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Acordo

Acordo

“Bem-vindo, bem-vindos a Porto Áureo e ao Escama de Tubarão. Forasteiros hein? Hum... Posso lhes oferecer uma caneca de minha melhor bebida, garanto que não vão se arrepender. Oh, informações? Sim, sim, claro que conheço, conheço muitas coisas que podem ser de seu interesse, aventureiro. Claro que acompanhado de uma bela refeição pelo preço certo, atendente, sirva-os, mas em particular.”

Tarik Olhos de Tubarão, dono da Taberna “Escama de Tubarão”.

Acordo é um reino que se limita ao Norte e Oeste pelo mar do Norte, e ao Sul e Leste pela cordilheira de Sotopor, sendo divisa natural entre Abadom e Plana. Sendo praticamente um reino costeiro, com o mar no Norte a Oeste, e rios a Norte e Sul, seu clima é ameno e sua vegetação é de florestas densas em toda a sua extensão ao interior do reino, seguindo até a Cordilheira de Sotopor a leste, a qual se estende do nordeste ao sudeste, tornando as viagens e negócios com Plana muito difíceis por terra. Suas regiões ribeirinhas são muito férteis com uma vasta área para o plantio e cultivo da agricultura, bem como da criação de gado para corte e abate. No sudoeste existe uma corrente quente e úmida vinda da Levânia, que enche a área de neblina. Sua capital é Porto Áureo.

A fundação de Acordo se deu no meio da guerra da Seita contra o ancestral povo de Abadom. Com a queda da cidade de Tronum no ano de 1340 D.C., grupos de sobreviventes migraram para outras terras, fugindo da fúria dos exércitos demonistas. Alguns, desesperados, tentaram atravessar as brumas de Dartel e nunca mais foram vistos. Outros tentaram fugir para a Calco. Por fim, um grande grupo rumou para o noroeste, atravessando a Cordilheira de Sotopor e encontrando uma terra propícia para se instalarem e, o mais importante: segura e desconhecida.

Com o passar do tempo, já com as tribos estabelecidas, os lideres começaram uma campanha de reconhecimento e exploração, e encontraram terras férteis perto da costa, bem como uma infinidade de jazidas de minério. Começaram a extrair ferro, cobre e ouro, tudo em pequena quantidade.

O povo refugiado de Abadom começou um paulatino processo de expansão pela região, até que acabaram por estabelecer contato com o povo de Plana. Os comerciantes de Plana ficaram fascinados com a quantidade de minério que eles traziam e logo a notícia se espalhou.

Um grupo formado pelos maiores comerciantes de Plana, sabendo do potencial das minas ao sul, convenceu os lideres das tribos de que precisavam de conhecimento especializado para aproveitarem ao máximo suas jazidas. Então trouxeram um grupo enorme de anões e os deixaram trabalhar. Em pouco tempo, a produção de metal havia dobrado. Em princípio houve resistência, mais logo tanto os lideres quanto o povo aceitaram a presença anã. Até que em 1365 D.C., foi firmado um acordo entre os homens que vieram de Abadom e os anões, estabelecendo os preceitos de trabalho e as regras de partilha da maior e mais duradoura união entre duas raças diferentes de todo o Mundo Conhecido. A partir de então, o que era apenas um refúgio tornou-se um reino, e recebeu o nome de Acordo em homenagem a sua própria história.

Entretanto, a proximidade com Abadom fez com que eles se tornassem quase paranóicos com visitantes estranhos. Muitos vilarejos ao sul tiveram suas populações massacradas por monstros do dia para a noite.

Não existem grandes cidades, como em Calco ou Plana. O reino é composto de pequenos vilarejos e cidadelas que são interligados por estradas principais. Boa parte do reino ainda é desabitado. O seu exército contém basicamente a população, que em tempos de guerra pode se reunir e servir de ataque e defesa. Seu treinamento de guerra vai dos 18 aos 20 anos (humanos) e dos 30 aos 35 anos (anões). Por isso, não é difícil ver anões ou humanos portando armas nas cidades. Também possui alguns navios à sua disposição, no caso de ataque marítimo.

