1.1 Introdução
“
Somos os senhores de nosso destino. Vivemos a navegar pelos mares e a descobrir seus segredos. Uma nação sob velas, um amanhecer sempre em um novo porto.”
Isanias, Patriarca da família Omanial
1.1.1 – LocalizaçãoOs Gípcios são um povo nômade e acompanham a rota de migração das grandes criaturas marinhas conhecidas como Ghan. Durante o inverno os Gípcios são encontrados na região Meridional, nas Ilhas do Sul e no verão na região Setentrional, próximo as ilhas Esquecidas no oceano Volr.
1.1.5 – História do reinoEste povo é originário da região dos Reinos Menores, especificamente da ilha de Saluna. A história deste povo fala que viviam em Saluna muitos séculos antes da chegada dos Valon a região e governavam a região. Os Gípcios eram um povo conquistador e por longos anos cobraram tributos de outras comunidades que viviam em ilhas próximas.
Eventualmente tinham de debelar antigas rixas e pacificar regiões conquistadas. Com a chegada dos Valons o poder politico na região se viu estremecido e assim como os Gípcios, os Valons também eram um povo conquistador.
Passaram-se muitas décadas, mas o inevitável acabou ocorrendo, o confronto entre os dois reinos. Valon muito mais poderoso rapidamente venceu a guerra e anexou a ilha de Saluna.
Para os demais povos da região foi somente a troca de um senhor por outro.
Para os Gípcios foi o início de uma grande mudança. Cinco grandes famílias fugiram antes da queda de Saluna e formaram o que seria o maior grupo nômade marítimo já existente.
Desde longa data, os Gípcios sabiam da existência dos Ghan, imensos cretáceos que vivem na região a peregrinar. Sabendo a importância econômica e buscando a liberdade o grupo rapidamente iniciou a peregrinação seguindo os Ghan e vivendo uma existência simbiótica com a criatura.
Cada uma das cinco famílias formaram posteriormente as chamadas cidades-flutuantes. São elas:Os Omra, os Tsin, os Amun, os Omanial, e os Acle. Os Acle se tonaram nos anos seguintes os mais numerosos e mais poderosos entre os Gípcios, sendo eles mesmos se dividindo em três outros grupos familiares: os Seh, os Finnis e os Beriam.
1.2 Governo
Seu sistema de governo é baseado na monarquia, onde um membro escolhido dentro da família aristocrata assume o direito de governar a cidade flutuante. As cidades são autônomas com leis e regras próprias, contudo fazem parte de um pacto militar de preservação e defesa.
Os Pandarus
Dentro das cidades existem os Pandarus, servos do rei e representantes de pequenos grupos sociais, sendo interligação do poder real com a comunidade ou grupo econômico.
Um Pandaru é indicado pelo grupo que vai representar dentro do conselho real. São mantidos no cargo por um período de cinco anos, podendo ser renovado quantas vezes o grupo desejar. Ser um Pandaru é desfrutar de um poder dentro da sua própria comunidade, mas também de reter os melhores dividendos para seu grupo.
Os Culnas
Como é conhecido o conselho dos patriarcas. É composto pelos homens acima de 50 anos e chefe de família que existam na caravana gípcia. Cabe a eles julgar criminosos de sua sociedade e quando solicitados resolver questões controversas entre membros de sua comunidade.
Os Ramasis
São temidos dentro de sua comunidade e agem como o braço armado dentro da comunidade. O que muitos poderiam achar que são soldados profissionais encarregados da segurança e da manutenção da ordem, mas são assassinos empregados pelos patriarcas gípcios quando é necessário resolver questões de caráter moral.
Este caráter moral pode ser desde um não pagamento por um serviço até mesmo afrontar a moral de uma mulher ou família.
1.2.1 – Economia Suas atividades são baseadas principalmente no comércio do Azul Celeste, uma tinta especial obtida pela extração do veneno do peixe parasita Asmmu. Este peixe vive no dorso e na nadadeiras dianteiras do Ghan e se alimentam do sangue deste cretáceo.
Quando a cada 12 a 15 dias o Ghan vem a superfície para respirar, os coletores Gípcios iniciam a perigosa extração do peixe parasita fixado na pele do Ghan.
