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Portis

Portis

“Como eu definiria Portis? Um lugar incrível, fabuloso. Onde o real e o irreal não se contradizem nem se confrontam: eles se completam. Aqui, o que é tido como mentira, se mostra verdade; o único e o fantástico encontram-se a cada esquina e onde as leis do censo comum não se aplicam. Assim é Portis, o reino dos sonhos, do poder e da magia”.

Iênim Calaudra, Senador-Primas de Portis

O fantástico reino da magia. Assim é conhecido o ainda jovem reino de Portis, lar dos mais poderosos magos de todo o Mundo Conhecido (sob protestos dos magos de Calco). Esse singular reino é a fonte inspiradora das mais fantásticas fábulas cantadas através das terras dos outros reinos, nas aveludadas vozes dos bardos e menestréis que vivem a perambular pelas terras de Tagmar. Algumas delas chegam a afirmar, para surpresa dos ouvintes, que até nas atividades mais banais e cotidianas, como os serviços domésticos, os servos e servas se valem das artes arcanas para execução destas atividades.

Seu clima é quente e seco no extremo norte, amenizando-se e tornando-se tropical na maior parte de seu território, e com um clima próximo ao temperado a sul. Devido ao fato do centro ter um planalto, conhecido como o planalto de Runa, onde estão os montes Raltril, nesta área o clima é considerado tropical de montanha, frio e úmido. Na área do cume dos montes existe o que é chamado de gelo eterno. A sua vegetação é variada: arbustos e cactos no extremo norte, com uma floresta de transição (mata de cocais) e uma floresta tropical intensa no oeste, sendo mais aberta à medida que subimos o planalto. Existe uma floresta tropical a leste, ocupando o litoral, mas esta é menos densa que a floresta próxima ao rio Lara.

Portis é um reino quase todo dividido por fronteiras naturais. O rio Lara divide a fronteira oeste com o, até pouco tempo, gentil e pacífico reino de Filanti, a norte com as tumultuadas e inconstantes Cidades-Estados, sendo mais diretamente com a Cidade-Estado de Estepe. A leste a cordilheira da Navalha faz fronteira natural com o “bom e amigo reino vizinho”, Porto Livre, com o qual Portis mantém uma ótima política de boa vizinhança, devido, óbvio, a interesses maiores. A única fronteira não natural é com o funesto e assolado reino de Luna ao sul, o que até agora não tem sido um problema, aliás, algumas das expedições mais proveitosas tem sido às terras Lunense.

Embora novo, as origens do reino de Portis datam de mais de mil anos atrás, quando é fundada a cidade-estado de Runa, por vota do ano de 194 D.C., sobre ruínas ancestrais. Nesta época a região que hoje se encontra Portis era muito pouco habitada e Runa expandiu drasticamente suas fronteiras, durante um período conhecido como “A Grande Expansão”.

Em 562 D.C., sobe ao trono da Moldânia, Carom, primo de Sivom. Inicia-se então a terceira dinastia na Moldânia que é marcada por uma campanha militar de proporções gigantescas em busca das terras férteis além do sul. Em 567 D.C., acontece o inevitável, Carom lidera suas tropas rumo ao Leste do Denégrio, de encontro à antiga Cidade de Runa, que controlava grande parte da região. A guerra, que durou cerca de vinte anos, esfacelou o poder da Cidade-Estado de Runa e terminou num acordo de paz em que os Moldas integraram os territórios que atualmente são conhecidos como Azanti e Filanti.

Passam-se quase 250 anos quando em 830 D.C. o Imperador Carolino II decidiu transferira capital da Província de Sivonti de Moldazi para Muli. Os moldazianos que dominavam a burocracia de Saravossa foram peremptoriamente contra, e arquitetaram um golpe contra o imperador, colocando no poder o príncipe Hermom, sacerdote de Blator. Ao assumir o trono, porém, Hermom decidiu instituir uma religião única no reino. A tentativa de banir as religiões fundadoras da nação uniram os moldas sulistas e os runas da cidade antiga. O império da Moldânia então convocou sua armada, iniciando uma guerra que durou 50 anos e que teve como resultado o esfacelamento do Império da Moldânia e o fortalecimento de Runa que reconquistou parte de seu território.

