Mudança de deus, sacerdotes

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"Mais uma batalha havia chegado ao fim, enquanto caminhava sobre os corpos mortos de seus inimigos, Erodar, jovem sacerdote de Crezir, sentia os ossos de seus inimigos estalarem a medida que suas botas pesadas marchavam sobre eles, a vitória havia sido conquistada! A abóboda celeste estava avermelhada, as cores do crepúsculo pareciam refletir a cor da matança que ocorrera horas atrás naquelas terras.
Assim como seus companheiros, ele olhava atentamente os cadáveres em busca de dar cabo dos que por ventura houvessem sobrevivido.

Já havia feito isto por cerca de trinta minutos, e nem mesmo um havia encontrado até então. Até que ouviu um choro abafado, aproximou-se da fonte do ruído, e para sua surpresa, havia encontrado uma jovem criança. Uma pequena menina de olhos cor de safira. Deduziu que na busca desesperada pela sobrevivência, ela tentara inutilmente se esconder em meio aos cadaveres. Seus fulgurantes olhos azuis contrastavam com o sague seco e sujeira que cobria seu rosto e cabelo, eles denunciavam o pavor que seu coração sentia. Sem dizer uma palavra, ela olhou diretamente para seu elmo, tentando buscar sem sucesso olhar nos olhos de seu algoz que estavam protegidos por seu elmo fechado.

Erodar desembainhou sua espada, sua lâmina ainda estava sedenda, em um movimento rápido ele segurou-a com as duas mãos e a girou apontando sua a parte de aço para baixo. Ergueu decididamente sua espada, e quando estava prestes a empalar sua vítima, sentiu os braços daquela pequena criatura envolverem suas botas, como quem o abraçara implorando por misericórdia.

Subitamente, as mãos do jovem clérigo vacilaram, a recordação do fato responsável por tornar-lo um sacerdote de Crezir em busca de vingança, retornaram tão rapido quanto uma flecha lançada. Por uma fração de segundos, vislumbrou seu passado de um ângulo diferente.

Quando criança havia se escondido no estábulo e presenciado sua família ser executada perante seus olhos, sua irmã, tinha os mesmos olhos da frágil criatura que suplicava pela própria vida, ela envolveu seus braços nas pernas de seu assassino, mas ele, ceifou-lhe a vida.

Agora, era ele que estava no lugar do executor, foram anos de doutrina, e treinamento, seus inimigos estavam caídos sob seus pés, sua vingança deveria trazer-lhe um sabor diferente do gosto ferroso do sangue dos inimigos que havia escorrido por seu elmo e caído em seus lábios. Mas suas mãos não tiveram forças para completar o movimento que já fizera tantas outras vezes.

Erodar, deixou cair sua arma, como aquele quem deseja livrar-se de um fardo, da culpa, da dor. Estendeu suas mãos em direção a criança e a ajudou a sair de seu refúgio. Após isto, retirou seu elmo e a carregou no colo. Os braços frágeis daquela pequena abraçaram seu pescoço, e pouco tempo depois ela adormeceu. Ele sabia bem pelo que passou, lembrou-se que após sua fuga, caiu em sono profundo, tamanho trauma e tensão que havia vivido e sentido. Em um gesto de carinho, arrependimento, piedade, ele retirou sua capa, a cobriu afetuosamente, protegendo-a do vento frio que vinha das montanhas e continou sua caminhada.

Sentiu-se pleno, os anos em busca da vingança haviam acabado, não por ter de fato conseguido obliterar uma cidade inteira. Sentira-se realmente bem agora por ter feito as pazes com seu passado, centenas de mortes não eram nada comparado com uma vida que poupara. Os demais soldados o olharam confuso enquanto deixava os campos sangrentos. Jamais podiam imaginar um ato tão sublime vindo de um homem impiedoso como ele. Até mesmo o Sol, já bem baixou, pareceu ter se livrado das nuvens para vislumbrar a cena outrora impensavel."

Perda de fé: Embora pouco comum alguns sacerdotes podem vir a renegar seu antigo deus, seja por blasfemar e não se arrepender ou por se desiludir de algum modo com sua religião. Estes clérigos automaticamente perdem o acesso a conjuração de magias divinas, até que se arrependa ou seja aceito por outro deus como seu sacerdote.

Mudança de deus: Diferentemente de alguém que perde a fé, este caso é especial, algumas vezes pode ocorrer do sacerdote mudar suas convicções. Como na história acima onde um sacerdote de Crezir desiste de propagar a matança quando tem piedade de um criança filha de um de seus inimigos. No primeiro momento, o sacerdote perde acesso a magias divinas até que tenha aceito uma outra fé. Tanto as crises de fé, quanto a conversão para outra religião precisam ser plenamente representadas pelo jogador que interpreta o sacerdote.

Uma vez que em jogo o personagem demonstre realmente que tenha aceitado de fato uma nova divindade, ele passa a ter acesso a suas magias da lista básica de milagres dos sacerdotes. Caso ele já tenha entrado para uma ordem sacerdotal, Os pontos gastos em magias das listas específicas serão 'reciclados'. E no próximo estágio o sacerdote receberá estes pontos novamente para que compre na lista de magias do novo deus escolhido.

Note que esta perda de fé nem sempre é bem vista, o personagem pode ser considerado um herege, os sacerdotes do deus 'abandonado' podem ser proibidos de falar com ele, ele pode ser perseguido, e em pior hipótese até morto.
o por ter de fato conseguido obliterar uma cidade inteira. Sentira-se realmente bem agora por ter feito as pazes com seu passado, centenas de mortes n

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