1.3 Relações com os demais povos
Os Gípcios são vistos pelos demais povos com grande desconfiança. Muitos consideram estes como espiões, outros como ladrões e assassinos, mas as comunidades tendem a aceitar este grupo pelas suas capacidades artísticas e conhecimentos únicos em ervas, poções, metalurgia e artesanato.
Pantos
São humanos e isso por si só é algo a ser considerado. Sua inconstância de permanecer em um único lugar exprime a inconstância de sua raça.
Gorns
Fracos, patéticos. Vivem sem reino ou honra. Não se pode confiar naqueles que não lutam pela sua liberdade.
Reptantes
Ótimos para o trabalho, mas perigosos. Entre eles vivem espiões e assassinos. Difícil dizer o que pensam.
Teldruns
Ávidos por aprender e disposto a ensinar quando adquirem confiança nos “estrangeiros”.
Zeenos
XXXXXX
Moltas
São lobos disfarçados de cordeiros. Mestres nas artes obscuras estes são capazes de envenenar e roubar, mesmo aqueles que lhe são caridosos.
Vancos
XXXXXX
Ginetes
São mais espertos que os humanos comuns. Negociar para eles é como respirar e jamais se esqueça de conferir a mercadoria.
1.4 História Recente
Com a crescente onda de terror que se alastra pelos mares das Ilhas Independentes, os Gípcios são considerados por muitos como espiões dos Ardorianos e vistos com misto de desconfiança e ódio.
Quanto mais tempo o confronto permanece e a disputa entre os Ardorianos e os demais povos livres continua equilibrado, maior é a pressão dos povos para grupos como os Gípcios tomem lado neste confronto.
Haverá um momento em que todos deveram tomar uma posição e não haverá mais povos neutros no mar de sangue que promete engolir toda as Ilhas Independentes.
1.5 Os Gípcios
São humanos que migraram ainda no segundo ano depois do cataclismo. Sua coloração de pele é levemente bronzeada, com cabelos lisos, olhos castanhos e puxados para trás. Sua altura média é de 1,70m.
1.5.1 – SociedadeCostumes
São alegre e comunicativo, contudo reservados e jamais revelando informação de si. É uma sociedade matriarcal onde a mulher possui um extenso poder dentro da sociedade. O poder é passado pela linhagem direta da mãe e na falta de uma filha, a possibilidade de governar é passada a próxima mulher dentro da linha de sucessão mais próxima.
Dentro da religião se sucede da mesma forma. A principal figura da religião é a sacerdotisa que passa a sua filha os seus “poderes” ou na falta de uma, a sua escolhida, o templo e todos os seus fiéis.
Casamento
O casamento tem uma finalidade política, onde reafirma laços de amizade e fidelidade entre famílias e grupos. Os jovens gípcios são prometidos pelos pais antes mesmo de nascerem.
Existe a possibilidade de um casamento arranjado não ocorrer, desde que o parceiro seja capaz de pagar um dote a família que teve o laço de casamento rompido. O valor é determinado pela importância da família e pelo conselho dos mais velhos.
O casamento é uma festa que duram cinco dias e somente no sexto dia é que os noivos podem se conhecer. Durante este tempo, os noivos recebem os convidados nas embarcações de seus respectivos familiares, assim como os presentes.
Após a primeira noite juntos, a mulher passa a usar um lenço na cabeça indicando que é comprometida e tem seus cabelos amarrados em tranças com pequenos fios de ouro.
Ao casamento são convidados os familiares e os mais próximos aliados.
Nascimento
É considerado um momento sagrado e somente a parteira e ajudante podem ficar com grávida. Em sua cultura afirmam que a criança ao nascer é pura e desprovida de defesa. É então feita uma poção e o ritual de proteção onde por nove dias à criança só ficar na presença da mãe e sob um galho feito de ervas especiais.
Considera-se que este é o tempo suficiente para o espírito estar forte e assim poder sobreviver aos espíritos da má sorte e da morte. O pai ao receber a criança no colo oferece um medalhão feito de ouro que irá trazer sorte e um bom futuro.
É então apresentado a todos os familiares e amigos e seu nome, então será pronunciado pela primeira vez.
Maior idade
É conseguida após o homem completar 13 anos e a mulher ao completar 17 anos. O ritual de maior idade do homem é alcançado quando ele lidera os seus familiares na grande pesca.
