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Cidades-Estado .

“Democracia? Ora, não venha me falar dos devaneios de uns poucos, isso jamais dará certo. A vida aqui em Estepe é perfeita como é, pois essa é a verdade, as pessoas são naturalmente divididas entre livres e escravos, essa é a natureza, como ir contra ela? Agora, se você for um homem livre, sinta-se a vontade, bem-vindo as Cidades-Estado, bem-vindo a Estepe.”

Lorde Menelau, Oligarca-Regente de Estepe

As Cidades-Estado: assim é conhecido o grupo de reinos à nordeste do Mundo Conhecido, eles são Ender, Quízes, Pino, Novo Porto, Torbel e Estepe. Em conjunto elas tem como suas fronteiras Conti à oeste, Azanti e Portis ao sul e o Mar do Norte ao Norte. Seu clima é semi-árido em sua maioria, com alguns pontos desérticos, e vegetação característica do clima (cactos e arbustos adaptados ao clima seco). As cidades costeiras têm um clima menos árido, assemelhando-se ao clima tropical mediterrâneo, com arbustos e plantas características desse clima (maquis e garrigues).

Cada Cidade-Estado tem suas particularidades. A primeira delas é a soberania política e territorial. Nenhuma Cidade pode intrometer-se nos problemas políticos das outras. A concorrência acirrada entre as oligarquias das Cidades nunca deixou isso acontecer. A entrada de estrangeiros em um território precisa de um passe de movimentação livre entre as cidades, concedido somente pelas respectivas oligarquias e ou reinos amigos. Aqueles sem esse passe devem pagar multas, que geralmente são altíssimas. A patrulha das fronteiras é considerada de extrema importância, devido a isso, ao entrar nos limites de uma Cidade é fácil encontrar milícias de vigilância. Estes grupos são responsáveis também pela fiscalização de visitantes, que é feita com rigor ímpar no Mundo Conhecido. A circulação de milícias armadas entre Cidades já causou problemas diplomáticos entre elas, mas, até agora, nenhum destes desentendimentos foi grave a ponto de uma Cidade declarar guerra à outra.

Os deuses mais cultuados são Ganis: pois o sustento da maioria dos povos vem do mar, seja no transporte marítimo, seja do comércio de pescado, e Cambu: pois o comércio de mercadorias produzidas no reino é uma importante fonte de lucro para a região. Pode-se dizer que cada Cidade tem um terceiro deus preferencial, de acordo com suas particularidades. Não existem restrições quanto a outras divindades, mas divindades que regem áreas fora do interesse das Cidades (Selimom, Plandis e Cruine) não são muito adorados, havendo certo preconceito velado sobre eles. Estudiosos têm encontrado relatos remotos sobre a Seita, mas nada é preciso e ninguém é realmente suspeito.

A magia e os magos na cultura popular das Cidades são tratados como uma coisa um tanto inútil. A população das Cidades ainda acha melhor usar um machado para quebrar ou uma ferramenta para consertar algo do que algum sortilégio estranho. O machado você sabe de onde vem, como é feito e que, salvo algumas situações conhecidas, sempre vai funcionar. Já a magia. Os magos e a magia são pouco institucionalizados nas Cidades (menos em Ender). Apesar disso, não é difícil encontrá-los por lá. Dizem os estudiosos que ainda existem várias ruínas do Segundo Ciclo sendo descobertas nas Cidades o que sempre faz com que existam estudiosos de Calco, Filanti e Portis em alguma caravana de estudos.

Uma observação importante é a definição que eles têm de Cidade. Por um motivo cultural, todas as terras pertencentes politicamente à Cidade-Estado, também são conhecidas como a capital. Isto significa que existe a CIDADE de Ender, no centro da CIDADE-ESTADO de Ender. Pequenos vilarejos e distritos são reconhecidos pelo nome do oligarca fundador da vila.

Os estudos históricos mais aceitos atualmente indicam que os primeiros habitantes a chegarem ao lugar vieram fugidos das várias guerras que assolavam a área norte do Mundo Conhecido. Muitos deles fugiam não só das guerras, mas também da escravidão e da perseguição étnica e religiosa. Aos poucos esses grupos aprenderam a sobreviver no clima árido e de lá tirarem seu sustento, dividindo-se formando cidades. Assim mesmo, a concepção política das Cidades-Estado como são hoje foi um dos últimos a serem concluídos. As Cidades, vendo a ascensão de reinos poderosos ao seu lado, perceberam que seu poderio militar e econômico não se comparava aos outros reinos vizinhos. Entendendo que caso uma das Cidades caísse às outras também estariam fadadas à invasão, mas não querendo perder a soberania política e administrativa de cada um, os principais líderes das cidades formaram o Pacto de Ajuda Mútua, ou Liga das Cidades-Estado. Dessa reunião foram acordadas as fronteiras de cada Cidade e sua importância na defesa geral do grupo. De fato, a liga praticamente se restringe a um pacto de não-agressão, sendo a ajuda militar a outras cidades sendo usada só no caso da agressão ser claramente direcionada às Cidades-Estado como um todo.

