidade e poder dos Moltas que estes abandonariam o sistema político de famílias nobres e independentes e assumiriam uma política mais centralizada sob um governo central e coeso.

Nascia no ano de 300 d.c. o grande Império Molta.

Antigas feridas não são curadas e de ambos os lados havia um descontentamento sempre crescente. As causas desta rixa eram as mais diversas, desde a disputa por limites, por terras férteis até antigas rixas de sangue que já não se lembrava que havia matado o outro antes.

Assim os Reptantes em 362 d.c. invadiram a baia de Balizar e Baical com uma frota de guerra e atacaram a cidade de Teron. As defesas conseguiram expulsar os invasores, mas o estrago estava feito.

Se antes os Moltas eram respeitados por sua coragem, com a expulsão da esquadra reptante ficou comprovado sua superioridade militar.

Novos acordos foram feitos entre os Moltas e as demais raças de Agéia. Muitas vozes dentro dos outros impérios não humanos de Agéia começaram a levantar o medo de um novo domínio humano na região, já que os Moltas começavam a se tornar um grande poder emergente.

No inicio do ano de 390 d.c., dezenas de novas colônias foram fundadas em toda a região central das Ilhas Independentes, entre elas estavam as mais importantes: Borgotus, Ambur, Tirentos, Lomvar, Maisala, Sabentia, Birgos, Naferim, Nasperind, Telsatius, Lorim, Rustur e Verbotom.

As colônias de Seivam e Traldor foram fundadas juntamente com os Gorns e a colônia de Minas Eternas com os Ginetes.

Telsatius apesar de ter sido fundada somente pelos Moltas se tornou a mais cosmopolita entre as colônias, onde se podem encontrar todas as raças de Agéia e fora dela. Um local diferente de todas as demais e com uma das arquiteturas mais diversificadas, onde prédios construídos por diversas raças podem ser vistos lado a lado e alguns até com uma mistura de elementos.

Através dos Ginetes novas rotas comerciais foram criadas e o comércio chegou a regiões mais distantes.

Apesar de um período de crescente prosperidade e expansão os Moltas e seus aliados enfrentaram grandes batalhas. Muitas das colônias mais distantes e que pouco haviam sido afetadas pela guerra agora já estava reestruturadas e tentavam manter sua independência ou fidelidade ao antigo império Valon.

Não foram poucas as colônias que resistiram até o último homem e negaram-se a render-se a aliança. Os Silars entre todos os membros da aliança são os que mais odeiam os Valons e não raramente escravizavam toda a população local ou massacravam para servir de exemplo aos demais.

O sentimento anti-humano cresceu ao longo dos anos, principalmente pela prosperidade dos Moltas e grupos reptantes conhecido como Alacais, os Serpentes negras, iniciaram ataques aos Moltas em Agéia e em algumas colônias.

A fim de evitar mais mortes, o então rei dos Moltas, Tário II Viscontii (524 d.c - 525 d.c) , o prospero, ordena a criação da Muralha do Sol. Uma impressionante muralha que cortou a região ocidental de Agéia se parando os dois reinos.

Centenas de operários perderam a vida nesta construção, mas em menos de dez anos a grande estrutura havia sido erguida e a cidade de Rarien se tornou a mais prospera e rica cidade da província de Ranvor.

Sem a interferência dos Alacais nas províncias de Ranvor, grande parte das forças Moltas pode ser transferida para a expansão e crescimento do reino.

Vários dos historiadores de Teron afirmam que no período subsequente a grande construção da Muralha do Sol, a prosperidade Molta cresceu, pois toda sua energia ficou voltada para um único propósito.

Os Moltas sempre foram extremamente disciplinados e determinados. Como uma força coesa erguendo muralhas, fortalezas e cidades como se por magia, visto a grande velocidade com que o faziam.

Os outros reinos prosperaram sob a sua liderança, mas por 300 anos os Moltas eclipsaram qualquer outra civilização se tornando o mais poderoso império. E muitos dentro do império neste período áureo temeram o fim da hegemonia e do poder que tinham.

Vozes de descontentes de outras raças ainda se faziam ouvir e o imperador Molta Franco II teve que muitas vezes fazer uso da diplomacia para manter a paz entre as raças.

Ironicamente não foram as forças externas que destruíram o império Molta, mas suas lutas internas. Famílias nobres desejosas de mais poder criaram lutas internas que acabaram por fragmentar o reino e por fim causar sua destruição.

No ano de 670 d.c. o império Molta sofre com a grave crise interna. Liderados pela família Borginaria, dezenas de colônias iniciam um movimento separatista. A alegação destes é que o imperador não oferecia devida proteção e atenção as colônias mais distantes.

Os Borginarios haviam contratado mercenários para atacar algumas das colônias para criar um sentimento de desconfiança e principalmente de medo. Algumas das colônias que ainda se encontravam sem saber a quem apoiar vão para a causa separatista quando a colônia de Sarconia é destruída por piratas e seus sobreviventes vendidos as poderosas Amazonas.

Com a morte do imperador Jastan IV em 677 d.c., sem deixar descendentes, cria o momento certo para os Borginarios.

A crise Molta

Desde o ano de 327 d.c. as principais famílias Moltas começaram uma disputa velada de poder. São as famílias nobres importantes dos Moltas são os Sforzianos, os Medircinis, os Delle Ronvere, os Barbarinis, os Gonzzales, os Farnelis, os Sarbonias e os Borginarios.

