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Levânia

Levânia

“Viver na Levânia é como viver sob as areias de um grande mistério ancestral e perigoso. Isso faz com que a vida lá nunca seja uma experiência entediante. “

Alvim Maltarabi, Guia do Deserto de Blirga.



A Levânia é limitada ao norte por Abadom, a oeste pelo mar, a leste por Verrogar e Âmiem e ao sul por Ludgrim sendo sua fronteira natural o rio Aurim. Um reino que possui em sua maioria clima árido, semiárido e desértico. O sul e o leste, próximo a Âmiem, porém, possuem um clima mais ameno, com pradarias e savanas. O sul ainda é banhado pelo rio Aurim, o que favorece muito a agricultura, sendo sua margem norte muito fértil.

Este foi um reino que estruturou suas fronteiras devido ao deserto. Muito na antiguidade outros povos não desejavam viver lá, devido ao clima árido e à dificuldade de sobrevivência. Por conseguinte, não viam vantagens naquele terreno. Isso, aliado ao fato do povo levaniense ter uma cultura muito diferente do resto do mundo, levou a manter as fronteiras como elas são conhecidas hoje, sem ter problemas com invasões. O “reino” que lá se estruturou se dividiu ao longo do tempo em três grandes tribos, ou Kaliafís, como o povo da Levânia se vê e chama suas descendências. De todas as cidades da Levânia, só Sadom possui uma ascendência anterior ao Grande Sábio.

A cultura levaniense difere um pouco da cultura geral do Mundo Conhecido. Ao que parece, sua origem se deu no fim do Segundo Ciclo e início do Terceiro Ciclo, sendo que Sadom, sua capital, foi fundada em 180D.C., e a partir de 420D.C. ocorreu os primeiros contatos com outros reinos e povos da região, como Abadom e Verrogar e o grande reino da Moldânia. A Levânia respondeu de forma agressiva a investida dos Moldas rejeitando qualquer laço de amizade e anunciando a superioridade dos levas, em reação a ideia de união com o império da Moldânia. Ela se preparou centenas de anos para uma guerra que nunca veio, por parte da Moldânia.

Porém, em 1110 D.C., o clã sulista conhecido como Bankdi já dominava, através de casamentos entre as cortes de diferentes cidades, a maior parte do território da Levânia – menos Sadom, governada pelo mesmo clã que fundou a cidade. O líder dos Bankdis, Alevos, retirou-se para o deserto de Blirga e lá orou para o deus da guerra e da fúria quando, dizem as lendas, uma tempestade de areia o levou a região do Campo Branco, o deserto de ossos no centro de Blirga. Lá, perseguido por uma voz em sua mente, passou duas semanas desaparecido quando então, nas margens do Aurim, surgiu garantindo a vitória dos Bankdis. A conquista da Levânia não poderia ser certa sem a conquista de Sadom, a maior das cidades. Em 1135 D.C. eles conquistam Sadom e a ditadura Bankdi foi instalada na região.

Em 1140 D.C. Ras'Zoul, filho de Alevos, se tornou o Imperador e os Bankdis formam a grande tropa de elite, o clã central. Ele convoca os cerca de vinte mil levas ligados ao clã sulista dos Bankdis para assinarem em conjunto o Pacto dos Bankdis, no qual vendiam suas almas ao poder que os levou à vitória contra Sadom. Iniciou-se então o expurgo de divindades dos sacerdotes, sendo eles queimados vivos nas praças das maiores cidades. Assim, nesse conturbado cenário político e situação de caos, surgiu o que viria a ser o maior flagelo de todo o Mundo Conhecido, a Seita.

Os Bankdis passaram a espalhar sua “nova” crença e começaram por desestabilizar as outras nações, causando discórdias, levando a palavra da Seita e preparando a chegada das forças que se mantinham nas sombras. Ao sul, o avanço dos Bankdis controlando exércitos de monstros e bárbaros do Sul Selvagem, iniciou o período conhecido como A Fúria do Sul, quando as populações do que são hoje Ludgrim e Eredra, foram surpreendidas pelo ataque e caíram vítimas da escravidão e da fome. Os Bankdis se aproximaram dos humanos escravizados neste momento, convocando-os a lutarem contra os deuses que lhes haviam causado tamanho sofrimento.

