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Gazi .

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Cidade-Estado de Gazi

A Cidade-Estado de Gazi localiza-se em pleno Deserto do Norte e dista cerca de cento e oitenta quilômetros de suas vizinhas: Diate, ao Norte; Zacro, a Leste; e Cânia, a Oeste. Cercada por dunas de areia, o clima da região é quente e seco, com suas altas temperaturas pouco amenizadas pela presença do Grande Oásis da cidade, que é um dos maiores dentre os do Grande Deserto do Norte. Tempestades de areia são frequentes e atormentam as caravanas e viajantes mais desavisados.

A agricultura de Gazi se baseia no cultivo de grãos, árvores frutíferas e hortifruticulturas. Ovelhas, camelos, cabras e alguns cavalos são criados nas imediações do oásis, mas suprem pouco o consumo interno, principalmente da população mais abastada da cidade. Gazi se destaca pela presença de numerosos oleiros. Algumas das melhores cerâmicas das cidades dictíneas provêm daqui.

Apesar disto, a cidade-estado vive à sombra de suas vizinhas mais poderosas (Cânia, Tilissos, Zacro e Diate). Sua importância comercial não é muito valorizada e devido ao comportamento político de seu governante, as demais cidades tendem a manter um certo distanciamento, ainda que velado. Apesar da existência do Pacto de Ajuda Mútua, oficiosamente Gazi se sente excluída do “convívio harmonioso” entre seus pares.

Gazi possui uma arquitetura singular. Uma sólida muralha defensiva não muito diferente das demais cidades circunda o perímetro urbano. Algumas torres fortificadas e seteiras complementam as defesas. O que chama a atenção na estrutura da cidade é a divisão da mesma em distritos. Cinco grandes ruas partem da região central, dominada pelo palácio central, e terminam em cinco portões na muralha, dividindo Gazi em cinco distritos. A nobreza ocupa todo um distrito, com suas casas opulentas e bem construídas, mais próximo da face Oeste da muralha. A população comum vive em dois distritos situados na região oposta ao da nobreza. Nos demais distritos se localizam as olarias, o comércio local e o quartel das tropas. Devido ao clima de instabilidade social vivido na cidade, soldados patrulham as grandes avenidas, principalmente nos distritos da população comum de Gazi.

Governo e Principais Personagens

A cidade está sob o governo do rei Mirom, um monarca despótico, absolutista e praticamente um ditador. Ele reina sobre Gazi há quase seis anos, após vencer as provas reais. No Conselho da Lei se encontram a Sumo-Sacerdotisa Sansiluna e o nobre Nasef, aparentemente meros figurantes no cenário político da metrópole. Mirom possui um conselheiro de Nome Faridi, que é seu braço-direito no governo e possui tanta fome de poder quanto o próprio monarca.

Gazi não tem quase nenhuma tradição militar e embora mantenha uma guarnição de 2 mil homens sob o comando do Atrahasis Moezir, um oficial robusto, rude e de mentalidade agressiva, porém leal a Mirom, eles são utilizados mais como força de coerção interna do que uma tropa militar propriamente dita.

História Recente

A Cidade-Estado, apesar de não possuir ameaças externas visíveis em curto prazo (exceto o ainda aparente “longínquo” desejo expansionista do Império Aktar), vive um constante clima de tensão social. Alguns membros da aristocracia, principalmente os donos de comércio, não estão contentes com o modo de governar de Mirom, que está afastando o bom convívio com as demais cidades (e compradores em potencial), mas como o rei tem o “exército” a seu lado e a população despreza visivelmente a nobreza, eles se encontram num dilema. Precisam rapidamente encontrar alguém entre a corte que tenha a simpatia do populacho, o respeito dos militares e o desejo de subir ao trono da cidade. Alguns olhares estão se voltando para o jovem príncipe Iozer, que, apesar de jovem, não parece compartilhar das idéias políticas de seu pai.

O povo de Gazi também está insatisfeito com o rei, embora não possa demonstrar isto abertamente. O comércio não anda muito bem devido à política isolacionista velada de Mirom e a pobreza tende a se alastrar. Além disso, recentes problemas no abastecimento de água nos poços da cidade têm causado muita irritação entre os cidadãos, que cobram medidas das autoridades locais.

Mas o próprio Mirom também anda tendo problemas sérios lhe preocupar e não está, no momento, disposto a ser perturbado por “problemas insignificantes”.

Gazi está em ebulição...

O Povo de Gazi

O povo da cidade-estado é pacato, humilde e hospitaleiro. Trabalhadores em sua essência, a maioria dos indivíduos que habitam Gazi vivem para garantir sua subsistência diária. Os comerciantes locais negociam mais com as tribos nômades do Grande Deserto do Norte do que com as cidades vizinhas, que parecem ter uma aversão velada ao povo de Gazi. Isso tem gerado um ressentimento no coração dos cidadãos que pode se refletir futuramente no tratamento dispensado a estrangeiros.