O que se deve entender é que estas famílias tinham controle sobre não somente diversas colônias fundadas pelos Moltas, muitas terras e um exército particular fiel. O reino Molta em Agéia é dividido em cinco províncias. São as províncias de Ranvor, Castam, Ganvrinel, Andrar, Tavoris e Teron.

As famílias nos anos seguintes conspiraram para obter mais poder e influência dentro do império Molta, mesmo que para isso enfraquecessem outras cidades do império e o próprio império.

Traição, assassinatos e lutas internas marcaram o cenário político Molta nos 300 anos seguintes e mancharam a imagem de um povo. A vista de outros povos, as famílias nobres mostraram a corrupção que o poder trás e o quanto o império estava fragmentado.

Com a morte de Jastan IV, sem deixar descendentes as famílias Delle Ronvere e Barbarinis invadem a capital e suas tropas aliadas tomam as principais fortificações defensivas.

As famílias usurpadoras proclamam Lucinis Delle Ronvere como o novo imperador. Tropas fiéis ao antigo imperador morto se rebelam e mantêm o palácio fechado aos usurpadores.

Um trono sem um rei; Um rei sem um Império; Um Império em queda.

Lista dos Antigos Reis Moltas

As famílias nobres indicam seus sucessores ao trono vazio. As famílias que não participaram na tomada da capital do império, negam qualquer liderança dos usurpadores das famílias Delle Ronvere e dos Barbarinis.
Colônias governadas pelas famílias nobres expressão seus apoios aos seus líderes e no ano de 679 d.c., as províncias governadas pelas famílias se fragmentam.

A guerra civil entre as províncias e entre as ilhas varre o antigo império. As colônias mais distantes ficam a mercê de outros povos que declaram controle sobre elas como os Ginetes fizeram em Minas Eternas e os Gorns nas colônias de Seivam e Traldor.

Outras colônias são anexadas de forma militar, como Acranias e Larianas pelos Silars. Algumas colônias dos antigos Valons se proclamam independentes ao domínio Molta.
Diversas províncias imperiais se tornaram independentes. As primeiras a se declararem independentes foram Lorim, Rustur, Verbotom, Seivam localizadas na região dos reinos menores. Mais tarde outras conseguiram a sua independência.

No ano 710 d.c. fica irremediável o retorno do poder central e as famílias nobres se declaram independentes e fundam sedes de novos governos nas províncias separadas.

Os anos seguintes foram marcados pelo declínio gradual do poder dos Moltas com perda de colônias, rotas comerciais e influência política nas regiões. E foi durante este período de declínio que alguns clãs Valons iniciaram um movimento político importante.

Nos anos de poder dos Moltas, muitos dos clãs Valons que sobreviveram e prosperaram no momento de declínio dos Valons resolveram permanecer separados. A questão foi puramente estratégica, já que isso poderia criar um chamariz para seus inimigos.
Pequenas unidades prósperas são menos ameaçadoras que uma maior.
Com a queda dos Moltas, estes clãs começaram articular alianças e por fim criaram no ano de 750 d.c. um novo reino agora conhecido como Ardor.

O império de Ardor pouco a pouco ganhou poder e no ano de 810 d.c. uma série de expansões de suas colônias nas ilhas próximas começou a ocorrer. As colônias Moltas sofreram grandes ataques neste período, mas muitas destas ainda se mantiveram independentes.

Após o domínio das ilhas de Cairan, Navena e Tular e a construção de grandes fortalezas nestas, o império Ardoriano tornou-se uma grande ameaça as colônias livres Moltarianas.
Um grande êxodo ocorreu em 812 d.c., quando centenas de pessoas buscaram refúgio nas colônias mais próximas de Agéia e por outras centenas retornaram para as províncias de seus antepassados.

No ano de 850 d.c., com a conquista das ilhas de Saunar e Turjon, outras colônias foram abandonadas e outros milhares de pessoas retornaram ao continente de Agéia.

Um grande colapso começou a ocorrer nas cidades de todas as províncias onde o numero cada vez maior de refugiados aumentava. Dezenas de famílias aportavam nas cidades todos os dias buscando emprego e comida.

A criminalidade aumentou e a ordem nas cidades só era controlada com bastante violência. Grandes ações moram tomadas e outras dezenas de cidades foram construídas para abrigar tantas pessoas.

Muitas destas cidades tornaram-se importantes em pouco tempo, rivalizando com antigas cidades do continente de Agéia.

Apesar dos conflitos que houve, por um longo tempo os Ardorianos não representaram uma grande ameaça. Em diversos locais simplesmente apareciam um único dia no ano para extorquir algum dinheiro ou alimentos.

Para aqueles que permaneceram nas colônias a prosperidade aumentou e muito enriqueceram rapidamente com novas oportunidades que apareceram.

Foi somente no ano de 1145 d.c. com a morte do Imperador Ardoriano Kirlian “O astuto” que o cenário político se agravou. Uma guerra civil no império ardoriano afetou a todos, e diversas colônias foram saqueadas neste período para alimentar a máquina de guerra dos partidários ao trono.