Os séculos que se seguiram foram de relativa tranquilidade, onde Runa conquistou alianças com vários reinos, que incluíam os recém fundados Filanti e Luna. Em 1300 D.C., Luna é invadida pela Seita, entretanto, eles não conseguiram resistir por muito tempo e cai, inesperadamente, em poder dos demonistas, em 1310 D.C.. Durante este período os governantes de Runa tentaram uma aproximação da Aliança dos Povos, mas as tentativas não foram bem sucedidas, principalmente devido a influencia de Azanti. Em 1312 D.C., Runa é invadida pelos Bankdis. Ao contrario de seu vizinho, oferece uma resistência inesperada: o uso de magia em larga escala. A guerra se prolonga por três décadas, quando em 1342 D.C., os demonistas evocam sua mais nova arma secreta: A Besta Infernal, monstruosa criatura infernal que tinha como principal característica a imunidade à magia. Sem ter como deter tal criatura Runa cai em poder dos Bankdis. Com o fim da secular Runa, a maioria dos magos se refugiaram em Saravossa ou Âmiem. O reino é devastado e povo que não consegue fugir se torna escravo dos Senhores Infernais.

Com a derrota dos Senhores Infernais, Runa é uns dos primeiros reinos a se integrarem na Grande Unificação. Neste período o reino é reconstruído, e dar-se o retorno dos exilados. Com o fim da Unificação inicia-se uma disputa interna pelo poder, e que viria culminar na fundação de um novo reino, que seria chamado de Portis, em homenagem a Calporti o maior mago de toda a história do povo de Runa.

Atualmente a economia é bastante diversificada, e de uma forma geral, as vilas e cidades mais próximas da capital, Runa, se vêem cada vez mais “modernas“. O êxodo das pessoas de origens e trabalhos mais humildes, como os camponeses, começam a cada vez mais migrarem para as cidades mais próximas ao Lara, onde há a maior abundância de terras cultiváveis e, consequentemente, as maiores lavouras de todo o reino. Em Runa principalmente, esse tipo mais campestre é cada vez mais raro, dando lugar maciçamente aos artífices, médios e grandes comerciantes e toda uma sorte de místicos, saltimbancos e prestidigitadores. Pode-se afirmar sem medo, que o reino dos magos acompanha de perto os moldes de evolução e urbanização vistos apenas nos reinos mais antigos, como o de Calco, herdeiro do antigo reino dos Moldas. Dizem até que apesar das enormes diferenças, Runa não deixa nada a desejar de Saravossa.

Entretanto, a menina dos olhos do reino Portinense é sem dúvidas o comércio de poções e itens místicos, que é a principal fonte de renda deste reino igualmente fantástico e misterioso. Poções de todos os tipos e formas são produzidas em Portis e vendidas para todo o Mundo Conhecido, com óbvias restrições quanto a efeitos e certamente somente para aqueles que possam pagar pelos seus preços flutuantes. Há nesse diverso mercado, desde poções contra a calvície e essências perfumadas com propriedades mágicas, até poções de cura e outras mais poderosas, como a poção de força.

Governo

Portis é uma Magocracia, instituída em 1468 D.C. na pessoa de Salius Pontim, mago humano e idealizador da mesma, mantida até os dias de hoje graças a astúcia e sabedoria de Iênim Calaudra, elfo dourado, sucessor de Pontim. Portis é regida pelos magos mais poderosos do reino, eles formam o Conselho do Senado de Portis (também conhecido com outros nomes como Conselho Maior de Portis ou Conselho Geral de Portis). O posto mais importante deles é o de Senador-Primas, cargo ocupado hoje por Iênim, que serve como juiz das causas, uma mistura de líder e voto de Minerva nas decisões políticas do reino. Para se adentrar no Conselho do Senado, é preciso ser místico, ter participação ativa na política, bem como auxiliar no avanço da arte mágica para o reino. Existem hoje 34 senadores, mas este número não é fixo, mudando toda vez que um novo mago que apresente novas idéias e tenha demonstrado participação importante na política do reino.

