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Crizagom .

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Prefácio

Após um dia cotidiano no castelo prateado, o senhor da honra e da justiça recolheu-se a seus aposentos para uma calma noite de sono, e mais uma vez seu descanso foi perturbado por pesadelos na forma de antigas lembranças. Crizagom viu-se novamente em meio aos corpos dilacerados e amontoados aos milhares. Por todo o fúnebre cenário, sentiu mais uma vez a secura na garganta e o cheiro nauseante de sangue que impregnava todo o ambiente a sua volta. Sentiu sua espada pesar em sua mão e o instinto fazê-lo golpear uma, duas, três, dez, vinte, trinta vezes... Até que seus atacantes também estivessem em harmonia com o bizarro espetáculo que transcorria diante de seus olhos. Até que, exausto e coberto de sangue, avista seus irmãos e irmãs comemorando, cada um a sua maneira, a tão penosa vitória. O “sonho” sempre terminava com Crizagom vendo cada um dos deuses estabelecendo sua influência, cada um em um reino específico. À medida em que os deuses posicionavam-se nesse “tabuleiro”, os respectivos reinos assumiam diferentes cores que representavam seus “guardiões”.
Pesadelos com a guerra contra os Titãs eram comuns para o deus da honra e da justiça, e esse seria apenas mais um de muitos, se não fosse por um fato inusitado até então... Crizagom viu uma sombra crescente que se alastrava com uma velocidade assustadora sobre o mapa de Tagmar, cobrindo os reinos e suas respectivas cores. Ao perceber que essa escuridão avançava exatamente na parte que lhe cabia, Crizagom sentiu um forte golpe nas costas, como um punhal envenenado transpassando-lhe o coração enquanto uma gargalhada falsa ecoava no ambiente e a escuridão ia se precipitando para as outras cores do tabuleiro.
Completamente lavado em seu próprio suor o deus da honra e da justiça acordou sobressaltado em seu leito. Lançando-se de um salto da cama, saiu a caminhar com uma determinação férrea e com o forte pressentimento de que algo de muito errado estava acontecendo em seus domínios.
Extraído do livro "A Origem dos Deuses" - Acervo da Biblioteca de Portis.

Concepção

Crizagom é a representação máxima da honra e da justiça, é o símbolo vivo desses baluartes. Não há como falar em honra ou justiça sem mencionar o nome de Crizagom. Ele é o regente da balança, é aquele que vive no coração dos que cultivam os sentimentos mais nobres da alma e que fazem da manutenção desses princípios a sua batalha.
Em termos morais, Crizagom representa tudo o que há de mais nobre e por isso muitas vezes é considerado o deus da nobreza, mas ele não é o deus daqueles que nasceram com sangue azul, e sim de todos aqueles que carregam a nobreza dos sentimentos puros e justos dentro de si e os demonstram através de seus atos. Seus devotos estão entre os detentores dos princípios mais elevados em todo o mundo conhecido, seus cavaleiros, sacerdotes e paladinos são a mais pura representação de Honra, Justiça e Coragem.

Áreas de Atuação

Crizagom geralmente atua em tribunais, casas de comércio e qualquer outro lugar onde a Lei seja corriqueiramente invocada e usada. Com uma atuação constante nos campos de batalha, Crizagom divide este espaço com seu pai, Blator, e sua irmã, Crezir. Sua maior atuação ocorre no modo de vida que seus preceitos exigem, pois todo ato de bravura e honra é de certa forma ligado à Crizagom.

Temperamento

Crizagom é reconhecido por seu temperamento determinado, forte, e por sua vontade férrea na defesa do que é justo e correto, sendo implacável na destruição do mal e da injustiça.
Para os que se esforçam para viver dentro de seus elevados preceitos, sua graça será sempre infinita. Mas para aqueles que escolhem um caminho menos árduo, restará apenas a justiça. Ser justo e imparcial como Crizagom, assemelha-se à perfeição.

Representação

De todos os relatos daqueles que juram ter visto o próprio deus da justiça, a única coisa que nunca muda é a presença de um altivo guerreiro vestindo uma impecável armadura prateada com uma esvoaçante capa azul, portando um brilhante escudo triangular no braço esquerdo e um martelo de guerra adornado com gemas. Por vezes, ele ainda foi visto montado em um enorme e belo alazão.

Símbolo

Crizagom é comumente representado entre os povos por uma balança, simbolizando o equilíbrio necessário para a coexistência harmônica e pacífica. Mas, entre os guerreiros, o símbolo usado é uma espada encostada no chão pela ponta, representando o equilíbrio entre bravura, nobreza espiritual, honra e justiça.