Em 1200 D.C., os Bankdis já dominavam grande parte dos humanos sulistas, incitando-os ao ódio contra elfos e “mestiços” (meio-elfos). Neste ano os Bankdis conseguiram pedaços da Pedra Negra, elemento necessário para a invocação dos 13 Portões Antigos. E deles surgiram milhares e milhares de seres demoníacos, liderados por criaturas que se autodenominavam Os Senhores Infernais, os treze príncipes do Inferno. Os Bankdis passaram a formar a corte dessas criaturas.

Pouco a pouco os demonistas foram expandindo o reino da Levânia para o norte, tomando Abadom, e posteriormente penetrando nos domínios da Moldânia Superior. Assim se passaram 170 anos, de guerras localizadas nas fronteiras e muita destruição no resto do mundo. Porém tudo mudou em 1390 D.C... Os Senhores Infernais se preparavam para invadir pessoalmente a última cidade resistente, quando surgiu no horizonte uma figura solitária emanando uma aura de esperança e paz sobre o mundo. Saravossa reanimada consegue impedir a vitória dos demônios. Finalmente em 1405 o Grande Sábio concebeu feitiços poderosos que enviou os Senhores de volta para o Inferno, juntamente com muitos seguidores da Seita. Sem as forças infernais os Bankdis caem no norte e a Levânia vai recuando rapidamente à suas fronteiras originais.



Em 1407 os Bankdis são derrotados dentro de seu próprio território, terminando assim com o domínio da Seita. Um ano após a derrota a Levânia se integra a grande coalizão dos reinos, mas em 1450 D.C., com a morte da figura principal da Unificação, o projeto perdeu a sua continuidade quando, um a um, os reinos foram se desligando de Saravossa e retomando as suas autonomias, assim a Levânia sai das trevas da Seita para se reerguerem como um grande reino novamente, que mesmo com sua diferença cultural, logo se adaptou ao Mundo atual, ainda que mantendo seu forte senso de individualismo e descendência.

Retornando a sua organização antiga, agora as três capitais das Kaliafís possuem mais poder devido à importância social de cada uma. Sadom é um centro de comércio marítimo muito importante, todas as rotas marítimas da costa oeste do Mundo Conhecido passam por ela, além de ser a cidade mais antiga da Levânia e onde reside o Grande Kaliaf senhor de toda Levânia.

Muitas cidades são denominadas cidades irmãs, pelo fato dos Kaliafís das capitais serem casados com a filha ou irmã dos senhores líderes dessas cidades, assim, Rokor é a cidade irmã de Sadom.

Governo

O governo é a monarquia. Mas na verdade, existem três grandes tribos, as Kaliafís, e várias pequenas tribos, unidas por graus de parentesco diversos, além das tribos nômades, onde o governo é baseado no patriarcado. Essas tribos costumam ser bem descentralizadas, tanto que em algumas delas o poder efetivo do rei – chamado na Levânia de Grande Kaliaf, O Líder de todas as Tribos – se resume à capital, mesmo que seus “vassalos” ainda devam “obediência” a ele. As tribos nômades, às vezes, delimitam um território e criam um novo reino”. Esses “reinos” nômades duram, em sua maior parte, até o falecimento do pretenso monarca-patriarca. Em outros casos, o patriarca é denominado como líder, mais pela sua idade e experiência do que pelo seu poder político. É invejável o fato de algumas dessas tribos conseguirem lembrar de suas gerações de alguns séculos atrás.

Assim existem três Grandes Kaliafís na Levânia: A Kaliafís da Moncuria, ao norte, cuja capital é Sadom e faz fronteira com Abadom ao norte e com o rio Brual ao sul; A Kaliafís de Brual, ao centro, cuja capital é Ingru, e faz fronteira ao norte pelo rio Brual e a leste com Verrogar e Dartel; e A Kaliafís de Blirga, ao sul, cuja capital Sika, é banhada pela margem do rio Aurim e faz divisa com Verrogar, Ludgrim e Âmiem, tendo o Campo Branco ao norte como fronteira com a Tribo de Brual.

