Histórico Pesquisar
Cânia .

Esta página contém material oriundo dos livros oficiais e não pode ser editada

Cidade-Estado de Cânia

Cânia é uma grande cidade que se localiza em pleno Deserto do Norte, tendo como vizinhas, a Leste, a cidade de Gazi, distante cerca de cento e setenta quilômetros; ao Norte, Tilissos, afastada quase cem quilômetros e Tiraki, a Oeste, longe por cento e oitenta quilômetros. O clima é quente e seco durante o dia e um pouco mais frio à noite. As temperaturas são um pouco menos severas devido à presença do Oásis que abastece a cidade de água potável. Tempestades de areia são comuns e castigavam as muralhas da cidade quase duas vezes por semana, mas recentemente elas têm se tornado menos frequentes e menos destrutivas.

As culturas irrigadas de trigo, damasco, cevada e árvores frutíferas, além de legumes e verduras são a base da agricultura de Cânia. Criações de camelos e ovelhas abastecem a cidade de carne. Equinos também são criados aqui.

Contudo, a Cidade-Estado destaca-se pelas suas minas de ferro e de gemas preciosas, cujos veios principais se localizam em várias cavernas de um extenso platô rochoso, alguns quilômetros a sudoeste da cidade. Devido à grande e vital importância do minério e das gemas para a economia da cidade, uma grande e bem equipada fortaleza foi erguida à frente do conjunto montanhoso onde se localizam as minas, de onde as tropas podem zelar pela segurança dos mineradores e das próprias minas.

Grandes ferrarias, onde o minério de ferro é trabalhado, localizam-se na parte norte de Cânia. Ali ele é utilizado na fabricação dos mais diversos tipos de utensílios, desde armas (armaduras são mais complicadas e menos utilizadas) até simples ferramentas, além de ser comercializado para as outras cidades dictíneas.

O palácio real ocupa praticamente toda a região central de Cânia. A aristocracia da cidade mora em uma área na parte oeste da cidade, protegida por uma pequena muralha que a separa do restante da metrópole. Já a população comum se aglomera no lado oposto, com suas casas de barro e vielas e ruas estreitas interligando as diversas partes. O comércio local se espalha entre as regiões, não havendo um local onde este se concentra. A região Sul é ocupada por diversas lojas de ourivesaria e pelo enorme quartel das tropas dictíneas.

Por ser uma cidade de tradição militar, Cânia possui uma das mais resistentes e reforçadas muralhas defensivas de todas as cidades-estado. Grandes torres fortificadas e um poderoso conjunto de máquinas de guerra ajudam na proteção da cidade. Caso o inimigo consiga ultrapassar o primeiro anel defensivo, um segundo anel de fortificações estrategicamente construídas em toda a cidade oferecerá uma nova linha de defesa. Esta segunda linha se encontra interligada ao quartel das tropas mediante túneis localizados sob a cidade, permitindo a rápida movimentação dos soldados dictíneos para estas fortificações. A própria arquitetura das construções de Cânia enfatiza a funcionalidade militar sobre a forma e a estética, como, por exemplo, o telhado das maiores construções servir como plataforma para os arqueiros e nos principais edifícios existirem bases para grandes armas de projéteis.

Governo e Principais Personagens

Cânia destaca-se das demais Cidades-Estado por possuir uma rainha como monarca. Asana é a regente da grande cidade há seis anos, após vencer todos os seus adversários de maneira fulminante e convincente nas provas reais. Como consequência, um homem foi eleito pelos Drumizis da cidade como novo Sumo-Sacerdote. Este homem é Silas.

Silas sucedeu Régis, que foi a Sumo-Sacerdotisa de Cânia anteriormente. Ela está extremamente insatisfeita, pois quando era a dona do posto ela conseguia manobrar o velho rei conforme ela queria. Então o velho idiota morrera e a maldita Asana assumira seu lugar. Régis teve de abdicar, pois como poderia fazer o “casamento sagrado” com Asana? Se algo acontecesse à rainha ou se ela fosse forçada a renunciar sem que isto afetasse a segurança da cidade isso agradaria muito a Régis. Ela aguarda apenas uma oportunidade.

Além de Asana e Silas, o nobre Jafarte compõe o Conselho da Lei da cidade.

Cânia é uma cidade de grande tradição militar, possuindo um dos melhores e mais disciplinados exércitos das cidades dictíneas. As tropas de Cânia encontram-se sob o comando do Atrahasis Sabkhat, um jovem guerreiro que galgou o posto após a campanha que resultou na derrota das tropas imperiais e na captura de Tiuz, filho de Assur, Imperador Aktar, perto da cidade de Sanom. O efetivo militar é um dos mais bem treinados e conta com cerca de 53 mil soldados. Cada cidadão de Cânia, por tradição, até os quarenta anos de idade, dedica dois meses de cada ano em um treinamento de aprimoramento para não perder a habilidade de combate (isto para aqueles que não seguem a vida militar). O controle de convocação é cuidadosamente monitorado para não influenciar a economia da cidade.

História Recente

A vitória militar dos exércitos dictíneos contra as tropas imperiais perto de Sanom e, em particular, a derrota e captura do filho do odiado Imperador Aktar em combate singular pela rainha Asana, ocorridos há dois anos, foram os acontecimentos recentes mais comentados e de maior importância na história de Cânia. O vultoso resgate pago por Assur para ter seu filho libertado foi, em parte, utilizado para a melhoria do sistema de irrigação e das defesas da cidade, o que aumentou sobremaneira a popularidade da rainha Asana frente à população.

