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Tilissos .

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Cidade-Estado de Tilissos

Tilissos é uma importante Cidade-Estado localizada a quase cem quilômetros ao Norte de Cânia, sua vizinha mais próxima e a quase duzentos quilômetros a Oeste de três outras cidades: Mirtos, Diate e Gazi. A proximidade com os Montes Tauram torna seu clima um pouco mais ameno, com brisas refrescantes provenientes dos mesmos. Tempestades de areia também são frequentes por aqui, mas elas são de menor intensidade que em sua vizinha Cânia.

Tilissos produz pêssegos, painço, trigo, algodão, verduras e legumes nos campos irrigados pelo Oásis da cidade. Sua criação animal é de ovinos, camelos e cavalos. O que torna Tilissos uma Cidade-Estado muito importante para os seus pares é o extrativismo mineral de suas importantes minas de ouro e prata, localizadas nos contrafortes dos Montes Tauram. Ambos os metais nobres são refinados e trabalhados pelos ourives da cidade em grandes galpões e construções, na parte Leste da cidade. Eles também são comercializados com as demais cidades vizinhas, o que tem garantido uma grande prosperidade econômica aos seus habitantes.

Tilissos, apesar de nunca haver tido necessidade de suportar um cerco, é circundada por uma única muralha defensiva, sólida e de grande altura e larga o suficiente para que os guardas possam patrulhar seus perímetros. Torreões e algumas catapultas complementam as defesas da cidade. Dois grandes portões, localizados na parte norte e sul e feitos de madeira importada de Sanom, interligam a principal rua da cidade. O palácio real, como em Cânia, ocupa a região central da cidade, com as residências dos nobres circundando suas imediações. A população comum se concentra na parte norte e oeste e, devido ao atual perfil econômico vigente na cidade, as casas estão se tornando mais requintadas. Um grande mercado se localiza perto do portão sul, e os habitantes de Tilissos começam a perceber, ainda que de maneira discreta, que a prosperidade vivida pela cidade tornou as mercadorias muito mais caras que nas demais cidades dictíneas, desde uma pequena taça de vinho até uma boa armadura.

Governo e Principais Personagens

Tilissos é governada pelo rei Ariam, um jovem nobre que venceu com louvor as provas reais há cerca de três anos. Ele é sábio e muito justo em suas decisões, além de ser recatado e muito discreto. Ele é auxiliado no Conselho da Lei por Isim, a Sumo-Sacerdotisa, e por Ismirat, uma sábia anciã cheia de dias e de muita experiência, com uma notória vocação para a oratória.

A Cidade-Estado, apesar de não ter muita tradição militar, possui uma força regular de 4 mil homens bem treinados e disciplinados sob o comando do Atrahasis Davasir, um oficial rude e áspero, porém muito leal e experiente.

História Recente

Como nas cidades de Cânia, Tiraki e Sanom, o fato externo mais importante da história recente de Tilissos foi a frustrada tentativa de invasão imperial às duas últimas. Tilissos fez parte da coalizão dictínea, enviando tropas para auxiliar as vizinhas e seus soldados provaram no campo de batalha que não ficam muito aquém dos mais experientes militares de Cânia.

No âmbito interno, a cidade nunca experimentou uma época de tamanha prosperidade como a atual, com o afluxo de grande quantidade de ouro e prata proveniente das minas, tornando a população uma das, senão a mais abastada de todas as cidades-estado.

O Povo de Tilissos

A população de Tilissos vive dias de aristocrata, com o tamanho influxo de riquezas na cidade. Até os menos abastados não podem reclamar dos deuses. Antes humildes e reservados, além de dedicados trabalhadores, hoje o povo de Tilissos ainda trabalha, uns em menor intensidade, outros em maior, mas todos com o fim de ou acumular mais riquezas ou esbanjá-las em festas e excessos.

Os moradores de Tilissos se tornaram pessoas frívolas, levianas, preguiçosas, superficiais e tolas, além de estagnadas do ponto de vista cultural e social, o que tem preocupado (mas não tanto) os governantes da cidade. Não todos, mas uma grande parte se tornou neurótica e obsessiva no acúmulo de bens. As consequências de uma convulsão social diante de tais comportamentos são imprevisíveis.

Apesar disso, a cidade possui os melhores artífices que trabalham com ouro e prata de todas as cidades dictíneas. Seus trabalhos delicados e precisos de ourivesaria correm o mundo e encontram admiradores em todos os locais.

Tilissos possui uma pequena comunidade de Bestiais que trabalham nas minas e lojas locais. Eles, como seus pares nas demais cidades (exceto Cânia e Nidre), são reservados, sistemáticos e meio isolacionistas, não se deixando contaminar com o clima de prosperidade desregrada que tomou conta da cidade. Refugiados do Império, apesar de esporádicos, também são encontrados nestas paragens e acolhidos como heróis pelos habitantes.