A magia é o cerne de toda a Portis, a mola mestra que impulsiona o reino, sem a magia, Portis não seria o que é hoje. Os magos são tratados como seres superiores em Portis, fato compreensível, mas também avesso aos demais reinos, que salvo raras exceções, vêem seus magos com grande desconfiança e os tentam manter sob controle, vigiados de perto por suas Escolas de Magias. Mais do que ciência, a magia é uma forma de subir no status social do reino, se faz praticamente tudo com magia em Portis. Existem magos no exército, na justiça, dentro de escolas de magia (obviamente) e cuidando da política. Com certeza, este é o reino onde a magia é utilizada de forma mais aberta e expressiva. A população de Portis vê a magia como, de certa forma, nós vemos a tecnologia, uma forma de melhorar a vida em geral. Existem duas escolas de magia em Portis: A Escola Real, remanescente de uma época anterior, em que Portis era comandada pela monarquia, e a Escola Mística, fundada pelo próprio Iênim. A diferença entre elas, é que a Escola Real só serve como local de ensino e aperfeiçoamento da magia em si, sendo mantida aberta pelo seu valor histórico (dizem que Malim foi um dos iniciados nela...). A Escola Mística de Portis é de onde saem os grandes líderes, dez dos senadores mais conhecidos iniciaram-se lá. Além de instituição de ensino, a Escola Mística também funciona como centro de catalogação e administração de usuários de magia do reino, bem como incentiva a maioria das viagens para estudos do reino. Indivíduos com o dom para magia dentro do reino, são encaminhados para uma das duas escolas. Existe uma pesquisa constante pela procura de indivíduos com o dom, raramente alguém escapa deste controle em Portis, e se escapa, costuma não ter uma carreira muito longa ou muito promissora.

Magos dentro do reino devem portar a concessão básica devidamente carimbada. Só são aceitas concessões dentro do reino dadas por uma das escolas, isto é, documentos expedidos em outros reinos não são válidos, para isto existem postos avançados quase que em cada vilarejo. O uso de magia sem autorização é penalizada com uma multa na primeira vez, uma multa maior na segunda e na terceira vez com o encarceramento. Crimes capitais (assassinato, roubo, conspiração, etc.) cometidos com o uso de magia, são punidos com a mutilação das mãos e da língua.

A justiça em Portis costumeiramente usa a magia para solucionar rapidamente inúmeros casos, que da forma tradicional seria bem mais demorada. Outras magias são utilizadas para torturar os acusados, fazendo-os confessar seus crimes e, muitas vezes, até o que eles não cometeram. A pena de morte é possível, porém flagelações, torturas e encarceramento perpétuo, são as penalidades mais utilizadas. Mas a pena varia de pessoa para pessoa, magos por exemplo, são várias vezes penalizados com multas mesmo por crimes monstruosos, ainda mais se este for um Senador! As leis que protegem os Altos Magos são muito compreensivas neste sentido, dando imunidade para membros do Senado em alguns casos (até hoje nenhum Alto-Mago foi condenado a nada mais do que pagar algumas moedas de ouro...).

História Recente

Portis é considerado um reino novo, tem exatamente 32 anos. O reinado antigo lá instalado, não conseguia nem manter as fronteiras de forma efetiva, quanto mais a ordem interna. O reino desestruturou-se de forma tão intensa que no final, seu exército estava espalhado e seus comandantes lutavam, disputando territórios entre si e com os reinos de Filanti e Luna. A tomada de poder em Portis foi demorada, mas, contando-se com a ajuda de vários magos poderosos, os exércitos rebeldes caíram ou renderam-se.

Após a tomada de poder, os territórios foram divididos entre os principais magos responsáveis pelo golpe, sendo observada, com certeza, tanto poder individual quanto influência nas suas mais variadas formas. Os antigos senhores feudais foram destituídos de seus títulos e terras, a maior parte de seus bens, senão todos foram confiscados para que servissem ao dispendioso processo pelo qual o reino passava. Muitos, devido a seu provável estado de miséria, refugiaram-se em outros reinos, buscando abrigo com parentes próximos ou mesmo em suas propriedades estrangeiras. Além de seu exclusivo modelo de governo, Portis destaca-se também por ser um reino, se é que pode ser chamado assim já que Portis não possui rei, com total ausência de nobres titulados, todavia, os magos regentes dos territórios que compreendem o país, operam com o que se poderia chamar de “status de nobres”, decidindo e agindo com igual, ou até maior liberdade (e impunidade) sobre as terras e os povos que nela habitam que os seus antigos donos.

