Olho para os lados e logo penso: "Pronto, morri! Mas por que logo eu?"
As pernas tremem, um frio desce pela espinha, a voz já quase não sai e tudo que me vem em mente ao ouvir a voz do além é: "Tomara que seja um fantasma ou um espectro! Se for zumbi vão me matar outra vez! Mas se eu estou morto...o que eles querem de mim? Que não sejam zumbis!"
Fecho os olhos, respiro fundo, volto a abri-los e só então digo, com a voz um tanto embargada:
- Eu estou armado! Quem é você alma do além? Se chegar perto eu te esconjuro!

-Oh dama da floresta, de magnífica beleza! Quem poderia compará-la a uma mortal humana? Sem dúvida que a alta e bela ruiva é formosa como os olhos dos dragões de fogo! Mas é justamente perto daquela mortal que tua beleza, incomparável musa, maior se destaca! Diante de ti, adulto nenhum possui olhos para ela.
-Diante destas árvores retorcidas e séquidas, cujo entorno não te faz jus, tua beleza não resplandece como você merece. Ao contrário, se te aproximas da humana, por mais viçosa que agora ela seja, todos imediatamente reconhecem que tua beleza, majestosa musa, é incomparável!

As palavras sábias do menino elfo surpreendem a demônio. Ela sorri, satisfeita, e diz:

- Então, devo ter esta humana como minha escrava? Mas é muito trabalho. Leve ela por aí, para que todos vejam a feiura dela e possam admirar minha beleza. Mas cuidado, o guardião da cidade faz cremes de beleza para a Princesa com a juventude dos condenados. E vocês são os condenados mais jovens que já apareceram neste reino. Devem ser muito vaidosos para terem sido enviados para cá. Agora vão, vocês ainda fedem ao mundo dos mortais!

A sebe de espinhos se abre, e Freya se apoia no chão, enquanto a demônio desaparece entre os galhos. Freya diz:

- Você foi muito ardiloso! Graças a Crezir eu caí perto de você, senão já teria sido comida por estas plantas estranhas. Mas da próxima vez, estarei preparada...

Ela se limpa, e ao se levantar, comenta:

- Já ouvi histórias sobre um lugar como este, será que estamos no inferno da vaidade? Nós não morremos, e se morrêssemos meu lugar não seria aqui. Logo, viemos para cá ainda vivos?!

Enquanto isso, peço para que ela me diga a respeito deste inferno da vaidade. Contarei também o que eu sei a ela (caso me recorde de algo):

Religião 6
[1d20]

//off: se não for alguma ação rotineira, pode descrever a habilidade e rolar o dado. Em alguns casos específicos eu também pedirei algum teste.

Religião 6, rolamento 8, amarelo, fácil.

A única coisa que o menino mago lembra, é de que existem 13 infernos e eles são governados por Príncipes infernais. Mas Freya lhe explica melhor:

- Assim como houveram 13 titãs, há 13 reinos divinos, e 13 reinos infernais. Os deuses governam os treze deuses divinos, e baniram os demônios para os treze reinos infernais. Alguns dos príncipes infernais estão aprisionados, outros são criaturas poderosas que tomaram o trono, há até titãs-segundos, supostos deuses caídos e mortais amaldiçoados entre os príncipes. Se aqui for mesmo o inferno da Princesa Fulvina, é onde são enviados os mortos condenados pelos pecados da vaidade, soberba e preguiça. A única coisa que sei sobre ela, é que odeia acima de todos a Parom e seus servos... Mas eu não me sinto morta nem lembro de ter morrido, além do quê, não sou vaidosa, soberba ou preguiçosa. E você, lembra como chegamos aqui?

-Ah.. Não mencionei algo muito muito importante! Eu tenho pavor de mortos-vivos
-E contra eles eu só tenho algumas penas de enviado. E você Freya, tem algo? Vamos providenciar logo uma armadura pra ti! Ficará mais difícil dos espinhos te machucarem depois.
Procuro entre meus itens uma das penas do enviado e alguns fios de gigante e entrego a ela