Contudo, alguns acontecimentos internos recentes têm perturbado e tirado o sono e o sossego de Sua Majestade. Ela estuda a melhor maneira de resolvê-los sem alarmar a população.

O Povo de Cânia

Os habitantes da cidade não escondem o orgulho de pertencer à primeira cidade dictínea erigida pelo sacerdote dos deuses, Dictos. Este sentimento aliado a um “ar de superioridade”, em alguns casos beira a arrogância e soberba, que deixa os visitantes de outras cidades um pouco ressentidos com os de Cânia. Mas, apesar disto, os cidadãos da cidade-estado são, em sua imensa maioria, hospitaleiros, receptivos e bastante trabalhadores.

Como nas cidades vizinhas, Cânia também possui uma comunidade de Bestiais que, em sua grande parte, trabalham como mineradores e artífices, mas alguns exercem outras atividades, inclusive pertencendo às fileiras do exército regular (o temido esquadrão “Sabres da Morte”). Refugiados e fugitivos do Império também são muito bem-vindos e recebidos nestas paragens.

Os artífices de Cânia são famosos por seus trabalhos delicados de joalheria e ourivesaria (os de Cânia importam ouro de Tilissos, empregando-o, juntamente com suas gemas preciosas, em trabalhos refinados de jóias), que possuem admiradores até entre a nobreza aktar.

Rumores e Intrigas

Cânia, ultimamente, vem sendo povoada por uma série de boatos, alguns hilários, outros até sendo motivo de risos de deboche, mas alguns que, se confirmados, são bastante alarmantes.

Um destes rumores diz respeito à rainha Asana. Conversas em vozes “bem baixas” dizem que a mesma está com um problema delicado. Um de seus amantes birsos fugiu com um colar sagrado do deus Tauram. Colar esse que a rainha deverá usar publicamente em uma cerimônia daqui a três semanas. O pequeno descuido, afinal ninguém é perfeito, poderá causar um grande embaraço político para a rainha junto ao seu povo. As fofocas dizem que uma das aias sugeriu que a rainha discretamente contratasse alguns aventureiros para recuperar o colar. Asana, segundo falam, parece que quer seguir a sugestão. Os mais ousados parecem até conhecer o amante, sua descrição física, seu nome (Fenim) e a guilda à qual ele pertence (a cidade de Oscamad). Uma das aias disse que Asana está disposta a pagar três moedas de prata aos aventureiros se estes forem bem sucedidos (uma agora, duas na volta).

Contudo, fontes afirmam que a ex-Sumo-Sacerdotisa Régis já sabe do acontecido e está exultante. Ela planeja usar espiões (sacerdotes e sacerdotisas, guerreiros, ladrões, magos, etc.) para impedir o sucesso da missão, sem, entretanto, ocasionar a morte de alguém.

Outro boato fala sobre o aparecimento de uma gigantesca serpente no interior das minas de pedras preciosas, talvez atraída pelo brilho das mesmas. Alguns falam que são mais de duas criaturas. Alguns ataques a mineradores já aconteceram nos níveis mais inferiores das minas e as autoridades estão tentando descobrir o covil da ou das criaturas, se forem mais de uma.

Dizem, nas ruas, que algumas caravanas foram atacadas por um grupo de salteadores que opera nas principais rotas de comércio entre Cânia e as cidades vizinhas. O bando parece ser numeroso, pois vários ataques foram registrados em locais diferentes em intervalos de tempo muito pequenos. Fala-se que alguns comerciantes poderosos da cidade estão pensando em contratar mercenários para acompanhar suas caravanas.

Um dos boatos mais alarmantes (e que são abafados e negados categoricamente pelas autoridades oficiais) vem das minas de minério de ferro. Alguns mineiros foram encontrados mortos nos últimos níveis das mesmas e algo está contaminando a qualidade do minério que é sendo recolhido e transportado até a superfície, atrapalhando seu valor na manufatura e confecção de objetos. Dizem que as autoridades não sabem o que pode estar acontecendo e que várias patrulhas já desceram até os níveis mais inferiores, realizando buscas, mas nada encontraram. Os magos da sede da Academia Dictínea afirmaram que o minério de ferro está sendo inutilizado por meios não-mágicos. Ninguém sabe quem ou o que está realizando os assassinatos e inutilizando o metal. Espiões imperiais, grupo de dzarens e até demônios e espíritos malignos foram responsabilizados, mas o que se sabe é que se os responsáveis não forem encontrados logo, o principal esteio da economia de Cânia poderá sofrer um terrível abalo.

Alguns nobres deixaram escapar, em conversas discretas com amantes não-aristocratas, que a rainha Asana teme uma tentativa de assassinato por mercenários e assassinos contratados pelo príncipe Tiuz, do Império Aktar. A derrota e captura pela rainha durante a batalha ainda está bem viva na memória do herdeiro do trono imperial. E só existe um meio de ele esquecer isso de uma vez por todas...

Verbetes que fazem referência

Cidades-Estado Dicitíneas, Os Montes Tauram, Tiuz

Verbetes relacionados

Os Oásis | Os Montes Tauram | Sanom | Tiraki | Cânia | Tilissos | Gazi | Zacro | Diate | Mirtos | Nidre | Mirsim | Kamaris | Nazeel | Fouad
LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados): o site do Tagmar usa a tecnologia de cookies para seu sistema interno de login e para gerar estatísticas de acesso. O Tagmar respeita a privacidade de cada um e nenhuma informação pessoal é armazenada nos cookies. Ao continuar a navegar pelo site você estará concordando com o uso de cookies.