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Zacro .

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Cidade-Estado de Zacro

Zacro é uma Cidade-Estado localizada em pleno Deserto do Norte, distante cerca de cento e sessenta quilômetros a Sudeste de Diate, cento e dez quilômetros ao Sul de Juktas e cento e oitenta quilômetros a Leste de Gazi. O grande oásis que abastece a cidade se encontra perto da face norte da muralha, próximo a um imenso platô rochoso recheado de cavernas e entremeado por vales e ravinas.

Em Zacro planta-se quase todo tipo de grãos cultiváveis, bem como oliveiras, árvores frutíferas, verduras e legumes. Cabras e camelos são as criações de animais da cidade. Economicamente, Zacro não se destaca das outras cidades dictíneas, embora suas tapeçarias sejam muito apreciadas. O que torna Zacro tão importante entre suas vizinhas é a Grande Biblioteca da Academia Dictínea de Magia, mais conhecido como o “Templo do Saber”. O grande edifício em que se localiza a biblioteca rivaliza em tamanho com o palácio real. Em seu acervo, milhares de livros e antigos tomos e pergaminhos datados da época do Império Híctio e que sobreviveram à destruição Arcondi.

Zacro possui um formato hexagonal e é circundada por uma muralha defensiva bem resistente e reforçada. Algumas balestras e catapultas se localizam em pontos-chave, conferindo uma maior proteção contra um eventual sítio. Os portões da cidade são largos e em maior número do que o de suas vizinhas. As maiores ruas de Zacro são de formato circular e se estendem do centro da cidade, formado pelo palácio real e pela biblioteca, para fora, em direção às muralhas, e se conectam aos portões da cidade por meio de outras ruas largas, como “raios de sol”. Este formato peculiar confere uma “divisão” urbana em formato esferóide, com as casas da aristocracia se localizando no círculo central, mais próximas do palácio e do Templo do Saber, enquanto as habitações da população em geral se aglomeram nos anéis mais exteriores. O comércio local não possui um local próprio e delimitado, com as lojas, as mercearias, as tavernas e os bazares se dispersando entre os “anéis urbanos”.

Governo e Principais Personagens

A cidade de Zacro é governada por Anfeo, um rei sexagenário, que é monarca já há trinta anos. No Conselho da Lei conta com o auxílio da Sumo-Sacerdotisa Marlibi e do nobre Radavam.

Apesar de sábio e muito justo o corpo e a saúde de Anfeo não acompanham o espírito do monarca e ele quase sempre se encontra debilitado e doente. A aristocracia já antevê, para os próximos anos a realização das provas reais e se prepara para isso.

Com quase nenhuma tradição militar, o efetivo da Cidade-Estado é de mil soldados, comandados pelo Atrahasis Musalim, um jovem oficial que galgou o posto por indicação do próprio Anfeo e tenta organizar seus homens da melhor maneira que consegue.

História Recente

O fato de maior relevância ocorrido recentemente em Zacro foi a descoberta, há cerca de um ano, das ruínas de uma cidade híctia, na região oposta do platô rochoso, em um vale até então desconhecido dos próprios habitantes da cidade.

O sítio arqueológico agora está formigando de estudiosos de todas as demais cidades dictíneas, ávidos por aumentar seus conhecimentos sobre o modo de vida de seus antecessores. O número de magos da Academia Dictínea também dobrou, já que existem indícios da existência de tomos antigos contendo magias proibidas e perdidas entre os escombros das edificações. Infelizmente, até o momento, segundo as versões oficiais, pouca coisa interessante foi recuperada. A cidade híctia descoberta não é muito grande, mas o trabalho é meticuloso e existe esperança de se encontrar algo melhor.

O Povo de Zacro

Os habitantes da Cidade-Estado são pessoas que trabalham duro nos campos irrigados e no comércio local, mas diferem de seus pares dictíneos por serem um povo mais culto que a média geral. Desde os mais humildes até o nobre aristocrata, todos têm acesso ao conhecimento e podem dele usufruir sem restrições. Logicamente, os mais abastados possuem condições de aprimorar mais os seus estudos e conhecimentos, podendo pagar melhores professores e mestres que o simples artesão, mas o ensino público é muito valorizado em Zacro e existem várias escolas na cidade.

Devido à presença do “Templo do Saber” e atualmente das ruínas da cidade híctia, Zacro destaca-se pela presença de inúmeros sábios, artistas, mestres, escribas, pesquisadores e pessoas do meio acadêmico, que trazem um certo “ar de elite cultural” à cidade.

Como em todas as cidades dictíneas, Zacro também possui uma comunidade de Bestiais que são mais bem tratados do que nas demais cidades (exceto, talvez, Cânia). Eles têm acesso à escolaridade como qualquer cidadão de Zacro e distinguem-se nos estudos, conseguindo bons empregos. O resultado disso demonstra quão inteligentes são estas criaturas, comprovando que as afirmações de “seres brutos e/ou perigosos” para os humanos é mero preconceito.