Através da grande pesca que o menino dá lugar ao homem e trás o alimento para a sua família. A mulher tem um papel de peso nesta sociedade já que é através dela que o poder passa dentro da família. Todas as mulheres aprendem desde cedo as atividades comerciais da família, assim como a controlar os aspectos políticos dentro da sua comunidade.
Música e dança
Os gípcios são um povo alegre e comunicativo, onde uma das maiores expressões culturais são os bardos que difundem sua música étnica por todas as comunidades por que passam.
O instrumento mais usado é o violino de quatro cordas, mas existem muitos dos bardos que usam também violões. Sua música é bastante alegre e rápida, onde as letras sempre falam de liberdade, oceano, belas mulheres e aventuras.
A dança é rápida e grande parte das vezes exclusivamente para as mulheres, mas algumas são dançadas com homens sendo seus pares.
Ouro
Os gipcios são conhecidos como grandes comerciantes de ouro e mesmo seus habitantes fazem uso de cordões, pulseiras e brincos de ouro. Existe um fascínio muito grande deste povo pelo ouro que considera sagrado e portador de pureza.
Muitos oferecem pequenos medalhões de ouro para os recém-nascidos como amuletos para trazer felicidade e sorte.
O Asmmu
A coleta do Asmmu é perigosa. Com a retirada do peixe, este deve ser preparado dentro de 3 horas antes que a bolsa de veneno localizada no dorso do animal arrebente e contamine a carne com o veneno.
A carne é consumida pela população, já o veneno é retirado e trabalhado de forma que possa ser usado para o comércio. O veneno se torna a matéria-prima principal para um dos mais desejadas tintas, o azul celeste ou o violeta de outono.
A tinta tem a propriedade de não desbotar com o tempo, mantendo assim a cor intensa mesmo depois de vários anos. É usado também na pintura de palácios e em alguns casos de quadros.
As Cidades Flutuantes
As cidades flutuantes são imensas estruturas que alcançam em média 300 metros de comprimento e 80 metros de largura. Construída em madeira, resina de ghan e pedra, as cidades são verdadeiras fortalezas flutuantes.
O casco espesso e alto é cercado por grandes torres e muralhas que impedem que grandes ondas e piratas alcancem o interior da cidade.
A cidade abriga as mais diversas profissões e moradores. O centro da embarcação fica o cultivo de animais e plantas, nas partes seguintes a população e as partes mais externas as fábricas e lojas de confecção de material.
Na popa da cidade flutuante ficam alojadas as rodas do mar e o castelo. Este é a última fortificação da cidade e também o centro de controle que controla a direção e portanto a navegação da cidade.
Ao contrário das levas localizadas em mastros centrais, nas cidades ela fica localizada lateralmente.
Essencialmente a cidade é um barco e necessita de grandes velas para sua locomoção apesar de haver também as chamadas Rodas do Mar que são também usadas para ajudar na impulsão da grande embarcação.
Para permitir a movimentação desta roda são usados animais trazidos de terra e que passam suas vidas a girar grandes eixos durante horas.
As Rodas do Mar
Como são conhecidas as grandes rodas com pás que giram e impulsionam a imensa cidade flutuante. Ao contrário do que se pensa, não existe somente uma roda do mar por cidade, mas centenas delas que trabalham em conjunto para permitir o movimento.
Dentro da cidade são plantados os vegetais que alimentaram os cidadãos e os animais que movem as rodas do mar.
Reciclagem
Tudo dentro da cidade flutuante é trabalhado de forma que jamais perca a utilidade. A falta de matéria –prima como a madeira é substancial sendo rara de encontrar e até mesmo comercializar.
Toda a matéria orgânica é transformada em adubo para alimentar as plantações e assim retornar ao ciclo alimentar.
Túmulo marinho
Quando um Han-narh morre, seu corpo é banhado e limpo. Seus pertences são entregues a família que passa ao sucessor do morto ou a aquele a quem em vida deixou como herdeiro.
Após a cerimônia fúnebre que consiste em ser velado, seu corpo é enrolado em pele de peixe e lançado ao mar para se juntar ao grande ghan na grande jornada.