continuo falando baixo e masserando-triturando parte da sebe de espinhos com o jogo de turquesa da caixa de ferramentas
-Até onde sei, todos enviados são seres divinos que se deslocam para nosso plano atendendo as ordens dos deuses. Não há como negar que esta pena que estou te dando tenha pertencido a um ser divino. Também é sabido que os enviados podem assumir qualquer forma.
-Você acha que algum enviado deixaria de atender um pedido divino alegando que só obedeceria a um dos deuses e não a outro? Talvez eles sejam mensageiros a espera de uma ordem dos deuses... como um grande palácio de servos. Talvez um enviado atenda o pedido de Parom, depois que volta seja Selimon a lhe dar uma incumbência e na próxima vez seja Palier. Se for assim, a qual deus ele serve? Lógico que o enviado desta pena divina havia atendido Cruine naquele momento, mas será que se você fizer suas orações com ela (a pena), Crezir te atenda e a pena passe a representá-la?
-Do contrário, se você fizer e ainda assim não surtir diferença, então utilizarei a pena para alguma outra finalidade arcana.
-Temo que, se realmente forem os deuses que nos mandaram para cá, talvez não queiram nos ouvir até que cumpramos toda a obra, como um teste para ver se agimos com perfeição e mostramos todo o zelo necessário ao nosso ofício!
-Se aqui for domínio de Fulvina, lá será o castelo dela... Que tal irmos para lá? O que será que existe lá?
Nesse momento percebo minha euforia em explorar todo castelo e subitamente recordo que a armadura PRECISA ser feita com esmero e dedicação, principalmente aqui. Logo em seguida digo a mim mesmo:
-Calma Vuripa, seja prudente
termino de triturar a sebe

Freya responde:

- Não há o inferno de Parom, apenas o céu de Parom. Mas há o inferno do demônio que o antagoniza. Concordo em nos prepararmos antes de irmos para a construção. Eu trouxe comigo a matéria prima que você pediu e alguns objetos. Será útil?

Ela olha para as penas de enviado, e diz:

- E o que pretende fazer com isso? Um amuleto? Se precisar, posso chamar um enviado. Se mortos-vivos vierem, posso espantá-los em nome de Crezir mas prefiro destruí-los com minhas armas. Eu acho que cada deus tem seu séquito de anjos, que eles enviam para ajudar seus devotos que apelam por socorro ou orientação. Mas este é um mistério que só é revelado aos mortais que chegarem no reino dos deuses. Há o momento certo de saber de cada coisa. Não preciso de pena para chamar um anjo. Mas neste lugar, não sei o que funciona e o que não funciona.

Religião 6, rolamento 7, amarelo, fácil.

Vuripa tenta se recordar se ouviu algo mais a respeito de Fulvina, mas nada lhe vem a mente. Entretanto, é a jovem Freya que pergunta:

- O que você vai fazer com esta planta infernal que está moendo? Eu não quero usar em meu corpo nada que venha do inferno.

//off: quando for rolar mais de um dado, coloque a quantidade assim [ xd20 ] (sem espaços) de uma vez só, caso seja usado mais de uma vez rolagem de dado do mesmo tamanho em momentos separados no mesmo post, não dá certo no sistema do PBF.

//off2: Descreva como vai modelar a armadura de Freya, e role o teste da habilidade.

-Bem, a intenção da pena era pra te fazer um amuleto, você só precisaria amarrar no fio do gigante e pronto. Mas fico muito mais aliviado em saber que podemos contar com suas orações e com a graça dos deuses.
Quando fala da sebe, digo:
-Ei, não seria louco de colocar esse pó diretamente em nosso corpo! Pensei em fazer parte dele de incenso, assim até podemos ter noção da direção do vento, além de disfarçar o cheiro... Não quero nem imaginar o que nos espreita por aqui.
-Suas armas são magicas? e novamente o rosto do elfinho se abre em sorriso para a humana -Você sabe que demônios e mortos-vivos quase só apanham com magias, orações e armas encantadas? Não é?
-Ei... que coisa foi aquela que você disse... que não sabe o que funciona? Por que você acha que não funcionaria? Será que magia também não funcionaria? -Você está olhando ai ne? Porque zumbi é um bicho feio...
-Acho que o dente do dragão servirá contra as criaturas daqui? Afinal, é dragão! Pequeno e do gelo, mas ainda assim é dragão! considerando que Vuripa esteja montando a cota

off: aguardarei que Freya tente contato ou diga mais algo a respeito de não funcionar magia lá

Trabalho em metal 9 (1 +8 luva), rolamento 1, verde, falha!

Vuripa põe as luvas, que logo ficam douradas, enquanto ele começa a modelar anéis de metal. Durante muitas horas, ele faz anéis, até que começava a ficar escuro. Freya faz uma fogueira e fica de guarda. No dia seguinte, ele começa a unir os anéis para formar um dos braços, mas o trabalho fica mal feito e Vuripa pensa que é necessário começar tudo de novo. Além da cota, a armadura encomendada deveria ter placas...

//off: armadura parcial de placas tem uma camada interna de cota de malha.

Quando ele descreve que pretendia fazer um incenso do espinheiro demoníaco, Freya argumenta:

- E se este incenso for tóxico? Você conhece as propriedades dele?