Portis tenta a todo custo manter boas relações com todos os reinos sem exceções, porém, ultimamente, as incursões guerreiras de Azanti tem sido um grande problema, principalmente por elas terem se tornado perigosamente frequentes. O impressionante é o fato de que não houve nenhuma resposta à altura a estes ataques a vilarejos do norte de Portis, a população da área já pediu soluções, mas nada conseguiram junto à administração central, fato esse, que já começa a desagradar muitíssimo o povo a tal ponto que uma insurreição pode vir a irromper dentro de pouco tempo. Verrogar, após alguns atritos devido às caravanas de estudo nos Montes Palomares e seus sítios arqueológicos, tem, na medida do possível, mantido boas relações com Portis. As razões dessa mudança repentina de humor quanto a Portis por parte de Verrogar ainda são estranhas. A ligação entre Portis e Porto Livre, apesar de ser mais diplomática do que comercial, rende a Portis o descontentamento e antipatia de quase todos os reinos do Mundo Conhecido. Aliar-se a grupos de piratas e assassinos, não melhora a imagem de nenhum reino, com certeza. Mas o reino de Portis justifica suas ligações políticas com o reino dos piratas, dizendo que eles não desejam intrometer-se na política de nenhum reino e que a população de cada reino é que deve cuidar de sua política, sem interferências externas. Isto é certo, se não fosse contraditório à política empregada recentemente, ao enviar consultores políticos a vários países com a intenção de ajudar em sua economia, como Luna e Conti. Plana hoje é a maior adversária política de Portis entre os reinos. A política de comércio internacional que está sendo implantada em Portis está fazendo com que o Conselho Maior de Plana esteja negociando cada vez mais contratos de exclusividade com seus fornecedores e clientes, com a finalidade de manter afastada a influência do comércio portinense no Mundo Conhecido. Conti, Calco e as Cidades-Estado, são os reinos onde o comércio é mais intenso e as relações gerais, mais estáveis.

De uma forma geral, o deus mais cultuado em Portis com certeza é Palier, criador da magia. Outros deuses são cultuados, porém, em segundo plano ou em áreas específicas. Na capital, a Força do culto em Palier é indiscutível, Cambu aparece muito forte até mesmo na capital e é muitas vezes, o segundo deus mais cultuado dentre os moradores das vilas próximas às rotas de comércio. Blator e Parom tem um culto fiel, porém modesto entre os poucos anões que, sem uma razão muito clara, vivem nas terras dos magos. Sevides chega a aparecer como primeiro deus, ou deus mais cultuado nas cidades de Estenorial e Tanus, mais próximas ao Lara. Maira Vet tem um culto também pequeno, porém centenário entre os poucos elfos que não são devotos de Palier, em sua maioria florestais. Dizem que a Seita tem focos nas fronteiras com Filanti. Vários boatos existem sobre isto e os rumores parecem crescer mais e mais a cada dia que se passa.

O Povo de Portis

A população de Portis é segunda mais heterogênea do Mundo Conhecido, perdendo apenas para Calco. Humanos ainda são maioria, mas as outras raças são vistas mais comumente neste reino, principalmente os elfos dourados, que são cada vez mais comuns de se ver em Runa, vestidos em seus belos robes de cores hora discretos, hora aberrantes. Os elfos florestais possuem mais de uma vila nas florestas perto do Rio Lara, desnecessário dizer que o acesso a esses “santuários naturais” para os não elfos é um problema e tanto, terminando na melhor das hipóteses, em um polido convite para retirar-se. Quase a totalidade desses elfos, são devotos de Maira e a maioria deles é de rastreadores. Pequeninos são benquistos e possuem uma vila só deles, no melhor estilo do “condado” nas proximidades do Lara bem a oeste de Portis. Os pequeninos são ótimos fazendeiros e melhores ainda como anfitriões, sendo assim, sua vila é sem dúvida um ótimo lugar para comercializar gêneros alimentícios em toda Portis. Os Anões possuem duas vilas (ou cidades como eles costumam chamar) nos sopés das montanhas de Raltril, onde pode se encontrar muito das tão famosas obras de arte anãs. Famílias e famílias de artífices fizeram moradas nessas paragens, e sendo os componentes minerais abundantes nessa região, tais artigos como estátuas e esculturas são comercializados a preços bem razoáveis, em verdade, os dois altares mais formosos devotados a Maira-Nil se encontram nessas vilas, entretanto, a maioria desses anões é devoto de Parom. Apesar dos anões estarem a mais tempo na região do que o próprio regime atual, eles são uma raça deixada de lado pela administração central. Talvez devido ao fato da política de superioridade mágica empregada em Portis e dos anões não serem reconhecidos por expor sua magia (se é que possuem alguma), estes, portanto, não possuem representantes no Conselho do Senado, fazendo com que eles fiquem fora das decisões políticas importantes do reino, não que isso tenha incomodado os anões até o presente momento, muito pelo contrário.