Ostras de Ghan
As ostras são encontradas em toda a grande faixa litorânea das ilhas, sendo amplamente recolhida para alimentação e para a extração de pérolas.
Dentre os moluscos a ostra de Ghan é conhecida por ser três vezes maior que as ostras encontradas nos litorais e chegam a produzir pérolas do tamanho de um punho fechado. Dentre as pérolas mais desejadas está a Bacna.
Como são conhecidas as pérolas raras. Existem dois tipos a de coloração completamente escura e a de coloração transparente.
Entre as de coloração transparente o seu grau de perfeição é determinado pela centralização do grão formador no centro da pérola. Onde quanto mais centralizado for, mais perfeita a pérola é considerada.
Comércio flutuante
A cidade flutuante por conta de seu peso não pode ser simplesmente parada para o comércio. Toda a transação é feita durante a navegação, mesmo que a velocidade não seja tão grande é necessário ter grande cuidado principalmente durante a aproximação para atracar ou para sair do porto flutuante.
Os navios de reinos por onde passam trazem mercadorias para comercializar em busca das preciosidades encontradas em outras terras ou somente nos oceanos.
O produto mais procurado são as tinturas produzidas pelo veneno do Massanis, carnes salgadas de peixes exóticos e pérolas dos oceanos.
A morte de um Ghan
Apesar de este mamífero alcançar em média 500 anos, um dia ele pode morrer por ferimentos ou mesmo de velhice. Neste dia os Han-nard iniciam um extenso ritual que busca aproveitar tudo o que podem retirar do cadáver do animal.
O processo pode levar semanas, até que o cheiro e o peso causem problemas a cidade flutuante e sejam obrigados a largar e continuar a navegação atrás dos demais ghan.
A resina de Ghan
É conhecida pela sua propriedade de dureza excepcional e leveza o que a torna muito importante para a navegação.
A resina é retirada dos grandes dutos de respiração do animal e dissolvida na gordura dele após horas de cozimento. A pasta formada deve ser mantida quente e longe da luz solar podendo ser aplicada mesmo em contato com a água.
Uma vez aplicada e moldada, deixando pegar sol à pasta irá novamente endurecer e ficar tão resistente quando uma rocha. Não são raros os artesões de resinas terem parte do corpo cobertos e endurecidos pela resina.
O próprio armamento é produzido com um lento trabalho de deposição de resina e molda, para não somente dar forma, mas o fio da lâmina.
Roupas e vestimentas
As vestes dos ghan são basicamente feitas de couro de peixes e outros animais marinhos, com toda uma vestimenta marcada por itens marinhos, tais como brincos, botões, alfinetes, etc, feitos com conchas e espinhas de peixes.
As algas não somente são usadas na alimentação, mas também usadas na confecção de roupas. Está é uma arte demorada, mas bela permitindo produzir roupas tão suaves quanto a seda.
Somente os mais ricos possuem as chamadas vestes das ilhas.
Morte
Aos mortos é dada uma cerimonia de despedida, onde os seus parentes levam alimentos e compartilham entre eles saudando o nome do morto ao final da refeição.
Os seus pertences são dados a seu filho ou parente mais próximo de sexo masculino e seu corpo é enrolado em um tecido ricamente trabalhado para então ser lançado ao mar. Os Gípcios não enterram, nem cremam seus mortos.
São feitas oferendas em flores e pequenas porções de alimentos mensalmente em nome do falecido durante 12 meses. Tem como objetivo expressar seu carinho e pesar pela perda.
1.5.2 – Classes sociaisNão existe divisão social dentro de sua comunidade. Por sua vida itinerante acabam integrando, mesmo que temporariamente, as comunidades onde comercializam fazendo parte da classe mais baixa.
1.5.3 – Homens e MulheresA sociedade é matriarcal, tendo como a passagem do poder e influência ligada diretamente ao sangue e portanto a linhagem materna. As mulheres desde cedo são treinadas na difícil arte da diplomacia e no conhecimento econômico que sua família detêm.
Ao homem fica a parcela do comprometimento perante a defesa e ajudar na subsistência da comunidade.
