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Dragões Imperiais do Gelo

Introdução


“Quando flutuo nos ventos gélidos trazidos do mar e vejo o nosso reino, percebo o quanto é vasto e belo o nosso mundo, mas o gelo que cobre esta vasta terra ainda assim é o nosso carcereiro”.

At’al, O Imperador Glacial.

Localização


Região Setentrional, Terras Glaciais

Geografia


Todas as Terras Glaciais são seu reino, mas é no Planalto Central que habitam.

Clima


As Terras Glaciais é uma região com clima artico em grande parte do seu territorio, sendo as áreas mais amenas as planícies. O relevo local garante proteção contra os ventos articos velozes e gelados que castigam toda a região.
A temperatura no deserto gelado fica em torno de -22ºC durante todo o ano. Nas planícies a temperatura aumenta um pouco, ficando em torno de -5ºC e voltando a descer para -49ºC nas montanhas internas. Uma das peculiaridades locais é que neva muito pouco na região nas planicies, ficando o grosso da neve acumulado no deserto de gelo ou nas Cordilheiras Centrais.

Fauna e Flora


Ver Terras Glaciais

História do reino

No inicio quando as terras eram vastas e os mares distantes, quando ainda não havia as outras raças, nós os dragões vivíamos como os senhores do mundo, senhores desta vasta terra. Nossa força e poder não podiam ser superados por nenhuma criatura viva ou mística, assim como a nossa fome.

Nosso ciclo de vida é único onde por 500 anos podemos permanecer acordos dia e noite initerruptamente, mas isso cobra de nossos corpos um período de mil anos de descanso que também permite que troquemos nossas escamas nos possibilitando crescer fisicamente.

Durante a existência dos deuses, nós vivemos como os demais seres em uma alegria sem precedentes, mas as vis criaturinhas ofenderam os deuses e por fim estes nos abandonaram.

Com o abandono veio a fome e a própria morte para aqueles que viveram milhares de anos. A perda daqueles que para nós foram nossos companheiros foi devastador e o ódio se inflamou em nossos corações.

As raças mortais, os filhos ingratos deveriam pagar pela dor que causaram aos deuses e a nós. Até os primeiros 100 anos do segundo ciclo lutamos e caçamos incessantemente as raças inferiores esmagando suas cidades e povoados.

Mas o grande ciclo da vida veio e fomos obrigados a hibernar. Mesmo dormindo a dor em nossos corações não cessou e acordamos tomados pela amargura e raiva.

O ano é 1123 do segundo ciclo.

A fúria de nossos corações varreu o mundo mais uma vez. Os nossos “irmãos inferiores” haviam crescido em número e poder. Os chamados Cavaleiros Titãs se provaram grandes desafios e por muitos séculos a luta ficou indecisa.

Para cada irmão que caia perante a força de um Cavaleiro Titã, outro irmão destruía uma cidade inteira assim como seus heróis.

Mas então vieram os odiosos magos Arzuns. Assim como eram poderosos eram também traiçoeiros e vis. Com a sua magia conseguiram nos expulsar e nos aprisionar sobre a terra em um encantamento.

Mais uma vez nos desaparecemos e a lembrança de nossa existência foi lentamente esquecida. Muitas raças depois de algum tempo nos considerava simples lendas.

O tempo de despertar chegou, mas a magia dos Arzuns nos manteve congelados. Permanecemos assim por vários séculos até que a ira dos deuses se tornou incontrolável e varreu o mundo.

Os deuses nos libertaram de nossa prisão e novamente ressurgimos no mundo. Mas este mundo estava radicalmente mudado assim como nós. A magia que havia nos aprisionado e congelado nosso ciclo de vida afetou nossa existência nos aprisionando nas regiões geladas de onde surgimos.

A força da irá dos deuses empurrou as terras onde estávamos contidos para o extremo norte e o gelo cobriu a tudo e a todos. Quando ressurgimos nesta terra dominada pelo gelo acreditávamos que agora seria nossa vez de governar o mundo.