//off: faça um teste de Herbalismo, só vai saber logo de cara os efeitos do espinheiro se se tirar dificuldade Absurda.

- Sim, demônios só apanham com armas encantadas no nosso mundo. Mas não sei se isso é verdade no mundo deles.Nem sei o que funciona ou não aqui. Só descobriremos testando. De qualquer forma, este dente de dragão parece ser o suficiente para um punhal ou para uma ponta de lança. Você pode esculpi-lo?

Ao pedir para ela fazer contato com a deusa dela, Freya assente com a cabeça e se ajoelha fazendo uma oração:

- Senhora da Coragem, da Fúria e do Prazer na Luta. Rogamos informações estratégicas para lutar com os demônios em seu reino. Como podemos feri-los? Itens mágicos funcionam aqui? Como saímos desse lugar maldito?

Ela fica em estado meditativo, e depois de algum tempo, responde:

- Aqui é o plano infernal, neste lugar, a energia infernal interfere nas coisas. Tudo fica envolvido com o irritante karma infernal, então demônios podem ser feridos por armas comuns, mas em compensação armas mágicas não funcionam aqui. Somente itens mágicos com karma infernal, ou seja, armas profanas ou demoníacas funcionam normalmente, além de itens divinos, pois contém poder direto dos deuses. Itens sagrados não tem tanto poder, e assim como itens arcanos, não funcionam. A saída consiste em atravessar o portal do inferno, neste reino ele fica num espelho no meio de um jardim de espinhos, no castelo. Porém ele é guardado por um ser poderoso. A chave para o portal é um item divino qualquer. Mas precisamos coletar objetos de todos os infernos junto com um item divino, para que o portal se direcione para a saída do plano infernal para o plano material de onde viemos. Senão iremos apenas sair de um inferno para outro.

- Tenho que ter cuidado com os pedidos de milagres, não creio que conseguirei recuperar meu karma neste plano. Mas tenho um último recurso: sacrificar meu sangue para fazer alguns milagres; porém isso vem com muito custo.

Vuripa não fazia ideia dos efeitos do espinheiro maldito.

-Finalmente! Agora sim uma armadura digna de ser entregue! Essa sim deve ter as bênçãos dos deuses! Sorrio e falo aliviado a ela
-Já este escudo está horrível, mas não sei se teremos tempo agora para refazê-lo. Quer que eu tente outra vez ou partimos?

off: A parte de placas que sobrepõe a malha é feita com 26 placas justapostas (5 verticais no tórax, 5 horizontais no abdómen, 3 verticais em cada lado, 2 horizontais cada lado, 1 côncava para cada ombro, 4 verticais mais largas nas costas), protegendo ombros e todo tronco (laterais, frente e costas), além da parte lateral do quadril, a qual se ajusta a cota. Os 3 fechos são pequenos e foram colocados no lado esquerdo. Para dar melhor aparência e resistência, foram moldadas a frio sobre as escamas (mantendo relevo).

Qual foi o metal usado na armadura para garantir o vermelho vivo? Cobre deixa apenas levemente avermelhado e não daria o efeito exigido, por isso pedi para ela trazer o metal

Ouvindo as sábias palavras de Freya, instiga-me a curiosidade:
-Será que não podemos atingi-los com armas criadas aqui? Será que os metais daqui são muito diferentes? Que tal cavarmos um pouco, deve existir algum motivo pra essa terra ser tão diferente assim?! Por sinal, se há um jardim no castelo, melhor vermos antes o que há aqui, talvez tenhamos respostas pra entender porque essas árvores são tão medonhas também!
Se depois não acharmos nada, ai sim caçamos a saída que está no jardim do castelo, ou vai dizer que isso tudo não te atiça a curiosidade? Não sei se voltaremos pra cá depois, antes de irmos lá ver o que nos reserva.
-Guarde seu karma, cara amiga, vamos cavar, assim teremos terra pra montar um ajudante e partirmos!

-Queremos conhecer o castelo, deve ser lindo por lá. Mas temos que nos vestir a altura pra sermos bem-vindos. Do contrário, podem nos achar uns qualquer!
Aponto para Freya enquanto digo
-Ela me deu os metais para ter aquela linda armadura!
-E você (nome da outra), o que quer? Com os objetos certos... Não há como não ser admirada na corte

Vuripa já tentava improvisar uma pá quando a mulher aparece, e ele a responde.

A demônio aparenta disfarçar alguma coisa, mas Vuripa era inteligente o suficiente para notar que ela talvez disfarçasse frustração quando ele não se deixou levar pelos elogios. Então lhe diz:

- Meu nome é apenas meu. Pode me chamar como quiser. Me visto com espinhos assim como as rosas se protegem deles. Já viu uma flor tão bela e delicada quanto uma rosa? Ainda assim é protegida por espinhos.

