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KROM
#1 T.REX Enviado : 04/06/13 08:51
Jogador: T.REX
EF:
EH:
Karma:
Nome: KROM
Profissão: Guerreiro
Raça: Humano
Idade: 25 anos
Altura: 1,90
Deus: Crisagom ou Crezir (o próprio personagem tem dúvidas sobre sua religião)


Há três décadas, em Tagmar – ou Mundo Conhecido - próximo da cidade Tória, uma mulher corria desesperadamente, com um bebê no colo. Sua residência havia sido atacada por ladrões encapuzados que a caçavam há quase um ano. Seu marido, Afid, havia sacrificado a vida, na tentativa de dar a ela tempo para fugir. A mulher, bastante cansada, sem saber que rumo tomar, aproximou-se de um penhasco, sendo finalmente alcançada pelo grupo inimigo. Naquele momento, seu objetivo era manter vivo seu filho de um ano que não parava de chorar. Os homens, fortemente armados, desceram de seus cavalos, avançando lentamente em direção àquela mulher frágil e indefesa, que implorava para poupar a vida dela e da criança. Um dos cavaleiros, com uma barba mal feita, e boca desdentada, puxou de suas costas uma espada. Estava pronto para matá-los. A mulher olhou para o fundo do penhasco e viu o rio Frefo, correndo violentamente para o mar aberto. A mulher estudou suas únicas opções: entregar a vida dela e a do filho nas mãos daqueles marginais, ou entregar suas vidas nas mãos de Crezir.

Com muita bravura, a mulher saltou o penhasco, segurando firme seu filho, apertando os olhos. Durante sua queda esperava impacientemente o baque na água, rezando sem parar. Os homens não acreditaram na coragem daquela mulher e ficaram no topo do penhasco sem saber o que fazer e o que contar do fracasso para seu líder. O feiticeiro Nicodemus.

Longe dali, próximo à floresta de Aberdim, um meio-elfo guerreiro chamado Zarel pensava à beira do rio sobre o futuro de ter um filho ou não com sua esposa meio-elfa e rastreadora, Dora. Quando, próximo a ele, rastejou, sentindo fortes dores e muito cansaço, a mulher que se jogara do penhasco, com a criança no colo. A moça ele reconheceu. Era Gisa, uma jovem mulher loira, bonita tão quanto sua amada. Apoiada sobre um tronco encalhado no leito do rio, em poucas palavras, Gisa gaguejou para Zarel que estava perplexo com o que vira. Enquanto ele apanhava a criança, teve tempo suficiente para ouvir as palavras de sua amiga sobre o feiticeiro Etron. A Zarel suplicou para que ele e Dora tomassem conta do filho dela. Zarel não tirava os olhos daquela criança. Não queria acreditar que um bebê, que tanto se recusou a ter com sua amada, havia caído em seus braços. Então o jovem guerreiro tocou-se e pôs-se a ajudar Gisa. Mas ao virar-se para o leito do rio, sobre a tora não havia mais ninguém. Gisa desaparecera. Tudo foi muito rápido. Zarel olhou para todas as direções do Rio Frefo e nada de Gisa. De repente, muito devagar surgiu Dora, chamando pelo seu marido, para pedir-lhe desculpas da briga que haviam tido uma hora atrás, por causa do desejo dela de ser mãe. Zarel virou-se e para Dora mostrou um presente dos deuses, vindo das águas gélidas do Rio Frefo. Dora espantou-se e lágrimas surgiram de seus olhos. Para sua amada, calado, Zarel entregou a criança. Um abraço gostoso do casal meio-elfo a criança sentiu. E seu choro cessou. Juntos conversaram sobre a criança, seguindo para casa, o vilarejo Plandor, no centro da Floresta de Aberdim.

Anos se passaram e a criança foi tratada com muito carinho. Aquele bebê tornou-se uma lenda. As regiões próximas acreditavam que o bebê estaria morto. O casal meio-elfo lhe deu o conhecimento da vida, bravura, honra, bondade, honestidade. Ele aprendeu os mandamentos de sua nova religião, dedicando-se totalmente ao Deus Crisagom. Como guerreiro, seu pai adotivo ensinou técnicas de combate com montantes, espadas, gládios e escudos, transformando-o num jovem guerreiro. Sua mãe, ensinou-lhe a preservar e respeitar a natureza como um todo; a amar as plantas e os animais. O jovem aguçou sua percepção, suas habilidades de manobra e subterfúgio; adquiriu velocidade e agilidade para usar nos momentos certos durante o perigo; preparou seu corpo com muito esforço, adquirindo força, físico e resistência fora do comum. Ganhou músculos; ombros largos e um abdômen de dar inveja a qualquer ser racional – todo definido, muito bem escrito.

