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Prólogo
#1 saulocr Enviado : 22/08/17 13:30
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O ano era 1490 depois do Cataclisma, a guerra contra a Seita havia acabado a quase 100 anos, porém ainda havia inúmeras cicatrizes no Reino mais afetado por ela, o Reino de Filanti. Desde aquela época onde os Demonistas se passaram por feiticeiros do bem e devastaram a população em nome dos Príncipes Infernais. Hoje todos os feiticeiros elementais, ilusionistas ou alquimistas, são tratados como necromantes e qualquer coisa fora de normal já é motivo de ser levado a fogueira.

Filanti é um Reino de Planícies onde se predomina a Raça Humana, há alguns elfos ao sul do Reino nos Arredores da Floresta de Gironde e alguns anões vivem nas cordilheiras de Keiss ao nordeste do Reino. É possível ver hobbits de passagem pelas cidades e vilarejos. Os homens de Filanti são mais altos que a média dos humanos do restante do mundo conhecido, possuem a pele, cabelos e olhos claros.
A população de Filanti era de natureza campesina, vivendo da terra e se preocupando somente com o que seria o pão de cada dia, era uma vida dura, porém boa de se viver. A coroa cobrava impostos justos, somente para manter seguras as fronteiras do reino, havia trabalho, não havia guerras contra outros países, às estradas eram seguras, exceto por alguns desentendimentos com o Ducado de Azanti, podia-se dizer que o reinado de Mar II, era próspero e pacífico.

Foi então que o oeste do mundo conhecido virou ao avesso, primeiro com a peste no País vizinho de Luna que dizimou praticamente 2/3 da população logo nos primeiros meses da praga. Depois a guerra entre Verrogar e Dantsem pegou a todos de surpresa, por fim a morte do Rei de Marana, Elberto Zeneri IV, o Justo, culminou em uma disputa de territórios no extremo sul do país.
O rei Mar II, era um homem honrado e para não aumentar os impostos dos fazendeiros ele usou praticamente todos os recursos da coroa, para aumentar os exércitos na fronteira com Luna, impedindo que os moradores do País vizinho trouxessem a peste para Filanti. Muitos Lunenses morreram tentando atravessar a fronteira, isso causou um desafeto diplomático com a corte de Franges capital de Luna, porém sem represália pelo governo de Luna que a esta altura que estava desmantelado.

Depois de conseguir abafar a entrada de imigrantes Lunenses, o Rei Mar II, tinha que lidar com o avanço de Marana em seu território e para isso transformou a Vila Topel, que tinha pouco mais de 1000 habitantes na cidade de Litória Nova. Ainda assim, precisaria investir na autonomia da cidade, incentivando a imigração de pessoas de outras regiões para a nova cidade, além de criar uma força militar pra reforçar a fronteira. Como a coroa não tinha mais dinheiro, valeu-se de um agiota conhecido de Chats, deu-lhe o título de Barão a Olaf Galbrat que agora era protetor de Litória Nova e investiu seu dinheiro, financiando cavaleiros e mercenários para proteger a nova cidade. A situação nas fronteiras estava parcialmente controlada, porém a coroa não tinha dinheiro para se manter e logo passou a pegar empréstimos de outros nobres locais, que faziam empréstimos a terceiros até que não houvesse mais como pagar a ninguém.

Daí veio com uma proposta estrangeira, um grupo de Hobbits chamados Toca-Funda decidiu financiar a Corte Filantiana, com juros baixíssimos. Praticamente toda a nobreza de Chats pegou empréstimos com os Toca-Funda, que facilitava a compra de equipamentos para cavaleiros, mercadorias para Barões e até luxuosas roupas e adereços exportados dos países vizinhos. Foram meses de fartura com grandes competições de cavalaria e festivais pomposos. Até que a dívida aumentou a um ponto insustentável, os toca-funda enviaram seus emissários à corte de Chats para cobrar-lhes. Alguns nobres locais tentaram influenciar o Rei para que desse um calote nos banqueiros, entretanto a palavra do rei era seu orgulho, tinha que achar um jeito de pagar suas dividas. E não queria transformar o desentendimento diplomático com Marana em uma guerra.

