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Introdução .

A Religião em Tagmar

Uma Religião pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que os mortais consideram como sobrenatural, divino e sagrado; bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças. Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas. A religião, geralmente, é considerada uma “sala de máquinas” para a espiritualidade de uma sociedade, influenciando vários aspectos desta, desde sua cultura até suas tradições. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, envolvendo os deuses.

Mas, o que são os deuses? De maneira bem simplista, podemos defini-los como entidades capazes de reger aspectos (básicos ou não) no mundo mortal. Em Tagmar, cada divindade possui seus campos de influência sobre o mundo, seus “domínios” e suas respectivas abrangências. E eles não apenas existem, como também cedem seu poder a seus sacerdotes e, através destes e de seus milagres, interagem e interferem no cotidiano de seus fiéis. Os deuses de Tagmar também podem intervir no mundo mortal através de demonstrações sobrenaturais de poder, as provas diretas de seu poder e influência, bem como através de seus enviados, mas estas são raras e pouco utilizadas pelas divindades, que preferem as maneiras mais sutis como sonhos, mensagens e situações específicas. No Mundo Conhecido, atualmente, o que se observa é que o grande desafio das religiões de cada divindade não é convencer os mortais de que seu deus existe, mas sim, de que os valores que aquela divindade defende são os mais adequados para o presente, o “porquê” de seguir aquele deus específico; o que faz dele a melhor escolha para as pessoas.

Cada religião possui seu credo, seu conjunto de crenças, práticas, dogmas e valores éticos e morais que orientam os modos de agir e pensar de seus fiéis. Isto é largamente empregado nas congregações comuns, mas é ainda mais valorizado nas chamadas Ordens Sacerdotais.

Congregações Comuns e Ordens Sacerdotais

Um erro muito comum é acreditar que a adoração aos deuses seja sempre realizada através das religiões estruturadas e centralizadas. Na verdade a adoração às divindades pode ocorrer em vários níveis de escala:

Fé individual: Fé é o mesmo que acreditar ou confiar, geralmente por questões emocionais, por algum motivo geral ou pessoal, por alguma razão específica ou mesmo sem razão bem definida, sem evidências físicas. Fé é acreditar tanto numa pessoa quanto num objeto inanimado, uma ideologia, num pensamento filosófico, num sistema qualquer, num conjunto de regras, numa crença, numa base de propostas ou dogmas de uma determinada religião.

A Fé não é baseada em evidências físicas reconhecidas. Ela geralmente é associada a experiências pessoais e pode ser transmitida a outros através de relatos. Nesse sentido é geralmente associada ao contexto religioso e a decisão de "ter fé" é unilateral, ou seja, depende da vontade exclusiva de quem quer ter fé.

No contexto religioso de Tagmar ela pode ocorrer quando uma pessoa professa sua crença numa divindade específica através de suas orações, caráter, modo de vida, atos de caridade e compromisso e fidelidade aos dogmas daquela divindade (tal compromisso não precisa ser cego ou submisso e pode ser baseado em evidências de caráter pessoal, mas outras vezes essa pode ser forçada, ou seja, imposta por uma determinada comunidade ou pela família do indivíduo, por exemplo).

Templos: O templo é uma estrutura arquitetônica (estilizada ou não) dedicada a um serviço religioso ou a uma atividade espiritual, tais como oração, sacrifícios, rituais ou ações correlatas. Trata-se de um local sagrado onde se reúnem várias pessoas e onde estas celebram seus rituais e experiências místico-religiosas específicos de acordo com as práticas eclesiásticas daquela divindade em questão, na maioria das vezes sob a orientação e condução de um sacerdote ou ministro autorizado pela deidade, que atua como um “mediador” entre a deidade e o homem.

Em Tagmar existem vários templos dedicados às divindades, alguns tão suntuosos como um palácio imperial, outros tão simples como uma casa comum, mas em sua essência eles funcionam como uma “habitação terrena do seu deus”.

Congregações (ou igrejas) comuns: Em sua definição mais simplória, uma congregação é um grupo, um corpo de pessoas reunidas para determinado propósito ou atividade, no caso em discussão, de atividades religiosas. Cada divindade possui seus dogmas, doutrinas, valores ético-morais e regras de conduta e convivência que seus fiéis seguem à risca, sendo tudo isto administrado, dirigido, fiscalizado e ensinado pela Congregação (Igreja) comum através de seus sacerdotes nos templos respectivos.