A justiça nos “reinos” funciona de forma semelhante, sendo sua severidade o grande diferencial dos demais reinos do mundo. Os Kaliaf possuem um exército que funciona como guarda dentro e fora dos limites de suas cidades. Quase todos os casos são resolvidos pelos capitães da guarda e depois encaminhados para o Conselheiro da Justiça. Os transgressores são julgados em praça pública, por aclamação popular e na frente do comandante da guarda real (no caso de cidades-menores), conselheiro da justiça (no caso das capitais) ou, no caso de festividades, pelo próprio Kaliaf.

Em Sadom, as penalidades seguem um meio mais justo, já que o Grande Kaliaf Moham viveu sua juventude em Calco. Lá foi inventada a prisão-sem-muros, isto é, um tipo de pena em que o condenado pode trabalhar normalmente, mas não pode se ausentar nem se afastar do reino, devendo apresentar-se continuamente à guarda da cidade. Em Ingru, os transgressores da lei são na maioria das vezes penalizados com multas e, no máximo, vendidos como escravos. Já em Sika a violência das penalidades é notória: decepação de mãos, marcação a ferro quente, tortura, chicotadas em praça pública, flagelações, enforcamentos e, mais recentemente são comuns os empalamentos e a exposição dos corpos após a morte.

Outro fator a se notar no geral, é a anistia a certos presos em momentos de festividade no reino ou determinação real direta. Isso não ocorre regularmente e fica por conta de o Kaliaf fazê-lo.

Os magos e a magia são muito difíceis de encontrar na Levânia. A prática de magia não é bem-vista pela população da Levânia, sendo encarada como coisa profana e conhecimento proibido. Isso se deve ao fato de, na história levaniense e nas lendas daquele povo, a magia e os magos sempre andarem de braços dados com os demônios e seu fim sempre ser a destruição de suas cidades, cobertas subitamente pelas areias do deserto, como uma punição divina. Milagres e poderes vindos dos deuses são considerados coisas divinas e como em toda Tagmar, são aceitos, mas de forma geral sempre há uma grande apreensão pelo seu uso.


História Recente

A Levânia, em sua totalidade, mantém uma boa relação com os reinos, mesmo que as rotas terrestres sejam muito difíceis. Plana tem acelerado o comércio com a Levânia, atrás de seu artesanato ímpar em Tagmar, que traz um lucro fenomenal para os comerciantes planenses (as rotas marítimas vindas do Leste e do Norte são consideradas perigosas pelos navegantes de Tagmar, pois passam perto de Abadom ou muito longe da Costa, caso eles queiram se afastar desse país).

Calco já mantém relações diplomáticas estreitas com Sadom, mas Ingru e Sika ainda têm ligações diplomáticas muito restritas (pela distância, no caso de Ingru ou pela diferença de ideais políticos, no caso de Sika). Verrogar mantêm comércio irrestrito com Sika, dessa forma, mantendo ligações comerciais indiretas com os outros reinos da Levânia. Beruni mantém ótimas relações com Âmiem e Ludgrim, o que tem causado certa repulsa política por parte de Sika. Portis mantêm uma embaixada em Rokor, com a finalidade de, num futuro não muito distante, montar expedições para Abadom e para o Sul do Mundo.

Apesar disso, a cultura levaniense tem seus méritos, pois é lá que existe o maior número de dialetos do Malês, alguns deles bem diferentes da língua raiz.

