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Pergaminhos de Amagor

Como são conhecidos os pergaminhos encontrados nas ruinas de Amagor, uma das últimas cidades do segundo ciclo que se encontra em ruinas e ainda não foi engolido pelas areias do deserto vermelho.

Nestes pergaminhos estão escritos histórias do segundo ciclo em um tempo a muito esquecido, quando os deuses abandonaram seus filhos mortais a própria sorte.

Atualmente os pergaminhos encontram-se no Centro de História e Cultura Ksaro da Província de Massfer.

Escritos em uma língua a muito antiga, foi graças a anos de estudo e dedicação de estudiosos Ksaros que foi possível traduzir e ter acesso a histórias do passado.

São ao todo sete pergaminhos que contam a história do Planalto Vermelho, de suas antigas guerras e do povo que lá vive.

O Primeiro Pergaminho

O primeiro pergaminho ou como muitos preferem chamar, O Pergaminho dos Escolhidos, fala de um período de harmonia e paz que antecede a partida dos deuses e o equilíbrio que existia entre as raças. Em trechos obscuros fala também dos Antigos, a primeira raça criada pelos deuses e de sua queda.

Foram os mais amados e os mais ingratos. Dotados de uma sabedoria que vinha ao nascer e de uma mortalidade quase infinita, estes filhos acreditaram ser melhores que seus pais. A ingratidão feriu os deuses e estes foram exilados para todo o sempre do belo jardim dos deuses.

Foi quando as raças existentes foram criadas, ignorantes ao nascer e temporais. Contudo durante a sua existência os deuses cuidaram de seus filhos e os mais dedicados e gratos era dada a honra de viver mais que seus pares.

Então um dia os deuses abandonaram seus filhos a própria sorte, não lhes oferecendo orientação ou proteção. Cabia agora aos filhos caminharem com seus próprios pés e através do suor garantir a sua própria sobrevivência.
Muitos que viveram em paz passaram a se odiar e os filhos partiram para todas as direções da terra. Muitos destes filhos se perderam na imensidão do mundo, mas nove grandes famílias partiram para as Terras de Sallvanor.
É esta a história destas famílias.

O Segundo Pergaminho

Para o Oeste as nove famílias partiram e alcançaram terras belas e verdes conhecidas como Sallvanor. Nela as famílias se estabeleceram e prosperaram, mantendo sempre a fé nos deuses e os antigos cultos de seus ancestrais.

Para os patriarcas das nove famílias foi dada pelos deuses uma vida longeva que os permitiu governar por muitos séculos os seus filhos e súditos. Aos Patriarcas foi dado o conhecimento do "O Povo Oculto", e os reis receberiam "Os Cetros dos Reis", para governar estas terras sagradas e os nove reis passaram a serem conhecidos como os "Antigos Pais".

O cetro na posse do rei permitia dar a seu povo uma vida de grande plenitude e saúde, onde a doença e a fome eram lembranças antigas. Estes desfrutavam de grande longevidade, mas nunca comparadas aos dos reis. E por longos anos os reinos prosperaram e cresceram.

O Terceiro Pergaminho

Por longos séculos a paz governou o Oeste, até a chegada das forças do Leste.

As terras do Leste eram habitadas por aqueles que haviam abandonado o culto aos deuses e esquecido seu poder. Estes seres viviam em guerra e suas vidas eram curtas como um piscar de olhos.

Para estes a fome e as pragas eram irmãos presentes devastando centenas de vidas e levando a eles a uma decadência animalesca. Mas mesmo para estes que viviam em sofrimento e dor foi dado o direito de prevalecer sobre as agruras e prosperar.

Assim como suas mentes, seus corpos endureceram resistindo aos obstáculos e por fim tornaram-se fortes e destemidos. Brutalizados por sua realidade, a vida se encarregava de eliminar os fracos e quando não o fazia, as guerras davam um jeito.

Reinos foram criados e seus reis desejosos de poder e riquezas viraram seus olhos para as terras abençoadas do Oeste. Para estes reis invejosos, a boa aventurança deixou o povo do oeste frágil e indefeso.

Os embaixadores do Oeste foram então aos reis do Leste buscar conciliação e paz, evitando assim a guerra entre os dois extremos. Uma ação que foi vista como fraqueza e os exércitos de 20 nações marchou para o Oeste levando destruição.

Era o início da Guerra dos Extremos.

Os exércitos do Leste enfrentaram as forças dos nove reinos do Oeste. Uma batalha que durou longos 28 anos e foram vencidas e perdidas em diversas frentes ao longo deste tempo, mas apesar de todo o estratagema e escaramuças o fim já estava decretado e as forças invasoras do Leste foram derrotadas e os poucos sobreviventes voltaram para suas terras.

Para aqueles que viveram os tempos de guerra a dor nunca se apagou. A brutalidade da guerra marcou suas vidas e nada seria como antes.

O Quarto Pergaminho

Nem todos os reinos sofreram com a guerra por igual. Os reinos de Flenura, Cassia, Galancia, Haastor e Juaria foram os mais prejudicados e tiveram o maior número de mortos e estes reinos da fronteira jamais se recuperaram novamente.

O conflito sangrento mudou os olhos dos sobreviventes e a dor da perda calcinou seus corações impedindo-os de perdoar aqueles que vieram do Leste.

Aos reinos de Sallanor, Hejar, Vescaris e Lascaas restaram após o conflito a busca por uma novo amanhã de paz e harmonia, mas os demais reinos ficaram a buscar a vingança. Uma desarmonia de ideias que por fim levaria a fragilização dos nove reinos.
Entre aqueles que buscaram a vingança pela perda de seus entes amados estava Lansois, um dzaren, do reino de Haastor. Ele buscou algo que aplacasse sua ira e um poder que pudesse castigar seus inimigos. Para o extremo Leste ele se encaminhou e por longos anos não se ouviu seu nome, para muitos ele havia morrido e por fim foi esquecido.

Aos reinos da fronteira, os que mais foram castigados pela guerra, ficaram o sentimento de revanchismo que os levou a mergulhar novamente na insanidade da guerra.

Assim ficou conhecida a Guerra de Vingança.

Centenas de guerreiros do Oeste marcharam para as terras do Leste em busca de vingança. Não havia passado nem doze anos quando os estandartes dourados alcançaram os reinos do Leste.

As terras do leste foram invadidas por uma força avassaladora e reino após reino do leste caiu perante as forças do Oeste lideradas pelo reino de Flenura.

Iniciava neste momento um período sombrio para os povos do Leste. Com seus exércitos esmigalhados e suas cidades conquistadas, a liberdade acabou. Aos vencidos ficou o direito de se tornarem escravos e terem suas terras pilhadas.

Apesar da união de antigos lideres do leste sua força jamais chegou a representar qualquer ameaça ao domínio do Oeste.

O Quinto Pergaminho

Já não existe harmonia entre os nove reinos.

Os reinos fronteiriços buscam somente a guerra e a violência, mas isso não trás paz de espirito para seu povo. Na verdade acaba por inflamar mais ódio.

Os deuses olham pesarosos para seus filhos, mas a violência os cega para os desejos dos deuses. Os reis corrompidos pela violência e morte maculam os cetros que portam e afetam a terra que governam.

As antigas bênçãos dadas aos reinos conquistadores do Oeste começam a ficar rarefeitas e a terra pouco a pouco deixa de estar tão bela. Muitos culpam os povos do Leste e infringem a eles mais miséria e dor.

Isso acaba por criar um ciclo de dor que não termina e só aumenta as hostilidades e a miséria nos reinos. E é neste momento de maior miséria que ressurge Lansois com um conhecimento do extremo leste, algo que vêm com a promessa de trazer paz e acabar com a dor.

Nasce O Culto da Serpente.

Os reinos fronteiriços buscaram poder e força contra seus irmãos e muitos ingressaram em artes negras e proibidas. Estas artes criaram seres monstruosos que por muitas décadas serviram como escravos aos reinos humanos de Galancia e Cassia.

Tais seres metade humanos, metade escorpiões seriam chamados de Skorpios e por gerações viveram e morreram sob o chicote, servindo de escravos nas minas ou na diversão bárbara das lutas.

O Sexto Pergaminho

Nos campos da guerra regados com sangue de inocentes a única semente que germina é a do ódio. As diferenças entre os reinos do Oeste aumentavam a cada ano à medida que as bênçãos eram tiradas dos reinos da fronteira. A cobiça que antes havia somente nos reinos do leste infectou o coração dos Antigos Pais, os reis dos reinos fronteiriços.

E foi este ódio que marcou o início das Guerras Fratricidas que levaram o fim aos nove reinos do Oeste. O caos tomou conta das terras do Oeste e milhares pereceram.

Os Antigos Pais comandaram seus exércitos e a cada morte de um dos nove pais, o povo era tomado pela mortalidade, onde doença e a fome retornavam ao reino e a suas vidas.

Nuvens negras e o lamento dos deuses tomaram o céu quando o último entre os Antigos Pais tombou em batalha. O último de seus mais queridos filhos havia morrido.

Os laços finais com os deuses se foram e os cetros de ouro e prata transformaram-se em chumbo. Como castigo os deuses secaram os rios, as florestas queimaram e por fim toda a terra se transformou em um deserto vermelho.

Neste cenário de total desespero o Culto da Serpente ganhou mais adeptos.

Com a morte dos reis de Galancia e Cassia, a população caiu em desespero e os antigos escravos viram a oportunidade de buscar a liberdade. Antigos escravos ganharam a liberdade com sangue e morte, destruindo as cidades de seus antigos senhores e partindo para mais a Oeste, longe de seus antigos senhores.

O Sétimo Pergaminho

Os antigos reinos não existiam mais no oeste e diversas regiões foram tomadas por pequenos governantes que buscavam reestabelecer a ordem, assim como conseguir algum poder.

As Guerras Fratricidas haviam durado cerca de 50 anos e as poucas cidades que ainda restavam buscaram por fim um acordo de paz. O Culto da Serpente prosperou e durante este tempo cresceu entre os ksaros e principalmente entre os humanos.

O tratado assinado entre as cidades que ainda se mantinham erguidas foi feito.

Teria se passado mais de 615 anos desde a última vez que os habitantes do Leste haviam pisado nas terras do Oeste quando um imenso exército alcançou os reinos do Oeste. Uma força tão mortal e vasta que rapidamente sobrepujou os humanos, destruindo os já convalescidos reinos e por fim os escravizando. Uma das últimas cidades humanas a cair foi Amagor.

Os anos seguintes a destruição do reino humano no oeste, as forças invasoras lideradas pelos generais dos Reis-Feiticeiros Arcondi marcharam invencivelmente sobre seus inimigos.

Muitos considerariam uma justiça poética em vista que no passado os povos do Oeste assim fizeram com os do Leste.

Por longos 30 anos os Ksaros, os Dzaren e os Skorpios lutaram pela sua sobrevivência até a vinda do cataclismo que dizimou as forças invasoras e por fim decretou a liberdade dos povos dominados.

Verbetes que fazem referência

Dzaren, Ksaros

Verbetes relacionados

Ksaros | Dzaren | Skorpios | Introdução | História | Geografia | Religião | Objetos Mágicos | Lendas | Mapa | Criaturas | Imagens
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