1.5.4 – MiscigenaçãoCulturalmente os Gípcios evitam a todo custo a miscigenação com outros povos ou raças, mantendo assim os traços mais marcantes de sua etnia humana. Contudo existem raras, mas existe casos de indivíduos externos serem aceitos dentro da comunidade, somente no caso de ser uma mulher que está fica afastada das decisões politicas da comunidade, sendo considerada quase como um homem.
1.5.5 – Jogos & FestasFestas Religiosas
Sua festa mais importante é a de Sallanasas. Contam as lendas que Sallanasas foi uma rainha poderosa dos Gípcios quando estes ainda tinham a terra sob seus pés e que ela era adorada e querida por todos.
Quando foram atacados e escravizados, Sallanasas conseguiu ludibriar o rei conquistador e permitir que sei povo fugisse para o mar, em busca da liberdade perdida. A lenda possui duas versões bastante diferentes para o final, para muitos a rainha não foi capaz de fugir com seu povo e morreu escrava do rei conquistador. Já outra versão afirma que apesar de desejar ter seu povo livre, a rainha não conseguiu sua liberdade, pois estava apaixonada pelo rei conquistador e assim permaneceu em seu palácio.
A festa é comemorada a cada início de outono e um grande banquete é feito. Todos os gípcios trocam pequenos objetos feitos de ouro e dançam até o dia clarear.
Festas Civis
Aniversários e casamentos são sempre comemorados com muita dança e banquete. Quanto mais famosa é a pessoa ou importante dentro de sua sociedade, maior é o tempo de festa.
Jogos
Os jogos mais comuns são os que apresentam destreza e esperteza. Costumam ser jogos com uso de cartas e dados, assim como uso de armas.
1.6 Religião
A religião dos é baseada no elemento da água e seu panteão composto por seis deuses. Os deuses são Lairnar, Zolon, Faana, Jalana, Manusa e Sargana.
Descrição religiosaLairnar é a deusa maior e a senhora deste panteão Gípcios. É mãe das deusas Faana, Jalana, Manusa e Sargana. Sua representação é a das três luas e senhora máxima do céu, seu marido é o deus Zolon e representado pelo Sol.
A lenda deste povo fala que Zolon desejava controlar a tudo e em seus momentos de fúria destruía o que se encontrava em seu caminho.
Ao contrário de outros deuses Lairnar é a deusa trigêmea. A senhora do destino. O começo, o meio e o fim. A deusa então cansada dos acessos de fúria de seu marido o aprisionou em uma caixa e deixou pequenos furos para que pudesse testemunhar o poder se sua esposa.
A deusa criou o mundo e por muito tempo o cultivou com seu carinho e sabedoria, mas tudo que lá nascia era minguado e fraco. Foi então que Lairnar soltou Zolon e seu brilho trouxe força a criação de Lairnar.
Mas com o tempo o calor foi ressecando tudo e trazendo a morte. Foi então que a deusa novamente o prendeu para que a criação tivesse tempo de recuperar dos raios do Sol.
Assim foi criado o dia e a noite e o tempo.
Por milhares de anos a vida existiu em equilíbrio. Mas apesar da perfeição de todo o mundo a deusa estava solitária e de com seu marido quatro deusas.
As deusas caminharam pelo mundo criado por sua mãe e o cobiçaram. A cobiça levou a luta, mas sua mãe venceu. Apesar de vitoriosa a deusa sábia entendia que algum dia deveria passar seu reino para suas filhas e assim dividiu os espectros da existência em quatro partes iguais.
Para a deusa Faana que vivia a sonhar e viver dentro de suas ideias de um mundo perfeito foi entregue o espectro do ar. Para a deusa Jalana que era inflexível em seu julgamento foi dado o espectro da terra, para a mais meiga e querida filha, a deusa Manusa foi entregue o espectro da água e a filha mais ligada ao pai, a deusa Sargana foi entregue o espectro do fogo.
Cada qual passou a governar um dos elementos e a influenciar a cultura Gípcios.
Lairnar – É a deusa lunar. Ela é trigêmea apesar de ser uma só. Cada uma delas é considerada um período da vida. Seu poder é superior ao de todos os deuses juntos e ela controla toda a existência.
As sacerdotisas falam seus desejos e mantem os rituais milenares. A deusa comanda os destinos, mas permite que seus filhos cometam erros e façam escolhas para alcançar seu destino.
