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Por Jose Rotondaro e Alesso Sartorelli
Introdução
No desenvolvimento de várias culturas, o marcar das horas sempre teve profunda importância em suas vidas. Através da mudança dos dias, das estações e dos anos foi possível determinar os ciclos da natureza e por fim do universo.
Em Tagmar, assim como na Terra, observam-se variações periódicas do tempo. A alternância entre dia e noite, e o ciclo das estações, verão, outono, inverno e primavera são os grandes exemplos disso. Como esses fatores interferem diretamente nas atividades cotidianas das civilizações e servem como referência da passagem do tempo, foram adotados como critérios para tentar padronizar essas medidas.
Nos arquivos armazenados nas profundezas do Templo de Palier, em Saravossa, encontram-se textos datados do início do terceiro ciclo relacionados à instituição do calendário dos Moldas, que posteriormente foi adotado universalmente nos reinos conhecidos na época do Mais Sábio, da mesma maneira que ocorreu com o malês. Naturalmente, é possível, (e até provável,) que os povos élficos mais conservadores e os Anões de Blur tenham outro método de contar o tempo. Estes últimos talvez nem utilizem a luz do sol para isso, visto que vivem sob as montanhas.
Calendário
O calendário de Tagmar, segundo consta nos alfarrábios de Saravossa, é composto por
doze meses de trinta dias. Cada mês sendo dedicado originalmente a um Deus. Acredita-se que houve grande participação de um conselho de representantes de várias igrejas para a aprovação desse calendário. Ao final dos doze meses, há
um dia extra, destinado ao culto a Cruine, sendo este um momento de transição (fim de um ano e começo de outro).
Os meses são nomeados de acordo com ideias ligadas aos respectivos deuses. Para agraciar os deuses sem ferir seu orgulho divino, os meses foram consagrados com nomes de coisas naturais ou ligadas a sentimentos e emoções, sem o uso de objetos artificiais criados pelas mãos humanas (o uso de emoções, coisas naturais ou abstratas como conflito, paz, talento, etc., é aceito, pois são virtudes transmitidas pelos deuses no momento de criação dos povos).
Segundo consta, os meses foram organizados da seguinte maneira. Primeiramente, o ano foi dividido em dois grupos de seis meses. Para o primeiro grupo foram considerados os deuses de primeira geração, os mais poderosos do panteão (Maira, Palier, Blator, Ganis, Selimom, Sevides e Cambu). Como todos não caberiam no primeiro semestre, foram retirados os dois mais poderosos, Maira e Palier, e foram lançados no segundo semestre, obtendo maior destaque. Parom, apesar de ser um deus de segunda geração, foi escolhido para completar esse semestre por ser filho dos dois mais poderosos deuses do Panteão. Um “privilégio””, somente, sem qualquer justificativa mais aprofundada
Ficou então dividido que Blator, Ganis, Selimom, Sevides, Cambu e Parom estariam no primeiro semestre.
Os primeiros três meses do ano são os mais quentes e úmidos, formam a estação do verão. Blator, o deus dos anões, e Ganis, a deusa da água, foram selecionados para iniciar essa estação,. Seus meses sendo denominados de O Mês do Conflito e O Mês da Água, respectivamente.
Selimom foi escolhido para levar a um equilíbrio a essa estação. O período em sua homenagem é denominado O Mês da Paz.
A estação seguinte é o outono. O mês da Semente (Sevides) encontra-se aqui, num período entre a Festa do Plantio (1.º dia do Mês da Rosa – início da primavera) e a Festa da Colheita (30.º dia do Mês do Talento – final do outono). Tais datas são assumidas partindo do pressuposto que a maioria das lavouras inicie-seiniciam na primavera e termineterminam com a colheita no outono, sendo o inverno um período de entressafra e estocagem.
Cambu é o deus mensageiro e patrono dos viajantes. O mês do Ouro, em sua homenagem, fica próximo à metade do ano, mediando o seu início e final, e coloca-se na transição entre os deuses da primeira e segunda gerações.
O período de Parom (Mês do Talento) finaliza o primeiro semestre.
No segundo semestre temos: Crezir, Crisagom, Plandis e Lena, além de Palier e Maira, anteriormente citados. Esses dois últimos, como certa forma de homenagem, estão colocados em estações diferentes, obtendo mais destaque cada um.