Cores

A cor que representa o deus é a cor prateada, que representa a pureza do espírito.

Relação com os Deuses

Crizagom mantém um bom relacionamento com todos os deuses do Panteão, nunca julgando nenhum de seus pares por suas naturezas divinas.
Individualmente, Crizagom possui uma grande amizade com Selimom e Sevides, e estes nutrem um grande respeito pelo jovem deus da honra e da justiça. Já seu pai, Blator, vê com orgulho a potencialização de algumas das suas melhores virtudes em seu filho, e sua irmã Crezir costuma procurá-lo quando precisa de conselhos para resolver problemas insolúveis pela força ou quando busca um pouco de descanso, tendo assim um relacionamento relativamente bom com sua irmã.
Palier nunca demonstrou se importar muito com Crizagom. Já Cambu e Lena evitam o máximo os encontros, que geralmente são desagradáveis, pela natureza intransigente do jovem deus. Parom aparentemente mantém relacionamento não hostil enquanto Plandis ignora a existência de Crizagom. Maira e Ganis raramente se relacionam com o jovem deus, principalmente por este não reconhecer suas criaturas como dignas de atenção, uma vez que em sua maioria são incapazes de fazer um julgamento.
Quanto a Cruine, Crizagom tem uma relação incomum com o juiz das almas, pois o deus da justiça sempre intercede pelos mortais no Tribunal dos Mortos, sendo o primeiro que estes veem ao chegarem para o Julgamento Final.

Descendentes

Não existem evidências que Crizagom tenha descendentes.

Festas e Celebrações

Cidades que foram protegidas graças à intervenção dos guerreiros sagrados de Crizagom costumam se lembrar do fato em pequenas celebrações no fim do dia equivalente ao acontecimento, fazendo também orações de gratidão. Nessas celebrações, bebidas alcoólicas são proibidas em respeito ao sacrifício dos mártires, mas os bardos que recontam os feitos e glórias se encarregam de divertir todos os celebrantes.
Os dias sagrados para os devotos de Crizagom são:

Vitória da Justiça (9º dia do mês da Paz)

Essa celebração acontece na grande Catedral de Crizagom em Zanta, é liderada presencialmente pelo sumo sacerdote do deus e consiste na comemoração da derrota da Seita e sua expulsão do mundo de Tagmar.
O festejo é dividido em três partes;
Primeiramente, há um período de jejum, vigília e oração, representando a chegada da Seita e sua proliferação no mundo de Tagmar.
Em seguida, há um período de cânticos e louvores por parte daqueles que permanecem na catedral; ao fim da vigília, é organizada uma marcha simbólica com todos os voluntários presentes, a pé e a cavalo, onde estes patrulham Zanta de norte a sul, de leste a oeste voltando para a catedral ao final. Tal marcha representa a investida dos exércitos da resistência contra a Seita em toda Tagmar.
A parte final é de comemorações pela vitória da justiça e expulsão da Seita. Mesas gigantescas são colocadas ao redor da Catedral para as refeições. É servido um grande banquete, havendo uma pregação após a refeição e, posteriormente, há fogueiras, vinho e até disputas de contos e histórias, animadas por Bardos locais e viajantes.

Memorial dos Ancestrais (4º dia do Mês da Sabedoria)

Essa celebração acontece sempre ao fim do inverno e consiste em honrar a memória de todos que deram suas vidas pela causa, seja tombando no campo de batalha, seja devotando sua vida à grandeza da mesma. São honrados os nomes e as memórias de todos os campeões da justiça, pequenos e grandes.
Diz-se que, em Zanta, há um muro de mármore branco com o nome de todos campeões da justiça que viveram e ou tombaram em nome da fé. Diz-se que os nomes são gravados por um enviado que desce dos céus toda vez que um campeão da justiça parte para o Tribunal de Cruine, onde será recebido por Crizagom. O maior nome celebrado atualmente é o de Magnus Supramati, que foi o primeiro Paladino e o fundador da Ordem Sagrada dos Bravos Cavaleiros da Justiça.

Noite dos Justos (29º dia do Mês da Justiça)

Esta celebração é mais um ritual que um festejo, é realizada no penúltimo dia da primavera, dois dias antes do Dia de Cruine. Apesar de já ter sido praticada por todos os devotos, hoje é realizada apenas pelo clero do deus.
A purificação é precedida de jejum de carnes, bebidas alcoólicas e dos prazeres sexuais. Durante estes sete dias, os devotos devem apenas meditar e rezar, para que possa reforçar seus laços com os ideais de honra e bravura e fortalecer seu espírito, a fim de que possam enfrentar as forças do mal e todas as adversidades sem jamais esmorecer.