Aqueles que tentaram escapar do nossa prisão de gelo pereceram pelo calor. Nós estávamos confinados aos territórios gelados e assim ficamos por mil anos.

Foi quando At’al, o mais antigo e poderoso entre nós descobriu uma forma de governarmos o mundo. Deveríamos tornar o mundo coberto pelo gelo e assim estender as paredes de nossa prisão para todos os seres.

Governo


Não existe um sistema de governo, os doze dragões seguem regras de conduta que garantem não somente a sobrevivência, assim como sua hegemonia no poder local. Nenhum dos dragões tentará nada contra seu companheiro sabendo que coloca em risco sua própria sobrevivência.

Todos os doze dragões imperiais de gelo são independentes e só se reúnem em momentos considerados especiais, como na cerimônia da oferenda de escravos.

Economia


Os dragões imperiais de gelo contem grandes tesouros, muitos destes conseguidos através das oferendas dadas pelos Vancos e também pelo trabalho escravo dos Iogs.

Relações com os demais povos


Iogs

Considerados simples e insignificantes escravos e muitas das vezes petiscos para as horas de fome.

Vancos

Seriam simples animais de estimação e quando a hora chegar, mais almas a serem sacrificadas para os cristais ou ainda o almoço de uma linda tarde de inverno.

Sulnos

Simples oferendas sem significado.

Magins

Vermes. Descendentes das magias dos antigos Arzuns. A eles cabe um final amargo e doloroso.

História Recente


Por muito tempo os doze dragões imperiais que sobraram colocaram em ação o plano de cobrir todas as terras com o gelo glacial através de um poderoso encanto, mas para conseguirem isso é necessário o sacrifício de centenas de vidas para construir um único cristal, quanto mais os 360 cristais para cobrir o mundo.

Em uma área naturalmente pouco povoada isso poderia nunca chegar a ocorrer.

Foi então que o destino novamente sorriu para eles e os Dragões encontraram os Vancos. Inicialmente eles os caçaram para prover a construção dos cristais, mas logo viram que poderiam usar estes humanos para trazer outras criaturas de terras distantes e que se encontravam longe de suas garras.

Foi assim feita a aliança entre os Dragões Imperiais do Gelo e os Vancos. Os dragões prometeram que quando o seu reino fosse estabelecido, os Vancos teriam privilégios e poder sobre as outras raças somente devendo obediência aos dragões.

Os Dragões Imperiais de Gelo


São criaturas tão belas quanto mortíferas. Os olhos são de um azul escurecido, mas que iluminado assume um brilho intenso. Suas escamas assumiram uma tonalidade banca, confundindo-se a neve local com as bordas em leves tons de prateado.

O interior de suas asas é branco e na cauda existem três grandes esporões muito usados no combate dentro de sua espécie.

Esta criatura tem a habilidade telepática podendo conversar com outros seres e até mesmo com os seus pares a quilômetros de distância.

Sociedade


Muito da antiga sociedade dos dragões imperiais não existe mais. Engana-se em acreditar que tais seres imponentes são criaturas sem inteligência, na verdade este foi a causa do fim de muitos aventureiros e conquistadores que os desprezaram.

Senhores de uma linguagem milenar, os dragões imperiais tinham conhecimentos que muitos dos antigos povos ainda nem imaginavam. Mas tudo foi perdido quando foram aprisionados e depois obrigados pela força da magia a permanecerem no continente gelado.

Os séculos dos antigos costumes, como dizem entre eles, foi esquecido e hoje vivem em barbárie e buscando meios de subjugar a magia que os aprisionam.

Costumes


Um mundo antigo foi deixado para trás e assim também foram deixados para trás os Antigos Costumes. Em uma era onde a grande sociedade dos Dragões Imperiais governava vastas regiões e reis e rainhas se ajoelhavam e imploravam pelas suas vidas, a etiqueta de apresentação e de convívio na corte era a diferença entre a vida e a morte.

