"Quando o enorme necrodragão surgiu na caverna e, abrindo suas asas, rugiu furiosamente, o coração de todos os aventureiros, que instantes atrás derrotaram uma horda de mortos-vivos, bateu mais forte.
O elfo místico, que por semanas estudou os achados perdidos que relatavam o ritual que garantiu vida eterna a dragoa, abandonou o cetro dourado ao chão, trêmulo, e fugiu tomado de pavor. Ele não estava pronto para enfrentar o monstro, nem jamais estaria.
O anão guerreiro já havia provado sua coragem inúmeras vezes e salvado a vida de cada um do grupo ao menos uma vez. Ele levantou a viseira do elmo e sentiu suas curtas pernas fraquejarem, sabendo que o espesso metal que as revestia seria como papel para seu inimigo. Os anões, quem diria, temem somente uma criatura: o dragão.
A pequenina gatuna confiou sua vida inteira que poderia se esconder dos inimigos onde estivesse e um a um assassiná-los sem ser vista. Naquela caverna, contudo, cada canto, cada fresta, era conhecido pela dragoa. Jamais conseguiria abater a fera, pensou. E juntou com os outros, fugiu apavorada, temendo pela própria vida.
O homem - olhe que surpresa! - o mais mortal dos Filhos dos deuses, não fraquejou. Ao estrondoso rugir da dragoa, sacou suas duas espadas abençoadas e entoou, com toda a força que seus pulmões permitiam, o juramento da sua Ordem. O rugido da fera acendeu o fogo da glória em seu coração e investiu a passos largos. Parecia tomado por uma força invisível, maior que sua existência.
Infelizmente, nosso herói não matou o dragão. Mas foi o suficiente para feri-lo mais profundamente que a lâmina, para feri-lo na própria existência: a dragoa imortal temeu morrer durante o combate. Ela abandonou seus planos que há tempos havia planejado para a região e migrou para outro local, para traçar novos estratagemas. Nosso herói havia dado a vida e salvo milhares de inocentes, e seus companheiros, cuja coragem lhes faltou, eternizariam o mártir. Nosso herói havia cumprido seu papel. Ele era um Paladino de Crizagom."
Atributo Força de Vontade: o presente dos deuses ao mais frágil dos Filhos.
Vontade representa a disposição para se tomar atitudes, o combustível que nos move a enfrentar desafios e arriscar o que conquistamos. Vontade nos garante coragem para enfrentar as angústias mais profundas e seguir a vida. Coragem para enfrentar os medos mais apavorantes.
E Vontade é o que os Homens do Mundo Conhecido têm de melhor.
A mais numerosa raça inteligente de toda Tagmar é ambiciosa, autêntica e - acreditem - frágil. Talvez seja essa fragilidade no mundo difícil que vivem que motive os homens a darem suas curtas vidas aos maiores feitos. Os elfos e anões são longevos, e não esperam de modo algum conquistar a vida e poucos anos e ao risco tão elevado: suas vidas. Os pequeninos contentam-se com suas comunidades seguras e alegres, com suas festas divertidas, e com sua comida farta. Embora não pareçam, os pequeninos podem ser muito corajosos e surpreender nos momentos menos esperados.
Como Atributo, Vontade tem efeito como sendo aquele que concede Coragem. Coragem, por sua vez, é usada para testar o Medo. Sempre que aventureiros encaram seres sobrenaturais assustadores, eles enfrentam Medo. E Medo pode ser a arma mais poderosa de uma criatura, ao invés de suas garras, armas ou feitiços.
O teste é idêntico ao da Resistência Física e Resistência Mágica. Uma Força de Ataque é determinada e a Força de Defesa é igual à Coragem. Coragem é determinada, numericamente, por Estágio + Vontade.
Seguem os Valores Iniciais para cada Raça:
Sugestões para meus colegas tagmarianos: