"Louco? SIM! E qual o problema nisso? Sou MADOC!!! Falo comigo mesmo desde que era um pequeno ferret barbudo em Palom, Acordo. As minas sempre foram aconchegantes, cheias de vozes para nós que sabemos ouvir... e eu nasci sabendo, Plandis me escolheu muito cedo. LOUCO eles gritavam! Como se fosse uma coisa ruim... entender o mundo como ele realmente é... "
Madoc nasceu em Palom, cidade com as grandes minas de ferro de Acordo. O dom de Plandis manifestou muito cedo, ainda criança ele começou a ouvir vozes, ter visões, falar com espíritos... o que não foi bem aceito por sua família, simples mineiros, cheios de crendices e medos infundados. Seu pai não tardou a expulsá-lo de casa, sua maldição era "um perigo". O pequeno Mardok não queria ser um perigo, foi viver nas ruas, longe da família. Sobrevivia com a ajuda de bons samaritanos, trabalhos braçais e uma boa dose de sorte.
Um dia, defendendo uma prostituta local, se meteu em uma briga contra três guardas que a agrediam. Apesar de lutar bem com os punhos, o anão não tinha chance contra soldados treinados. Um dos guardas segurava a prostituta enquanto os outros dois deixaram Madoc a beira da morte... antes de cair inconsciente, o anão viu um vulto preto e branco derrubar os dois soldados. Madoc acordou fora da cidade, a prostituta de antes limpava seus ferimentos e um velho cozinhava algo de cheiro estranho. "Hey, pequeno gigante peludo, está com fome?" disse o velho, trazendo um prato do ensopado. O anão comia em silêncio, o velho olhando dentro dos olhos do anão disse: "O dom de Plandis corre firme nessa cabeça oca... seria um desperdício te deixar por aí"
Em 3 anos, o velho doido nunca se apresentou, mas ensinou Madoc a focar sua loucura. O anão tinha o dom bruto, o velho interagia com sua mente como um livro aberto, abriu caminhos e trilhas no labirinto mental de Madoc, que continuava louco, mas com um pouco de ordem. Aprendeu sobre o dom de Plandis, sobre os guerreiros perdidos, sobre o ciclo do caos e da ordem... logo era um devoto fiel de Plandis.
No bosque perto de Portis, o velho arregalou seus olhos quando viu um grande carvalho oco. "É aqui!", disse tirando todo seu equipamento e sentando em uma posição de meditação. Madoc, que vinha cantarolando, sentou em uma posição parecida em frente ao velho nu. "Você não está com frio?" e respondeu o velho "Sim, mas vai passar logo. Pequeno gigante peludo, você vai continuar sozinho, agora é um guerreiro perdido... O que era meu agora é seu... Loucos por Plandis." Os olhos do velho ficam opacos quando ele termina a frase, uma lágrima corre pelo rosto de Madoc enquanto ele veste a armadura, que é muito maior que o anão. O pequeno gigante peludo bate no símbolo de Plandis com o punho serrado dizendo "Loucos por Plandis, e que não sinta frio". Nesse momento a armadura se ajusta ao anão e o velho carvalho se incendeia com o corpo do velho sacerdote... sem mais, o anão continuou sua jornada.