Ela ouve as perguntas sobre o castelo e sobre minérios, e responde:

- Não sei de metal neste reino. Já ouvi falar de esteanor nos reinos infernais, mas ninguém nunca se deu ao trabalho de procurar por aqui. Aqui é o reino da preguiça e da vaidade, como alguém tão bem informado como você já deve estar sabendo. Só alguém bem informado saberia da existência do jardim proibido. Visitantes só são aceitos com convite, mas uma boa aparência pode realmente ajudar.

Diante da proposta para fazer algo para ela, a frustração disfarçada no rosto dela se transforma em algo como curiosidade ou excitação. Então, ela diz:

- Se quer fazer algo para mim, há uma aranha demoníaca na floresta cuja seda é tão forte quanto fios de aço. Mas com sua mandíbula e patas consegue cortá-la. Extraia a seda da aranha, e teça um vestido para mim. E lhe direi como entrar no jardim, ou melhor, como sair. Pois entrar é fácil, sair é que é difícil.

Durante toda a conversa, Freya permanece impassível com a arma em punho, aguardando alguma reação brusca. Então Vuripa pergunta sobre os espinheiros, e a demônio diz:

- Este Espinheiro Simbionte se alimenta quando o hospedeiro dorme, de seu mana excedente. Em troca, ele oferece proteção e permite que o hospedeiro o manipule como tentáculos, fazendo-o mover, crescer ou encolher. O uso como armadura e chicote. E ele também floresce, quando está bem alimentado, me adornando. Entre outras coisas... Se precisa de karma, pode comer da seiva do espinheiro. Porém, estes crescidos só tem karma infernal, pois se alimentaram do mana daqui. Caso queira um com karma arcano, plante-o em um ser com mana arcano, e assim por diante. Os nativos daqui não se alimentam de frutas, e sim de sentimentos dos condenados.

Ela ouve os últimos elogios, e diz:

- Eu ainda sou muito jovem para participar da corte. Eu não me esforço para ter estas habilidades, isso seria considerado vulgar! Ninguém de bom nascimento se esforça neste reino. Apenas deixo o espinheiro crescer em meu corpo e deixo ele fazer o trabalho. Talvez com o vestido que você me fará da mais preciosa seda eu consiga a atenção de Fulvina para entrar.

Trabalhos em metal 9 para confecção do escudo e do elmo, respectivamente:

A mulher misteriosa responde:

- A aranha fica dentro da floresta naquela direção. Sim, a floresta é perigosa. Há árvores malditas, plantas carnívoras e espinheiros demoníacos. Também há outras criaturas. Apenas os fortes sobrevivem.

Aponta na direção OESTE.

Então Freya parece se alegrar com a ideia de um desafio deste tipo, e pergunta:

- Podemos matar a aranha demoníaca?

No que é respondida:

- Se matarem cedo demais, ela só terá o conteúdo da glândula em seda, e não será muito. É preciso mantê-la viva e "ordenhar" a seda da glândula dela.

Então, a "Rosa" se despede:

- Voltarei para este lugar daqui a cinco dias. Assim me encontrarão. Agora preciso cuidar de outros afazeres.

A demônio sai da clareira, desaparecendo entre as sombras e os galhos das árvores. Freya e Vuripa ficam a sós, e ela diz:

- Eu escolheria ir direto ao tal jardim proibido e enfrentar o que estiver em nosso caminho. Mas se você quer tanto este tecido, ao menos nos prepare melhor para entrar nesta floresta. A ideia de ficar aqui para matar alguns demônios não me desagrada. Faça o escudo e o elmo.

Assim, os dois alternam a vigília e na manhã seguinte Vuripa observava as plantas mas não achava sementes quando Freya acorda e prepara o desjejum. Ela comenta:

- O que vamos comer nesse lugar maldito quando isso tudo acabar?

Durante o dia, Vuripa faz um escudo muito bom, e um elmo razoável, ele termina alguns detalhes durante seu turno de vigília a noite, e os entrega a Freya na manhã seguinte, perguntando se ela quer caçar a aranha ou se quer ir ao jardim.

- Matar demônios aqui ou no caminho da saída? No caminho da saída parece melhor, mas estes podem nos esperar se você assim quiser matamos uns nesta floresta. Só não podemos passar fome neste lugar maldito.

A dupla ouve, durante alguns minutos, muitos sussurros de elogios:

- Que trabalho maravilhoso!

- Que guerreira forte!