Existe uma tendência muito grande à unificação dessas Kaliafís maiores, já que existem laços de parentesco bem definidos entre os três líderes de cada uma. Cada vez mais acordos são feitos e não existem mais taxas alfandegárias no transporte de mercadorias entre essas grandes tribos. Provavelmente, após a passagem do Grande Kaliaf de Sadom e senhor da Levânia, Moham, O Alto Iluminado e Grandioso, o mais velho dos três, o poder passe às mãos de Baruk, Kaliaf de Sika, já que não existem herdeiros vivos de Moham. O menos provável é a ascensão do Kaliaf de Ingru, Olamar, ao trono das tribos unidas. Apesar do reino de Olamar estar bem estruturado (por apresentar menos problemas sociais em relação aos outros dois), ele tem a fama de ser um líder ausente, deixando todas as decisões importantes nas mãos de seu Conselheiro da Justiça, Jalil, que, por acaso, é casado com a irmã de Baruk.

Realmente, os maiores esforços para a unificação vêm do reino de Sika. Esses esforços são muito suspeitos, já que existe uma grande ligação entre Sika e Verrogar. Inclusive a ideologia de exclusão racial, que assola Verrogar, tem se expandido pelo povo do reino, juntamente com as ideias belicosas de Blator e seus filhos. O grande medo dos povos do Mundo está na possibilidade de o poder cair nas mãos de Baruk, e ele declare guerra à Ludgrim, o que poria em risco a paz na região meridional de Tagmar, pois seria o estopim para uma grande guerra.

O Povo da Levânia

Seu povo é formado, quase na sua totalidade, por humanos descendentes das três grandes tribos que se juntaram na formação da Levânia, sendo seu passado e história muito importantes para esse povo, ainda que muito de sua história tenha se perdido durante a dominação da Seita e consequentes guerras, sobrando apenas a história oral do povo levaniense.

Os deuses mais cultuados em Sadom são Ganis, Maira e Parom (o culto a esses dois últimos cresceu muito após as calamidades em Abadom). Em Sika, existem templos grandes de Blator e de seus filhos (Crezir está em franca ascensão junto à população de Sika). Já em Ingru, os deuses que possuem mais templos são Sevides, Maira e Selimom, particularmente o Kaliaf Olamar mantêm um templo dedicado a Lena em seu castelo.

Principais Cidades e Locais de Interesse

Sadom
Capital da tribo da Moncuria e da Levânia, Sadom é uma das mais antigas cidades do Mundo Conhecido, é onde está o maior porto do reino, seu centro comercial e ponto de passagem das muitas caravanas marítimas que partem para o sul e sudoeste do mundo. Atualmente, é a capital soberana da Levânia, posto, porém, ameaçado pelo crescimento incrível de Sika, pois se seu atual Kaliaf, Baruk, se tornar o próximo Grande Kaliaf da Levânia, sua cidade natal, Sika, será considerada a nova capital. Por enquanto, Sadom, encerra sob sua guarda não só o Grande Kaliaf Moham, como o Grão-vizir Mardeil, e o maior templo de Maira Mon do reino, sendo considerada uma cidade de arte e beleza comparadas à lendária Altarape, tendo como interesse sua privilegiada relação com Calco e Acordo e sua grande biblioteca central, contendo resquícios do verdadeiro acervo histórico que Levânia possuía, infelizmente, perdido na guerra contra a Seita e consequente expansão nômade de seu povo.

Rokor
Cidade irmã de Sadom, Rokor é o ponto de partida de muitos aventureiros com coragem suficiente para enfrentar os perigos do deserto da Levânia, do Campo Branco, de Dartel, ou de embrenhar-se nos territórios de Abadom, muito conhecida por seus rastreadores e guias capazes de reconhecer cada trilha segura no deserto, garantindo o êxito de muitas expedições. Os magos de Portis mantêm uma embaixada em Rokor, visando se prepararem para novas e audaciosas expedições. Muitas criaturas raras e diversas podem ser encontradas nas grandes feiras abertas em Rokor.

Ingru
Capital da tribo de Brual é o centro de excelência em manufatura e artesanato. Esta cidade é uma das pérolas da costa da Levânia, sendo o comércio um de seus pontos fortes, bem como sua capacidade portuária (é o segundo maior porto do reino). Atuando como uma conexão entre as tribos do norte e sul de Levânia, é uma cidade cosmopolita por excelência, seu comércio atua em todas as frentes, e seus comerciantes estão em contato direto com Plana e Portis. Seu artesanato é fonte de renda garantida, e os comerciantes de Plana os preferem a qualquer outro em todo o mundo, pois são consideradas obras-primas de raro bom gosto.