Governo

Na verdade, "reino" não é a palavra que mais cabe ao significado do modelo de governo usado em Acordo. O que existe é um conselho misto, com um “rei” humano e um “rei” anão, que na verdade são representantes das duas raças. Sua única semelhança com a monarquia é que esse título é hereditário. Porém, as verdadeiras regras são decididas pelo “Conselho Real Misto”, um tipo único em Tagmar, pois é formado tanto pela alta nobreza, quanto pelos grandes comerciantes, (que de alguma forma possuem títulos de algum grau de nobreza), dos humanos e anões, num enlace político sem disputas, visando apenas o melhor aproveitamento e lucro para todos, sendo auxiliado pelos seus conselheiros, que servem de porta voz e adidos diretos dos reis para com o resto da população, e todas as decisões somente são tomadas quando se chega a um acordo aceitável pelos dois “reis”, que por sinal dividem o mesmo castelo. Os ministérios podem ser ocupados ou por anões ou por humanos, não havendo divisões por raças.

Não é preciso dizer que esse tipo de governo é um tanto estranho em Tagmar, mas até hoje tem dado muito certo. Principalmente porque os povos de Acordo têm o mesmo objetivo: viverem isolados do Mundo e lucrarem com sua extração de minério. Além dessas peculiaridades, os “reis” não têm um poder de decisão tão independente assim, pois o povo pode decidir algumas questões. Seguindo uma tradição que data da fundação do reino, a qual diz que o reino só foi possível graças a um acordo mutuo entre as duas raças, sempre que o povo discordar de uma nova sanção ou lei, poderá ser criado um “Conselho da Dualidade” que reunirá os líderes de suas comunidades, e toda a baixa nobreza, para que juntos cheguem a um acordo razoável a todos, de forma a regular por igual à ação dos reis e do “Conselho Real Misto”. Mas geralmente a decisão dos reis condiz com a decisão do povo. Foram pouquíssimas às vezes que o povo se intrometeu em uma decisão real e foi preciso a reunião de um “Conselho da Dualidade”.

Sua justiça é bem rústica, para os moldes do Mundo Conhecido. Crimes locais contra pessoas comuns, pequenos delitos e dívidas são levadas ao “Conselho dos anciões" dos vilarejos e pequenas cidades ou ao prefeito das cidades maiores. Crimes contra nobres ou grandes comerciantes, grandes delitos e atos contra o reino são levados para a Corte Suprema, constituída pelos reis de Acordo. A pena de morte existe, mas é quase um fenômeno quando ela acontece. Só um grande crime aconteceu e teve esse veredicto em todo o reino para ser levado à Corte Suprema: o caso da fera negra. Hoje o corpo do homem acusado pelos crimes, Nemom Mordecai, está sepultado separadamente dos corpos de cidadãos normais no cemitério de Porto Áureo. Trabalhos forçados e escravidão são as penas pesadas geralmente mais usadas.

Sua economia é basicamente voltada para a exportação da extração mineral, muito prospera no reino. As áreas a Leste, Nordeste, Sudeste e Sul, que contêm as montanhas que formam a Cordilheira de Sotopor são altamente escavadas, tendo várias minas por toda sua extensão. De lá saem os mais diversos minérios, como o ferro, cobre, prata e ouro. Dizem as lendas que até metais mágicos são encontrados em Acordo. A extração é feita pelos moradores dos vilarejos e cidadelas, em sua maioria mineradores, e escoada para capital Porto Áureo onde os metais são pesados e taxados. Boa parte dos minérios é vendida para outros reinos, mas pelo menos a terça parte é deixada lá para a fabricação de armas e utensílios. A agricultura e a pecuária sustentam o mercado interno, graças às vilas ribeirinhas que estão às margens dos rios Norte e Sul, assim tornando-os um pouco independentes dos outros reinos nesse aspecto, embora ainda careçam da maioria dos cereais e de vinhos e outras bebidas, ficando assim, dependentes nesses aspectos de outros reinos.

Tendo a maior economia do Mundo Conhecido, quanto ao quesito da exportação de minérios, Acordo pode ser taxado como um reino rico e até próspero, que isolado tem ainda assim conseguido uma grande notoriedade entre os demais reinos, justamente por sua posição estratégica na exportação de metal e fabricação de armas.