- Olha aquele escudo, que lindo!

//off: como está o estoque de comida? Já passaram 4 dias desde que entraram no inferno.

Olho para Freya e sussurro:
-Temos mais companhia! Se prepare, podem não ser tão amistosos quanto os anteriores!
-Vamos ver quem são, quem sabe o que o dia nos reserva para hoje!
Viro-me em direção aos sons e digo:
-Olá, apareçam se quiserem conversar...
Aguardaremos olhando ao redor

Para aplacar a gula (ou ansiedade) de Freya por comida, decido juntar uma boa quantidade de lascas (aproximadamente 5kg)das madeiras por ela cortadas que estejam no chão.
Depois digo a ela:
- Temos alimento suficiente ainda para o dia todo. Além disso, melhor não guardarmos muito alimento aqui. Você ouviu o que a primeira dama disse: temos um cheiro diferente. Talvez nossa comida também tenha.
-Aqui é uma floresta, por mais estranha que pareça, deve haver boa caça! Além disso, se nada encontrarmos, sempre haverá frutas secas e castanhas!

Pergunto aos sons que vinham da mata (acreditando que haja mais que uma criatura)
-Quais seus nomes e o que pretendem de nós?
-Se vierem em trégua, não lhes faremos mal.

-Nos respondam criaturas, o que são vocês e o que desejam aqui?
-Por que nos espreitam?
-Existe algum zumbi entre vocês?

-bem, mas quem são vocês afinal? Quais seus nomes?
Vuripa as observa para ver como se trajam e o que possuem aparentemente

-Finalmente acho que tenho a honra de conhecer grandes mestres da forja deste plano!
a satisfação do elfo em conhecer grandes artifices é estampada em seu rosto
-Vocês, hábeis artesãos deste reino, jamais imaginei ter a honra de conhecer seres imortais que avaliassem uma peça minha! Ao menos não neste plano.
-Por favor, sentem-se! É uma honra tê-las conosco!
Meio incabulado o mago olha para o escudo
-Me mostrem como facilmente encontraram imperfeições nestas peças criadas por um mortal aprendiz! Agora deem-nos a honra de mostrarem tão habilidosa arte que cada uma de vocês possui!
-Meu nome é Vuripa e sou um simples aprendiz.

Percebendo o início de tensão entre a tríade de julgadoras e a sacerdotisa, o elfo ameniza, a fim de evitar um embate desnecessário:
-Acalme-se Freya, artistas e artesãos tendem a ser muito dramáticos e passionais! É assim que expressam suas artes! É quase uma marca registrada, principalmente entre os que assumem o papel de julgadores! Além disso, já era sabido que não são peças finalizadas! Faltam os adornos e o tingimento!

Voltando novamente a fala para a comissão julgadora, o elfo de aparência infantil faz um pedido:
-A propósito, grandes julgadoras deste reino, conhecedoras da forja e do nobre minério, pergunto a cada uma, se fossem vocês a produzir os ornamentos de dragões, como seria a forma mais perfeita para uma armadura e escudo? E onde obtenho nobres metais e gemas para o adorno?
- Em gratidão, pretendo gravar seus nomes no estandarte da armadura, para que todos conheçam as autoras de tão belos adornos!

A curiosidade em saber o nome das demônias vem se apresentando por meios cada vez mais elaborados, embora não saiba o motivo.

off: Se for válido, com base nas imagens das 3 demônias, Freya ainda dirá:
para a primeira:
- Com certeza a mais forte de vocês é também a mais feia! Aposto que é aquela magricela, "tomate atrepiado" ali. Por sinal, o único atributo positivo nela é a cor vermelha. Vejam suas mãos... parecem de bicho do mato! Coitadinha, nem arma possui! Parece um macho!

para a terceira:
-E você, "vela de defunto"!? Nem mesmo mortos-vivos são tão pálidos! Nunca te confundiram com uma assombração? Espero ao menos que saiba empunhar sua espada do mesmo modo que essa pele branca espanta a escuridão! Ha ha ha... um demônio albino! Você é uma comédia!

