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Solumontis, a Cidade do Vale
Solumontis foi construída estendendo-se por uma vasta região de vales e cânions. Com o passar do tempo foi-se tornando cada vez mais extensa, alcançando, atualmente, dezenas de níveis. A cidade está encravada nos paredões rochosos das montanhas e cânions. O clima em Solumontis é ameno e constante.
O efeito da magia dos elfos sombrios alterou a aparência até mesmo das rochas que formam os despenhadeiros da região, tornando as rochas anormalmente negras e brilhantes. Além disso, acrescentou-lhes uma característica bastante marcante: quando fragmentada, a parte da rocha que é exposta ao ar torna-se inicialmente rubra e, segundos depois, vai enegrecendo como o restante da rocha.
A arquitetura da cidade é goticamente romântica e rica. Grossas colunas, arcos, linhas geométricas, contrafortes e obras de arte detalhadas, sobretudo bustos e estátuas feitos nos mais diversos materiais e tamanhos ornamentam suas construções, comumente encimadas por gárgulas. O mármore negro, o granito e a ardósia são as matérias-primas mais comuns. Os cristais e as pedras preciosas são largamente utilizados em detalhes como fivelas, olhos, braceletes e demais adornos das muitas esculturas, além de servirem nos portais, parapeitos, maçanetas e lustres. Os traços das obras são realistas e proporcionais, algumas parecem realmente estar vivas, como as crianças da cidade costumam dizer.
Na área principal da cidade que fica no fundo de um dos estreitos desfiladeiros é banhado pelas águas transparentes de um rio profundo com corredeiras vertiginosas e selvagens, o Ruidoso. O rio nasce do derretimento das geleiras a centenas de quilômetros. Após percorrer os desfiladeiros desemboca no Mar de Suz, onde existe um ancoradouro junto a um farol, o Estrela Eterna.
O Ruidoso fornece peixes e água em grande abundância para a cidade. No seu extremo norte imensas cachoeiras brotam dos paredões trazendo água fresca e riquezas minerais e animais. Os elfos dali também cultivam variados tipos de fungos e algas que servem de alimento. Além de peixes em cativeiro é comum a pesca com arpão nas profundezas do rio, nos pontos que as corredeiras permitem. Dos peixes o predileto dos elfos é um chamado Jondalar Negro. Um peixe que pode medir até 1 metro e pesar 100 Kg. Gordo e cego, o jondalar negro é pescado com arpão no fundo do Ruidoso, geralmente para eventos festivos ou outras grandes comemorações. O jondalar tem uma carne gordurosa e negra, e um couro bastante grosso. Como bebida os elfos de Solumontis tomam principalmente o chá de certos cogumelos, alguns são entorpecentes e substituem o vinho e similares.
Solumontis foi construída e dividida em distritos. Ao longo de toda a extensão do desfiladeiro podem ser vistos pórticos, passadiços, varandas, pontes suspensas, janelões e promontórios. O pavilhão mais recente e também o mais profundo abriga a grande biblioteca de Caridrândia, um ambicioso projeto para a construção da maior escola de magia existente. A grande biblioteca foi projetada para guardar mais de 250 mil exemplares de livros de magia, tornando-se referência para os grandes magos sombrios de todo o Mundo Conhecido.
Tanto o interior das construções, quanto o seu exterior, são iluminados por lanternas de Sirvar, que substituem os raios solares ou as tochas, mas não ferem a sensível pele desses elfos. Estas lanternas utilizam uma pedra de carbureto que ao se colocar água produz um gás inflamável. Fica a dúvida se esta é uma invenção dos elfos sombrios ou se foi roubada dos anões de Blur.
A técnica dos elfos sombrios em usar a magia para escavar e trabalhar a rocha transformou os pavilhões da cidade em belíssimas obras de arte. A beleza em cada traço e forma empregadas maximizam a área trabalhada mostrando imponência e grandiosidade, mas revelam um caráter negativo e obscuro do intelecto e do espírito, algo infernal alguns diriam.
O piso é belo e delicado, demonstrando extremo cuidado e atenção aos mínimos detalhes. Tudo é feito com esmero e perfeccionismo. Espalhadas pela cidade há estátuas e réplicas de animais “esculpidas” em rocha e polidas à perfeição que contrastam fortemente com Lar, onde os heróis élficos e as divindades são retratados em belíssimas e grandiosas esculturas e pinturas.
Uma coisa se deve saber, tudo em Solumontis é feito de rochas e cristais, das casas aos móveis. Raros são os objetos e utensílios feitos de outro material. Os cristais são a matéria-prima mais abundante e somente a criatividade é o limitador para seu uso. O quartzo, ônix, sílex e muitos outros tipos de minerais foram usados na construção e no acabamento. Ao contrário dos anões, os elfos sombrios se usam de magia para dar forma e acabamento as suas criações feitas de cristal. A pedra negra nascida da influência do karma infernal sobre as rochas também foi amplamente utilizada na edificação da cidade.
Verbetes que fazem referência
Caridrândia, O Reino dos Elfos Sombrios,
Farol Estrela Eterna
Verbetes relacionados
Solumontis