A ideologia de superioridade magocrata empregada em Portis é diferente de qualquer outro reino em Tagmar. Os Magos nesta concepção estão acima dos reles mortais, sejam eles da raça que forem. Estes são considerados seres mais inteligentes, mais poderosos que todos os outros. Tudo isso, aliado ao fato de após a revolta estes terem se situado como os líderes políticos e econômicos do reino, faz com que os magos usem os não portadores da magia arcana como inferiores, que devem a eles obediência. Como dito antes, não há “nobreza” em Portis por deposição dos nobres titulados e apreensão de suas terras, deixando assim o poder todo concentrado nas mãos dos líderes do golpe. Novos “espaços” na política e terras são concedidos com extrema parcimônia e dependendo principalmente do grau de participação dentro da política ou estudo mágico. Para aqueles de fora do Círculo Interno dos altos magos que regem a política e a economia do reino, não há participação real na política; nesta disposição, elfos e humanos são a maioria, enquanto anões e pequeninos estão fora de qualquer participação política direta. Mesmo assim, anões são de certa forma privilegiados, e suas solicitações, são quase sempre atendidas a contento pelos governantes de Portis, afinal, não faz bem a saúde de nenhum reino deixar um grupo grande de anões insatisfeitos.

Mas apesar de toda “sujeira” política em Portis, este é sem dúvida um país fascinante e sem dúvida um dos mais exóticos, onde você pode se maravilhar a cada momento, a cada esquina com as novidades que a magia pode proporcionar para seus filhos.

Principais Cidades e Locais de Interesse

Runa
Capital e principal cidade do reino, Runa se destaca pelo contraste entre as antigas construções e a sua nova e exótica arquitetura, tendo em suas altas torres de cores vivas, o novo cenário da cidade. Nesses pouco mais de trinta anos de magocracia, o novo regime vem mudando a “cara” de Runa sem a menor preocupação ou respeito histórico para com o passado do reino, nessas três décadas, notou-se uma mudança drástica em toda infra-estrutura da cidade, mas principalmente no centro, onde se erguem as torres dos altos magos regentes do reino, em uma ilha artificial protegida por uma redoma de energia de natureza desconhecida, tendo como acesso apenas quatro pontes em forma de arco que ligam o restante da cidade com a alta administração. A Guarda Arcana, composta dos melhores guerreiros de Portis, são diretamente subordinados à vontade dos magos regentes, respondendo somente a esses. A guarda forma uma espécie de força de elite da cidade, atuando quase sempre como guarda-costas dos altos dignitários, esses soldados são sempre vistos normalmente de cinco em cinco, onde quer que um mago regente esteja. Estes também guardam as pontes de acesso ao centro da cidade com guardas regulares, bem armadas e descansadas, bem como todos os prédios públicos onde haja um escritório regido pela administração e também as duas escolas de magia. Os destacamentos da Guarda Arcana são sempre regidos por um mago detentor da patente de Tenente. O homem forte da cidade é o elfo dourado de nome Iênim Calaudra, regente do alto conselho e também regente da Escola Salius. As guildas de ladinos tem experimentado uma crescente liberdade de ação, seja por falta de um exército realmente forte e bem organizado, seja pelo completo descaso que a alta administração vota aos não místicos. De qualquer forma, com uma boa dose de astúcia para não atrair a ira dos magos ou demasiadamente a atenção da administração central, as guildas têm podido manter “bons negócios” na capital portinense.

Próximo a administração central, também no centro da cidade, encontra-se a Escola de Arquitetura, composta pelos maiores Magos Elementais do reino. O líder da confraria é conhecido pelo nome de Melvim, Elementalista de vasto poder e conhecimento, tanto nas artes místicas, quanto em arquitetura. Dizem que em sua juventude, este trabalhou com os Verrogaris e construiu inúmeras fortalezas para os mesmos. Hoje, com mais de cinquenta anos de idade, rege a Escola de Arquitetura e detém a cadeira do colégio Elemental, quanto no conselho dos altos magos. Outro ponto de grande interesse em Runa é sem dúvida seu fabuloso “mercado de especiarias”, situado no ponto oriental da cidade. O mercado é considerado como o coração do comércio do reino, de proporções gigantescas no melhor estilo de “mercado popular” com muitas tendas espalhadas por todos os lados. Se você busca algo raro e ou exótico, esse é sem dúvida o lugar certo para encontrá-lo. O mercado possui visíveis influências Lévanas, tanto em disposição das tendas quanto em estrutura das mesmas, mercadores de todos os reinos neutros podem ser encontrados seja de passagem ou estabelecidos. Os mercadores mantêm do próprio bolso uma “força policial” composta de mercenários bem treinados e bem pagos a fim de manter a ordem dentro do mercado e certificar-se de que as guildas de ladrões e seus adeptos vão se manter de fora.
Maginor
Uma das cidades mais antiga do reino é também hoje a mais decadente. Em um passado não muito distante, Maginor já foi a maior e também mais importante cidade do reino, mais importante até que a capital, porém, hoje, após a peste lunense e consequente queda do reino vizinho do sul, Maginor encontra-se quase que uma cidade fantasma em vista do que já fora em tempos idos. Datando do início do reino de Portis, Maginor começou como um conjunto de tribos portinenses e lunense que foram assentando-se e constituindo seus feudos; devido a essa mistura de culturas, Maginor é a cidade portinense com a arquitetura mais singular. De fato sua arquitetura, herança de épocas passadas já esquecidas é um dos poucos pontos fortes da cidade, que poderia ser tombada como “patrimônio histórico” do reino de Portis. Esse anacronismo já quase que completamente extirpado em Runa devido ao vento dos novos tempos, parece afrontar despreocupadamente a “nova ordem” dos magocratas, de fato as famílias mais antigas do reino e os costumes mais “tradicionalistas” ainda hoje podem ser encontrados em Maginor. De todas as cidades de Portis, Maginor foi a que mais sofreu com o golpe da magocracia, antes um poderoso ponto de encontro dos senhores feudais, após a morte do Duque de Maginor durante a revolta e a fuga de seus parentes, essa extremamente dependente do julgo do Duque, foi a cidade que ficou com a maior sensação de “abandono”.