Em 1186 d.c., o general guardião Raskam vence a guerra e assume o trono. Considerado um governante inteligente e extremamente ambicioso, o seu governo era baseado em recompensas aos seus súditos e escravidão e morte aos seus inimigos.

Até o ano de 1282 d.c., os expressivos avanços do império ardoriano foram sentidos nas colônias mais distantes, mas por fim chegaram até a Agéia e nos reinos Moltarianos. Durante um intervalo de 96 anos as grandes famílias Moltarianas mantiveram um intenso conflito pelo controle do trono de prata.

O trono é uma das grandes relíquias do passado do continente de Artrum, sendo uma das cadeiras que pertenciam a Mesa de Prata. Foi encontrada pelos Moltarianos e desde então foi usada como um trono para seus reis.

Foi no final do ano de 1282 d.c. que as antigas alianças foram resgatadas e mais uma vez os povos livres de Agéia se uniram contra uma ameaça além mar. A reunião feita na cidade de Solder, capital da província de Teron, na majestosa torre de Lun e contou com a participação dos Silars, dos Ginetes, dos Ghorn, dos Panthos, dos Arinos, dos Volgarianos e de outras raças.

Ficou então assinado o tratado de Lun. Entre todos os acordos tratados, as províncias Moltas se comprometiam a deixar de lado suas antigas diferenças e formar um conselho de guerra Molta para unificar assim as suas forças militares que por várias décadas estiveram dispersas.

Ficou decidido então despachar centenas de mensageiros que navegaram para os quatro cantos do mundo. Na mensagem estava a cópia do tratado assinado pelos representantes de cada uma das raças e convocando todas as colônias a ingressar na guerra contra Ardor.

Prontamente centenas de colônias responderam ao chamado enviando navios de guerra e soldados.

Em 1283 d.c. dava inicio a grande guerra insular. A ação conjunta das tropas da aliança começou a empurrar as forças Ardorianas para trás de suas linhas de defesa e por fim libertar diversas colônias que se encontravam sob julgo do tirânico Imperador-Titã.

Em uma jogada militar fantástica, as forças Ardorianas deixaram o fronte e se dirigiram para trás das linhas inimigas indo atacar Agéia. Ao invés de lutar em dezenas de frontes, as forças ardorianas atacariam o coração do inimigo pegando as forças de defesa das cidades Moltarianas desprevenidas.

Mensageiros foram enviados para buscar ajuda, mas quando estes chegaram em Agéia, a baia de Baikal estava tomada pelos navios inimigos e as cidades costeiras estavam em chamas.

Andrar, a cidade fortaleza estava em ruínas e vários pontos estavam tomados pelo fogo, mas em nenhum momento deixaram de lutar contra qualquer embarcação inimiga que fosse tola o suficiente para se aproximar para atacá-los ou tentar atravessar a entrada da baia.

Os relatos depois da guerra falam de sacrifícios e heróis que surgiram em batalha, defendendo cada centímetro de terra contra o avanço de tropas ardorianas em solo de Agéia.

Foi graças a determinação e a coragem de homens comuns, carpinteiros, padeiros, mineiros e outros que quando as embarcações de guerra Moltas encontraram as cidades sitiadas e resistindo bravamente.

Cada beco, cada rua, cada casa, os soldados Ardorianos eram obrigados a enfrentar resistência feroz. Nada era tomado de graça ou facilmente, sempre pago com muito suor e sangue por ambos os lados.

Com a chegada de reforços e da armada, os Ardorianos decidiram não continuar com o cerco e fugiram com suas forças, evitando o desastre de sua armada, como havia acontecido há 1002 anos atrás quando o império Valon era a maior potencia dos mares.

O impacto do ataque surpresa foi grande e por cinco anos os Moltas precisaram se recuperar dos danos sofridos, mas a guerra jamais parou.

Dezenas de batalhas foram travadas e a guerra prosseguiu em seu ritmo. Navios eram destruídos na mesma velocidade que novos eram construídos. A mobilização militar alcançava toda a população. Crianças, mulheres e Anciãos contribuíam como podiam com seus exércitos.

Outros ataques ainda viriam a acontecer a ilha de Agéia, mas de menor intensidade e em vários pontos. Nestes locais as defesas já estavam mais preparadas e os danos muito menores que os sofridos pelos Moltas.

Na Floresta de Artrum os Símios conseguiam impedir os avanços Ardorianos pelo leste. Silar conseguia proteger todo o litoral oeste. No norte havia a cordilheira de Feidjar como uma barreira natural quase intransponível.

Os Panthos por fim rechaçaram o último grande avanço ardoriano em Agéia, quando estes tentaram dominar a província de Castam e criar uma fortificação inimiga para dominar a região.

Liderados pelo príncipe Lanter, dos pantos, os milhares de guerreiros massacraram os inimigos ardorianos e mantiveram os moltas na região.

A vitória em Agéia novamente reanimou a Grande Aliança. Pelo mar, embarcações de Silar patrulhavam as Baías. As praias estavam protegidas pelos Símios e pelos humanos. Em pouco tempo novos navios estavam sendo construídos e fortalezas sendo refeitas.

Enquanto as tropas ardorianas mantinham ataques, após ataques contra Agéia, as amazonas promoviam grandes matanças nos Reinos Menores. Os reinos de Rustur, Verbotom, Seivam, Traldor , Minas Eternas, Sibitu e Sanzis eram os que mais sofriam e os que mais resistiam aos ataques.

