Salve nobres cavaleiros!
Vejo que esta mesa gosta de recitar cosas lindas! REcito agora algumas das mais belas da tradição da cavalaria do Exército Brasileiro...
Textos retirados do Livro "Era uma vez na Cavalaria..." - livro de cabeceira de todo oficial da Arma:
A última carga... Quando a mim, desejo no fim desta exitência, no entrevero inevitável com a Morte,poder dizer, bem alto para uma derradeira carga,convicto da vitória certa na passagem para a nova forma de existir: 'Ao passo!...Ao trote!...Ao galope!...CARGA!... Levando o pensamento fixo na
Luz,
Fonte de todas as luzes, no
Todo que tudo permeia, buscando cada vez mais a comunhão, o alinhamento e a integração com o
Eterno e com os propósitos de
Sua Ilimitada Consciência.
Quanto ao fato da Cavalaria Hipomóvel ter deixado de existir como Arma, na guerra, bem como a tudo de bom que tenhamos vivido e tenha acabado, vale a pena lembrar:
Não importa se algo de bom tenha terminado. O importante é algo de bom tenha acontecido, em nosso existir eterno."
De Cervantes sobre a Honra" Vão uns pelo largo campo
da ambição soberba,
outros pela adulação servil
e baixa, outros pelo da aristificiosa
hipocrisia e alguns peloa
da religião sincera.
Eu, porém, inclinado à
minha estrela, vou pela
estreita senda da Cavalaria,
por cujo exercício desprezo
(*)a fazenda, mas não a honra."
Nota: * - 'as riquezas'
"
Os de sabre e os de LançaQuando as éguas já não dêem mais potros
Nem se escutem os relinchos de um cavalo,
Quando nenhum talão de bota bater esporas
Nem em cumprimento, nem por elegância, bem da Cavalaria!
Quando não see levante mais o pó
DA Cavalaria em intrépida carga.
Quando já ninguém mais compreeender nada de cavalos,
De clarins, de sabres e nem de lanças.
Quando já se tenham ido para sempre:
Os centauros, os ginetes de minha raça.
Os que por honra faziam guerra,
Os que por amor honravam a Pátria.
Os que na Luz do Sol davam vida,
E na luz da Lua serenatas.
Os de histórias de amores e de entreveros;
Os de sabre e os de LançaQuando já se tenham ido para sempre,
Com a glória altissonante dos clarins.
E o último ginete tenha morrido,
Delirando com suas cargas e fanfarronices.
Eu sei, aonde se poderá encontrá-los,
Com suas cargas, seus cavalos e suas lanças.
E só eu sei onde estarão então:
Os de Sabre e os de Lança.Os acharei no céu da glória,
No mundo infinito das almas.
Porque este mundo lhes ficou muito pequeno,
Para mais céleres de suas cargas.
Bem distantes estarão os ginetes do vento,
Levando os relâmpagos do céu por lanças.
E ferindo formações de nuvens com seus sabres,
Usando estrelas como rosetas.
Fazendo trepidar o mesmo céu,
Em cargas impetuosas, eternamente, para o nada.
Distantes, lá estarão muito próximos de Deus:
Os de sabre e os de Lança."
"
Lanças PartidasLanças partidas, finda-se a batalha.
Tmobam os cavalos, o rubro sangue escorre.
E, em meio a grita horrível da metralha,
Eles mostram a rir como se morre.
Ouve-se dos canhões as vozes roucas.
E a Morte estende sua negra teia.
Tinem lanças sangrentas, uivam bocas.
E vibra a orquestra rubra da peleia.
Alma cavalariana heróica e forte:
A carga! Para frente e para a morte...
Que brilha além a estrela da vitória.
E quando teu cavalo cair enxague,
continua na luta ávido de sangue,
Para entrar na morte bêbado de glória.
A verdadeira felicidade reside no livro dos sábios, no dorso do cavalo e no seio da mulher amada! - Antigo dito de Cavalaria