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Passadas duas estações, terminei meu romance. Meus dedos já encontram dificuldades em comandar a pena. Minha vista tornou-se turva e meus lábios estão rachados. Mas, de tudo o que fiz e passei, não me arrependo.
O Barão Felas Irlim já não mais vem me ver. Os boatos que sei demonstram a necessidade de recrutar nossos jovens para o treinamento na guerra. As paredes, repletas de estantes de livros e pergaminhos, não mais me seguram, pois meu trabalho está feito, resta apenas repassar ao meu rei.
Quando assim entregar meu trabalho, terei que responder as já previsíveis duvidas do rei Azuma I.
Deverei explicar que esse acontecimento se passou anos mais tarde, muito depois da vila de Leônio ser fundada. Se meu rei tiver tempo para uma aula de historia, apenas relembrarei que nosso reino manteve esse terrível acontecimento.
Quando, em 425 D.C., Léom já era um grande cidade, Leônio faleceu, vitima de febre, não deixando herdeiros. O que houve foi uma grande disputa entre as tribos próximas ao rio Aura, dando inicio a uma nova guerra entre o povo.
Anos depois, por volta de 822 D. C., esse acontecimento com o nome Jorge surgiu. Pela segunda vez ele se repetiu. Ainda pode-se ver, nas tavernas, as lendas que surgiram dessa historia. Se meu bom rei Azuma I desejar, poderei citar, por curiosidade, o nome de uma taverna em nossa capital, que recebeu o nome do anel que o príncipe Elril recebeu na noite de seu nascimento: a Taverna Cão de Jade.
Mas terei que enfatizar mais. E como será difícil. Terei que explicar ao rei Azuma I que o passado quer repetisse e que escolhera esse momento para acontecer. Como nas duas outras vezes, o reino não tem herdeiro direto, justamente quando uma guerra se aproxima, ou já tenha passado. Devemos olhar o passado para resolver os problemas do presente.
Termino, com as bênçãos de Selimom, tendo esperanças que meu rei tenha um herdeiro.
Iaquim Cibac, verão de 1500 D.C.
Traição e Magia
Verbetes que fazem referência
Traição e Magia,
CAPÍTULO 12