Zolon – É o deus solar. Amante de Lairnar e tomado pela inveja. Ele foi o responsável por instigar as filhas através da deusa Sargana a enfrentar a deusa Lairnar.
Ele é aquele que mesmo com a melhor das intenções tem um ardil por de trás das suas intenções louváveis. É o senhor da intriga e da estratégia.
Faana – Deusa primogênita, a senhora dos ventos e das tempestades. Sob seu controle se encontram os sete ventos do mundo e cabe a ela levar todos a seu destino, este determinado por sua mãe, a deusa Larinar.
Antes de iniciar qualquer jornada os Han-narh fazem oferendas de alimentos e cantos. No início e no término de cada dia é feito um voto de agradecimento pela boa jornada.
Ela também é a deusa ligada a Diplomacia e ao Comércio.
Jalana – Deusa da terra e da guerra e senhora dos reinos dos mortos. Para a crença dos Han-narh o reino dos mortos é um grande deserto com vales incandescentes e a água não existe.
Para este local de agonias e sede eterna são enviados os infiéis e aqueles que não respeitaram os designos de Lainar. Pois para eles , mesmo o infiel ignorante das leis de Lainar pode alcançar o mundo das águas sagradas, mas o fiel que quebra as leis não tem a mesma misericórdia.
Jalana é uma deusa impiedosa que com seu chicote de fogo seca as almas dos condenados e os transformam em corpos ressecados e retorcidos.
Manusa – Deusa da fertilidade e da chuva. Ela é a guardiã da vida e tem sob seu comando a trombeta de coral, um dos itens místicos mais importantes da cultura Han-narh.
A trombeta é conhecida por ser um presente dado por Lainar a Manusa e que ao ser tocado inicia um novo ciclo de fertilidade no mar.
Após a pesca e o antes de se alimentarem uma oração é feita a Manusa agradecendo a vida que foi dada e pedindo que uma nova vida retorne ao mar.
Sargana – A deusa do esquecimento, da destruição. A deusa Sargana sempre foi a filha mais ligada a seu pai Zolon e de temperamento mais agressivo e destrutivo.
Ela detém um dos quatro espectros da realidade dados por sua mãe Lainar as suas quatro filhas. Na cultura Han-nagh o fogo representa o fim de tudo e ao ter o corpo cremado não existe como renascer no mundo espiritual e ser lançado no grande esquecimento.
SacerdotesTodas as deusas têm como representantes diretas de seus desejos as sacerdotisas de cada uma das ordens que as representam. Existe um total de cinco ordens religiosas, apesar de a Ordem de Lairnar ser a mais poderosa e influente as demais ordens tem prestígio e influência em diversos seguimentos da sociedade.
Cada influência das deusas se dá em um aspecto predominante da profissão exercida. Exemplo, as sacerdotisas da deusa Faana são mais ligadas aos diplomatas e aos comerciantes, sendo estes que usam seus oráculos e conselhos da deusa para as decisões mais difíceis.
Fogo e queimaduras
Dentro da sociedade Gípcios o fogo tem um poder, um simbolismo único. Para aqueles que trabalham o fogo existe algo misterioso e perigoso que os tornam únicos. Os magos elementais que fazem uso da magia com o elemento do fogo são considerados marcados a ponto de receber a marca do fogo.
Assim como pessoas que foram queimadas ou se queimaram, em sua cultura tem uma ligação perpétua com a deusa Sargana e considerados seus arautos.
São pessoas consideradas destinadas a algo especial que tanto pode ser um destino que as tornem amaldiçoadas ou abençoadas. Este tipo de visão acaba por tornar estas pessoas marcadas por um misto de admiração e medo pelos demais.
Em várias das cidades flutuantes a magia do fogo é considerada maligna e proibida de ser conjurada.
A Magia
Para muitos a magia é a ligação mais próxima das divindades, depois é claro dos sacerdotes. Considerada algo para poucos. Entre este povo quase não existe magos, sendo poucos deles mais que meros aprendizes.
1.7 Principais cidades e Locais de Interesse
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1.8 Personagens locais
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1.8.1 XXXXX
1.9 Rumores e Intrigas
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1.9.1 XXXXXX
1.10 Cronologia dos Gípcios
0 d.c. – XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Verbetes que fazem referência
Raças
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