Hoje Maginor é mais um sítio arqueológico que uma cidade propriamente dita. Há mais bibliotecas, sítios e locais de estudo do que tabernas e locais de entretenimento de massa. Devido ao grande fluxo de estudiosos no local, que também serve de ponto de partida para incursões em solo lunense, o comércio local direcionou-se radicalmente a nova realidade da cidade. Há um grande número de hospedarias com “preços para todos os bolsos”, ou algibeiras se preferir. No mercado da cidade pode-se encontrar facilmente papiros, pena, tinta, mapas e material de viagem como corda, pederneira, ganchos, a preços até abaixo da média; dizem até que alguns itens mais exóticos e caros como bússolas podem ser encontradas. Em contra partida, artigos de guerra - como armas e armaduras - são encontradas com mais dificuldade e possivelmente com um preço acima da média de outras cidades, principalmente em se tratando de armas militares como arcos compostos, manguais, machados de guerra, etc.… Ainda assim, tem-se notícia de pelo menos dois ferreiros em atividade na cidade, afinal as excursões dos estudiosos também levam guerreiros para protegerem os achados.
Estenorial
Estenorial é o coração agrícola do reino de Portis, é daqui que sai cerca de 60% de tudo que se come nas terras dos magos, sem falar do grande volume de alimentos que é negociado com outros reinos quase que diariamente. Estenorial é, como dizem as pessoas locais, abençoada por Sevides, e em verdade possui a maior área cultivável de todo o reino. A maior parte da sua população é composta de camponeses e com a saída da nobreza local, a cidade assumiu ainda mais áreas rurais. Artífices podem ser encontrados sem problemas, porém, as pessoas de Estenorial são em sua maioria pessoas muito humildes, grandes ourives, por exemplo, possivelmente não serão encontrados.