Com o massacre das tropas ardorianas em 1285 d.c. pelo exército pantho as forças inimigas ficaram seriamente debilitadas. Foi tempo suficiente para que a Aliança novamente toma-se a frente e fizesse uma nova grande investida.

Em 1289 d.c. uma grande investida foi feita em nove frentes diversas. A maior frente foi contra as Amazonas na tentativa de retirar seu reino de terror nos Reinos Menores.

Centenas de Pantos foram enviados para os Reinos Menores para lutar contra as Amazonas e grande parte deles perderam suas vidas, mas garantiram a vitória a aliança e aos povos livres.
Raskam sempre foi conhecido pela sua meticulosidade e os preparativos defensivos estavam feitos. As ilhas defensivas causaram grandes perdas e por vários meses dificultaram o avanço da aliança e mantiveram áreas do reino protegidas contra investidas da aliança.

Para a aliança que ainda não possui o domínio dos mares fica mais difícil o domínio da ilha de Ardor. As defesas de terra ainda são mais espetaculares que as do mar, onde uma imensa cavalaria e uma gigantesca tropa de Mastodontes armados para enfrentar.

Fora isso existe o poder dos doze generais guardiões que comandam grandes batalhões e forças místicas oferecidas pelos próprios titãs.

O conselho de guerra Molta ainda se encontra com grandes desafios pela frente.

A guerra continua e grandes batalhas são frequentes e os dois lados estão equilibrados. O poder místico dos 12 guardiões equilibra a batalha para o lado do Imperador Titã.

Governo

O sistema de governo é o monárquico. Apesar da antiga família real já não estar mais no poder e o império molta ter se fragmentado em diversos reinos menores, o sistema ainda é o monárquico pelas famílias nobres locais.

Rei
Cada um dos reinos seis reinos que compunham o antigo império molta é governado por um rei de uma das famílias nobres que controlavam uma das seis regiões do antigo reino.

O rei conta com o apoio de sua família e dos nobres locais de baronatos e ducatos dentro de seu reino. Criando assim uma intrincada rede de poder que controla e é controlado.

Barões e Duques
São títulos reversíveis e dados ou comprados por membros de famílias ricas de comerciantes. Aos portadores destes títulos não é permitido participar da linha de sucessão desde que tenha parente até primeiro graus com o atual rei.

O título permite oficializar o controle da região pela família com o apoio do rei, mas em contra partida defini obrigações, deveres com o rei. O primeiro benefício do portador do titulo de nobreza é reivindicar o direito a terra.

Através deste Direito a Terra o titular tem controle sobre o ir e vir de pessoas e mercadorias, podendo arrecadar até 10% do imposto cobrado pelo rei.

Pode ainda vetar a construção de edificações de servos, mas nunca fortes ou pontes que são propriedades do rei.

Tem também o direito de convocação, feito uma vez por ano, para que os jovens possam compor o exército do barão ou duque.

Os deveres do barão e do duque :

Permitir a construção de pequenas fortificações nas terras sob seu controle, assim como pontes que ficam sobre controle real. Aos soldados que controlam as fortificações e acesso as pontes, estes respondem diretamente aos servos reais, Prefeitos e Governadores que respondem diretamente ao Rei.

O controle da ordem e forças militares nas terras é feito diretamente pelo barão ou duque, mas a cobrança de impostos é feita pelos membros do controle real e podem ser acompanhados por servos do titulares.

Os titulares, Barões ou Duques, devem responder imediatamente sempre que forem convocados pelo rei ou em resposta a um ataque interno ou externo ao poder real.

Conselho dos Lordes
Conselho formado por membros da comunidade que apresentam títulos de nobreza. Estes funcionam como conselheiros militares e das províncias.

O conselho não possui poder algum, o verdadeiro poder fica entre os servos reais Prefeitos e Governadores que entregam informações vitais das riquezas de cada região, assim como das forças militares atuais.

Prefeitos e Governadores
São membros do corpo administrativo que exerce controle das finanças por todo o território real e que servem como juízes em pendências locais.

Estes são escolhidos após serem admitidos e se formado na Escola de Talentos na profissão de administradores reais.

Sob seu encargo ficam o controle financeiro da cidade ou aldeia, da proteção da população local contra os abusos dos titulares do direito a terra e por fim o controle dos fortes e pontes do rei.

Estes profissionais servem como juízes para disputas locais e junto com um corpo de 200 soldados locais a serviço do rei, de manter a ordem dentro das cercanias da cidade e do forte.

Economia

A economia deste antigo império é um dos mais fortes entre os reinos existentes. Com uma agricultura extensa e variada, conhecimento extenso de manufatura com produtos de grande riqueza e beleza, aliados a uma poderosa marinha comercial transformou os fragmentados reinos em prosperas economias locais.

Um dos principais gêneros vendidos são café, a água ardente de palmeira, os belíssimos tecidos feitos de lã ou linho tingindos a partir de um pigmento obtido de moluscos chamados de múrices ou murex, encontrados nas águas rasas da baia de baical.