Cada Congregação possui sua própria segmentação hierárquica particular, algumas sendo rígidas, com cada sacerdote sabendo e reconhecendo seu lugar na “estrutura social” da igreja, e outras um pouco mais informais, cujo relacionamento entre os sacerdotes e entre estes e os fiéis é menos estruturado e rígido. Existem variações, mas a maioria das congregações se encontra entre estes dois extremos.

Apesar da fé e do culto à divindade serem disseminados por todo o Mundo Conhecido (com algumas deidades sendo mais veneradas em certos locais que em outros), o âmbito de ação de uma congregação comum restringe-se àquele local ou região onde existem alguns templos da respectiva divindade (o alcance de suas ações é extremamente regionalizado). Uma congregação de Maira em uma cidade de Filanti, por exemplo, não saberá do que acontece com outra congregação do mesmo deus em outro local muito distante e normalmente não vai alem das fronteiras de um país.

Ordens Sacerdotais: A Ordem Sacerdotal é uma organização religiosa de alcance continental (diferentemente das congregações comuns, uma Ordem Sacerdotal possui um espectro de ação que engloba todo o Mundo Conhecido), não estando ligada a nenhum governo (As Ordens Sagradas existem para lutar por uma religião, não por um rei, uma nação ou um povo, pois para isso existem os exércitos regionais), criada por decisão direta da própria divindade, e onde se alojam um ou mais grupos seletos dos mais fiéis e capazes seguidores do deus (em sua maioria, exemplos da fé verdadeira naquele deus, e reconhecidos, de algum modo, como sendo mais próximos de seu deus do que os mortais e sacerdotes comuns), que reforçam a fé naquela divindade específica ao mesmo tempo em que resguardam a sua existência (daí todas, ou quase todas as Ordens terem suas sedes localizadas em regiões secretas e bem guardadas).

Todas as Ordens possuem uma sede, que normalmente foi o local de surgimento, o qual normalmente é um lugar de difícil acesso e de conhecimento restrito. Além distos as Ordens mantêm congregações em outros lugares de Tagmar. Estas respondem diretamente a sede da Ordem, mas gozam de relativa independência para a maior parte das suas ações, como por exemplo a ordenação de novos membros. No entanto não se deve confundir as congregações da Ordem com os demais templos de outras congregações comuns. Estas congregações mantidas pelas Ordens se encontram espalhadas por Tagmar, e são normalmente encontradas nas capitais mais importantes de Tagmar, com um destaque especial para Saravossa, onde todas as ordens mantêm uma congregação.

Estrutura das Ordens Sacerdotais

Cada deus possui, em particular, uma Ordem estruturada de acordo com seus princípios e necessidades mais íntimos, cada qual sendo única e intransferível de divindade para divindade; algumas podem se assemelhar em alguns ou até em vários aspectos; mas, para aqueles que puderam vislumbrar todos os seus segredos, a certeza é de que nenhuma Ordem é igual à outra a despeito de qualquer semelhança, pois aqueles que adentram suas fileiras verão claramente que cada qual, a sua maneira, possui seus próprios votos e objetivos, e até mesmo a sua própria razão de existir.

As Ordens existentes no mundo de Tagmar hoje são classificadas em três tipos básicos: Clericais, Militares e Ocultistas; mas há algumas Ordens que possuem uma organização diferente.

Estrutura das Ordens Clericais

As Ordens clericais poderiam se conhecidas como as Ordens dos Estudiosos das coisas do Espírito. Essas Ordens dedicam-se basicamente ao estudo dos escritos antigos, a dar ajuda aos fiéis necessitados, seja como forma de conforto físico ou mesmo espiritual, e, sem dúvida, à propagação da fé em seu Deus, estando sempre em busca de novos convertidos. Os sacerdotes de uma ordem Clerical, quase sempre, serão sábios em sua esfera de conhecimento, a religião, e normalmente serão pessoas calmas e contemplativas que buscam desvendar os segredos da criação que os Deuses mantém escondido do alto de seus tronos celestes. Os maiores curandeiros e curadores estão sem dúvida nas fileiras das Ordens Clericais. Em contrapartida, alguns desses sacerdotes têm pouca inclinação para qualquer tipo de treinamento militar e outros quase sempre possuem um voto quase extremo de não agressão, o que os faz não vestir armaduras e nem dedicar seu tempo às artes da guerra. Os templos das Ordens Clericais podem se tornar um elemento tranqüilizador de familiaridade em terras estrangeiras.

As Ordens Espirituais possuem uma estrutura hierárquica bem definida que apesar de não ser tão rígida quanto às Militares deve ser respeitada.