História Recente

Acordo, por ser um país quase totalmente voltado para a extração e comércio de minérios, tem boas relações com quase todo mundo, principalmente Plana, Calco e Conti. Logicamente que os piratas de Porto Livre não são benquistos lá. Por isso, tem sido forte o grupo de grandes mineradores que tenta aumentar os impostos sobre vendas diretas para Portis. Devido à grande distância e a dificuldade da chegada de minérios, Dantsem, Verrogar, Eredra, Marana e Luna têm grandes problemas em negociar diretamente com Acordo. Consequentemente, eles negociam os produtos e minérios de Acordo com Plana (compradora de quase a metade de todo o produto extraído ou produzido em Acordo) ou Calco. Recentemente, Levânia tem se tornado um reino concorrente em alguns mercados, mas a sua extração é ainda muito mais cara e em menor quantidade.

Para quem vê de fora, viver em Acordo não tem grandes atrativos para um aventureiro, mas isso é um engano. Apesar de viverem em um ambiente isolado do mundo isso não quer dizer que convivam com a paz. Todas as expedições para o sul da cordilheira de Sotopor, dentro de Abadom, saem de Acordo. Os piratas de Porto Livre de vez em quando conseguem roubar os navios carregados de minérios, levando-os para seu reino. Os monstros vindos de Abadom sempre são ameaça para as cidades do sul. As “rotas dos minérios” como são chamadas as perigosas estradas que levam a Plana sofrem com as criaturas também, e o comércio por terra é quase inexistente. E existe agora o perigo dos piratas que aportam na costa de Acordo com a finalidade de roubar os moradores de lá e transformá-los em escravos para algum reino distante. Além disso, existe o perigo adormecido. Caso os dragões decidam atacar Acordo, toda a produção de minério do Mundo Conhecido estará comprometida.

Ainda tem o fato de que sempre se precisa de aventureiros para mapear alguma parte ainda desconhecida do reino, alguma caverna não utilizada, assegurar alguma caravana até o seu destino ou combater alguma criatura que anda assolando alguma área.

O Povo de Acordo

Os acordianos são considerados trabalhadores dedicados e muito, muito desconfiados. É difícil levar um acordiano na conversa (os planenses que o digam...). Mais difícil ainda é vê-los descansando, estão sempre trabalhando em algo. Apesar de serem amistosos com os convidados e conhecidos, são demasiadamente desconfiados com desconhecidos e muito sérios. Sua cultura está cheia de ditados sobre desconfiança (Nunca se conhece alguém pela pele; Os atos e as palavras te enganam, um coração nunca; etc). Se você precisar de um acordiano para algum trabalho, tenha certeza que ele vai, mas tenha uma boa razão para fazê-lo. Sua desconfiança se deve mais ao fato de estar desligados do mundo, e por isso, sentem-se inseguros e desconfortáveis na presença de estranhos.

Os anões vivem em paz com os humanos em Acordo. De fato, Acordo é o maior reino de anões e humanos vivendo em comunidade. Aqui os anões encontraram uma forma de vida extremamente confortável para seu povo. A maioria dos anões vive perto ou mesmo nas minas, que se encontram na Cordilheira de Sotopor, área conhecida como “Minguante de Mon”, pela aparência com uma lua minguante que se estende do Sul, a Sudeste, do Leste a Nordeste, extraindo minério de ferro, e muitos minérios nobres, como o cobre, prata e ouro. Os deuses que os anões mais cultuam é Parom e Maira Mon, esta chegando a ser mais cultuada, em parte pela grande gratidão que os anões têm pela grande fartura de minérios encontrados por todo o reino, na região da Cordilheira de Sotopor, conhecida como “Minguante de Mon” em homenagem a deusa, e Parom, principalmente pelos anões guerreiros que defendem as minas dos constantes ataques feitos pelas criaturas de Abadom.

Dizem os anões que durante o momento em que a Lua se encontra a 90º em relação ao Sol, formando uma quadratura, e sendo chamada de lua minguante, aqui conhecida como Lua de Mon, enquanto ela caminha para sua fase nova, que os sete dias após o início da Lua de Mon são favoráveis ao planejamento de atividades e empreendimentos, acordos comerciais, à conclusão de trabalhos inacabados, à solução criativa de problemas ligados ao passado e ao início de tratamentos da saúde. Bem como na fase em que ela se torna lua nova, aqui chamada de “Lua de Parom”, é favorável a iniciação de jovens na arte da mineração, do início de uma nova mina, a descoberta de novos veios de metal e de ataques bem sucedidos contra as criaturas de Abadom, que infestam o outro lado das Cordilheiras.