Relações com os demais povos


Sulnos

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Vancos

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Moltas

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Valons

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Ginetes

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Iogs

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Reptantes

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Gorns

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Pantos

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Teldruns

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Volgarianos

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Arinos

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Rainhas Arcanas

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Magins

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Dragões Imperiais do Gelo

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História Recente

Com a fragmentação do Império Molta, seis novos reinos humanos nasceram. Apesar de independentes, a língua em comum e a sua origem mantêm um forte vinculo entre os reinos propiciando assim um comércio intenso e ajuda mútua em casos de guerra.

Internamente a disputa entre as grandes famílias que governam os reinos moltas vêm crescendo e muitos acreditam que uma grande guerra civil irá atingir a todos.

O conflito com o reino de Ardor intensificou-se ao longo dos ano e apesar de um futuro incerto se sabe que a derradeira batalha se aproxima em que o futuro de Agéia e seus povos será ou a liberdade ou a escravidão sobre o punho de ferro dos Ardorianos.

Os Moltas

São humanos de pele escura e cabelos crespos. Sua constituição é forte e altura média é de 1,78 m. Possuem olhos castanhos e cabelos negros.

Os Moltas são divididos nos seguintes grupos: Mafertatis, Borgotus, Ambur, Tirentos, Lomvar, Maisala, Sabentia, Birgos, Naferim, Nasperind, Telsatius, Lorim, Rustur, Verbotom, Seivam e Traldor,

Sociedade

A sociedade molta é baseada em costumes que buscam a sabedoria, a honra da família e a riqueza material. Grandes comerciantes, desde sua instalação na Ilha de Agéia cresceram não somente em número, mas também em poder, chegando por fim a dominar todo o lado norte da ilha.

Incansáveis, o povo trabalha incessantemente na construção de suas cidades e campos estabelecendo rapidamente um império.

Um dos aspectos mais peculiares para este povo é a proteção da alma, onde os ritos funerários tem aspecto importante para a sociedade e a sua própria visão do mundo espiritual é algo marcante em suas vidas.

Costumes

Choradeiras
Como são conhecidas as mulheres que participam dos cortejos fúnebres. Estas abrem o cortejo chorando e entoando cânticos de lamento pelo morto, sendo seguidas pelos servos e protetores do morto que cercam a carroça do morto e por fim os parentes e amigos que prestigiam o morto.

Quanto maior a quantidade de choradeiras, mais importante é o morto. As mulheres assumem esta profissão e muitas já vivem deste negócio a mais de nove gerações, algumas sendo consideradas personalidades famosas neste meio, tendo participado de cortejos reais.

Corvos
Durante o ritos fúnebres existem aqueles que velam pelos mortos e se encarregam de enterrar e proteger o corpo, estes são considerados os Guardiões dos Mortos.

Homens que portam escudos, lanças e espadas, ficam cobertos por uma manta negra e com um capacete com máscara de corvo. São contratados para os ritos funerários, onde permanece ao lado do corpo durante o luto, o cortejo e até 20 dias após o enterro.

Uma profissão como outra qualquer, apesar de que muitos destes “corvos” presenciaram ao menos uma vez na vida estranhos acontecimentos sobrenaturais.

Os Amuletos
É bastante comum encontrar os habitantes deste povo portarem amuleto no colar que usam junto aos seus corpos. O amuleto tem como finalidade proteger a alma dos chamados espíritos maliciosos que vivem de se alimentar dos vivos.

Casas especializadas em confeccionar os amuletos existem em todas as cidades e são bastante comuns. Nestes locais são feitos os mais diversos amuletos, sejam eles para a sorte, para a proteção ou para a saúde. Existindo um amuleto para cada coisa que se imagine.

Nascimento
O nascimento é visto como um dos momentos mais importantes da vida de um casal. Neste dia são convidados os parentes mais próximos e os amigos mais queridos para esperar pelo novo membro da família.

Um banquete é feito para os convidados e estes trazem presentes como símbolo de estima e boa sorte. Quanto maior a quantidade de presentes e convidados maior será sua sorte na vida.

Um amuleto é colocado sobre a cama do parto e as parteiras cuidaram do nascimento, mas antes que qualquer outra pessoa possa ver a criança é colocado em seu pulso um amuleto da sorte.

Na sua crença uma pessoa pode mesmo sem querer roubar a sorte da vida de uma criança se a olhar logo após o nascimento.

A criança é então apresentada aos pais e convidados e então é pronunciado seu nome para todos.

Maior idade
A maior idade é o ponto chave para a ascensão social do molta. Ter dinheiro e poder não são suficientes para que seja respeitado dentro de sua sociedade, mas sim o estabelecimento da honra e do seu nome entre seus pares.

A maior idade é conseguida quando o jovem alcança a idade de 17 anos. Onde ao homem é esperado que servisse por 5 anos ao exército da cidade e a mulher ter concluído seu período na Casa das Virtudes.

Quando jovens o homem pode ter cabelos compridos, mas ao se tornar adulto, tem sua cabeça raspada para se tornar adulto. Durante a cerimonia de passagem de jovem para adulto os cabelos são raspados e algumas mechas são entregues a mãe e ao pai como símbolo de amor.

Estas mechas são muitas das vezes guardadas ou transformadas em amuletos da sorte para os familiares.

Serviço Militar e Honra
Por cinco anos o jovem prestará serviço militar a cidade e durante este período será considerado homem e tem suas responsabilidades perante a honra de sua família e fará seu nome.