Com olhar de indignação, enquanto a escutam, Freya discursa:
- O elfo pensou que estaria falando com divindades, criaturas importantes, daquelas a se reverenciar! Das quais habitam o castelo de Fulvina! Já estava preocupado pensando ter cometido uma gafe, até as convidou pra sentar. Por certo deve tê-las confundido por alguém mais poderoso! Eu mesma pensei assim também.
Mas como nenhuma de vocês pronunciou seus nomes, nem vieram acompanhadas de batedores, posso presumir que vocês são só mais um bando dos demôninhos inferiores que por aqui rondam?! Só mais uma porção de servos medrosos e infames, igual a tantos outros?!
-Não posso gastar meu tempo com vocês, suas pequenas diabretes!
-Se se deixaram acreditar que o objeto feito pelo aprendiz era ótimo, antes mesmo de analisarem, comprova apenas a constatação de tamanha ignorância e pequenez que possuem neste plano inferior!
-Pois bem, já viram e julgaram. Se não forem responder ao elfo não há mais nada para nenhuma de vocês aqui! Retornem ao trabalho, seres sem nomes! Retornem para as sombras e espinhos!
-Diferentes de vocês, temos nome! Até as plantas que o pequeno elfo de nome Vuripa cataloga têm nomes e revelam habilidades!
-Diferente de vocês, nosso tempo e conhecimento são elementos valiosos! Gravar nome em escudo é algo exclusivo aos lendários seres, não aos míseros e indigentes! Todos aprendem a reverenciar somente a aqueles cujos nomes todos se curvam! Cujo som dos nomes afligem até as mais valentes almas mortais! Quem não respeitaria Crezir e os deuses, Morrigalti, Fulvina, os grandes senhores do caos e tantos outros, ainda que fosse apenas para um duelo?! Não se trata líderes e comandantes com desrespeito!
Vou avisá-las, se ainda não sabem, nomes são indicativos de grande poder e fama conquistada! Nomes individualizam os grandes, as divindades! Nomes eternizam, como joias e diamantes! Me digam, quem são os demônios mais poderosos deste reino?
Todos sabem que criaturas sem nome são insignificantes demais para serem nomeadas! Quem nomeia formigas ou esterco, quem daria nome para aquela pilha de gravetos? Que importa saber o nome de um bagaço, verme ou blatária? Melhor que não sejam nominadas mesmo! Assim são com as diabretes, são todas iguais! Escravas sem estirpe, peões braçais! Não passam de resto de adubo e pó, não servem para quase nada! Material descartável!
Algumas criaturas ainda são ridiculamente mais débeis, mórbidas, infames e fracas! Tão fracas que ao serem nominadas se apavoram em dizerem seus próprios nomes em voz alta! Escravos perpétuos, verdadeiros zumbis do plano inferior! Desde quando os maiores seres infernais teriam tais medos? Até mortos-vivos e enviados dizem seus nomes como sinal de fama e poder!
Uma gargalhada de zombaria se segue:
-Onde se viu isso? Uma criatura que tem medo de pronunciar o próprio nome em voz alta! Parece que aqui temos três destas! Foi preciso vir ao inferno pra ver! Logo aqui? Eu que pensava estar no reino dos melhores! Logo aqui encontro três servas submissas, pequenas lacaias! Ínfimas, desprovidas de orgulho e vaidade! Com perdão dos deuses, vocês agem como se servas de Líris fossem, faltando apenas o manto terroso... minhocas da terra, desprovidas de vaidade!
Quem não é capaz de falar seu próprio nome, nunca será venerado! Vermes! Nunca provarão o sabor da glória! Pó! Nunca saberão o sabor de fiéis fanáticos clamando por seu nome! Exaltando o poder em seu nome! Por certo, nunca ouviram o doce som dos condenados implorando a seus nomes para não morrerem! A deliciosa sensação de poder, do sofrimento pronunciado em seu nome!
-Todos sabem de onde parte o poder: Existem os que comandam em nome próprio e os que agem em nome de quem comanda! Mas vocês...duvido sequer que consigam comandar as duas que vieram ao lado! Qual das três é quem comanda o trio? Ao que parece,nenhuma. Ao menos isso vocês deveriam poder nos demonstrar! Afinal, todos na guerra sabem que o comandante só ataca depois dos mais fracos! Então, quem comanda aqui?
- Lamento por vocês, cada ser encoleirado, serviçal menor, mas ninguém merece perder tempo com criaturas tão pífias e indigentes que sequer sabem qual das três é a mais poderosa!
Até mesmo os zumbis, aqueles asquerosos mortos-vivos, se bem nascidos tiveram momentos de maior glória do que vocês, seres sem nome! Sem feitos! Sem fama! Fadados ao degredo de cova rasa!
-Voltem ao trabalho vulgar e pútrido, criaturas inominadas, bichos sem nome e desprovidos de poder, pois criaturas sem nome como vocês são meros subalternos, escória sem virtudes ou habilidades! Do contrário, já teriam dito seus nomes, ou mandado seus subalternos que acompanham responderem ou mostrarem do que são capazes!
Retornem logo ao trabalho e ao breu, ao local que o mestre ordenou, pois não há posto neste reino da vaidade para nenhuma de vocês! Rezem para Líri, pois todos sabem que Fulvina não aceita perdedores e indigentes medíocres ao lado dela!
Se não ousam a dizer os próprios nomes, a largar as armas e utensílios que tantos calos deformam a pele, nem conseguem mandar que as mais fracas ao lado cumpram o trabalho... Cada uma continuará sendo ninguém por toda eternidade! Este será o legado, criatura esquecida, sem passado e sem futuro! A história nunca lembrará de sua existência! Nenhum bardo ou bêbado virá a te enaltecer!
-Pensando bem, a oferta de ter o nome gravado no escudo em troca das informações parece ser a menos trabalhosa para ambos!