Com um machado na mão, o filho do casal de meio-elfos cortava violentamente troncos de árvores no alto de uma colina próxima a Plandor. Sua pele de cor branca, mas queimada de sol, brilhava de tanto suor, em contato com os raios do astro amarelo. E com os troncos divididos em várias partes, ele preparava as toras para sua casa, colocando-as sobre o musculoso pescoço. Ele estava faminto, esperando ansiosamente pela comida que sua mãe estava preparando. Seu pai aguardava, na fogueira da sala, as toras que seu filho trazia para fazer fogo.

Subitamente, antes de abandonar a colina, o jovem rapaz de peito nu, franziu a testa, inclinando a cabeça para o lado, estranhando fios de fumaça escura, vindo abaixo da colina.

Fogo!

O jovem guerreiro aumentou os passos, e enfim, pôde observar além da linha do horizonte da colina, Plandor sob chamas. Rapidamente, preocupado com a vida de seus pais adotivos, largou as toras e partiu em direção à sua residência, como um leão.

La embaixo, humanos, elfos e meio-elfos, anões e pequeninos, corriam desesperados, pra lá e pra cá, procurando apagar as chamas espalhadas pela comunidade. Todos trabalhavam juntos, como um formigueiro destruído por uma força maior. Baldes cheios d’água eram carregados por mãos fortes, e virados sobre o fogo que comia tudo em que tocava.

Ainda correndo, o jovem guerreiro aproximou-se de sua casa. De longe podia ver sua porta aberta. Ele invadiu sua residência como um furacão. Fogo e fumaça cobriam tudo. Ele gritava, chamando pelos pais, que não respondiam. Nada se mexia. Então o teto de sua residência caiu próximo, obrigando o jovem a sair dali. E em instantes, sua casa inteira tombou. O jovem não parava de gritar por seus pais adotivos.

- Pai... Mãe... Por favor...

Após respirar muita fumaça, com lágrimas nos olhos, tossindo muito, uma humana de estatura muito baixa, chamada Amabá, encostou a palma de sua mão nas costas do jovem humano, procurando confortá-lo. A senhora de dentes muito clarinho e perfeitos, era sua avó. Mãe de Gisa.

- Vó, a senhora os viu?

- Sim.

- Onde?

De repente surgiu Benin-Muriá, líder da vila Plandor. E para o jovem respondeu.

- Nós sentimos muito. – o filho do casal meio-elfo se calou por segundos. Estava aflito. Ele sentiu um vazio no estômago. Tremeu.

- O que aconteceu? Onde estão? - gritou ele, tentando avançar sobre Benin que o segurou com força, junto com outros plandorianos, procurando evitá-lo de ver os pais adotivos, Zarel e Dora, degolados pelo fio de uma espada. Amabá chorava pensando no sofrimento de seu neto.

- Rapaz – dizia Benin tentando encorajá-lo, segurando a cabeça do coitado, posicionando-a de frente para a dele. – Você tem que ser forte. – e um abraço Benin deu ao jovem humano que retribui, chorando, como uma criança, dizendo em tom baixo, gaguejando:

- De novo não! – a dor dominou o peito daquele pobre rapaz que já perdera seus pais legítimos. Estava difícil de aceitar que havia perdido agora os adotivos. Ele levantou a cabeça, fitando os olhos no amigo, com bastantes lágrimas nos olhos. Depois abraçou forte sua avó. Instante mais tarde se afastou de Amabá que o confortou, e ajoelhou-se perante todos, implorando – ainda gaguejando de soluços – por Crisagom dá-lhe forças para superar aquele obstáculo, calando-se em seguida, por longos segundos.

Subitamente, aquela carência foi substituída por uma ira muito grande; um sentimento de raiva; uma vontade de fazer mal a alguém; os olhos cheios de lágrima se fecharam pela metade.

- Meu filho... – Amabá conhecia aquele olhar. Era o mesmo de sua filha Gisa. Tentou avançar no neto, mas foi segurada por Benin. E a pergunta veio pausadamente:

- Quem fez isso?

