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PrefácioDurante o segundo ciclo, a cidade de Magis sempre foi famosa pelo grande teatro e pelas festas que aconteciam todos os anos. A região era rica em vinhedos, onde grandes fazendas produtoras produziam os melhores vinhos da região.
No centro da cidade, onde ocorriam as grandes festas, havia uma estátua de pedra da deusa Liris, e também o templo local onde ela era venerada pelos moradores.
O então governador da cidade, o senhor Henris, buscando aumentar a arrecadação da cidade, viu nas festas uma forma fácil de conseguir isso.
Assim, foi facilmente seduzido por demonistas adoradores de Morrigalti, que o convenceram a retirar a estátua de Liris e colocá-la em uma praça distante e esquecida. Em seu lugar, colocou a estátua de Morrigalti.
Os sacerdotes de Liris protestaram contra o ato, mas foram expulsos da casa do governador.
Tempos depois, muitos teriam testemunhado que, durante a noite, uma névoa fantasmagórica percorreu toda a região, cruzando a cidade e vagando pelo campo, desaparecendo ao raiar do dia.
No dia seguinte, quando o governador acordou e foi tomar seu pomposo desjejum, todos os alimentos que ele tocava apodreciam instantaneamente.
Impossibilitado de comer e desesperado, o governador consultou um oráculo para saber quem o teria amaldiçoado. O oráculo afirmou que teria sido a própria deusa Liris, coberta de ira.
O governador, temendo por sua vida, ordenou que a estátua retornasse a seu lugar original e suplicou a Liris que fosse libertado de seu infortúnio.
Infelizmente, para a sua situação não houve melhora. Apesar de todo o alimento que lhe podia ser oferecido e de todo dinheiro que tinha para comprá-los, na semana seguinte, veio a morrer de fome.
Desde então, ninguém jamais tentou irritar a deusa novamente.
Extraído de A Formação do Mundo, Livro de Maudi - Biblioteca de Saravossa.
ConcepçãoQuando o mundo ainda era sem vida, feito de fogo e água, os titãs governavam e o caos imperava. Durante os primeiros milênios, os titãs viveram e prosperaram neste mundo. E os deuses, pouco a pouco, manifestaram-se, buscando sua criação e trazendo ordem.
No mundo já dividido em água, terra e céu, a vida não existia. Animal ou planta habitava-o, e o silêncio imperava.
Do silêncio, três figuras surgiram e, ao tocarem a água, esta borbulhou e a vida começou a surgir em pequenas formas e, em pouco tempo, em maiores. Quando tocaram a terra, houve um tremor e uma onda de calor e fertilidade espalhou-se. Pequenas plantas surgiram e, com o tempo, outras maiores vieram.
Por muitos séculos foi assim, as três figuras fizeram do mundo sua obra. Criaram animais de tamanhos e formas diferentes.
Mas o mundo ainda estava incompleto, apesar de cheio de vida e beleza havia ainda um vazio, um silêncio.
Foi quando os demais deuses desceram.
Criaram seus filhos que viveriam neste mundo e preencheriam este silêncio. Assim nasceram as raças conscientes de Tagmar.
Dentre as três figuras, estava uma bela mulher feita de fogo e luz. Ela portava uma foice dourada como o Sol e, a cada balançar das suas mãos, qualquer ser tocado por sua foice tornava-se próspero.
Quando os filhos dos deuses se aproximaram, ela os olhou com cuidado e se apresentou.
Seu nome é Liris.
Áreas de atuaçãoA área de atuação de Liris é a colheita das plantas e frutos. É ela quem trás a abundância às mesas. A deusa ensina como colher os frutos durante as estações e faz com que seus seguidores despertem o amor por suas plantações e a sabedoria que vem da natureza que se movimenta em ciclos e que todos devem esperar, pois tudo amadurece na hora certa.
TemperamentoAssim como os opostos se atraem, Liris é completamente oposta a Quiris. Enquanto este é introvertido, Liris é efusiva e alegre; contudo, tem alterações de humor bruscas, que parece ter herdado de sua mãe, Ganis. Mas assim como seu irmão e seu pai, Liris busca acima de tudo a paz e a natureza como objetivos para sua realização pessoal.
RepresentaçãoSua representação é de uma bela e jovem mulher, Liris está sempre presente nas colheitas, e sua energia presente naqueles que carregam grandes fardos de sementes e sacas de frutos. Liris representa a alimentação, o crescimento do ciclo das safras e a preservação dos alimentos. Sua representação também está nas jovens camponesas que estão sempre a cuidar das plantações, observando o nascer e florescer dos frutos.
SímboloSeu símbolo mais conhecido representa a foice, que recolhe os cereais das plantações. Outro símbolo menos difundido dessa representação é uma foice estilizada.
CoresSua cor é o lilás.
Relação entre deusesA cólera dos deuses se faz mais perigosa quando se trata de Liris. Sua ira causa morte e devastação a toda a vida. Pobre daqueles que sofrem a infelicidade de desprezá-la ou ignorá-la.
A jovem deusa é vista sempre acompanhada de seu pai e irmão, este que sempre se encontra atrás dela e a acompanha atentamente com os olhos.