Zacro também é local de refúgio para fugitivos do Império, que são bem recebidos aqui e são empregados de acordo com suas habilidades e aptidões.

Rumores e Intrigas

Zacro vive um momento de grande afluxo de estudiosos e pessoas até então desconhecidas dos habitantes originais da cidade. A consequência disto foi o recrudescimento de boatos que passaram a infestar a mesma, principalmente nas tavernas locais.

Um dos rumores mais comentados diz que, recentemente, o “Templo do Saber” precisou passar por uma ampla reforma, já que os sábios e magos que tomam conta do local viram a necessidade de uma nova área para a coleção de novos livros antigos que estavam sendo descobertos nas ruínas da cidade híctia. Eles resolveram abrir um antigo depósito que já era usado há muitas centenas de anos. Os boatos relatam que, lá dentro, os sábios tiveram uma desagradável surpresa. Um dos empregados que trabalhou no local jura por todos os deuses que, além de um monte de quinquilharias velhas e antigas para se livrar, eles encontraram um grande número de ossos humanos e de alguns animais como ratos, gatos e cães. Os sábios não sabem dizer quem eram ou do que morreram aquelas pessoas, mas parece que ao abrir o depósito eles liberaram uma maldição sobre a Biblioteca, pois estranhas mortes começaram a ocorrer nos corredores do “Templo do Saber”. Sem nenhuma pista do(s) assassino(s), comenta-se que os magos e os sábios pediram ajuda ao rei Anfeo para desvendar o mistério.

Nos corredores do palácio real comenta-se que o rei Anfeo está desesperado com o desaparecimento de seu primogênito, o príncipe Galibi, que se aventurou na exploração de um conjunto de cavernas próximas ao sítio arqueológico, há quase dois meses. O príncipe é um forte candidato a vencer as provas reais no caso da morte de seu pai e seu desaparecimento está coberto de suspeitas. Ele é um excelente guerreiro, embora pouco precavido, e muito inteligente e perspicaz, além disso, estava acompanhado por um grupo de aventureiros experientes e honrados, intitulado de “Os Punhos de Tauram”. Dizem que diversas patrulhas foram enviadas nas buscas ao príncipe no interior das cavernas, mas elas retornaram sem pistas ou com muitas baixas devido a relatos de ataques de terríveis monstros. O rei Anfeo parece estar oferecendo uma generosa recompensa para saber do paradeiro de seu filho... Ou pelo menos para recuperar seu corpo, se for possível.

Um boato que vem do sítio arqueológico relata que as informações oficiais sobre o pouco sucesso das escavações e pesquisas realizadas na cidade híctia para recuperar alguma coisa de valor material ou mágico são pura mentira. A realidade é muito diferente. Fontes de confiabilidade razoável referem que imensas quantidades de tesouros foram encontrados nas ruínas, que, especula-se, foram usadas como refúgio para híctios abastados e magos sobreviventes à época dos Arcondi. Tanto que antigos grimórios com magias perdidas poderosas, do tempo dos Reis Feiticeiros também foram descobertos. Os rumores são fortes no que diz respeito à existência de muitas riquezas e conhecimento ainda existentes nas construções antigas que não foram descobertas. Isto poderia explicar a razão para que o sítio arqueológico fosse fechado aos não autorizados. Os tesouros estariam lá, aguardando os corajosos (?) que ousem enfrentar a lei, os guardas e os magos para buscá-los.

Outro boato sobre as ruínas especula que o principal motivo para o fechamento do sitio arqueológico não tem nada a ver com a descoberta de tesouros, mas sim de um grande cemitério no subterrâneo do mesmo. As ossadas desenterradas não eram totalmente... de raças conhecidas! Especula-se de quem eram os ossos e se essa “raça” ainda poderia habitar as cavernas do platô rochoso onde a cidade híctia se localizava.

Dizem que um ladrão famoso do submundo de Zacro, de nome Sunar, está vendendo um “amuleto” que ele “pegou emprestado” de um sábio ao abordá-lo na rua, dias atrás. Ele garante que o objeto é muito antigo e que levaria ao interior de uma câmara secreta, que se encontra, por sua vez, no interior do templo descoberto nas ruínas da cidade híctia. Não existe como saber se Sunar está blefando ou se a história é mesmo verdadeira. Comenta-se que nesta câmara existe um pergaminho que descreve um ritual que concederia grandes poderes a quem o realizasse. O único fato confirmado disto tudo é que Sunar passou a ser procurado com muito mais intensidade pelas autoridades locais após o “empréstimo” do tal amuleto...

Verbetes que fazem referência

Cidades-Estado Dicitíneas, Os Montes Tauram
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