Com a onda de prosperidade vivida pela cidade espera-se um grande afluxo de pessoas de outras cidades para a região e também de fugitivos imperiais, o que tem preocupado o rei Ariam, pois junto com eles podem vir espiões de Assur, além de ladrões e salteadores.

Rumores e Intrigas

Apesar do clima de euforia promovido pela grande prosperidade econômica vivida pela cidade, alguns rumores inquietantes enchem o ar e os ouvidos dos cidadãos.

Um desses rumores está justamente ligado ao motivo da grande prosperidade vivida no momento. É notório que houve um aumento significativo na produção de ouro e prata retirada das minas, mas, segundo os boatos, ele não proveio de novos veios descobertos, como afirmam as fontes oficiais. Parece que, há alguns meses, antigas minas (de ouro e prata), antes consideradas exauridas, inúteis e vazias de qualquer valor voltaram a produzir os minérios. O ouro e a prata destas minas brotam com uma facilidade espantosa e as quantidades têm aumentado constantemente, como se o suprimento se auto-abastecesse. Os de pensamento imediatista querem mais é se aproveitar do momento e enriquecer o quanto puderem, mas as autoridades parecem preocupadas com o que está acontecendo. Os mais pessimistas afirmam que os minérios são de origem mágica (algo que está sob investigação da Academia Dictínea de magia), trabalho de espiões imperiais que procuram desestabilizar a cidade com um súbito influxo de riquezas, levando ao caos social e comercial (o que pode mesmo acontecer). Fontes do palácio real afirmam que o rei já mandou investigar a verdadeira causa da “reativação” miraculosa das antigas minas.

Alguns comerciantes andam reclamando ultimamente de tempestades de areia constantes e estranhas, além de acontecimentos fora do comum que estão atormentando a rota de comércio das caravanas que cruzam o deserto, inclusive destruindo literalmente várias delas. O número de caravanas que relatam esses fatos tem aumentado nos últimos meses. Alguns sobreviventes dos últimos “ataques” juram por Bismaral que existe um gênio demoníaco no deserto e no interior das tempestades que está punindo os comerciantes da cidade por terem esquecido dos deuses e se preocupado mais com o acúmulo de bens terrenos.

Um clima de mal-estar paira sobre o palácio e entre o clero de Tilissos. Fontes confiáveis dizem que o filho do “casamento sagrado” realizado na cidade de Nidre e que estava sob os cuidados dos sacerdotes de Tilissos foi sequestrado por uma tribo nômade do deserto, que atacou o grupo quando de sua viagem de vinda de Nidre. A criança de cinco anos e vários membros da comitiva podem ter se tornado escravos dessa tribo. Outros garantem que não foi uma tribo dos povos do deserto quem atacou a comitiva (os povos do deserto tem uma aliança antiquíssima com as cidades dictíneas), mas alguém tentando incriminá-los. O rei ordenou que providências urgentes fossem tomadas para encontrar de qualquer forma a criança.

Outro boato comum entre os viajantes de caravanas diz respeito à existência de um oásis perdido dentro do deserto, muitos dias de viagem ao Norte da cidade, em direção ao rio Trigom. Falam que ele é escondido dos olhos mortais por sortilégios mágicos e os que lá adentraram e saíram vivos (pouquíssimos) estão todos loucos. Histórias de que o oásis é habitado por mulheres guerreiras cruéis, que usam mágica e que se transformam em monstros para devorar os viajantes se entrelaçam com outras que afirmam existir grandes riquezas neste oásis.

Os militares de Tilissos estão em polvorosa. Rumores preocupantes dizem que, entre os muros do quartel, uma grande operação está sendo elaborada, com o apoio de todas as outras cidades dictíneas. Parece que uma conspiração contra as doze cidades-estado está em andamento e foi descoberta de maneira totalmente acidental. Existem indícios que membros da alta nobreza de todas as cidades foram seduzidos por promessas de poder dos ultranacionalistas (os Radicais estão de volta?!) para envenenar a corte de suas cidades. Uma fonte vazou que o primeiro atentado seria na cidade de Mirtos, seguido por outros, inclusive à própria Tilissos. A segurança do rei foi discretamente reforçada. Os boatos mais “absurdos” afirmam que o nome dos conspiradores se encontra dentro de uma urna de prata de fundo falso que está sendo transportada por uma das muitas caravanas comerciais. Ela se dirige à cidade onde se encontra o “cérebro” da conspiração.

Verbetes que fazem referência

Cidades-Estado Dicitíneas, Os Montes Tauram
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