Os humanos, que geralmente vivem nas vilas ribeirinhas, e em cidades no litoral de Acordo, na área conhecida como “Crescente de Ganis”, que se estende do Nordeste a Norte, seguindo a noroeste, indo a oeste, e por fim descendo a sudoeste, na área compreendida entre o Rio Norte, e o Rio Sul, são em sua maioria comerciantes, fazendeiros ou agricultores, cultivando grandes áreas de agricultura de subsistência, e criando gado de corte e abate, o que contribui muito para a sobrevivência dos anões, que por sua vez pagam muito bem com os minérios extraídos. Geralmente cultuam Maira Mon, praticamente pelo mesmo motivo dos anões, sua gratidão pela generosa porção de minérios encontrados em toda a extensão da Cordilheira de Sotopor. Há também um culto muito forte a Ganis, Quiris e Liris em praticamente todas as vilas ribeirinhas e cidades litorâneas, e Cambu pela forte influência do comércio em todas as áreas do reino, principalmente na Capital Porto Áureo.

Os humanos assim como os anões partilham das mesmas ideias supersticiosas, porém para os humanos, é a lua crescente que importa, sendo chamada de “Lua de Ganis”, por toda a região do “Crescente de Ganis”, dizem que é favorável a novas expedições marítimas, a pesca, a iniciação náutica de novos marujos, bem como ao lançamento de novas embarcações, sendo levada a sério por todas as vilas ribeirinhas e cidades litorâneas. E finalmente em relação à lua cheia, conhecida em todo o reino como “Lua de Cambu”, dizem que nos sete dias que precedem seu nascer, é de bom agouro deixar uma moeda de prata a sua luz, que ela lhe trará boa fortuna e negócios prósperos, e ainda é capaz de trazer boa sorte pelo resto do mês, até a época do nascimento de uma nova “Lua de Cambu“. Diferente das demais lendas sobre a lua cheia, a maioria de mau agouro, em Acordo ela é tida como a lua dos comerciantes e da boa sorte, também sendo a época ideal para se pagar impostos e dívidas. Em Acordo, essa crença é fielmente seguida, principalmente nas grandes cidades comerciarias.

Elfos, Meio-Elfos e Pequeninos geralmente são encontrados de passagem, principalmente em Porto Áureo, sendo dificilmente vistos no interior ou na região da “Minguante de Mon”.

Os deuses menos cultuados em todo o reino são Plandis e Crezir, e pessoas que adorem esses deuses não são muito bem vistas pela população, embora não haja hostilidades diretas, e sim, mais um sentimento de mal-estar. Não se tem notícia de adoradores da Seita, e ao menor indicio, casos são estabelecidos e investigações feitas. O povo de Acordo, com sua aversão natural a estranhos e grande suspeita de qualquer coisa fora do comum, tem ajudado e muito a manter o reino livre dessa peste.

Principais Cidades e Locais de Interesse

Porto Áureo
A capital de Acordo, seu principal porto, e a maior cidade do reino, local do Castelo Real, e do “Conselho Real Misto”, esta cidade é muito frequentada por nobres e viajantes das varias partes do reino, sendo responsável pela maioria do minério escoado da região do “Minguante de Mon” pelo Rio Sul, vindo principalmente de Palom e Minas Mon. Também abrigando a Casa Real da Moeda, a única autorizada a cunhar as moedas de valor em Acordo, visto que todo o ouro de Minas Mon, e demais metais preciosos, como a prata de Pratissi e o cobre de Coberae vêm para a capital.