O inverno é a estação seguinte. Um período - por que não dizer nostálgico e depressivo - cujas características por demais associadas a fortes sentimentos emotivos, período ideal para o Mês da Paixão, em homenagem a Plandis.
Crezir foi a mais obviaóbvia opção depois de Plandis, portanto vem o Mês do Sangue.
Fechando o Inverno temos o Mês da Sabedoria, homenageando Palier, e dando a ideia contemplativa de campos verdes de coníferas, frios e brancacentos, muito relacionado aos elfos, crias desse deus.
Lena e Maira são deusas perfeitas para a primavera. A primeira com as flores desabrochando e tudo mais e a segunda sendo a deusa mãe e representação da natureza, exuberantemente evidenciada nessa estação, fica sendo seu ponto central.
Crisagom é o deus mais justo, que intercede pelas almas dos mortais no tribunal de Cruine. Por isso é colocado no fim do calendário, imediatamente anterior ao Dia de Cruine.
Abaixo temos uma tabela com o objetivo de facilitar a visualização dos meses e estações do ano, bem como sua correspondência com os meses do calendário gregoriano.
Meses gregorianos | Meses de Tagmar | Deus homenageado | Estação do ano |
---|
Janeiro | Mês do Conflito | Blator | Verão |
Fevereiro | Mês da Água | Ganis |
Março | Mês da Paz | Selimon |
Abril | Mês da Semente | Sevides | Outono |
Maio | Mês do Ouro | Cambu |
Junho | Mês do Talento | Parom |
Julho | Mês da Paixão | Plandis | Inverno |
Agosto | Mês do Sangue | Crezir |
Setembro | Mês da Sabedoria | Palier |
Outubro | Mês da Rosa | Lena | Primavera |
Novembro | Mês da Vida | Maira |
Dezembro | Mês da Justiça | Crisagom |
Dia extra | Dia de Cruine | Cruine | ---------- |
As estações do ano (como pode ser observado na tabela acima) se encontram exatamente alinhados aos meses do ano.
Na metade de cada estação, ocorrem fenômenos especiais. No 15.º Dia do Mês da Água temos o solstício de verão. No 15.º Dia do Mês do Sangue acontece o solstício de inverno. No 15.º Dia do Mês do Ouro e no 15.º Dia do Mês da Vida ocorrem os equinócios.
As semanas são compostas por
sete dias, e são definidas pelas fases da principal lua de Tagmar, Agmarim, da mesma forma como as fases da nossa lua terrestre. Os dias da semana em alguns lugares são apenas numerados e em outros recebem momesnomes locais, mas nos reinos setentrionais os nomes dos dias da semana vêm de antigamente, dos primórdios do Reino da Moldânia, e são os seguintes:
Dia da Semana | Origem do Nome |
---|
Anaesi | Relativo a Anaes, tia de Sivon |
Basvo | Relativo a Basva, tio de Sivon |
Calcato | Relativo a Calco, filho de Sivon |
Moldio | Relativo ao povo dos Moldas |
Sagaeti | Relativo a Sagae, espada de Sivon |
Saverieto | Relativo a Saverios, filho de Calco, neto de Sivon |
Sivonte | Relativo a Sivon, 1º. grande líder dos Moldas |
As luas de Tagmar
Quanto aos satélites naturais (luas) de Tagmar, cabe dizer que são três e merecem especial destaque em relação aos demais astros observados na esfera celeste.; pois são determinantes para a contagem das semanas e estações do ano.
O primeiro deles, e mais importante, é Agmarim. É o mais evidente no céu, apresenta coloração azul brilhante e exibe ciclo de
28 dias, e. Cada uma dasde suas fases (nova, crescente, minguante e cheia) é usada para determinar as
semanas do calendário.
O segundo é Armina. De coloração avermelhada, sua órbita é mais distante que a de Agmarim, sendo menos evidente aos olhos tagmarianos. Seu ciclo é de 90 dias, coincidindo com as estações do ano. Vale notar que o início do ano, no verão, corresponde ao primeiro dia da fase cheia dessa lua. Dessa forma, o outono corresponde à fase minguante, o inverno à fase nova e a primavera à fase crescente. Duas peculiaridades na órbita desse satélite ocasionam um fenômeno curioso e importantíssimo para a cultura dos povos tagmarianos. A primeira é uma leve inclinação na órbita desse satélite em relação ao eixo de rotação do planeta, levando à anteposição desse satélite em relação ao sol anualmente, a cada 361 dias, exatamente no dia de Cruine. A segunda peculiaridade trata-se de uma pequena distorção no trajeto de sua órbita, fazendo com que exatamente nesse mesmo dia de Cruine o satélite perfaça um trajeto um pouco mais longo, deixando a transição da fase crescente para a cheia um dia mais comprida. Dessa maneira, o que ocorre é que o verão de cada ano inicia sempre no 1.º dia da fase cheia de Armina.