O culto a Sevides é o sangue que corre nas veias dessa cidade. Estenorial possui um grande templo do Deus das colheitas, bem como dois outros templos mais modestos dedicados a Liris e Quiris. A quantidade de Sacerdotes desses três deuses que pode ser encontrada em Estenorial é tida por muitos até como um exagero, contudo, as pessoas comuns vêem esse fato como bênçãos extras. Estenorial tem nos últimos tempos, colaborado de forma fundamental para tentar amenizar a total desgraça que assola o reino de Luna, não fosse Estenorial, boa parte daqueles que não pereceram pela peste, certamente pereceriam pela fome. Boa parte da comida que chega as bocas dos lunense hoje, é negociada com Estenorial através de Calisto, cidade mais ao norte de Luna e vizinha próxima de Estenorial. Calisto, assim como Estenorial, já foi um grande centro de produção agrícola, mas a peste reduziu seus campos a pó, e a terra se encontra mais estéril que o próprio deserto de Blirga. Inclusive é uma preocupação crescente para o clero de Sevides, que o mesmo que aconteceu com seu vizinho sulista não venha a se repetir em terras portinenses. Os altos sacerdotes de Sevides estão empregando toda a sua ciência para conter a praga na fronteira e impedir que ela chegue aos verdes campos da bela Estenorial. Até agora eles tem obtido sucesso, mas na ausência de uma solução definitiva, muitos inclusive do próprio clero se perguntam, até quando será possível? Há um esforço conjunto com o clero de Liris e Quiris, que também não desejam a peste em Portis, e correm inúmeros rumores a cerca da busca incessante de alguns itens de inigualável poder que possam auxiliar o trabalho dos sacerdotes.
Tanus
Localizada a noroeste do reino, Tanus não é nem tão agrícola quanto Estenorial, nem tão “moderna” quanto Runa, até as suas extensões não são nem tão modestas nem tão grandiosas. As terras mais ao norte de Tanus, são altamente cultiváveis e isso não passa despercebido. Há inúmeras fazendas nessa região e as culturas são cultivadas mais que a contento, boa parte da produção de gêneros alimentícios de Tanus se une a de Estenorial e mantém as mesas de portis sem maiores restrições alimentícias. O grande problema que Tanus encontra ao escoar a produção é o fato e Portis ser um reino relativamente grande e com poucas grandes cidades, o que faz com que as estradas sejam em geral mal cuidadas e as rotas de comércio fiquem longas demais e visadas demais por parte dos salteadores. Sem falar que o acesso a capital é péssimo devido ao relevo extremamente acidentado e montanhoso, dificultando a viagem, aumentando o perigo de emboscadas, e consequentemente elevando o valor dos gêneros. Esse fato tem sido bem problemático para Tanus nos últimos tempos, uma vez que nesse sentido Estenorial tem menos problemas e o comércio se faz com a capital facilmente através de Maginor, que por ser um ponto de partida para expedições, mantêm as estradas em melhor estado de conservação.

De fato, a colheita de Estenorial chega a Runa com um preço abaixo do de Tanus e isso tem feito com que os fazendeiros prefiram vender seus excedentes para comerciantes de Estepe e das As Cidades-Estado em geral, do que para o próprio reino. Esse fato ainda não começou a incomodar verdadeiramente a administração central, mas pode vir a se tornar um problema grave no futuro se não tratado com sabedoria e rapidez. Tanus não é uma cidade essencialmente agrícola como Estenorial e possui no seu comércio uma boa base de sustentação, entretanto sua localização geográfica dentro do reino mais uma vez lhe deixa em desvantagem frente as cidades sulistas do reino, uma vez que as melhores especiarias e os itens mais exóticos passam efetivamente por Maginor e depois Runa. Porém, ainda que mais uma vez a preços mais elevados que as demais cidades portinenses, Tanus negocia suas especiarias da melhor forma que pode, principalmente com a cidade de Estepe, comerciantes das Cidades-Estado e possíveis viajantes que estejam de passagem por suas terras.

Outro problema que vem incomodando o povo de Tanus é a campanha de Azanti contra Portis que vem normalmente explodir em seus portões, o povo de Tanus não é composto de muitos guerreiros, mas isso começa a mudar frente a necessidade de sobrevivência. As autoridades competentes já foram exaustivamente reportadas, mas essas até agora nada fizeram de concreto, fato que gera grande insatisfação ao povo de Tanus que começa a se insurgir contra o poder central. Tanus já começou a contratar mercenários das Cidades-Estado para defender-se e começa a pensar em uma sólida muralha precedida de um fosso. O culto a Blator começa a despontar com força dentro da cidade.

Rumores e Intrigas

Corre a boca pequena, nos locais menos distintos de Portis, que no “mercado negro” de Runa existem certos mercadores especializados em fornecimento de itens para rituais necromantes. Aqueles que conhecem esse caminho da magia sabem que esses itens indispensáveis para os rituais profanos são extremamente difíceis de encontrar, sem falar nas complicações que implicam em ser visto coletando esses tipos de itens. Dizem os rumores que, até cadáveres podem ser adquiridos se encomendados com certa antecedência, desnecessário dizer que esse tráfico de especiarias ocorre com extrema discrição e que novos compradores encontrarão vendedores desconfiados a menos que sejam muito bem recomendados.

Dizem até que existe uma cadeira oculta no conselho de magos portinenses e que esta é ocupada por um necromântico detentor de um poder tal, capaz de impor sua permanência no conselho. É claro que se isso for realmente verdade Portis certamente estaria em guerra com seus vizinhos, principalmente Azanti, com exceção talvez só de Filanti, que dizem alguns outros boatos, é por aonde a Seita vem se espalhando e atravessando o Lara para o leste rumo ao coração do reino portinense. Quanto à veracidade desses boatos nada pode ser provado, e nos últimos tempos aqueles que falaram demais sobre o assunto simplesmente desapareceram misteriosamente. Há inclusive rumores recentes da existência de um colégio clandestino de magia necromântica situado em Maginor, cidade que não poderia proporcionar melhor ambiente para tais práticas devido a seu aspecto sombrio e suas inúmeras ruas e guetos que criam um verdadeiro labirinto dentro da própria cidade, sem falar que boa parte dos casarões, que outrora eram ocupados pelos nobres, hoje se encontram abandonados e são extremamente tentadores para aqueles que precisam de uma grande privacidade.