Sumo Sacerdote: O Maior posto das Ordens Espirituais, cabe a ele reger a Ordem com amor e sabedoria.

Alto Sacerdote: Imediatos do Sumo Sacerdote, responsáveis por ajudar a manobrar a máquina monástica junto aos Sacerdotes Superiores.

Sacerdotes Superiores: Imediatos dos Altos Sacerdotes, responsáveis por controlar as possessões da Ordem junto aos Diáconos.

Diáconos: Imediatos dos Sacerdotes Superiores, responsáveis por regerem as congregações de Párocos.

Párocos: Imediato dos Diáconos, responsáveis por comandar Igrejas ou Templos.

Sacerdotes: Imediatos dos Párocos, atuam sob as ordens dos Párocos junto aos fiéis.

Noviços: Imediato dos Sacerdotes, o posto inicial para aqueles desejosos de adentrarem na Ordem, devem submeter-se a toda a hierarquia e procurar aprender o máximo possível.

Os graus da Ordem são conferidos mediante solene juramento com a presença de todos os de mesmo grau e superiores, sempre renovando os votos antigos e professando novos. O avanço na hierarquia se faz mediante reunião e votação de todos os de grau superior aos votados. A ascensão ao cargo máximo é conferida em uma solenidade com a presença votante apenas dos Alto Sacerdotes.

Estrutura das Ordens Militares

As Ordens militares são literalmente Escolas de Guerreiros Sagrados, ou Escolas de Guerreiros da Fé. Ainda que todas as Ordens “lutem”, à sua maneira, para defender os interesses de seus deuses e propagar a fé, são os membros das Ordens Militares que efetivamente pegam em armas por seu deus. Esses Sacerdotes Guerreiros são sem dúvida a “elite da elite” dos guerreiros divinos, possuindo um treinamento tão profundo nas artes das guerras que esses não deixam em nada a dever a um simples guerreiro membro de alguma outra organização de elite. Muito pelo contrário, devido a seus poderes divinos conferidos por seu deus e sua capacidade natural de liderança, esses guerreiros da fé tornam-se os melhores líderes e generais que possam existir no mundo de Tagmar, sendo que muitos deles estão imortalizados na história como grandes lendas do passado. Apesar da necessidade da formação cultural e intelectual desses fiéis, esses devotam, sem dúvida, a maior parte de seu tempo às artes da guerra, levando sempre o nome de seu deus no fio de sua espada. Possuem sempre um código de conduta muito rígido e quase não desfrutam da maioria dos confortos e regalias que os membros de outras Ordens possuem, mas para esses devotos não há nada mais importante que viver e morrer por seu deus.

As Ordens Guerreiras possuem uma estrutura complexa, extremamente rígida e cegamente respeitada por todos os seus membros, ela é composta de:

Grão Mestre: O Maior posto da Ordem cabe a ele regê-la com mão de ferro.

Comendador: Subordinados do Grão Mestre para assuntos diplomáticos.

Alto Comandante: Subordinados do Grão Mestre, responsáveis por comandarem as tropas.

Chefe Maior: Subordinados dos Altos Comandantes são responsáveis por comandar grandes regimentos de Sacerdotes.

Comandantes: Subordinados dos Chefes Maiores são responsáveis comandar grupamentos de sacerdotes.

Imediatos: Subordinados dos Comandantes são os responsáveis por assegurar suas ordens junto aos Sacerdotes.

Sacerdote: Subordinados dos Imediatos. Aqui se encontra a maioria dos membros da Ordem.

Noviços: Este é o posto inicial da Ordem, toda a hierarquia está acima e espera-se deles grande dedicação e obediência.

Os graus da Ordem são conferidos mediante solene juramento com a presença de todos os de mesmo grau e superiores, sempre renovando os votos antigos e professando novos. O avanço na hierarquia se faz mediante reunião e votação de todos os de grau superior aos votados. A ascensão ao cargo máximo é conferida em uma solenidade com a presença votante apenas dos Comendadores e Altos Comandantes.