Os vasos de cerâmica feitos pelos diversos oleiros da cidade estão entre os melhores do continente. Muito procurados, eles garantem a sobrevivência da abalada economia da cidade.

Um pequeno grupo de Bestiais habita na cidade e embora não sejam marginalizados pela população em geral, não são bem vistos pelos nobres.

Devido à política isolacionista empregada pelo rei Mirom, poucos refugiados do Império Aktar tem Gazi como refúgio. Tanto eles quanto os Bestiais encontram trabalho nas plantações irrigadas de grãos da cidade.

Rumores e Intrigas

O clima pesado que paira sobre Gazi nos últimos tempos tem enchido a mente da população com teorias conspiratórias, boatos e devaneios os mais improváveis.

Um destes rumores provém do interior do palácio real. Parece que o rei Mirom anda às voltas com um possível roubo do selo-real da cidade. Os indícios apontam que uma possível conspiração de grandes proporções está em andamento. As primeiras investigações se mostraram pouco frutíferas, mas mais boatos dizem que o selo-real seria usado por uma “sociedade secreta” para incriminar o rei no assassinato do rei de uma outra cidade (e aqui cada um que comenta a notícia diz ser de uma cidade diferente). O problema é que esses rumores estão ganhando força a cada dia que passa e dizem que isto pode levar à desestabilização da cidade. Se o que os boatos relatam se concretizar pode acontecer de todo o equilíbrio entre as cidades dictíneas ser comprometido, o que permitiria que o exército aktar avançasse na região.

Outro boato que vem do palácio diz respeito à real situação do status político da cidade. Comenta-se à boca pequena que o rei Mirom é um mero fantoche nas mãos do conselheiro Faridi, que é quem realmente governa Gazi. Comenta-se que as provas reais foram “arranjadas” por ele para que Mirom ganhasse e este, agora, estaria sendo chantageado. Falam que o conselheiro é tão esperto e sagaz que parece até haver envolvido a Sumo-Sacerdotisa e o nobre Nasef na sua teia de intrigas. Somente um problema parece descortinar na frente de Faridi. O jovem e impetuoso filho de Mirom, Iozer, que não aprecia o jeito de governar de seu pai e já fala abertamente em substituí-lo como rei futuramente.

Dizem que o recente distúrbio no abastecimento de água à população da cidade é por que os níveis aquíferos do grande oásis estão baixando! As autoridades riem destes comentários e relatam que isto é um fato totalmente absurdo, mas na verdade estariam apavoradas e não teriam noção do que possa estar causando isso. Comenta-se que uma expedição para investigar as possíveis causas desta grande tragédia está sendo montada no mais absoluto sigilo.

Os membros da Academia Dictínea de Magia estão em polvorosa. Há pouco tempo descobriu-se na necrópole de Gazi, no complexo de tumbas subterrâneas, o túmulo de Bessira, uma das cidadãs mais influentes da cidade há quase duzentos anos atrás. Ela tinha a reputação de ser uma poderosa maga e aventureira aposentada que se assentou na cidade e iniciou um rendoso negócio de componentes mágicos e “ervas exóticas” com o dinheiro ganho durante suas aventuras. Como ela não deixou herdeiros, seus negócios faliram com a sua morte e todo o seu material da época de aventureira se perdeu. Os magos descobriram uma entrada secreta não muito velada ao lado da tumba que parece conduzir a um labirinto subterrâneo onde podem estar guardados itens mágicos e magias poderosas. O problema é que a entrada não foi tão bem escondida assim e parecia que a suposta maga “queria” que fosse encontrada. O que ela poderia estar tramando? Comenta-se que os magos da Academia estão recrutando “voluntários” para explorar o labirinto.

Gazi anda sofrendo, ultimamente, inúmeros ataques de bandidos e ladrões, que investem, preferencialmente, contra lojas de comerciantes e nobres abastados, quando não contra os próprios. Os soldados da cidade não estão conseguindo coibir estes ataques e não tem nenhuma pista de quem possa os estar executando. Alguns acreditam que, na verdade, alguns mendigos, miseráveis e pequenos comerciantes estão se reunindo e revoltando-se contra o rei opressor. Dizem que eles estão sendo liderados por um rival de Mirom. Os mais ousados afirmam que é o próprio filho do rei quem está no comando da plebe revolta. Rumores à parte, comentam que o rei está contratando aventureiros para dar cabo do “pequeno problema”.

Verbetes que fazem referência

Cidades-Estado Dicitíneas, Os Montes Tauram
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