Dameste
Cidade irmã de Ingru, é considerada por muitos como uma cidade santa. Dameste é um verdadeiro paraíso para quem busca paz espiritual e o conhecimento dos deuses, vista como uma cidade neutra, ela abriga a única porção da população não humana em toda Levânia, e seus templos aos mais diversos deuses adorados na Levânia, são considerados maravilhas arquitetônicas, com quase mil anos de idade.

Sika
Capital da tribo de Blirga, atualmente sob o domínio do punho de ferro do Kaliaf Baruk, Sika vem se tornando uma grande potência militar, com planos de aliança com Verrogar, inclusive assimilando sua tendência ao nacionalismo militar e exclusão racial, que aliada à tendência da Kaliaf de Blirga de ser a mais ortodoxa e fanática das três grandes tribos, tem contribuído muito para a aceitação nacional dessas ideias. Hoje em dia, Sika é, sem sombra de dúvida, uma potência militar de causar inveja. Seus jovens se alistam ainda com quinze ou quatorze anos, e passam de seis a sete anos em treinamento, e o Kaliaf Baruk está recrutando muitos jovens de diversas tribos nômades, aumentando ainda mais seu contingente militar.

Beruni
Cidade irmã de Sika, é o maior centro agropecuário da Levânia, e tem servido, por séculos, a todo o reino, sendo o maior produtor de vegetais e grãos, bem como de ovelhas e cabras, que se adaptam bem ao clima desértico do resto do reino. É uma cidade bem influente nas decisões do reino, e no passado, muitos de seus líderes chegaram a atingir o grau de Kaliaf de Sika. Situada à margem norte do rio Aurim, numa terra extremamente fértil (comparada ao resto do reino), e próxima ainda a uma floresta de proporções gigantescas para uma região tão árida e seca, mas, com certeza, esta é uma região que se mantém como deveria ser a Levânia há milhares de anos, quando antes de sua fundação.

Altarape
Altarape é uma cidade recém-descoberta e que estava em ruínas. Situa-se entre Sika e Beruni, bem ao norte, próximo ao Campo Branco, Altarape já foi conhecida como a joia do deserto e tida por toda nação levaniense como sua mais bela cidade, onde havia cultura e entendimento. Atualmente, está na mão do vizir Sarrimede Daruim, um dos vizires mais influentes do reino. Dizem haver muitos conhecimentos escondidos em Altarape, como pergaminhos com magias antigas e conhecimentos sobre ervas capazes de verdadeiros milagres, existentes antes da Levânia se tornar um deserto.

Montes Moncurianos
Uma cadeia montanhosa tão famosa e com picos tão altos quanto a Cordilheira de Sotopor, se estendendo desde o mar a oeste até encontrar a Cordilheira de Sotopor a leste, sendo cortada ao norte e sul pelo grande vale do rio Brual. Os montes estão sendo explorados aos poucos, mas já se revela uma boa fonte de minérios, que Ingru vem explorando, e que começa a gerar maior demanda por Sika.

Deserto de Blirga
Dizem que o deserto de Blirga nasceu há uns 1000 anos (500 D.C.) e que teve origem em uma maldição de Maira, pela devastação que os antigos povos fizeram sobre o reino. Dizem, mais ao sul na tribo de Blirga, que uma grande batalha (também de 1000 anos atrás) contra as forças de um antigo rei feiticeiro, terminou em uma grande explosão que dizimou tudo, formando o deserto de Blirga e o Campo Branco.

Alguns acham que era na Levânia onde estava a capital dos adoradores dos demônios que apareceram no fim do Segundo Ciclo e que no cataclismo, o reino foi destruído pelas forças divinas. Outros ainda acham que o clima em Levânia sempre foi assim, e que o Campo Branco é apenas o resultado de uma grande batalha que ocorreu no Segundo Ciclo.