É cordial com todos tendo somente alguns mal-entendidos com Cambu, que alguns séculos atrás tentou seduzi-la, causando grandes problemas a ele. Com Lena, tem uma relação de amizade, com quem busca conhecimentos mais profundos na arte da sedução.
O relacionamento com sua mãe é instável, vivem em eternas discussões e alterações de humor, fazem um campo de batalha a cada encontro.
Com seu pai, apesar do respeito, acredita que suas ações são sempre lentas.
Em Quiris, seu irmão, encontra a paz e a tranquilidade, sendo este o único capaz de acalmá-la quando fica zangada. Dizem que o amor que nutrem um pelo outro é maior que o simples amor de irmãos...
DescendentesNão possui.
Festas e CelebraçõesFesta da Colheita (30º dia do mês do Talento) Este dia é simbólico, já que cada planta tem seu momento mais propício para a colheita. Esta festa é repetida quando é feita a colheita.
Neste dia, as plantações são abençoadas com fartura. Nas fazendas, comemora-se com danças e, à noite, uma mistura de leite e vinho de qualquer fruta é derramado em frente à entrada da fazenda e em parte do campo cultivado.
Nos armazéns, são pendurados atrás das portas pequenos objetos de madeira com o símbolo de Liris.
Reinos onde a religião mais atua Sua influência, assim como a de seu irmão e de seu pai, são iguais. Estende-se por todos os reinos, em especial nas áreas agrárias. Todos aqueles que criam ou plantam algo são abençoados por Liris.
Influência das ordens na política dos reinosNão é pequena a influência destes sacerdotes nos reinos, principalmente nos reinos eminentemente agrários. Sua presença pode garantir fartura e prosperidade a todos, ou a miséria aos infiéis.
Nível de popularidadeSua popularidade é mais alta entre as camadas mais pobres da população, em especial entre os agricultores e pastores.
ReligiãoOs sacerdotes de Liris são responsáveis pela benção das colheitas, do armazenamento dos grãos e vegetais. Também é comum sacerdotes de Liris abençoar as refeições em dias festivos.
TemploSeu templo encontra-se sempre à esquerda do templo destinado a Sevides, como sua filha se encontra para com seu pai.
O material de que é feito o templo é semelhante ao do templo de Sevides: feitos em pedra, tijolos cozidos, ou mesmo em madeira.
Na entrada do templo, existe uma pequena chama onde grãos podem ser lançados para “alimentar” os deuses, honrando-os. Mas é em frente ao altar de Liris que se pode ver grandes jarros contendo sementes das plantas típicas da localidade onde se encontra, arrecadadas pelos sacerdotes como oferendas dos fazendeiros aos bons préstimos.
No momento do próximo plantio, estes grãos serão levados ao templo de Quiris, onde serão distribuídos aos agricultores locais para abençoar suas plantações.
VestimentaAs vestes dos sacerdotes da ordem são feitas de tecido de algodão cru. Tem uma pequena faixa sobre o ombro esquerdo presa por um cordão de linho de cor lilás.
Na faixa da ordem sacerdotal de Liris, pequenos símbolos representando frutos estampam o tecido, e a marca de pequenas flores fica a vista.
A posição dentro da ordem é marcada pelo número de nós existentes no cordão de linho preso à cintura. O número máximo de nós são cinco.
Costumam usar chinelos feitos de couro curtido, uma cesta que usam durante as colheitas, um incensório e um instrumento de corte para simbolizar o ato da colheita durante as cerimônias.
Locais sagradosRio Sevides. Nasce aos pés de uma grande árvore, que se divide em três. Acredita-se que as águas da bacia do Rio Sevides tragam a alta fertilidade das terras da região. Camponeses de todas as regiões de Tagmar acreditam que se, em épocas de secas ou pragas muito fortes, as suas terras forem regadas com um pouco das águas do Rio Sevides, elas voltarão a dar boas safras.
A trezentos metros da nascente do rio Sevides, na margem esquerda, encontra-se um grande platô feito em pedra. Incrustado no chão em formato de meia-lua, o símbolo de Liris marca um dos locais mais sagrados da ordem, onde grandes cerimônias são realizadas pelos altos membros da ordem.
Itens Sagrados Sob a posse dos autos sacerdotes de Liris, está o amuleto sagrado conhecido como Aksas.
A este amuleto são creditados os poderes de duplicar a produção. Com isso, sacas de cereais podem ser duplicadas e milhares podem ter sua fome saciada com a plantação de alguns hectares.
Entretanto, se mal-usado, pode provocar a destruição da colheita ou a morte dos animais.
Este amuleto se encontra enterrado em um templo de Liris e guardado secretamente por membros mais altos da ordem.
Muitos afirmam que a união dos amuletos de Hudrar (ver texto sobre Quíris) e de Aksas pode levar a abertura dos portões celestiais e expurgar todos os demônios de Tagmar. Contudo, isso possivelmente levaria a uma nova era de renascimento, destruindo juntamente todas as espécies existentes.
Doutrinas do culto
Zelar pela colheita;Buscar a abundância;Contribuir para a paz dos povos;Equilíbrio da vida.
Verbetes que fazem referência
Livro dos Deuses
Verbetes relacionados
Blator | Cambu | Crezir | Crizagom | Cruine | Ganis | Lena | Liris | Maira | Palier | Parom | Plandis | Quiris | Selimom | Sevides | Prólogo | Epílogo