A morte durante o serviço militar agracia com honras a família. Para aqueles que terminam o serviço militar tem duas oportunidades, ingressar definitivamente no serviço militar ou voltar a sociedade civil.

Agora o jovem se tornou homem e conquistou o direito de ingressar na vida politica da comunidade e nas Escola de Talentos.

Todo aquele que se negue a prestar o serviço militar se torna um pária dentro da sociedade molta, sendo considerado sem honra, sem possibilidade de votar ou ser votado.

Careca e as tatuagens
Desde que se torna um adulto e termina o regime militar o homem jamais volta a ter cabelo, permanecendo com a cabeça raspada o restante de sua vida e é em sua cabeça que são feitas as primeiras tatuagens.

As tatuagens feitas a base de uma tinta feita com pó de outro irão marcar o regimento a que pertenceram e as glórias conseguidas durante o serviço militar. Outras tatuagens como o brasão de sua família e da cidade a que pertence também é feito.

As tatuagens são feitas por artistas na arte de pintar a pele. A coloração amarelada viva se sobressai sobre a pele de coloração escura. A medida que envelhece, muitos dos homens tatuam outras partes do corpo como mostra de status, poder e honra.

As mulheres também recebem tatuagens quando se casam, sendo estas feitas na face e nas costas das mãos.

Escarificação

Em todo o reino a escarificação é uma forma de arte muito apreciada entre os habitantes locais. As marcas são especificas de um clã ou família, formando desenhos que mistura beleza e status social.
Algumas escarificações, principalmente no rosto são ganhas de acordo com o avanço de status dentro de sua ordem social.
Os locais mais comuns no corpo são braços, costas das mãos, costas e tronco, são raras as escarificações nas pernas e pés.
A escarificação no rosto só é feita quando denota status social.

Casa das Virtudes
Como são conhecidos os internatos femininos moltas. As meninas com idade entre os 10 e 11 anos são enviadas para estes centros onde permaneceram enclausuradas até os 17 anos.

Durante a clausura estas meninas são ensinadas nas artes da dança, música, ler e escrever, aprendem idiomas de outras raças, a cuidar da casa e dos negócios, assim como cuidar do filho e do marido.

A casa das virtudes prepara as meninas para o universo adulto, sendo que muitos consideram que estas saem mais bem preparadas que os homens .

Escola de Talentos
Após cumprir o período militar é dado ao homem a escolha de permanecer no exército como parte de seu corpo efetivo ou retornar a sociedade civil para ingressar em uma das diversas profissões que lá existem, podendo ainda fazer parte do corpo administrativo e político da cidade.

A escola tem como objetivo ensinar o indivíduo a ler e a escrever apesar da grande maioria dos homens ter uma educação vinda de casa, onde as mães se encarregam de ensinar seus filhos a ler e a escrever.

A instituição tem como objetivo principal ensinar ao homem que lá entra uma profissão que fica a sua livre escolha. De carpinteiro a músico, qualquer uma das profissões existentes na cidade é possível de serem aprendidas e os novatos são “adotados” por seus mestres para integrar as cúrias de profissionais.

Direito da Palavra
Depois de formado na atividade de administrador, os futuros profissionais que se tornaram contadores, fiscais e até mesmo Prefeitos e Governadores, apresentam seus conhecimentos em debates nas grandes arenas que existem nas principais cidades.

Lá se farão ver entre os poderosos que escolhem novos profissionais para cargos vagos. Os de melhor oratória podem ser escolhidos por Prefeitos e Governadores para integrar o corpo de funcionários sob seu comando, uma liberdade dada pelo rei aos seus subordinados.

Assim permitindo aos seus funcionários votarem e serem votados pelos seus pares.

Casamento
Depois dos ritos fúnebres é o maior evento de uma família.

Grande parte dos casamentos dentro da sociedade molta ocorre por meio de alianças políticas, sociais e riqueza, poucos ocorrem por escolha dos próprios noivos. Sendo que é visto como um estreitamento de alianças e prova de fidelidade.

O dote da esposa é comum, apesar de ser uma mera formalidade, já que a aliança em si é o principal fator para o casamento. É comum que o dote seja usado pela noiva para montar o novo lar e pode ser feito pela própria família da noiva ou por outras famílias que apoiam a noiva.

A grande festa de casamento que ocorre dentro do templo é uma cerimonia grandiosa patrocinada pela família do noivo que durante anos vêm contribuindo junto ao templo para os festejos de casamento.

Ao final da cerimônia os noivos estão casados e partem para sua nova moradia. O sustento da família é responsabilidade do homem, apesar da mulher estar sempre por de trás das decisões ajudando sempre que possível.

Magia
Apesar dos centros de estudo na antiga província de Tavoris, a magia sempre foi vista com certo receio e somente usada em momentos de conflito. Nunca houve um controle formal do Império Molta sobre os centros de magia, mas a grande parte da população teme os magos.

Em algumas regiões, principalmente na antiga província de Ranvor os magos são odiados e considerados malignos.

Classes sociais


Homens livres
Todo molta é considerado um homem livre, mas somente aqueles que portam algumas profissões são considerados verdadeiramente providos com está alcunha. São eles artistas e profissionais que prestam serviços em comunidades por alguns períodos como colhedores itinerantes das lavouras ou mercenários.