Entre os seus membros, os mais poderosos andavam altivos e orgulhosos, enquanto os mais fracos ficavam sempre atrás e a sombra. Neste tempo os dragões tinham seus nomes e ostentavam com orgulho entre sua prole, onde aqueles abaixo dele deveriam ser conhecidos como netos de, ou filhos de, e assim por diante.

Somente com riqueza e poder acumulados durante décadas, um dragão tinha o direito de reivindicar o seu nome e assim ser conhecido.

Maior idade

Um jovem dragão ao atingir a maior idade era automaticamente expulso de seu lar, do convívio de seus parentes e onde deveria arcar com a sua sobrevivência. Mas mais do que simplesmente sobreviver, era importante conseguir o direito ao nome.

Sem o direito ao nome, o dragão estaria sempre a sombra de seu antecessor e jamais conseguiria alcançar a glória e o status que permitiria enriquecer e ter seu lugar nas grandes partilhas.

Direito ao Nome

Dentro da família todos os seus indivíduos possuíam nomes dados por seus progenitores, mas perante a sociedade este era reconhecido após o Ritual do Nome. Neste ritual o jovem deve provar seu valor em luta conseguindo assim acumular um pequeno tesouro que demonstra sua importância.

As lutas poderiam ser entre membros da sociedade, onde um valor é estipulado na luta e caso negado o direito de luta era obrigado a pagar um valor mínimo que seria 1/15 do valor apostado.

Quanto mais tesouro, maior era sua força e sua influência dentro da sociedade draconiana.

O Tesouro

Mais do que simplesmente dormir sobre um monte de ouro, como muitos acreditam, os tesouros estão ligados não somente ao status social, mas a própria longevidade.

O que muitos desconhecem é que o ouro é usado pelos dragões imperiais para produzir um dos mais poderosos elixires da vida. Este não concede a vida eterna, mas dá uma longevidade anormal, assim como mantendo a força e a vitalidade de um jovem dragão.

Trono de Cristal

Existe um total de 12 tronos de cristal, construídos nas antigas ruínas da capital do reino de Valcons. É o local que os 12 dragões imperiais de gelo usam para não somente se comunicar entre eles a longas distâncias, mas também para poderem recuperar suas forças místicas.

Coração de Gelo

Depois que os doze maiores dragões imperiais de gelo descobriram que estavam presos nas Terras Glaciais e que sua fraqueza residia na sua dependência ao frio, estes passaram a arquitetar um elaborado plano para conseguir escapar de sua prisão, ou melhor, expandi-la.

Através das almas coletadas dos escravos durante a cerimônia de sacrifício, os dragões esperam juntar poder suficiente para criar todas as 200 laminas de cristal, que quando lançadas em uma região congelaram instantaneamente tudo ao seu redor. O grande problema, entretanto é que para conseguir fazer um único cristal são necessárias mais de 2.000 almas.

Classes sociais


A raça dos dragões imperiais de gelo se resume em doze dos mais poderosos exemplares de sua espécie. A raça criada para ser sua escrava, os Iogs. São considerados insignificantes e não fazem parte de sua sociedade.

Homens e Mulheres


Tanto os machos quanto as fêmeas são dotados de imenso poder, não havendo qualquer diferença entre eles.

Miscigenação


Não existe qualquer relato de miscigenação entre dragões e outras espécies, apesar de no passado os dragões tentarem criar uma raça de dragonetes que serviriam como sua tropa. Apesar de todos os esforços serem infrutíferos existe aqueles que ainda tentam.

Jogos & Festas


Festas Religiosas

Somente o culto do dragão. Este é realizado a cada dois meses, onde pelo menos 200 escravos são trazidos até o Planalto Central e suas almas recolhidas em oferenda aos deuses dragões.

Festas Civis

Atualmente os antigos festivais foram abandonados. No passado grandes banquetes eram feitos nas grandes famílias draconianas e horas de cantoria e recitais com feitos heróicos e tesouros conquistados entretinham os convidados.

Jogos

Os antigos jogos foram abandonados, assim como os Antigos Costumes. No passado as grandes competições de luta entre dragões ocorriam entre adversário que se consideravam rivais de poder e sob um valor estipulado pela luta.