Foi então que um Lorde de Luna foi expulso de Marana veio pedir abrigo ao Rei Mar II, seu nome era Ludur Vertelli, herdeiro da fortuna dos Vertelli, no ramo de produção dos melhores vinhos do norte do mundo conhecido. Em troca da proteção do Rei, Lorde Ludur, prometeu-lhe uma boa quantia que abateria parte da divida da coroa com os Banqueiros. Sem alternativa o soberano de Filanti acolheu o lorde de Luna na corte de Chats, a partir de então em poucos meses Ludur usou de seus recursos e influencia para fazer aliados na corte, primeiro foi considerado cidadão de Filanti, por suas benfeitorias junto à corte. Depois pagou uma grande quantia à coroa para liquidar a divida com os Toca Funda, e em menos de um ano na corte já era o Barão de Vertelli, com residência fixa em Chats.

A corte de Chats continuou a viver no “conto de fadas” proporcionado por Lorde Ludur, até que um rei orc desceu a cordilheira de Keiss com seu exército e atacou o ducado de Povariana, que agora se via em um cerco. O regente precisaria urgentemente formar um grande exército e enviar a Povariana, porém não podia deixar a capital desguarnecida e não tinha tempo hábil nem recursos para treinar novos soldados ou comprar mercenários. Foi ai que o então Barão Ludur apontou uma saída, ele financiaria um exército para libertar Povarana do cerco, o rei aceitou de bom grado. A companhia dos mercenários da Mesa de Prata, lideradas por Sir Colerom foi convocada e em poucos dias salvou Povarina da ameaçada dos orcs.

Novamente a coroa estava em divida com Lorde Ludur que agora tinha como grande aliado, o irmão do rei e Duque de Povariana, Delcio de Marco. Após o ocorrido, Ludur foi promovido a Conde e recebeu terras próximas a capital. Os meses seguintes foram e relativa paz, o dinheiro dos Vertelli parecia não ter fim, até que no 29º dia do mês da Justiça de 1498 D.C. quando todos os nobres e cavaleiros do reino esperavam pelo torneiro que comemoraria a noite dos Justos, o Conde Ludur disse que suas finanças estavam escassas e que o Rei precisaria aumentar os impostos para manter os exércitos e os festins para manter a lealdade dos nobres. Foi também neste período que focos da seita começaram a aparecer em algumas cidades do interior, e uma grande caça as bruxas deu-se inicio, muitos homens e mulheres acusados de bruxaria morreram na fogueira, afogados ou enforcados.

Esta caça gerou mais um custo para a corte de Chats. O regente cedeu à pressão da nobreza, os impostos que não chegavam a 1/5, viram aumentar em algumas regiões para até 1/2, fazendo a população duvidar da honra do monarca. Nos anos seguintes o reino começou a decair, com o aumento dos impostos a criminalidade aumentou, o rei que sempre se colocou como uma figura imponente na frente do povo, agora era odiado e suas aparições passaram a ser raras sendo o Conde seu principal escudo. No inicio ele acalmou a população revoltosa e uma corte sedenta por poder, oferecendo pão, vinho e jogos na arena, utilizando recursos próprios para aumentar sua popularidade, deixando a figura do Rei em segundo plano.

Estamos em 1500 depois do cataclisma, vivemos em declínio econômico, grande parte dos recursos são usados para ampliar os exércitos do reino, deixando coisas importantes como infraestrutura de estradas, comércio e politica internacional em segundo plano. O rei Mar II, antes reconhecido por ser um homem justo, está cada vez mais recluso em seu Palácio na Cidade Branca, como é conhecido a Capital do Reino, Chats, deixando as decisões importantes nas mãos do Conde Ludur, um estrangeiro e conselheiro pessoal.

Nos meses seguintes a situação somente piorou as relações com os outros reinos, que outrora eram amistosas, começaram a declinar frente à clara demonstração das lideranças quanto ao futuro do reino, que agora se encontrava em franco armamento e expansão do exército, indícios claros de quem se prepara para começar uma guerra. Por isso, diplomatas de todos os países estão na corte de Filanti buscando repostas. As perguntas são: quando e contra quem?
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