Estrutura das Ordens Ocultistas

Algumas coisas não devem ser visíveis, algumas verdades devem ser ocultadas dos olhares mais indiscretos, e aqueles muito em evidência quase sempre não estão em condição de conduzi-los, por isso algumas vezes um grupo de “desconhecidos” precisa entrar em cena e agir nos bastidores da trama para que tudo possa continuar a caminhar como deveria. Os membros das Ordens Ocultistas são sem dúvidas os maiores sábios e estudiosos do oculto de toda Tagmar, seus profundos conhecimentos por muitas vezes se confundem e até superam os de muitos místicos arcanos. No entanto, seu papel primordial é o de encontrar, estudar e zelar pelas verdades absolutas que, em hipótese nenhuma, devem cair em mãos erradas e tão pouco no conhecimento público. O conhecimento muitas vezes é uma arma letal demais para ser manuseada por mãos inábeis. Em suma, os membros das Ordens ocultistas são trabalhadores anônimos de uma “obra maior” que, por necessidade de causa, atravessa as margens da história oculta dos olhos e da mente da maioria das pessoas comuns.

As Ordens Ocultistas, apesar de serem Ordens secretas e de não fazerem qualquer tipo de aparição pública para que fique visível sua hierarquia, possuem a mesma tão rígida quanto uma Ordem Clerical. A única diferença é que você nunca vai ver ou ouvir um membro de uma Ordem ou Sociedade Ocultista dizendo ser o Mestre ou o Grão Mestre. E, por se tratar de um organismo sigiloso, a hierarquia torna-se um dos elos vitais para sua existência.

Venerável Mestre: O Maior posto das Ordens Ocultistas cabe a ele manter a harmonia da Ordem com muita astúcia e sabedoria. Sua influência exerce-se sobre todo Tagmar.

Vigilante: Imediato do Venerável Mestre, responsável por ajudar o Venerável a conduzir a Sociedade junto a todos.

Mestre Conselheiro: Imediato do Venerável Mestre atua como conselheiro para os assuntos da Ordem. Sua esfera de influência também é todo o continente tagmariano.

Conselheiro: Imediato do Vigilante atua como conselheiro para os assuntos da Ordem.

Mestre de Cerimônias: Subordinado ao Venerável e aos Vigilantes. É responsável por todos os preparativos das cerimônias. Caso o Venerável se abstenha de proferir os ritos, este deve estar preparado também para proferi-los.

Grande Secretário: Subordinado ao Venerável, é o responsável por todos os documentos, documentação e formalidades escritas de tudo quanto aconteça. Responsável também pela entrega de relatórios semanais ao Vigilante sobre todas as atividades da Ordem.

Grande Tesoureiro: Subordinado ao Vigilante, é o responsável por prestar contas de todos à movimentação financeira dos cofres da Ordem. Responsável também por manter atualizado todo o inventário do patrimônio da Ordem.

Diáconos: Subordinados ao Venerável e aos Vigilantes dependendo de onde estejam atuando, são os grandes “faz-tudo” da Ordem: são mensageiros, executores, negociantes... Tudo quanto seja ordenado aos diáconos estes devem estar aptos a realizarem. Todos os membros de uma Ordem Ocultistas devem parecer pessoas comuns, mas os Diáconos devem ser os mestres dessa arte.

Preceptores: Subordinados ao Venerável e aos Vigilantes dependendo de onde estejam atuando, os Preceptores são responsáveis por todos os Aprendizes, devendo-lhes ensinar tudo quanto seja necessário sobre a Ordem: sua hierarquia e seus ritos, para que eles não venham a comprometer toda a Organização.

Sentinelas: Aqui se encontra a grande concentração das Ordens Ocultistas. Esses membros, subordinados ao Venerável e aos Vigilantes, dependendo de onde estejam atuando, são responsáveis por vigiar a tudo e a todos (inclusive membros da própria Ordem) a fim de garantir que os interesses da Ordem não sejam comprometidos.

Aprendizes: Esse é o primeiro estágio para quem entra em uma Ordem Ocultista, aqueles que aqui permanecem desconhecem os segredos e toda a influência da Ordem. Mas aqueles que se encontram nas fileiras dos aprendizes têm uma única preocupação: aprender.

É característica marcante das Ordens Ocultistas escolherem seus membros com extrema cautela. Aqueles que estejam sendo observados para se tornarem adeptos, certamente terão toda a sua história e dos seus antepassados revirada. Desnecessário dizer que ninguém se oferece — A Ordem é quem determina os que serão os futuros membros. Ao ingressar na Ordem faz-se um juramento solene, e para cada cargo que este venha a ocupar existe um juramento especifico de comprometimento com a tarefa. Cada Venerável escolhe seus Vigilantes, podendo destituí-los a qualquer momento se lhe aprouver. Para ascensão aos cargos de Conselheiros os Vigilantes e o Venerável se reúnem e escolhem os nomes. Os demais cargos são distribuídos por aqueles responsáveis por eles.
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