Campo Branco
Este não é um lugar calmo, ou uma planície nevada, como parece indicar o nome. Campo Branco é uma área situada no interior do deserto de Blirga, na Levânia, que se estende por cerca de 50km no sentido norte-sul e 30km de leste a oeste.

Em toda sua extensão, não há nada além de ossos e mais ossos, sejam de anões, elfos, humanos ou outras raças das quais não se tem notícia. Não há nenhuma construção visível por toda parte, embora haja relatos de escadarias conduzindo a infindáveis labirintos subterrâneos.

Acredita-se que o lugar seja de natureza mágica, pois, apesar de existirem registros de sua existência que remontam à época Unificação do Grande Sábio, os ossos e esqueletos que formam o Campo Branco permanecem intactos, indiferentes ao tempo e ao vento e areia dos desertos.

Apesar de ser uma região considerada segura, não são poucos os que nutrem por ela terror profundo, associado a estranhas histórias de legiões de esqueletos que se levantam e travam intermináveis combates. Mais uma vez, a cautela é sempre boa companheira da dúvida.

Rumores e Intrigas

O povo da Levânia é conhecido também pelas suas lendas e superstições. Uma delas, diz que onde hoje é o Campo Branco, era, na verdade, uma grande cidade na época do Segundo Ciclo. Esta cidade teria sido destruída e estaria agora sob o deserto branco que lá existe. Dizem que tesouros inimagináveis estariam guardados lá e magias poderosíssimas também. Há boatos até sobre o próprio povo: dizem que eles chegaram ao mundo pelo mar. Os primeiros deles viajavam pelo mar, mas Ganis quis matá-los. Blator, sabendo que aquele era um povo guerreiro, salvou-os, mandando-os para Sadom (eles chamam a si mesmos de “povo de Sadom”, que quer dizer “porto seguro”).

Os boatos sobre um possível golpe de Baruk, tomando de assalto toda a Levânia começam a levantar suspeitas. Ele já mantém acordos e aliados em vários reinos. A cidade de Altarape está sendo reconstruída com o dinheiro de Sika. Uma das obras mais importantes é o porto de Ingru, em pleno andamento. Dizem que dessa forma ele pretende ter uma saída para o mar, justamente como Verrogar desejava.

Existem também boatos sobre o filho de Moham, Angrim, que desapareceu quando criança em um navio de passageiros para Calco, onde começaria seus estudos. Dizem que ele está vivo e logo voltará para liderar todo o Reino Unificado da Levânia.

Fala-se que o poder da magia em Levânia gerou uma linhagem de nobres, os vizires. Esses magos centralizaram o conhecimento mágico de tal forma que, somente sendo de uma linhagem de aprendizes, pode-se usar magia dentro da Levânia. Em alguns casos, esse conhecimento transforma-se em poder, o que faz com que alguns vizires possam controlar uma cidade através de sua influência política (como no caso de Altarape, a cidade magnífica). Em todo o reino existe um único Grão-vizir, que é o braço direito do Grande Kaliaf, e responsável pela fiscalização da magia no reino todo, bem como sua utilização. Somente aqueles que tiverem a autorização de um vizir do reino poderão usar magia. Qualquer uso dela sem permissão é considerado crime. Vejam que o Grão-vizir, bem como os demais vizires, só tem poder sobre magos e suas magias e é claro que eles não se atrevem a interferir nas coisas divinas. Dizem que somente o Grão-vizir demais vizires e alguns aprendizes mais ligados a eles, usam magias de forma aberta na Levânia, também, como explicado antes, pelo seu poder político.

Personagens mais conhecidos

O Grande Kaliaf de Sadom, Moham O Alto Iluminado e Grandioso
Atualmente o Grande Kaliaf da Levânia, foi escolhido como tal antes que Baruk se elevasse a Kaliaf. Quando da morte de seu pai, Moham estudou em Calco, e aprendeu muito sobre história e conhecimento dos demais reinos do mundo, é um homem justo e consciente dos riscos do fanatismo religioso e racial, que começa a assolar a Levânia. Casado com a filha do líder de Rokor, Amenasim, a Linda, a perda de seu filho, Angrim, foi um golpe muito forte para este Grande Kaliaf, mas rumores correm de que isto seria apenas uma farsa para garantir-lhe segurança, mas quem realmente saberá a verdade?