Porto Áureo é dividido de forma meio caótica, em bairros nobres, bairros de comerciantes, e zona portuária. Na zona portuária, que fica na foz do Rio Sul, existem muitas tabernas, incluindo a famosa Escama de Tubarão, casas de espetáculos e casas de jogos. Aliás, é única cidade onde o jogo de azar é legalizado. Nesta região também ficam os postos de controle dos taxadores oficiais de todo o minério que entra e sai da cidade. A capital de Acordo, embora seja uma cidade grande e até prospera, não é tão limpa e organizada quanto as capitais de Calco, Plana e Conti.
Palom
É uma cidadela incrustada na montanha, a maior produtora de ferro do reino, e também a segunda em miscigenação humana-anã, perdendo apenas para a capital. Contando com muitas minas ao redor, Palom é frenética, e funciona dia e noite, com turmas de trabalho divididas em três turnos, mantendo a produção em andamento todos os dias do ano salvo os dias de adoração aos deuses. Com uma milícia não muito capaz, pois está localizada bem no começo da Cordilheira, até agora não foi alvo de nenhuma grande invasão das criaturas de Abadom, mas o perigo sempre existe.
Coberae
É uma cidadela incrustada na montanha, tal como Palom, situada bem à Leste, no meio da Cordilheira de Sotopor. É a maior extratora de cobre do reino, e a segunda em minério de ferro, e também possui a maior produção de armas do reino. É conhecida pelos grandes mestres ferreiros e forjadores dos anões que vivem em Coberae e em vilas de mineradores próximas, produzindo armas para todas as cidades do reino, e muitas ainda são exportadas para cidades de Plana, Calco e Conti. Ainda dizem pelo reino que parte do metal da maioria das armas do mundo vem de Acordo, especificamente de Coberae. Possui a segunda maior e mais bem equipada milícia do reino. Por ser a cidadela mais afastada do reino e a mais próxima de Plana, é a que mantém o maior comércio terrestre com Plana.
Minas Mon
Literalmente uma cidade debaixo da terra, Minas Mon deve seu nome a uma homenagem dos anões a deusa Maira Mon, por terem encontrado aqui a maior vertente de ouro do reino, e possivelmente do Mundo Conhecido. Isto obviamente torna Minas Mon a maior produtora de ouro do reino. É também a cidadela com a maior quantidade de anões do reino, mais de 80% da população, pois poucos humanos aguentam passar a maior parte da vida debaixo da terra. Com muitas minas ramificadas do veio principal, que se estende por dezenas de quilômetros terra adentro, a profundidades cada vez maiores. Dizem que nessas minas de grande profundidade onde somente os anões mais experientes conseguem chegar, existem veios de metais raros e que muitos acham que são mágicos. Com estes metais são forjadas armas e armaduras de dureza e qualidade inigualáveis em todo o mundo. Devido a sua importância econômica ao reino, e a sua proximidade de terrores profundos, estando localizada quase ao centro da Cordilheira de Sotopor, Minas Mon possui a maior e melhor equipada milícia de todo o reino, e é provavelmente uma das maiores fortalezas anãs deste lado do mundo.
Pratissi
Encontra-se no sopé de uma grande montanha, e é a maior extratora de prata do reino, tendo muitas minas ao norte do “Minguante de Mon”. É muito conhecida pelas finas armaduras que seus armeiros são capazes de construir, desde cotas de malha finíssimas, a pesadas armaduras de placas completas, passando por escudos com brasões heráldicos, símbolos de muitas das famílias de nobres de Acordo e da Casa Real. Fica situada numa região de relativa calmaria dentro da Cordilheira de Sotopor.
Norte da Cordilheira de Sotopor
Tem a Oeste as cidades litorâneas e 90% de todas as vilas de mineradores e suas principais minas, e tendo a Leste, no interior da Cordilheira, apenas Minas Mon, a principal mina de todo o reino, e sua maior produtora de ouro e de minerais mágicos, e a extremo Oeste Coberae, quase na divisa com Plana. Esta região é pouquíssima explorada devido à natureza mortal das criaturas que aqui vivem, sendo de grande valia ao reino, a exploração e mapeamento da área. Mas que grupo de aventureiros e heróis teria “peito” e poder para adentrar a temível Cordilheira de Sotopor?

Rumores e Intrigas

O povo de Acordo é muito desconfiado, e possui uma grande aversão a estranhos, dizem os boatos que seguidores de Plandis e Crezir, além de não serem bem-vindos, costumam sumir nas muitas trilhas que levam aos vários vilarejos, será verdade mesmo ou só boatos?