O terceiro e menos importante satélite tagmariano é Denégria. Menor, pouco evidente no céu e de coloração palidamente amarelada, exibe órbita muito ampla e seu ciclo é de 361 dias, mudando de fase a cada ano.
A maioria da população de Tagmar refere a lua de Agmarim como "A Lua", por ser a maior e mais evidente das três luas. Desta forma, frequentemente quando alguém se refere a lua sem dizer qual, então está se referendoreferindo a Agmarim.
Dias comemorativos
Naturalmente, os povos tagmarianos reverenciam seus deuses de diversas maneiras. Uma delas é consagrar determinados dias em sua homenagem. Na tabela abaixo, estão listadas as principais festividades dedicadas às divindades.
Os dias das festas descritas são eventos “universais” semelhantes ao “natal” para os povos Cristãos.
Mês | Estação | Dia | Festividade | Deus Homenageado |
---|
Mês do Conflito | Verão | 2 | Festival da Benção Militar* | Blator |
12 | Amor da Deusa | Crezir |
17 | Adoração a Maira Mon | Maira |
Mês da Água | 1 | Dia do Mar* | Ganis |
5 | Jejum da Piedade | Blator |
11 | Festa da Carne | Lena |
19 | Culto a Elevação | Palier |
Mês da Paz | 5 | Condecoração Póstuma | Blator |
9 | Vitória da Justiça | Crizagom |
15 | Festa da Prosperidade | Ganis/Sevides |
20 | Dia do Amor e Paz* | Selimon |
Mês da Semente | Outono | 2 | Adoração a Maira Vet | Maira |
7 | Festa da Fertilidade* | Sevides |
13 | Festa da Purificação de Parom | Parom |
30 | Festa da Fartura | Sevides/Cambu |
Mês do Ouro | 1 | Festa da Fartura | Sevides/Cambu |
9 | Dia das Ilusões | Plandis |
21 | Dia da Multiplicação* | Cambu |
Mês do Talento | 20 | Jornada da Paz | Selimon |
24 | Festa dos Artíficies* | Parom |
30 | Festa da Colheita | Liris |
Mês da Paixão | Inverno | 1 | Noite dos prazeres | Lena |
13 | Batismo de Fogo | Crezir |
19 | Representação de Plandis* | Plandis |
Mês do Sangue | 3 | Festival de renascimento de Maira | Maira |
9 | Festa da Iluminação | Plandis |
23 | Oferenda de Sangue* | Crezir |
Mês da Sabedoria | 4 | Memorial dos Ancestrais | Crizagom |
6 | Dia da Magia* | Palier |
20 | Adoração a Maira Nil | Maira |
Mês da Rosa | Primavera | 1 | Festa do Plantio | Quiris |
12 | Festa dos Amantes* | Lena |
27 | Festa da Vitória | Blator |
Mês da Vida | 13 | Culto à Tríade* | Maira |
26 | Dia da Sobra | Ganis |
Mês da Justiça | 16 | Festa dos Povos | Selimon |
27 | Noite do entendimento entre os povos | Cambu |
29 | Noite dos Justos* | Crizagom |
Dia da Renovação | Ano Novo | --- | Festa do Ciclo Natural da Vida* | Cruine |
* Estas são as principais festividades de cada do deus em questão.
O calendário tagmariano também pode ser visualizado no escudo abaixo.
Verbetes que fazem referência
Livro de Ambientação
Verbetes relacionados
Extratos do "Livro de Maudi" |
1º Ciclo ou O "Tempo das Névoas" |
2º Ciclo ou "O Tempo dos Filhos" |
3º Ciclo ou "Tempo das Mentiras Infernais" |
Os deuses de Tagmar |
Cosmologia |
As Regiões de Tagmar |
Região dos Reinos |
Região das Terras selvagens |
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Calendário de Tagmar |
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Os aventureiros |
Cronologia de Tagmar |
Considerações Finais |
Créditos do Livro de Ambientação