A exemplo dos demais reinos de Tagmar, as Cidades-Estados também sofreram com a dominação Bankdi. No entanto, nenhuma cidade caiu de fato ao seu poder.

Em 1390 D.C., os exércitos da Seita já haviam dominado todas as terras ao sul das Cidades-Estados, e a maioria dos reinos já haviam caído sob seu julgo, quando os demonistas chagaram as Cidades. Após anos de batalhas e com seu número bem reduzido, tendo ainda de conviver com a resistência da Moldânia, o exército Bankdi não foi capaz de conquistar qualquer cidade-estado nos primeiros assaltos. Sendo assim, organizou um forte cerco a cada cidade, na tentativa de cortar as linhas de suprimentos e forçar as cidades a se renderem ou morrerem de fome.

Entretanto, a invasão já havia sido prevista muitos anos antes, o que proporcionou tempo suficiente para a preparação de um possível cerco. Foram estocados muitos grãos, criadas plantações internas nas cidades e o excedente da população enviada para as montanhas. Tudo isso tornou cada cidade-estado numa fortaleza capaz de suportar anos de sítio. Porém, os exércitos da Seita não tiveram todo esse tempo, pois com a recuperação da Pedra Negra, em Azanti, e pelas ações comandadas pelo Grande Sábio, a Seita foi obrigada a desfaz o cerco às cidades-estado para reforçar seus exércitos, não conseguindo conquistar uma sequer.

Panorama geral

Governo

Quase todos eles são governos ditatoriais, menos Torbel. A ditadura é imposta pelo membro mais poderoso da oligarquia, a casta que detêm o poder econômico e/ou político da Cidade. Esse poder é passado para o mais apto a governar dos membros da oligarquia, escolhido pelo próprio ditador antes de sua morte, o mais comum, ou por um conselho formado pela oligarquia. Atualmente os ditadores das Cidades não têm muito com o que se preocupar, pois mantêm a ordem econômica e seus inimigos políticos sob vigilância constante, também um dos fatores em comum nas Cidades: a rigorosidade na vigilância ideológica e política contra a ordem estabelecida.

Uma peculiaridade sobre esses oligarcas é que eles não gostam de se declararem  “reis”. Não se sabe de onde veio este costume, apesar de alguns oligarcas passarem o poder hereditariamente e terem poderes iguais à de um monarca, mas este costume vem desde o tempo que as Cidades eram grandes vilarejos.

A justiça nas Cidades-Estado é semelhante também. Os crimes são julgados por um membro da Oligarquia. As penas mais usadas são a pena de morte, escravidão e o ostracismo. Ser expulso de sua Cidade é considerado humilhante para a um cidadão. Outro fator é que o expulso não pode ir para nenhuma outra das Cidades-Estado, com o risco de tornar-se escravo, pena que é dada somente a estrangeiros da Cidade em questão. A pena de morte é uma opção para o ostracismo, o que muitas vezes é aceita pelo criminoso.

História Recente

As Cidades-Estado vivem hoje um clima tenso, com muitas desavenças entre várias das Cidades. No mais a continua chegada de pesquisadores e exploradores de Calco, Conti e Portis, buscando fontes e artefatos do Segundo Ciclo, tem mantido a chegada de novos estrangeiros em alta. As chamadas  “companhias-aventureiras” também estão sempre em alta, pois sempre há alguém disposto a pagar por escolta, segurança ou bravos exploradores. Recentes ataques de piratas tem mantido todo o comercio marítimo em alerta, e os vários rumores sobre a Seita, e as desavenças religiosas, tem aumentado o clima de desconfiança e paranóia geral.

O Povo das Cidades-Estado

A população é em sua maioria humana. Pequeninos não possuem vilas nem cidades (conhecidas). Elfos são vistos de passagem pelas cidades, sendo tratados inclusive com certo espanto dado a sua raridade em alguns locais. Anões são os únicos que se adaptaram bem a região. Apesar de não ser uma área de grandes jazidas minerais, seus trabalhos como artífices e guerreiros fizeram com que eles fossem tratados com naturalidade pela população em geral.

A população é criada num sistema de castas. Cada cidade tem seu sistema específico, mas, basicamente, ele se divide em: escravos (escravos por dívidas ou por crimes), trabalhadores (servos de algum nobre), livres (trabalhadores livres, pequenos comerciantes, e artífices), guerreiros (pequenas patentes no exército), nobres (Grandes comerciantes e baixa nobreza) e oligarcas (altas patentes no exército e Alta Nobreza). Neste sistema de castas, a mobilidade social é quase nula, salvo no caso de comerciantes (que são em grande parte favorecidos pelo culto a Cambu) a interação entre membros das castas é quase hierárquica, sendo aqueles das castas superiores tratados como seres mais  “evoluídos”. Os nomes das famílias geralmente indicam qual a sua linhagem e sua casta.

Pino

Quizes

Ender

Novo Porto

Torbel

Estepe

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