Grão-vizir, Mardeil Narmamuk
O mais alto de todos os vizires do reino, também o braço direito do Grande Kaliaf Moham, este homem de estatura singela, porte nobre, e barba sempre bem aparada e já grisalha, foi um dos grandes articuladores para a ascensão de Moham como o Grande Kaliaf. De muita confiança do pai de Moham, Mardeil cuidou de seus estudos em Calco, e mais recentemente da ida de seu filho para estudar lá, porém a perda dele abalou um pouco a confiança do Grande Kaliaf neste nobre Grão-vizir.

Kaliaf de Ingru, Olamar
“O velho” como é conhecido, Olamar é casado com a irmã de um dos líderes de Dameste, a bela senhora Lilandi Almiscaris, cujo pai já morto hoje em dia, é da descendência de um dos Grandes Kaliafís do passado. É o único ainda vivo da época de escolha do Grande Kaliaf, tendo servido ao pai do Grande Kaliaf Moham, Olamar é tido como um líder relapso, que muito tem delegado suas ordens e funções aos seus conselheiros e vizir, dizem que esta total apatia quanto a sua Kaliafís, talvez seja obra de armações políticas do Kaliaf Baruk, e não bastasse isso, seu Conselheiro da Justiça, o segundo cargo mais importante depois do vizir, é casado com a irmã de Baruk. Ainda assim, Olamar é um homem muito sábio e tem ido consultar muitas vezes o Grande Kaliaf Moham em Sadom.

Conselheiro da Justiça de Ingru, Jalil Abemerim
Conselheiro da Justiça do Kaliaf Olamar e casado com a irmã do Kaliaf Baruk, dizem que sua rápida ascensão ao ministério seria uma armação ou jogo de influências de Baruk com Olamar, visto que Baruk é casado com a filha de Olamar. Jalil é um homem duro e sem honra alguma, capaz de cometer grandes atrocidades, se não fosse pela intervenção do próprio Kaliaf Olamar, muitas penas de morte já teriam sido expedidas pelas ordens de Jalil. Parecendo estar próxima a morte de Olamar, já surgiram boatos de ser muito provável a Jalil tornar-se o novo Kaliaf de Ingru seja Jalil, podendo isto ser o início de um futuro sombrio para a Levânia.

Kaliaf de Sika, Baruk
Filho do guerreiro e antigo Grande Kaliaf Barukar, sua ascensão se deve ao fato da morte de seu pai, ainda de forma meio nebulosa para a população, pouco após a eleição de Moham para ser o novo Grande Kaliaf. É casado com a filha do líder de Beruni, Meline Flor do Deserto. Baruk é um guerreiro enérgico, poderoso, teve formação guerreira numa das academias de Verrogar, e por isso, é bem aberto às ideias deste reino, que juntamente com sua visão belicosa, o torna um perigo potencial para todo o Mundo Conhecido, pois está aos poucos formando um grande exército, que, sozinho, poderia varrer grande parte do mundo para dentro de uma guerra. Não bastasse isso, sua influência em Ingru já é bastante poderosa, e ele ainda domina Beruni, o maior centro agropecuário da Levânia, e Altarape, uma cidade cheia de mistérios e muito poder.

Vizir de Altarape, Sarrimede Daruim
Instituído vizir da linhagem do Kaliafís de Blirga, e senhor de Altarape, por decreto de Baruk (numa ação inédita em toda a história levaniense), ele é o primeiro vizir a se tornar senhor de uma cidade, o que prova o poder que Baruk vem acumulando, ademais, Sarrimede é primo em segundo grau de Baruk e o único de sua família a ser portador de poderes arcanos. É um homem de poucas palavras, mas muito influente politicamente, além de ser temido por todos como um dos mais poderosos vizires de todo o reino.
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