Camponeses
Todos aqueles que vivem e trabalha nas lavouras, seja de controle próprio ou que se encontra sobre controle dos Homens de Títulos.

Externos
São humanos ou não que prestam serviços a uma comunidade ou a um Homem de Título. Alguns são simples consultores, outros trabalhadores temporários, mas todos tem algo em comum, não são moltas.

Homens de Posses
São comerciantes, agricultores ou mercadores ricos. Possuem posses e grandes riquezas, mas não tem ou não quiseram adquirir títulos de nobreza e direito de controle da terra. Muitos são tão ou mais poderosos que os Homens de Títulos, tendo sob seu controle uma força militar “ilegal” que é tolerada pela lealdade ao rei ou pela oposição que faz aos nobres locais que possam ser alguma ameaça futura ao rei.

Homens de Títulos
São comerciantes, agricultores ou mercadores ricos que compraram ou lhes foi ofertado o direito de portar um brasão de nobreza e o direito de controle da terra. Com este direito vêm o direito de manter um exército local de forma a controlar a região e prestar ajuda ao rei quando for convocado

Homens e Mulheres

Apesar da sociedade ser patriarcal, onde os direitos de posse da terra, o direito de comercio e assinatura de acordos serem somente de direito do homem, as mulheres possuem grande poder dentro desta sociedade.

Muitas mulheres se casam ou voltam a se casar para ter acesso a direitos considerados exclusivos do homem, sendo que seus maridos são simples “laranjas”, sem direitos reais.

As mulheres desde cedo possuem grandes conhecimentos não somente para a administração da casa, mas também dos negócios da família.

O homem tem o direito da palavra e pode assim votar e ser votado para cargos públicos após ser formado como administrador.

Miscigenação

Os Moltas são um povo orgulhoso e honrado. Jamais um membro deste permitiria “macular” a sua linhagem ancestral tendo um herdeiro de outra raça.

Jogos & Festas

Festas Religiosas

Os Moltas são um povo bastante religioso e possuem diversas festas religiosas, uma para cada um dos Deuses Antigos, fazendo um total de doze festas anuais.

As festas mais importantes são a da deusa Lassaris e do deus Tangu que duram mais de 3 dias.

Festas Civis

As festas civis são comuns em comemoração ao nascimento de algum rei ou em comemoração a alguma batalha importante. Estas festas civis são pontuais sendo exclusivas de alguma cidade ou região, outras tem um caráter mais geral, sendo fruto do antigo império Molta.

A festa das Armas – Comemora a primeira vitória Molta a tentativa de conquista de suas terras por povos estrangeiros. A festa prega principalmente a exaltação da força e da coragem do povo molta e onde são feitas provas de coragem e força.

Jogos

Os jogos são parte importante da sociedade Molta. As grandes arenas esportivas chegam a abrigar até cinco mil espectadores que acompanharam as disputas. As provas de habilidades corporais e manuseio de armas são as mais conhecidas e esperadas pelo grande público, mas temos também as provas de ginasticas, arremesso de lanças e peso e corridas a pé e montadas. São ao todo 26 modalidades de disputadas.

Os torneios ocorrem a cada semana entre os centros de treinamento espalhados pela cidade. Existe uma grande rivalidade entre os centros de treinamento onde os campeões recebem grandes somas de dinheiro e prestigio dentro da sua comunidade ao defender as cores e a bandeira do centro nas disputadas semanais.

Ao final de seis meses são selecionados os melhores competidores para as provas que ocorreram no final do ano. No primeiro semestre são escolhidos os primeiros competidores, mas existe uma segunda chance que ocorre duas semanas antes das grandes provas anuais.

As Provas Anuais

São as disputas mais esperadas e onde os grandes vencedores das tropas do ano anterior devem defender seus títulos conquistados.

Os vencedores do ano anterior tem o direito a escolha da arena esportiva que será disputada a prova, permitindo assim muitas das vezes escolher as arenas de seus centros de treinamento e contar com o apoio das torcidas locais.

Religião

Quando os Moltas pisaram pela primeira vez nas areias da Baia de Baical, estes vinham de terras longínquas trazendo um conhecimento antigo e suas próprias crenças.

Em sua religião os antigos deuses haviam dado ao homem a vida e ele os honraria com o culto em seu nome e na busca por tornarem-se dignos de viver após a morte em sua presença.

Ao contrário das demais raças que permeiam as Ilhas Independentes, os Moltas não cultuam os Titãs e sim os chamados Antigos Deuses. Em sua cultura quando o indivíduo morre, sua alma é nada mais que uma sombra do que foi em vida e seus atos que abriram as portas dos reinos dos Antigos Deuses se assim forem considerados dignos.

Caso isso não ocorra, ao indignos o destino é vagar nas grandes planícies estéreis e sombrias do pós vida sendo renegados a escuridão e por fim as sombras, onde perderam sua identidade tornando-se seres bestiais e sem honra.

Seus templos são sempre voltados para o nascente e os cultos começam com o raiar do Sol.

Os deuses Moltas são:

Lassaris, a deusa do oceano, senhora do mundo e provedora de toda a vida. Ela é a deusa máxima do panteão, sendo casada com o deus Tangu, o senhor dos caminhos e do Comércio, considerado por muitos como o deus da sorte.