Falam que a magia em Acordo é tratada com praticidade. Magos ganham “status” pelo uso prático da magia na resolução de problemas do cotidiano. Usar a magia de forma diferente é considerado, no mínimo, mal-educado e inoportuno. Como descendentes de Abadom, os mais antigos entre os anões conheceram o poder da magia bem de perto, por isso não veem com bons olhos o uso medíocre deste poder ou do título de mago daqueles que o possuem.

Um dono de uma taberna em Porto Áureo diz que certa vez um aventureiro lhe trouxe, como pagamento por uma noite, um diamante do tamanho de uma maçã. Dizia o aventureiro que ele tinha conseguido em uma caverna que dava para uma cidade subterrânea, onde viviam várias criaturas. Infelizmente esse diamante sumiu, junto com seu dono no outro dia. Outra história, contada por esse taberneiro, é a de que existem criaturas é meio homem, meio lagarto, e que eles vivem em comunidade nos vales que ficam dentro da Cordilheira de Sotopor. Outras dizem que lá sobre as cordilheiras viveu uma civilização muito antiga, que foi extinta com a chegada dos dragões, e que uma grande cidade cheia de maravilhas, hoje desabitada, está esperando para ser descoberta.

Existem outras histórias, falando sobre o litoral Oeste, e por que ele é quente, mas se você quiser saber, dê um pulo em Porto Áureo e pergunte ao taverneiro Tarik Olhos de Tubarão, ele pode falar a você de outras coisas...

As histórias de Tarik, não são as únicas contadas nas várias tabernas, que ficam nas cidades portuárias, por lá dizem muito sobre antigos tesouros perdidos nas montanhas, e sobre cidades proibidas e secretas, encontradas dentro de cavernas imensas, e não bastasse isso há muitos rumores sobre veios de metal mágico, capazes de forjar armas sem igual. Tudo isso acaba atraindo muitos aventureiros incautos, que acabam servindo de refeição nas garras das criaturas mortais que habitam a Cordilheira Sotopor.

Dizem por ai também, que ambos os reis não passam de marionetes, para a figura do “Conselho Real Misto”, e que embora reze a lenda de que o povo tem forte poder opinativo sobre as decisões, que quando estas saem, só cabe ao povo aceitar, pela força dos grandes comerciantes e nobres, que podem da noite pro dia taxar imensamente os carregamentos de minério, tornando o povo pobre e dependente, se assim quiserem.

A pena de morte existe, mas é quase um fenômeno quando ela acontece. Só um grande crime aconteceu e teve esse veredicto em todo o reino para ser levado à Corte Suprema: o caso da fera negra. Hoje o corpo do homem acusado pelos crimes, Nemom Mordecai, está sepultado separadamente dos corpos de cidadãos normais no cemitério de Porto Áureo. Guardado dia e noite numa cripta fechada e vigiada por dois guardas o tempo inteiro. Porém correm boatos de que o verdadeiro culpado não foi pego, e sim um pequeno comerciante que nada tinha a ver com os crimes, por isso lhe deram a pena de morte, pra evitar que ele falasse mais. Dizem que a verdadeira Fera Negra pode ser um nobre ou grande comerciante de grande status entre as autoridades, e por isso o caso foi abafado. Mas as mortes recomeçaram em outra cidade, será o retorno da Fera Negra?

Os pequenos vilarejos do sul têm sido alvo constante de ataques arrasadores por parte das criaturas de Abadom e da Cordilheira de Sotopor, e as autoridades nada estão fazendo, o povo clama por ajuda, mas quando esta chega já não há mais nada a ser feito, correm rumores de que isso seria um pacto, feito há muito tempo atrás, da época da fundação de Acordo, e que o próprio nome de Acordo, seria baseado, não no acordo entre humanos e anões, mas sim, o dos nobres com feras de extremo poder que vivem nas proximidades do sul, na Cordilheira de Sotopor, que de tempos em tempos, grandes sacrifícios seriam oferecidos, para que as poucas vilas extratoras de minério fossem deixadas em paz, e por isso há o grande encorajamento de que o povo situe vilarejos ao sul, se isto for verdade, que tipo de pacto foi feito e com quem?