As demônios, vão encolhendo a cada ofensa rebatida por Freya, até que ficam do tamanho de 20 cm e correm de volta para a mata, uma delas resmunga com a "minhoca":

- Conta tudo para a mamãe!

A dupla olha o trio desaparecer no escuro, até que Freya diz:

- Não ouse negociar novamente minha integridade com demônios, nem que seja para enganá-los. Jamais usaria o nome daquelas criaturas em um escudo e a mera ideia disso ofende minhas convicções.

off: NÃo vamos perder tempo apenas vendo-as fugirem
Queremos as informações.

Ainda que Freya não faça nada (a critério do MJ), Vuripa tentará impedir que corram usando a mochila sobre elas
Considero q tenham reduzido a velocidade

off: faça um teste de agilidade para tentar apanhar minhoca, tomate arrepiado ou vela branca.

[1d20]

off: bem que a sacerdotisa podia ter tentado fazer algo, não podia?

Considerando que a tomate tenha sido ao menos parcialmente aprisionada, digo a Freya:
-Freya, Acho que peguei a vermelhinha! Você conseguiu pegar alguma outra? Vem logo que essa aqui pode querer escapar!
Aguardaremos que a demônia responda as perguntas feitas para depois ela ser solta

[1d20] Freya tenta pegar Vela Branca.

Depois de alimentados, digo pra Freya que este será um bom momento para termos auxílio. Peço para que ela molde uma criatura, enquanto moldo outra para a melhor se torne o homúnculo. (aplicarei a magia apenas se o resultado de trabalhos manuais for 100%) Tentarei moldar uma espécie de anão com asas, enquanto Freya tentará fazer um pequeno dragão.
1"tentativa- Vuripa (tabela 1) e Freya (tabela 2)

-Esse local não favorece nem mesmo para criar um monstrinho! Consegui fazer um mais feio que a vermelhinha!
Graceja o elfo enquanto a sacerdotisa também não se alegra com o trabalho dela. Vuripa então diz:
-Freya, hora de fazer com primor! Se não der agora vamos pensar em algo amanhã cedo! Do contrário nem conseguiremos chegar ao castelo! Esta será nossa última tentativa de hoje.
3"tentativa- Vuripa (tabela 1) e Freya (tabela 2)

Off. Como os bonecos dos possíveis homúnculos que não foram pra frente não pesam muito (até 2kg) e são pequenos, feitos com terra e gravetos, considerei ser possível tentar montar até 3 num dia, mas isso fica a seu critério.
Não faço ideia do que observei (se toca, teia, aranha, muda de simbionte, outro animal ou demo, a família da minhoca... Então fico no aguardo) Mas se preferir que a "mamãe" tenha nos visitado no acampamento, ok também.

Vuripa e Freya passam o dia tentando modelar monstros de barro para o mago, porém não ficam satisfeitos com nenhum resultado. Freya ajuda a colher galhos, e pede:

- Por favor, vamos racionar comida e água e ser mais objetivos pois eu não comerei nem beberei nada impuro deste reino. Quando o que trouxemos acabar, farei jejum até sairmos daqui.

Vuripa, Observar 2, rolamento 19, azul, muito difícil.

Na manhã seguinte, a dupla sai em busca do demônio aranha. Freya abre caminho entre os espinheiros e ervas demoníacas com sua espada, e a arma já estava toda dentada perto do meio-dia, quando Vuripa para Freya antes que ela pisasse em fios quase transparentes que estavam dispostos na mata. Ele segue os fios com os olhos, apontando para que ela visse, e os dois observam que os fios estavam ligados a uma enorme teia de aranha há 5 metros do chão entre as copas das árvores mais altas. Parada na teia, havia um ser metade mulher metade aranha, e aparentemente a criatura ainda não vira a dupla:



//off: não deu tempo de fazer mais nada no dia anterior por causa dos testes frustrados; mas caso deseje caçar comida depois deste encontro, fará um teste de sobrevivência.