Estes deuses tiveram dois filhos gêmeos, a deusa Senara, a deusa mais bela e jovial entre os seus pares, guardiã da árvore das frutas eternas. Diz a lenda que é dela que os deuses se alimentam e assim garantem sua vida eterna.

O irmão gêmeo da deusa Senara é o deus Isanus, o artífice universal. Foi dele a responsabilidade de separar os elementos e criar tudo o que existe. Quando o mundo ainda era repleto de caos e sem forma, foi dada a tarefa pela deusa Lassaris que o seu filho Isanus criasse o mundo, com seus animais, vegetais e minerais.

A deusa Lassaris tem duas irmãs, a deusa Saira, senhora dos reinos terrestres e a deusa Varzis, senhora dos reinos do ar. Pois quando o deus Isanus dividiu a existência e criou tudo que lá existe ele dividiu em quatro reinos.

O quarto reino, o reino do fogo, que simboliza a destruição, ficou com o deus Tonor, o deus da destruição e da guerra, irmão do deus Tangu.

O deus Tonor, senhor dos reinos de fogo, por estar muito solitário gerou de suas coxas dois filhos, o deus Salas e o deus Izan. O deus Salas é a personificação da coragem e da justiça e que viria a se casar com sua tia, a deusa Varzis gerando o deus Ogan um deus de personalidade conflituosa e volúvel.

Zaalor, o deus dos Mortos, ele é o juiz das almas e o encarregado de dar o destino a todos os homens que viveram. O tribunal dos mortos é composto por Zaalor, Salas e Izan. Se a Zaalar cabe decidir o destino, Salas é aquele que defende os atos feitos em vida e Izan é aquele que acusa e mostra as verdades da desonra feita em vida.

Umerã é o deus dos segredos, dos mistérios. Ele pode prever o futuro e conhece aquilo que existe ou que existirá. O Deus Umerã vive nas grandes florestas e é casado com a deusa Saira.

Comparação entre deuses

Deus Zaalor = Deus Cruine
Deus Umerã = Deus Palier
Deusa Saira = Deusa Maira
Deus Izan = Deus Selimom
Deus Salas = Deus Crizagom
Deus Tonor = Deus Blator
Deus Tangu = Deus Cambu
Deusa Senara = Deusa Lena
Deusa Lassaris = Deusa Ganis
Deus Isanus = Deus Plandis
Deusa Varzis = Deusa Crezir

Principais cidades e Locais de Interesse


Terom

Tavoris

Ganvrinel

Ranvor

Castam

Andrar

Personagens locais

Rei de Terom

Rei de Tavoris

Rei de Ganvrinel

Rei de Ranvor

Rei de Castam

Rei de Andrar

Rumores e Intrigas

Um novo Reino
É bem verdade que a grande população deseja o retorno do antigo Império Molta, da assim chamada era de ouro tanto falada em histórias do passado. Para os nobres a situação já não é interessante, mas os rumores de agitações populares em diversos dos reinos em apoio a uma família nobre têm levado muitos dos reis atuais a insônia.

A grande invasão
Desde a sua construção, a grande Muralha do Sol tem protegido o antigo reino molta e agora o reino de Ranvor dos ataques das forças Reptantes ultranacionalistas.

Muitos rumores têm sido ouvidos em especial a formação de um exército tão grande que poderia subjugar as guarnições da muralha e invadir Ranvor. Muitos também consideram preocupantes as negligências por parte dos governantes de Ranvor com a manutenção da Muralha, algo que tem sido feito como simples tapa buraco e não consertos eficientes.

Muitos falam que alguns dos trechos da muralha são tão finos e precários que se esbarrar no muro ele simplesmente irá se desfazer.

O Monstro de Balizar
Desde a sua chegada a Agéia, os Moltas têm navegado tranquilamente pelas baias de Balizar e Baical sem problemas, mantendo o controle contra ação de piratas e efetuando um comércio entre as províncias, agora reinos.

Durante os últimos dois anos tem sido cada vez mais frequentes o desaparecimento de navios mercantes e de pesqueiros na região, chegando ao último relato de uma nau de guerra desaparecer nas águas da baía de Balizar.

As autoridades falam sobre a ação de saqueadores locais que se abrigam nas regiões das Áreas Alagadas, reduto de diversos criminosos locais que comercializam seus roubos com o mercado negro crescente na província de Ranvor.

Mas existem aqueles que acreditam em algo mais. Algo perigoso e mortal, uma serpente marinha ou um monstro que despertou das águas profundas da Baía e agora vêm atacando os navios que por lá passam.

Cronologia dos Moltas

0 d.c. – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Verbetes que fazem referência

A Era dos Homens ou Pós-Cataclismo, Arinos, Gigantes Volgarianos, Ginetes, Gípcios, Gorns, Guilda Castanhelos, Iberom, Ilhas Ermas, Raças, Iogs, Magins, Moltas, Pantos, Região de Agéia, Reinos Menores, Reptantes, Sulnos, Tavoris, Valons, Vancos, Volgarianos

Verbetes relacionados

Arcumes | Região Meridional | Burons | Ilhas do Sul | Região Central | Região de Agéia | Ilhas Ermas | Reinos Menores | Região Setentrional | Arzuns | Ilhas Esquecidas | Terras Glaciais | Grande Oceano | Oceano Voln | Mar de Buriar | Mar Glacial | Mar de Artrum
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