Reinos onde a religião mais atua

Azanti e Filanti, mas possui congregações em todo mundo conhecido.

Influência das ordens na política dos reinos

Atualmente a Ordem Sagrada dos Bravos Cavaleiros da Justiça tem sua influência limitada até mesmo no seu reino natal, Azanti. Mas os membros da Ordem são muito bem recebidos em qualquer corte que visitem, sendo muito mais influentes no campo jurídico e militar do que no campo político propriamente dito.

Nível de Popularidade

Crizagom é muito popular entre os que já visitaram alguma vez um campo de batalha, mesmo dividindo essa fama com seu pai Blator e sua irmã Crezir. Por ser o deus da justiça, ele é extremamente popular nas regiões onde seus devotos atuam como magistrados e regentes. Possui pouca popularidade nas regiões rurais, onde guerra é sempre vista como algo ruim, e também não é bem visto pelos elfos que possuem um senso próprio de justiça, e pelos navegantes, que preferem crer na justiça de Ganis.

Religião

Dentre os preceitos únicos do culto a Crizagom, destaca-se o compromisso com a verdade, a honra e a justiça; pois alguém que nunca diga inverdades e jamais cometa um ato desonroso, dificilmente irá trair os ideais do deus da justiça. Seus Paladinos são a representação máxima do deus, sendo o exemplo a ser seguido pelos outros devotos.

Templos

A arquitetura comum dos templos de Crizagom pode ser definida com uma palavra: Força. Feitos com paredes grossas, geralmente de pedras com reforços de metal nos suportes, possuem uma quantia razoável de janelas, de modo que a nave central esteja bem iluminada e arejada durante o dia e com um ar mais sério durante a noite.
Os Grandes Templos de Crizagom podem ser facilmente confundidos com fortes de guerra, devido sua construção robusta, mesmo porque em casos de guerra eles funcionam como fortalezas para os cavaleiros e paladinos, além de fornecer proteção aos camponeses ou incapazes de lutar que vivam nas redondezas.

Vestimentas

Os sacerdotes de Crizagom, quando em tempo de paz, estão sempre vestidos com uma túnica azul escura com detalhes em prata. Mas quando partem para alguma missão usam uma armadura prateada, nomeada de Honra, um grande escudo triangular chamado de Bravura, e uma arma nomeada de Justiça, que geralmente é um Martelo de Guerra, mas pode ser outra arma.

Locais Sagrados

Para os devotos de Crizagom, a Catedral de Azanti e os Grandes Templos são os locais mais sagrados do culto; para os membros do clero, o monumento feito em homenagem aos Mil Mártires, localizado na sede da Ordem Sagrada dos Bravos Cavaleiros da Justiça, é um dos locais mais importantes. Mas toda cripta ou monumento erigido para um guerreiro de Crizagom será tratado pelos devotos do deus como um local sagrado, recebendo o respeito e proteção dos mesmos.

Itens Sagrados

Dentre os artefatos divinos enviados por Crizagom ao seus servos, destacam-se a Alma dos Mártires, uma espada de mão e meia que foi cedida pelo deus durante a guerra contra a Seita para um de seus Paladinos. Fala-se ainda, embora a veracidade dos fatos seja duvidosa, de um chifre de unicórnio em posse da Ordem dos Cavaleiros da Justiça. Seus poderes são desconhecidos, mas especula-se que sejam numerosos. Mas a maior relíquia é um conjunto de Armadura, Escudo e Martelo de Guerra que foi forjada em um dos Templos de Todos os Deuses durante a guerra contra a seita. Esta armadura era usada pelo sumo sacerdote da Ordem de Crizagom, mas quando Zanta foi capturada pelos demonistas a relíquia se perdeu e ninguém sabe onde ela está. Dizem que os poderes deste conjunto eram enormes, mas ninguém sabe ao fato quais são.

Doutrinas do Culto

  • Defender a verdade a qualquer custo;
  • Viver os preceitos de honra e justiça;
  • Espalhar a mensagem de Crizagom (honra, verdade e justiça) por todos os lugares;
  • Servir como exemplo de honestidade e coragem em todas suas atitudes.


    Verbetes que fazem referência

    Força, Livro dos Deuses

    Verbetes relacionados

    Blator | Cambu | Crezir | Crizagom | Cruine | Ganis | Lena | Liris | Maira | Palier | Parom | Plandis | Quiris | Selimom | Sevides | Prólogo | Epílogo
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