Muitos também comentam sobre a recente corrida da Levânia para tentar se tornar uma grande exportadora de minério, e de que isto não passaria de um blefe engendrado por grandes nobres de Acordo, num pacto secreto com nobres da Levânia, para elevar as taxas sobre exportação de Acordo para os outros paises, e dentro do próprio reino, como um método de lucrar mais e mais.

Todos sabem que na Cordilheira de Sotopor, existem criaturas terríveis, mas ao que parece, poucos saberiam da existência de um povo, meio réptil, que ali existiria a muitos séculos, e que teria sido dizimado ou escravizado pelos dragões, ou pior, que estes seriam servos dos dragões, esperando seus mestres por gerações, e agora estariam apenas aguardando novas ordens dos dragões, para o que ninguém sabe, mas é obvio que o que quer que seja bom pra eles será péssimo para o resto do reino, e quem sabe do mundo.

Personagens mais Conhecidos

Rei Andreus Varengar
A despeito do porte nobre que este homem de meia idade porta, e de seu físico avantajado, mais parecendo um guerreiro, o Rei humano não passa de um burguês, filho do antigo rei, sendo por direito seu sucessor. Não precisou de esforço algum para ocupar seu cargo por direito, e ainda que seja uma figura notória entre o povo, e que a maioria da população o respeite, fica óbvio que entre os nobres e grandes comerciantes isto não acontece, sendo claramente coagido a aceitar o que os nobres do “Conselho Real Misto” quiserem, sem praticamente possuir nenhuma força política.
Rei Tonadius Aldebrenas
Este nobre anão, muito mais velho que o rei humano, também descendente da casa real, o que lhe confere o trono por direito. Sua situação é muito parecida com a do rei humano, embora diferentemente deste, sua família, por ser muito antiga, ainda tem conhecimentos já esquecidos por outros, principalmente pelos humanos, e usam isso para tirar vantagens políticas quanto à concessão de terras para exploração, mas ainda assim, o rei anão não passa de um comandado pelo “Conselho Real Misto”.
Conselheiro do Comércio, Alvilar Nostorus
Praticamente o chefe do “Conselho Real Misto”, é um homem de poucas palavras, e grande capacidade de ação, e embora seja um político nato, seus atos costumam falar bem mais alto que sua voz mansa e sedutora. Senhor de muitas terras, e muitas minas, sua família tem estado no poder há gerações, e só é rivalizada em poder pela família do rei anão, que é a mais antiga de todo o reino. Dizem as más línguas, que foi um parente próximo de sua família o verdadeiro culpado pelas mortes atribuídas a Fera Negra, mas tudo isso foi encerrado, e se alguém for pego com essas calunias na boca, terá um fim idêntico ao dado a fera negra, a morte.
Darmas Pedra Afiada, Prefeito de Porto Áureo
Um velho anão, daqueles bem bonachões, sempre com roupas caríssimas e jóias raras, é o responsável pela legalização do jogo em Porto Áureo. Velho, porém de pensamento ágil e vivaz, está sempre atento a novas formas de entreter e ganhar dinheiro com isso. Dizem que muitas casas de espetáculos para maiores são suas, e que muitas “bardas” não estão lá, como vamos dizer, por vontade própria. É capaz de tudo para agradar os donos das casas de jogos em Porto Áureo, pois em sua maioria são grandes comerciantes e muitos deles com títulos da nobreza.
Tarik Olhos de Tubarão
Dono da Taberna “Escama de Tubarão”, é um grande contador de causos e histórias de marinheiros e aventureiros. Ficou famoso por uma bebida típica da região que ele diz ter incrementado com escamas de tubarão, e que a tal bebida seria capaz de dar grande energia a quem a toma, não lhe dando cansaço ou sono por um dia. Muitos mineradores buscam essa bebida, caríssima por sinal, a qual Tarik faz questão de esconder a formula bem guardada apenas em sua mente, chengando a ficar três dias fora apenas para criar mais da tal bebida fortificante. Quem tentou criar por si só a tal bebida e misturar-lhe escamas de tubarão só conseguiu encontrar a morte, pois as escamas de tubarão são como pequenos dentes afiadíssimos, que com certeza rasgaram suas vitimas por dentro, causando uma morte dolorosa e terrível.

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