Existiam ainda as lutas entre criaturas de outras espécies e que eram muito apreciadas entre os dragões. Uns grandes volumes de apostas eram feitas e alguns aliciadores de guerreiros e gladiadores para estes jogos acumularam grandes fortunas ou perderam suas vidas de forma horrenda.

Religião


Os dragões imperiais de gelo não cultuam qualquer divindade. Consideram-se as criaturas mais poderosas da terra e dignas de serem cultuadas.

Culto do dragão

Como é chamado o culto praticado pelos Vancos aos dragões imperiais de gelo. Estes humanos consideram estes dragões como criaturas divinas, tamanho é o poder que possuem.

Principais cidades e Locais de Interesse


Antiga cidade de Lariara

Personagens locais


At’al, O Imperador Glacial

Ur’aj, Voar sorrateiro

Ra’idor, Olhos profundos

Ir’am, Morte gelada

Re’tie, A Rainha do Norte

Un’for, Senhora dos Ventos

Za’alra, Caçadora implacável

Hi’rafi, A ludibriadora

Ru’incar, Senhora dos Segredos

Il’anor, A serva.

Ro’told, O Guardião

Ar’hen, Língua venenosa


Rumores e Intrigas


A Expansão

Entre os Vancos existem boatos que falam de uma expansão do reino de seus deuses, onde o grande inverno reinará por toda a terra. Verdade ou não, o número de escravos que vêm sendo entregue é cada vez maior e aparentemente os dragões imperiais vêm demonstrando grande euforia, nunca antes vista.

A vida eterna

Um boato vem causando muito reboliço, mesmo entre os Magins. Fala-se que um ladrão Vanco foi capaz de roubar uma das poções dos dragões imperiais e que ao tomar algumas gotas não envelheceu mais.
Este hábil ladrão escapou para terras mais quentes, mas ainda mantém sua aparência depois de 230 anos.

Cronologia dos Dragões Imperiais

0 d.c. – O cataclismo

200 d.c.- O Grande Despertar.

230 d.c.- Início dos primeiros confrontos entre os dragões imperiais.

380 d.c.- A grande guerra entre as Casas. A guerra civil passou a ser conhecida como Chuva de Sangue.

490 d.c.- Pacto entre os doze sobreviventes entre os dragões imperiais de gelo.

1040 d.c.- Os Vancos fazem um pacto com os Dragões Imperiais de Gelo. Os Vancos conseguem assim a superioridade sobre outros povos e os Dragões Imperiais “oferendas”.

1156 d.c.- Os Vancos trazem os primeiros Yorgs para os Dragões Imperiais. Passam a ser criados como alimento e escravos.

1226 d.c.- As fugas de Yorgs é contida, apesar de um grande número escapar.

1319 d.c.- Os Dragões imperiais descobrem povoamentos de Yorgs e humanos nas costas orientais e ilhas próximas.

1358 d.c.- O primeiro confronto entre os Magins e os Dragões Imperiais. Apesar de um poder superior ao dos Magins, nenhum dos dragões imperiais confia em seus camaradas de luta e assim mantém suas forças contra possíveis traições.

1412 d.c.- Nas florestas glaciais de Calnuar, Ra’idor encontra os primeiros povoamentos de Sulnos, mas estes estão sob proteção dos Magins.

1430 d.c.- Incentivados por At’al um grande destacamento de Vancos iniciou uma grande ofensiva sobre os Sulnos e Yorgs. Apesar de grande contingente de escravos, foi pouco proveitosa e voltaram a atacar ilhas próximas.

1493 d.c.- Uma segunda investida contra os Magins, mas novamente a falta de união entre os dragões imperiais foi decisiva para a derrota.

Verbetes que fazem referência

Arinos, criaturas das ilhas independentes, Gigantes Volgarianos, Ginetes, Gorns, Raças, Iogs, Magins, Moltas, Pantos, Região Setentrional, Sulnos, Terras Glaciais, Valons, Vancos, Volgarianos

Verbetes relacionados

Nolusgos | Dragões Imperiais do Gelo
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