Caso ainda não tenhamos sido atacados, continuo:
-Vou contar o que vi aqui, tamanha formosura. Que estrutura fabulosa... tudo feito pela princesa da seda!
-Mas do modo como deve ter gente convencida por lá... Não creio que acreditem!
-Por acaso você já fez algo em outros locais?
-Gostaria que eu mostrasse a sua arte lá no castelo? Eu achei espetacular! Imaginou? Quantas musas não viriam para cá depois que vissem uma túnica feita deste tecido? Que preço não pagariam? Teria alimento permanentemente... mais joias e tudo!
-Você gostaria que eu fizesse isso por você, Princesa da seda?

Caso a reação da aranha não seja racional ou ela queira combater a qualquer custo, saindo da teia e vindo nos atacar, Freya primeiro gritaria para parar, não sendo atendida, lançaria o martelo. Se ainda assim o animal vier para cima, sem qualquer diálogo... será uma boa oportunidade para testar a lâmina.
segue a ordem: lançar martelo, golpear com espada (Freya) e dreno de vida 1 (Vuripa)

Feliz em não ter que atacar um dos poucos seres trabalhadores deste reino, Vuripa abre um sorriso e diz:
- Seu ofício é um encanto Princesa da Seda! Não imagino como seja possível fazer algo tão belo com material delicado assim. Me chamo Vuripa e sou aprendiz na arte dos metais. Mas não encontrei nenhum minério para praticar por aqui. Você saberia dizer onde os encontraria?
-A propósito, é verdade que existem plantas nesta floresta que fornecem karma arcano? Minha amiga precisa se alimentar, mas não sabemos o que podemos ou não comer neste reino. Saberia nos dizer?

Como sinal de confiança, toco uma das mãos no fio de teia que ela mostrou e digo:
-Um trabalho impecável! Fantástico!

-Princesa, existe uma outra pessoa a quem eu também gostaria de presentear, a quem tenho receio de não ver outra vez. Seria possível algo para ele e também uma capa para minha amiga? Posso tentar reparar algum item metálico que você tenha e esteja partido... um adorno talvez.
-Ou quem sabe a Princesa deva ter entulhos de peças enferrujadas e restos de armaduras e armas ou itens metálicos que te atrapalhem. Posso leva-los embora ainda hoje, se você desejar Princesa.
-Ah, já que teremos que trazer a encomenda em partes, seria possível que você nos conceda uma estreita faixa ou trança para podermos amarrar a criatura e virmos puxando? Ela agilizaria no transporte do corpo. Agradecemos muito sua hospitalidade e cortesia.

Nos despedimos dela assim que ela encerrar a conversa

testes de sobrevivência solicitados
Freya (coluna 1) e Vuripa (coluna 2)

off: Hoje já não temos alimentação estocada (uma vez que não deu tempo de fazer mais ontem)

Persuasão (coluna1) e Observar (coluna2)


Como o milagre de oferenda é aumentado por deus, sendo concedido pela divindade, entendi que fosse divino

como constava "obra de deus" na próxima magia invocada após o lançamento da magia oferenda, pensei que nesse caso o item fosse divino, como se fosse uma retribuição direta da deusa pela oferenda e perda de EF do fiel. Diferente da simples sagração de item, que é sagrada (magia permitida pelo deus mas realizada pelo sacerdote), sagração após oferenda gera a impressão de ser divina (pedido do sacerdotes, mas a obra é de deus).
isso faria sentido, não acha?
mas o que decidir está valendo... bora pra aventura

off 1 - Transmutação 1 transforma vegetais semelhantes (até 5kg)

Misticismo

[1d20]

Já próximo ao riacho, avistando as frutas e tendo ouvido a agonia de Freya, digo a ela:
-Ali perto temos água corrente! Elas também seriam impuras? Mesmo se você esconjurasse ou abençoasse também teria ainda energia infernal nelas? Se lavar as frutas no riacho, ou pegarmos água lá com uma vasilha, pingar depois um pouco de água benta do cantil... lavar.. ferver...? Se umas gotas de água benta já purifica pessoa inteira e faz demônio fugir, será que precisa de tanto para um alimento?
-Te contei que posso transformar uma quantidade de vegetal em alimento, água ou erva que eu conheça. Assim que for transformado sei que o alimento não terá energia infernal. O que pode acontecer é essa energia infernal dificultar minha magia.
-Então, tanto eu quanto você, nós dois podemos sobreviver aqui sem passar fome ainda. Além disso, estando juntos. Se ainda for necessário, coletamos frutas e raízes, colocamos dentro da vasilha, mergulhada na água benta e eu transformo em comida. Não passaremos fome, isso te garanto Freya!