- Nicodemus. – respondeu Aliunviniel, irmã de Benin-Muriá, também com lágrimas nos olhos e muito ódio. Ela invadiu o círculo daquela casta ao redor do pobre coitado. Este último, calado, concentrou-se nas palavras de seus pais adotivos, a respeito deste feiticeiro maldito que matara também seus pais legítimos. Mergulhado em pensamentos, o homem que perdera toda sua família, com exceção de sua avó, ergueu o braço direito, apertando o punho, apontando-o para o céu. E rezou em tom alto:

- Crisagom. Juro pela vida perdida de meus pais que não vou sossegar enquanto não matar e beber o sangue deste homem.

E o choro retornou.

No dia seguinte, quando a escuridão foi substituída lentamente pela claridade do sol, o astro rei acordou o jovem guerreiro, tirando-o da cama. Dormira em um quarto, na casa de sua avó, onde décadas atrás dormia sua mãe Gisa. O guerreiro bastardo olhou ao seu redor e mais uma vez pensou nos pais adotivos. Porém sem uma lágrima. Sentira que era hora de partir, em busca de novas habilidades; adquirir novas experiências e conhecimentos, para poder enfrentar o seu objetivo maior. Ele vestiu uma roupa de couro leve, criada por sua avó Amabá, que seria dada de presente a ele no dia de seu aniversário. Ele abandonou o lar de Amabá que o confortou nesta noite dolorosa, que parecia jamais terminar. Meditou a madrugada inteira, preparando-se para uma viagem sem retorno.

Após curta caminhada, aproximou-se de sua casa toda destruída. Adentrou os antigos aposentos para procurar algo no meio de todo aquele entulho. Havia muita madeira queimada. O cheiro de carvão dava para sentir de longe. Entrando em seu antigo quarto, ao lado da cama que um dia foi sua, existia um baú de um metal bastante resistente. O fogo não o destruiu. Estava inteiro, porém um pouco quente por causa das cinzas. Com um dos pés, o jovem guerreiro abriu o baú. Em seu interior um tecido de malha com fios metálicos. Ele pegou o tecido, procurando não deixar cair o que tinha dentro dele. Apoiando uma perna sobre o baú, ele colocou o tecido metálico sobre sua musculosa perna, abrindo-o, revelando dois objetos que para ele tinha um grande significado, a simbologia de sua honra, estratégia e bravura: um pequeno escudo e um gládio, brilhando com o toque dos raios do sol, quase cegando sua vista. O guerreiro posicionou o escudo nas costas, após ver o seu reflexo nele. Já o gládio, antes de prender à cintura, como ritual para cada arma de corte que sustentava, tocou o fio da lâmina, surpreendendo-o ao ver uma pequena gota de sangue pingar de seu dedo, além de examinar as serpentes douradas maravilhosamente trabalhadas que se enroscavam em torno do cabo. Ainda no fundo do baú, uma anel com uma caveira encrustada e um colar de sua mãe Gisa. Este ostentava um maravilhoso dragão vermelho que simbolizava Crezir, a deusa da destruição.

Ele abandonou a casa destruída, deixando para trás uma história que para ele surgiu desde o seu primeiro ano de vida. Fez bem Plandor não ter lhe contado onde seus pais estavam. Sabia que estariam bem com seus deuses. Plandor, nas mãos de Benin-Muriá, novamente cresceria com garra e determinação com ajuda do povo plandoriano. E despreocupado o jovem guerreiro ficou.

O musculoso homem se distanciou da casa por uns cento e cinquenta metros e parou para dar mais uma olhada no seu lar destruído. E novamente seguiu devagar.

Entretanto, antes de cruzar a linha imaginária da vila Plandor para a Floresta de Aberdim, que o recebeu de braços abertos, atrás dele, alguém o chamou:

Ei! – o guerreiro parou a caminhada. – Por você. Por nós – O jovem guerreiro nada respondeu. Apenas contorceu a cabeça. Viu uma frágil menina elfa. Ela fez um sinal positivo com o polegar direito e continuou. – Pega ele, KROM. – e sorriu depois. O jovem guerreiro, ainda de costas para a menina, ergueu sua mão direita e fez um sinal positivo com o polegar. E com um sorriso tímido ele piscou o olho esquerdo, confortando-a.

Então partiu.
#2 Marcelo Villanova Enviado : 04/06/13 09:39
Jogador: Marcelo Villanova
EF:
EH:
Karma:
Recebi o email, mas a ficha e o avatar quando clivo em cima abre a pagina inicial do gmail, nao tenho email no gmail.
Mude o nome do feiticeiro de nicodemus para Etron, assim vai ser mais fácil te encaixar na aventura.
Se puder me mandar a ficha em excel, pq a que vc me mandou esta zipada.
Pode tbm anexar seu avatar aqui, em 150x180.
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