Desde a queda de Luna, o reino de Portis vem enfrentando um problema com os sobreviventes do reino vizinho, muitos querendo fugir da desgraça buscam abrigo nas terras dos magos, fato esse, que desagrada sobremaneira não só a administração central, que desconfia que a peste possua uma origem mística, mas também a população que é extremamente impressionável e morre de medo só de ouvir falar da peste de Luna. A cidade que mais sofre esse tipo de assédio é sem dúvida Estenorial e, em verdade, a própria população é capaz de linchar em praça pública qualquer imigrante dessas terras por medo de que eles tragam a peste consigo. Há em Portis, principalmente ao sul, uma campanha de enrijecimento das fronteiras. De fato, famílias inteiras já migraram, mas em verdade, poucos conseguiram manter seu segredo por muito tempo e foram todos convidados a se retirar, por bem ou por mal.

Há rumores nas terras dos magos, que aventam a possibilidade de que o Duque Leonor de Azanti, já tenha planos traçados para tomar a cidade de Tanus, começando assim, de maneira mais efetiva, sua campanha contra Portis, dizem até que o Duque já tem nas mãos a cidade de Fétor, originalmente pertencente a Filanti, e que suas incursões militares partem de lá através do Lara, para as terras de Portis. Nada pode ser provado, mas se for realmente do interesse do Duque decretar uma guerra aberta com Portis, não se pode negar que a tomada de Tanus é de vital importância estratégica para incursões ao coração do reino.

Personagens mais Conhecidos

Iênim Calaudra
Este centenário elfo dourado foi um dos principais líderes na criação da Magocracia em Portis. Hoje, reconhecidamente ele é o Senador-Primas, o primeiro conselheiro do governo que como seu antecessor, procura dar especial atenção as pesquisas mágicas. Suas habilidades mágicas são ditas insuperáveis, assim como o seu conhecido mal-humor.
Melvim
Elementalista com mais de cinquenta anos de idade é um dos senadores, apesar de participar pouco da vida política de Portis. Seus interesses são a arquitetura e as magias elementais usadas neste ofício. É o construtor oficial do reino a quem se credita a construção, ou melhor, a criação da ilha artificial no centro da cidade e das várias torres, residência dos outros senadores.
Conde Apolom de Maginor
Este auto-intitulado Conde de Maginor é um sobrinho do antigo Duque de Maginor, falecido nas revoltas que levaram os magos ao poder. Vive em constante viagem entre Pechara, Calisto e secretamente Estenorial em uma tentativa de montar uma resistência armada contra os magos de Runa. Ele sonha com a volta da monarquia e como ele tem sangue real, com ele como Rei.

Apolom tem financiado expedições ao interior de Luna na esperança de que a Peste seja a arma que ele precisa para ele derrubar a magocracia.
Fanzeres Ipom
Um mago jovem, Governador de Tanus e região. Tem entrado em conflito com o Senado devido a pouca ajuda que tem recebido para combater as incursões de Azanti. Fanzeres Ipom é impaciente e costuma agir por conta própria, o que pode ser um problema para o governo central. Ele também é ambicioso e tem grande potencial para evoluir o seu poder.
Balharte
Um dos mais antigos senadores é uma pessoa de importância vital na tomada do poder pelos magos. Balharte é especialista em guerras e é comandante das parcas forças armadas do reino. No momento encontra-se em Maginor onde acumula o cargo de governante, mas tem o objetivo principal de organizar expedições de estudo e busca a Luna.
Capitão Estepem Taciturno
Este forte homem de aparência horrível (alguns dizem que ele é filho de um Orco) comandante da Guarda Arcana e braço direito de Balharte. Apesar de sua fidelidade a este mago, Estepem não gosta da política amigável aplicada pelo governo para com os anões. Com saída de Balharte de Runa ele se sente mais seguro para agir contra os anões. O que ele planeja é desconhecido, mas deve jogar este povo contra com a magocracia o que abriria a possibilidade de Estepem destruí-los.

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